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LESÕES PRECURSORAS DO CÂNCER DE COLO UTERINO MEDICINA UFSM-GINECOLOGIA 7º SEMESTRE ACADÊMICOS GIORDANO ALVES, LUANA B. MARCELLA DAL BELLO, MILENE ANTUNES E NATHALIA SCHMITT A incidência e a mortalidade do câncer cervical tem diminuido pelo diagnostico precoce das lesões precursoras do câncer cervical( 3ª causa mais comum de neoplasia maligna no Br) Mesmo com a realização do CP algumas mulheres ainda desenvolverão ca de colo (kurmann,2000) NIC´s: neoplasias intra-epiteliais HPV: principal fator que predispõe as NIC´s e evolução para Ca colo HPV Subtipos 16, 18, 31, 33 PCR do vírus encontrado em 93% dos casos de carcinoma cervical- “ HPV PERCURSOR DO CA DE COLO” NIC´s: neoplasias intra-epiteliais Lesões precursoras do ca cervical epidermóide NIC: HPV já se integrou no genoma celular Sitema imune Hpv HPV vai alterar o epitélio celular cervical, respeitando a membrana basal São caracterizadas pela relação núcleo-citoplasma, atipias nucleares e mitoses São classificados de acordo com a espessura do tecido celular que foi acometido NIC 1: TERÇO INFERIOR DO EPITÉLIO NIC 2: DOIS TERÇOS INF DO EPITÉLIO NIC 3: MAIS DE DOIS TERÇOS DA ESPESSURA DO EPITELIO CP é coletado com células superficiais. Não pega células basais e parabasais- Atividade mitótica acelerada MB NIC NIC 1 NIC 2 NIC 3 EPIT. NORMAL CA INVASOR MICR MACR HISTÓRIA NATURAL DO CANCER CERVICAL: LESÃO INTRAEPITELIAL (HPV SE INSERE NO GENOMA CELULAR) EM MÉDIA 3 ANOS IN SITU (NIC III) –MB LIVRE, MAS ACOMETE TODO EPITÉLIO EM MÉDIA 6 ANOS CA MICROINVASOR EM MÉDIA 4,5 ANOS CA INVASOR ASCUS- ATIPIAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS DE SIGNIFICADO INCERTO Anormalidades epiteliais incertas(não atipia) Em até 5% dos CP´s realizados ASSOCIAR COLPOSCOPIA ( repetir 6-6 meses, ate 3 CP´s negativos) Mulheres em idade fértil x mulheres na menopausa AGCUS-ATIPIAS DE CÉLULAS GLANDULARES DE SIGNIFICADO INCERTO Se seu achado não for esclarecido pode ser indicado CONIZAÇÃO se persistir além de 2 anos com coletas semestrais Acompanhamento 6-6 meses, por 2 anos CP+COLPO PERSISTÊNCIA ALTERAÇÕES: curetagem endocervical + biopsia dirigida da ecto 60% REGRIDEM ESPONTÂNEAMENTE LIE DE BAIXO GRAU= NIC I EM TODAS AS MULHERES COM LIE DE ALTO GRAU DEVE SER REALIZADA COLPO+ BIOPSIA DIRIGIDA LESÕES INTRA-EPITELIAIS DE ALTO GRAU-NIC II E III Avanços na detecção Indicação da tipagem viral Inspeção visual Giordano Alves Biomarcadores são utilizados no rastreio e no seguimento das lesões intraepiteliais; Não há evidências suficientes que traduzam sua aplicabilidade clínica, mas a tendência de utilizá-los no futuro é grande. Avanços na detecção p16INK4a: Juntamente com o L1 do capsídeo viral, permitem alto valor preditivo positivo (p16+ e L1- 100% dos casos LIE AG); Quando p16- e L1- : 57% das LIE BG regrediram; P16 apresentou maior acurácia (0,95) comparado a tipagem para HPV (0,47). Avanços na detecção p21, p53 e pRb: Sumariamente, representam genes inibidores do crescimento, cujas funções estão suprimidas nas LIE, em especial nos vírus de alto potencial oncogênico (16 e18); Há evidência de relação da proteína E6 (inibe p53) com mau prognóstico nas LIE AG. Avanços na detecção Alfadistroglicana: glicoproteína transmembrana; Céls normais cervicais e vulvares: 80% presente; LIE BG: 14%; LIE AG: 67%; Ca invasor: 2,6%. Avanços na detecção VEGF, c-Fms e COX-2: O aumento de VEGF prenuncia invasão; C-Fms e COX-2 também, porém com menor potencial e menos evidências. Skp2: Nas lesões de alto grau e Ca, é positiva; Nas lesões de baixo grau, é