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Sina�se� É a unidade processadora de sinais do sistema nervoso. É a zona de contato entre um neurônio e outra célula, através da qual se dá a transmissão de informação entre as duas. É uma comunicação neuronal. A sinapse acontece a partir do estímulo, seguido do sinal, do receptor e, por fim, da resposta. Esta depende do estímulo, que é codificado em um sinal químico, o qual possui um receptor que gerará a resposta de acordo com o estímulo inicial. ● É um tipo de comunicação entre 2 células. ● Substância química (neurotransmissor) que leva informação de uma célula para a outra. ● Geralmente a informação chega pelos dendritos e é recebida pelo axônio. ● No SNC, a bainha de mielina é formada pelos oligodendrócitos e no SNP é formada pelas células de Schwann. ● O potencial de ação acontece somente no axônio por conter canais de sódio voltagem dependentes. ● Há uma rede de informação, um mesmo neurônio se comunica com milhares de outros simultaneamente. Sinapse: Zona de comunicação entre neurônios. Corpo celular do neurônio=Soma. Caminho do impulso: Dendrito → Axônio (Neurônio pré-sináptico → Neurônio pós-sináptico). Neurônio pré-sináptico: Emite (chega) informações. Neurónio pós-sináptico: Recebe informações. Dendritos: Regiões onde o neurônio recebe informações de outras células. Axônios: Regiões onde o neurônio emite as informações. Fenda simpática: Região entre o terminal do axônio pré-sináptico e os dendritos do neurônio, onde ocorre a sinapse. Portanto, o impulso inicia no fim do corpo celular e axônio. Esse impulso é liberado na fenda sináptica, que será entregue ao neurônio pós-sináptico para gerar uma informação. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA: Axodendrítica – axônios + dendritos. Axoaaomática – axônios + corpo celular. Axoaxônica – axônios + axônio. Dendodendritica – Dendrito + dendrito. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR: É o contato do neurônio com a fibra muscular. Para que um organismo não funcione somente como uma coleção de células isoladas, mas sim de forma orquestrada e harmoniosa, os processos que integram informações são de suma importância. A integração de um organismo se refere à combinação seletiva e ao processamento sensorial, neural e endócrino da informação do sistema nervoso central em vias que promovem o funcionamento harmonioso do organismo. Ou seja, a integração é a capacidade do nosso SNC de filtrar as informações mais importantes dentre os diversos estímulos que estão sendo recebidos. Isso acontece de maneira inconsciente. Quando recebe mais de um estímulo que se opõe, o neurônio que a recebe hierarquiza os estímulos atendendo ao mais importante. ESPINHA DENDRÍTICA: -Local onde ocorrem as sinapses. Há estudos que mostram que o ato de aprender está relacionado com o aumento e espinha dendrítica na região do hipocampo. Cada espinha dendrítica é uma região onde um axônio pode se ligar e realizar uma sinapse. Nosso sistema nervoso é muito plástico, mutável e inovador, isso está relacionado com a capacidade de evoluirmos. Então conseguimos criar mais espinhas dendríticas ou fazer com que elas sejam perdidas. O número de espinhas dendríticas está relacionado com a nossa capacidade de aprender. CLASSIFICAÇÃO: As sinapses podem ser classificadas em dois tipos, elétricas e químicas. Sinapse� Elétrica� - Correntes iônicas que fluem diretamente de uma célula para outra por meio das junções comunicantes (GAP). -Ocorre em ambos os sentidos. -Transmissão sináptica rápida (milissegundos). -São encontradas em locais do sistema nervoso onde a velocidade de transmissão e a atividade sincrônica de várias células são importantes. O acoplamento elétrico entre células tem ocorrência comprovada em uma série de tecidos: desenvolvimento ontogenético, fígado e coração. A velocidade é MUITO importante para a informação ser transmitida de célula a célula. ESTRUTURA DA SINAPSE ELÉTRICA: Os conexons, poros formados por conexinas que unem os poros de um citoplasma com o de outro, permitem a passagem de íons e pequenas moléculas. Para gerar corrente elétrica é interessante que passe pelos conexons: sódio, potássio, cálcio, cloreto e etc. À medida que esses íons vão passando de célula a célula pelos conexons e atravessando as junções comunicantes vai gerando descargas elétricas na célula. Sinapse� Química� -Transmissão de maneira indireta via liberação de um mediador químico. -Tipo de comunicação entre duas células não contínuas, em que a transmissão da informação é mediada pela liberação de vesículas de compostos químicos (neurotransmissores) em uma fenda sináptica. -Prevalece no SNC maduro humano. -Constituída pelo neurônio pré-sináptico; fenda sináptica; célula pós-sináptica; fluxo unidirecional. Substâncias químicas especiais denominadas neurotransmissores carregam as mensagens através das sinapses. Impulso elétrico de baixa intensidade são liberadas somente 2 vesículas de neurotransmisores. Impulso elétrico de alta intensidade são liberados 6 vesículas de neurotransmisores. ESTRUTURA DA SINAPSE