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Fundamentos Epistemológicos da Geografia

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Av1 - Fundamentos Epistemológicos da Geografia
1)
"Paradigmas são propostas, leis, axiomas, assertivas que a ciência se baseia para desenvolver seus avanços e descobertas. Um paradigma pode ter validade ou se manter parcialmente no tempo. Por exemplo: a mecânica newtoniana é um paradigma que ainda serve como explicação para algumas leis da física que não desapareceram com a teoria da relatividade. Isso ocorre com todas as demais ciências e em alguns casos a mudança de um postulado ou ideia científica são tão severamente derrubados que esse processo recebe o nome de revolução paradigmática." (Guimarães et al, 2013, p. 56). Na década de 1970, por exemplo, as tensões políticas forçaram a produção de um olhar científico mais específico para a realidade brasileira, e isso se materializou na obra de Milton Santos, que se tornou paradigmática e definitiva para se entender o pensamento geográfico brasileiro”. (Guimarães et al, 2013).
Assinale a alternativa CORRETA sobre a trajetória e as contribuições do geógrafo Milton Santos:
Alternativas:
· a)
As décadas de 1950 e 1960 foram as de maior projeção da Geografia Quantitativa com destaque para as produções do IBGE e posteriormente autores como este que desenvolveu importantes trabalhos na área de Geografia Física, sobretudo com a aplicação da Teoria dos Sistemas e a defesa do uso da estatística para conferir maior rigor a esta ciência.
· b)
Autor de “O Espaço Dividido” (1979), uma de suas maiores obras, na qual analisa a economia dos países subdesenvolvidos, propondo uma teoria na qual estes países teriam dois circuitos em sua economia, o inferior e o superior, que seriam definidos pela tecnologia, amplitude e dinâmica envolvidos em suas atividades.
Alternativa assinalada
· c)
Produziu obras sobre temas específicos, com destaque para a Geografia Escolar e também sobre a metodologia do ensino de Geografia.
· d)
Autor da obra “Corografia Brasílica” (1817), apesar de ser descritiva e limitada pelas informações disponíveis na época, consolidou-se como o principal manual didático de Geografia por muitos anos.
· e)
Ao longo de sua carreira este autor sededicou a compreender a Natureza do Brasil, realizando extensas pesquisas bibliográficas e trabalhos de campo por todo o território nacional. Uma de suas últimas obras a sistematizar estes conhecimentos foi “Domínios de Natureza do Brasil: potencialidades paisagísticas”.
2)
“...durante cerca de dois decênios, os geógrafos "de esquerda" puderam se considerar como os únicos a ultrapassar e a contestar os limites da geografia vidaliana. Eles foram os primeiros a recusar o corte que ela estabeleceu do lado das ciências sociais e a abordar o estudo dos fenômenos urbanos e industriais; mas nenhum deles fez então, explicitamente, referência às teses marxistas. Eles não são os únicos hoje a transpor a geografia vidaliana (1). De fato, desde alguns anos se desenvolveu, não sem sucesso, entre os geógrafos universitários, uma corrente neoliberal modernista (2), fortemente inspirada pela sociologia anglo-saxônica e pelos métodos quantitativistas executados pelos geógrafos americanos. Quanto mais a geografia vidaliana recusava o contato com as ciências sociais, mais os adeptos dessa "New Geography" se congratulavam e, fazendo isso, eles tiravam dos geógrafos influenciados pelo marxismo (3), o sentimento tranquilizante de serem os únicos a poder invocar o papel dos fatores econômicos, sociais e políticos.” [Grifos nossos]
No texto acima há referências a três correntes da Geografia. Assinale a alternativa que relaciona corretamente os números às correntes citadas:
Alternativas:
· a)
(1) Geografia da Percepção; (2) Geografia Quantitativa (3); Geografia Tradicional.
· b)
(1) Geografia Quantitativa; (2) Geografia Tradicional; (3) Geografia Crítica.
· c)
(1) Geografia Cultural; (2) Geografia Crítica; (3) Geografia Quantitativa.
· d)
(1) Geografia Tradicional; (2) Geografia Quantitativa; (3) Geografia Crítica.
· e)
(1) Geografia Tradicional; (2) Geografia da Percepção; (3) Geografia Quantitativa.
3)
No mural com a lista dos aprovados no vestibular, Aziz ficou entusiasmado com uma nota do professor Pierre Monbeig convocando os alunos do curso de Geografia para uma excursão de campo. A excursão referia-se a visita para a região de Sorocaba, Itu, Salto e Campinas, tendo sido essa excursão a responsável pela definição do rumo que Aziz tomou. O professor Monbeig foi seu grande inspirador, que mostrou-se um arguto observador. A vida de geógrafo de Aziz começou nessa oportunidade, em que ficou observando a paisagem, a sequência de cenários nos diferentes espaços, procurando já fazer suas primeiras interpretações. (...) Na excursão com o professor Monbeig tomou conhecimento dos diferentes relevos do Estado de São Paulo, como o litoral, a Serra do Mar, o Planalto Atlântico e a Depressão Periférica, essa última, mais tarde, objeto de suas pesquisas.