negativa. Avanços na detecção Exame de sangue para HPV: Linfócitos são expostos a antígenos HPV-E7 e PMA nitrogen (+): Controle: 10% Infecção: 73% LIE: 50% Carcinoma: 91% Avanços na detecção Poderá, futuramente, ganhar espaço no rastreio da doença Nos modelos citológicos e colposcópicos utilizados hoje, sua indicação é restrita; Uma utilidade destacada é o seguimento pós-colonização das LIE AG; Outra possibilidade são os casos de ASC-US e ASC-H. Indicações da tipagem viral Nas lesões glandulares, é indicado em: ACG-NOS persistentes; ACG- favor neoplastic; LIE BG; Coloscopia – ou insatisfatória; Curetagem do canal positiva; Mais de 40 anos de idade. Indicações da tipagem viral SE Wright et al recomendam – a fim de diminuir gastos – exames a cada 3 anos se citologia e tipagem foram negativas; A microcolpo-histeroscopia nasceu como promessa, mas seu alto custo e baixa efetividade frente à citologia a deixou em segundo plano, por ora. Indicações da tipagem viral É a inspeção do colo à vista desarmada; Modalidades: VIA (acetic): aplicar ác. Acético a 2-5% no colo; VILI (lugol iodine): visualizar colo após embrocação com lugol. (s=90% vs 22% cito); Inspeção visual Ideal segundo Freitas et al: conjugação destes dois métodos Lesões escamosas e glandulares: causa comum, apesar de linhagens diferentes; Derivadas do tecido epitelial; Concomitância de: Lesão pré-maligna escamosa e glandular – 46 a 72%; Atipias de céls. glandulares (AGC) com potencial oncogênico e LIE AG – 67%. A doença glandular AGUS (atypical glandular cells of undetermined significance) - céls. glandulares atípicas de significado indeterminado A doença glandular AGC (atypical glandular cells) – céls. glandulares atípicas Sem significado claro; Sem origem topográfica determinada (colo, endométrio, outros órgãos); Sem significado patológico exato. O grupo oncogênico: A doença glandular AGC com potencial oncogênico (atypical glandular cells-favor neoplastic) Minimizar confusão: AGC/AGUS = doença glandular AGC/AGUS globalmente: 71% doença benigna; 29% alguma alteração importante (2,9% adenocarcinoma in situ; 5,2% adenocarcinoma invasor); AGC/AGUS potencial oncogênico: 50% lesão importante da endocérvice (maioria por lesão intraepitelial). A doença glandular Adenocarcinoma intraepitelial: enfoque distinto daquele da lesão intraepitelial escamosa; Não há estratificação no epitélio (única camada de céls. em paliçada); Lesão glandular até 4mm de profundidade; Não confundir com invasão do estroma (lesões dentro das glândulas); Localização no canal cervical: 1/3 inferior. Adenocarcinoma in situ Achado importante: laudo citopatológico negativo ou com lesão escamosa, em casos de adenocarcinoma intraepitelial. Freqüente associação de lesões escamosas e glandulares; Maior labilidade das céls. glandulares – lise. Adenocarcinoma in situ Escamosa ou glandular: diagnóstico se superpõe ao tratamento; Conização (frio, cirurgia de alta freqüência) é mandatória em NIC II ou NIC III (LIE AG), ou adenocarcinoma in situ. AGC/AGUS com potencial oncogênico: conização a frio pode ser indicada; Cirurgia alta freqüência NÃO está indicada para LIE AG que ascenda mais que 0,5cm no canal e nas lesões glandulares. Diagnóstico e tratamento Conização a frio! Sinalizador de doença residual e recidiva; Residual: diagnosticada até 6 meses após o procedimento; Recidiva: além de 6 meses (9 ou 12 meses); Tendência: residual/recidiva independente do prazo de aparecimento da lesão; Comprometimento das margens Correlação entre tabagismo e persistência da lesão (margens +) e recidiva (margens -); Margens