QUÍMICA: NEUROTRANSMISSORES -Substâncias cuja ação se exerce diretamente sobre a membrana pós-sináptica produzindo nela um potencial pós-sináptico (inibitório e excitatório). Podem ser classificadas em três tipos químicos: -Aminoácidos e peptídeos – GABA, glutamato, glicina, aspartato, VIP (polipeptídeo intestinal vasoativo), arginina-vasopressina). GABA: Principal neurotransmissor inibitório, estimula a entrada de cloreto. Diminui o ddp da célula, e impede a entrada de sódio. Glutamato: Principal neurotransmissor excitatório, estimula a entrada de sódio. -Aminas: Acetilcolina, adrenalina, dopamina, histamina, noradrenalina, serotonina. -Purinas: Adenosina e trifosfato de adenosina. BASES IÔNICAS PARA O POTENCIAL PÓS-SINÁPTICO EXCITATÓRIO: *Potencial pós-sináptico excitatório= PPSE, PEPS. É qualquer alteração na voltagem da membrana celular que pode, ou não, gerar um potencial de ação. O potencial de ação depende do limiar de ação. Ou seja, é uma variação na voltagem da membrana em repouso que pode ou não gerar um potencial de ação, capaz ou não de alcançar o limiar de ação do potencial de ação (dependendo da força e da intensidade do estímulo). Auxilia a célula a ficar mais próxima do potencial de ação. Entrada de íon de sódio (NA +). Ex: Glutamato, que se não estiver em grande quantidade não consegue atingir o potencial de ação, gerando apenas um potencial excitatório. Despolariza a célula. BASES IÔNICAS PARA O POTENCIAL PÓS-SINÁPTICO INIBITÓRIO: Potencial pós-sináptico inibitório= PPSI, PIPS Célula mais longe de conseguir gerar um potencial de ação. Leva a célula a ficar mais distante do potencial de ação, a célula fica hiperpolarizada. Entrada de íons de cloreto (Cl-). Se entrar Na+ na célula não entra o Cl-, isso é determinado pela soma algébrica do PEPS e do PIPS. Para que servem os PEPS E PIPS? Como um neurônio que recebe milhares de sinais excitatórios e inibitórios processam esses sinais antes de gerar potencial de ação? A membrana de dendritos e do soma contam algebricamente os PEPS e PIPS. O resultado dessas combinações determinará se haverá ou não potencial de ação e com que frequência. MECANISMO FISIOLÓGICO DA LIBERAÇÃO DO NEUROTRANSMISSOR: A entrada de cálcio faz com que as vesículas se fundem à membrana plasmática e seu conteúdo seja liberado. Quando estimulados por um potencial de ação, os canais de cálcio dependentes de voltagem na membrana pré-sináptica do botão sináptico são abertos e, em seguida, os íons cálcio se movem para o terminal. Os íons cálcio facilitam o movimento das vesículas sinápticas nos locais de liberação da membrana pré-sináptica. As vesículas se fundem com a membrana pré-sináptica e liberam a sua substância neurotransmissora na fenda sináptica por meio de exocitose. A quantidade de transmissor liberado é diretamente proporcional à quantidade de cálcio que entra no terminal. Magnésio interfere na liberação das vesículasde neurotransmissores, pois entra nos canais de cálcio, fazendo com que o cálcio entre em menor quantidade. O Mg e o Ca competem pela entrada nos canais de cálcio. NEURÔNIO PÓS-SINÁPTICO: Na membrana do neurônio pós-sináptico há dois tipos de receptores: os ionotrópicos e os metabotrópicos. RECEPTORES IONOTRÓPICOS: (Receptores canais) Formam canais na membrana plasmática por onde ocorre fluxo de íons. Permite a passagem direta de íons pela membrana do neurônio pós-sináptico, formando um PIPS ou PEPS dependendo do íon que terá passagem permitida (influxo de íons). Depende do canal e de qual neurotransmissor para determinar se é PIPS ou PEPS. RECEPTORES METABOTRÓPICOS: Receptores acoplados a uma proteína G que quando ativada conduz a uma cascata de sinalização intracelular. Esses receptores não são canais iônicos. A ligação do neurotransmissor ativa uma via de sinalização, que pode indiretamente abrir ou fechar canais (ou possuem algum outro efeito). Sinalização por meio desses receptores metabotrópicos depende da ativação de diversas moléculas dentro da célula e frequentemente envolve uma via de segundos mensageiros. Por envolver mais passos, a sinalização por receptores metabotrópicos é muito mais lenta que aquela feita por canais iônicos (receptores ionotrópicos) ativados por ligantes. DESLIGAR UMA SINAPSE: Existem das formas básicas de inativação dos mediadores químicos: A degradação enzimática extracelular: Enzimas específicas reconhecem o neurotransmissor e o degradam, impedindo a ativação do seu receptor (Destruição dos neurotransmissores excedentes no meio extracelular). Recaptação: complexos proteicos específicos, promovem a reabsorção do neurotransmissor para ser reciclado dentro da célula (Neurotransmissores que não foram utilizados são reabsorvidos). COCAÍNA Efeitos comportamentais decorrentes do uso da cocaína incluem: HIGH- excitação, euforia, dor de cabeça e ansiedade; CRASH- depressão, paranóia e exaustão; MORTE por ataque cardíaco ou derrame cerebral. Isso tudo ocorre porque a cocaína gera o bloqueio da remoção da dopamina, o que ocasiona o aumento da dopamina e gera o HIGH.
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