O texto apresenta o contato entre dois autores importantes para a Geografia Brasileira: Aziz Ab’Saber e Pierre Mombeig. Sobre este encontro é correto afirmar que:
Alternativas:
· a)
Foi um fato isolado na Geografia brasileira, sem maior importância ou representatividade histórica.
· b)
Ocorreu devido a combinação do ingresso de Ab’Saber com a visita de 2 meses de Mombeig ao Brasil para um Congresso de Geógrafos.
· c)
É similar ao encontro de Milton Santos com Paul Vidal de La Blache e marca a influência da Geografia francesa na brasileira.
· d)
Ocorreu devido a vinda da missão francesa para a organização das Universidades brasileiras e exemplifica a influência que a escola deste país teve sobre a Geografia brasileira.
· e)
Ocorreu num momento em que Ab’Saber começava a ganhar notoriedade com a publicação de seu primeiro livro e acabou influenciando suas demais produções.
4)
Durante longo tempo a geografia foi definida como uma pura forma de descrição da paisagem. Sua tarefa consistia em apreender a morfologia do espaço. O que significava essa morfologia, não se esclarecia. Com a emergência da geografia teorético-quantitativa, apresentada por seus teóricos como uma revolução na geografia, troca-se a paisagem pela geometria, em busca dos padrões de organização do espaço.
O método que as distingue decorre do que se objetivava apreender. Por isso, variarão entre uma e outra os elementos da teoria. O método veste a roupa que lhe dá a teoria. Concebida como uma teoria do real-aparente, seja este a paisagem e seja o padrão geométrico, em ambas versões a geografia é levada a realçar o lugar do empírico em suas leituras. (...). Por isso, se na geografia da paisagem o conteúdo, natural e/ou histórico, é levado em conta como um recurso de explicação do formal, na “new geography” ele é completamente descartado, em nome de uma completa desnecessidade da teoria, tal o poder de evidenciação ao conhecimento da realidade que para ela confere o modelo matemático.
No texto há uma crítica feita ESPECIFICAMENTE à Geografia teorético-quantitativa. Assinale a alternativa que aponta o trecho a partir do qual se pode inferir esta crítica:
Alternativas:
· a)
“a geografia foi definida como uma pura forma de descrição da paisagem”.
· b)
“a emergência da geografia teorético-quantitativa, apresentada por seus teóricos como uma revolução na geografia”
· c)
“Concebida como uma teoria do real-aparente, seja este a paisagem e seja o padrão geométrico, em ambas versões a geografia é levada a realçar o lugar do empírico em suas leituras.”
· d)
"ele (o conteúdo) é completamente descartado, em nome de uma completa desnecessidade da teoria, tal o poder de evidenciação ao conhecimento da realidade que para ela confere o modelo matemático.”
Alternativa assinalada
· e)
"O método que as distingue decorre do que se objetivava apreender. Por isso, variarão entre uma e outra os elementos da teoria."
5)
I -Friedrich Ratzel (1844-1904) desenvolve sua teoria em duas obras fundamentais, a Antropogeografia, de 1882, e a Geografia Política, de 1897, formulando uma maneira de ver a geografia com inspiração no organicismo sociológico de HerbertSpencer (1820-1903). Ratzel toma por princípio a visão integrada de Humboldt e Ritter, mas para ver na relação política, não na paisagem orgânica da superfície terrestre, o dado integrador. Os homens necessitam extrair do solo, um outro modo de Ratzel dizer seu chão espacial, os seus meios de vida. Para isto, precisarão criar um organismo que os integre em suas ações. Este organismo é o Estado. E é o Estado em seu casamento com o solo a origem da sociedade. O chão espacial é o elo orgânico da unidade Estado-sociedade, compondo a base deste complexo, e sendo por isso chamado por Ratzel de espaço vital.
 
COM ISSO,
 
II – As obras de Ratzel acabaram por servir de referência para justificar as pretensões expansionistas da Alemanha tanto no séc. XIX quanto no XX.
Sobre as duas afirmações acima, é correto afirmar que:
Alternativas:
· a)
As afirmações I e II são verdadeiras, mas a II não tem ligação com a I.
· b)
As afirmações I e II são verdadeiras e a II complementa a explicação da I.
· c)
A afirmação I é verdadeira e a II é falsa.
· d)
A afirmação I é falsa e a II é verdadeira.
· e)
Ambas as afirmações são falsas.

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