negativas: ocorrência de doença residual/recidiva varia de 5 a 20%; Mais importante que margens positivas: Idade crescente da paciente; Grau de lesão; Envolvimento glandular. Comprometimento das margens Metade dos casos de margens + não apresentam mais lesão: observação; exames trimestrais; exames semestrais (pacientes de bom seguimento e sem baixa da imunidade). Correlação: HIV – margens positivas e doença residual/recidiva (estado imunológico da paciente). Comprometimento das margens Não existe distância mínima ideal a fim de conferir segurança; Quanto maior a distância, melhor. Distância da lesão às margens Até quando? Periodicidade? Falta de adesão das pacientes; Intervalos entre visitas podem variar de 3 a 6 meses; Duração do seguimento: 2 a 6 anos, ou mais; Período médio de recidivas: 3,2 anos; Mesmo quando margens livres – não há certeza da cura. Seguimento HCPA: exames de 3 em 3 meses até 2 anos, passando para semestrais até o 5º ano; após, anualmente. O primeiro tratamento eficaz de uma LIE AG talvez seja a única chance que uma paciente de mau seguimento tem de não vir a morrer de um câncer de colo uterino. Papel do HPV nas Lesões Pré-Malignas do Colo do Útero Vírus DNA de dupla hélice; Tropismo por pele e mucosas; Mais prevalente DST no mundo: estima-se que 70% terá contato; Pico de infecção: 20-22 anos; Aumento da prevalência em mulheres acima dos 50 anos de idade; Papilomavírus Humano Relação íntima entre HPV e CA de colo, vulva e vagina e suas respectivas lesões pré-invasoras; Praticamente, pode-se afirmar que não há CA de colo de útero sem infecção por HPV para iniciar o processo de oncogênese; Também relacionado com lesoes perineais, condilomatose do trato feminino e masculino, CA peniano e anal; Transmissão por contato direto, facilitado pela presença de fissuras; 80% das infecções são subclínicas e autolimitadas; Não causa viremia, não destrói célula hospedeira, não ativa células apresentadoras de antígeno; Não desencadeia resposta imune: permite infecção efetiva das células. Fisiopatologia do HPV em lesões pré-malignas do Colo de Útero Início da infecção pela camada basal: replicação viral junto com divisão celular; Amplificação do material genético ao migrar para a superfície; DNA viral em cápsulas é liberado; Pode haver integração do HPV ao genoma do hospedeiro ou não: importante para determinar o tipo de lesão que surgirá. -> Com a integração ao DNA: na maioria ocorre malignização; -> Sem a integração: condilomas, NIC de baixo grau ou infecção assintomática; Tipo de HPV; Tempo de infecção; Tabagismo; Coinfecção por outra DST; Doenças imunossupressoras; Entre outros, não há fatores únicos! Fatores importantes na integração ao DNA Alto Risco: 16, 18, 45 (os mais associados com CA de colo de útero), 31, 33, 35, 39, 51 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82; Provável alto risco: 26, 53,66; Baixo risco: 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108 (89). Classificação do HPV Diagnóstico de Infecção pelo HPV Não detectam a presença do HPV e sim alterações estruturais no epitélio que são sugestivas de infecção pelo vírus. Avaliação clínica Citologia Inspeção com ácido acético e lugol Colposcopia Histologia Métodos Indiretos Inspeção da genitália externa em busca de lesões condilomatosas pois a infecção pelo HPV pode ser multicêntrica. Avaliação Clínica Alterações celulares no colo uterino que podem ser diagnosticadas pelo Papanicolau. Infecção inicial tem células com coilocitose = núcleo picnótico contornado por halo claro do citoplasma. Casos mais acentuados possuem alterações nucleares menores (NIC I) ou maiores (NIC II ou NIC III) Citologia Aplicação de ácido acético 3 a 5% realça a lesão tornando-a acetobranca. Quanto mais grave for o processo de displasia, maior a concentração de material nuclear. Logo, mais intenso e duradouro será o efeito acetobranco. Teste de Schiller positivo = regiões com alterações displásicas tem menor produção de glicogênio , corando-se menos intensamente com lugol. Inspeção com Ácido Acético e Lugol Cuidado! Processos inflamatórios e metaplásicos também podem provocar a aparência acetobranca! Permite que seja examinada a vagina, a vulva e o ânus. Não é um exame definitivo. Apenas permite a identificação da área de alteração mais significativa. As lesões devem ser biopsiadas. Colposcopia Identificação de alterações morfológicas do epitélio. Padrão-ouro para o diagnóstico de lesões causadas pelo HPV. Histologia Permite identificar que o DNA viral está presente no sítio da infecção. Captura Híbrida 2 Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Métodos Diretos Permite que o DNA viral seja marcado por meio de reação de quimioluminescência e detectado in vitro. Permite a quantificação do vírus na amostra. Possibilita a detecção de 13 tipos de HPV de alto risco e 5 tipos de baixo risco. Não indica qual tipo específico de HPV foi detectado na amostra. Captura Híbrida 2 Permite a detecção de pequenas quantidades de HPV DNA. Informa o tipo específico de HPV na amostra. Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Permitem identificar se existe produção de anticorpos contra a infecção pelo HPV. Como não causa viremia, a resposta imunológica é inadequada, portanto, não é adequado para uso clínico. Métodos Sorológicos Testagem indiscriminada é inadequada pois teria um grande percentual de mulheres HPV positivas que não teriam ou nunca iriam desenvolver lesões cervicais. Falsa doença e impacto psicológico negativo. Quando fazer o teste? Pacientes com citopatológico com atipias celulares de significado indeterminado. Se positivo: seguimento em intervalos menores ou fazer colposcopia. Pacientes com mais de 30 anos. 2 testes e citologias negativas = rastreio a cada 3 anos. Se positivo = colposcopia. Seguimento pós-conizações de pacientes que trataram lesões de alto grau. Positivo = preditor para recidivas. Recomendado nas seguintes situações: Tratamento Não existe tratamento destinado à eliminação da infecção e sim os ablativos/excisionais das células e tecidos infectados. NIC de alto grau = tratamento. NIC de baixo grau pode ter conduta expectante, esperando que ocorra eliminação espontânea do HPV. Status Imunológico: a persistência/eliminação do vírus depende do sistema imune da paciente. Estilo de vida saudável: cessar tabagismo, atividade física e alimentação adequada podem ser fatores promotores para a eliminação. Preservativos: limitado pois trata-se de uma infecção genital (não restrita ao pênis). Sem recomendação formal para o uso. Fatores para a eliminação do HPV: Vacinas Serve como prevenção da infecção e suas lesões. São profiláticas e não têm atividade em pessoas previamente infectadas ou contra lesões cervicais. As aplicações devem ser feitas de acordo com a recomendação do fabricante sob o risco de diminuição da eficácia. São indicadas para crianças e mulheres na faixa de 9 a 26 anos. São seguras mas ainda não estão indicadas para gestantes e imunossuprimidas. Bivalente: subtipos 16 e 18 (causam 70% dos casos de CA de colo uterino). Quadrivalente: subtipos 16, 18, 6 e 11 (dois últimos causam 90% dos casos de verrugas genitais). Tipos
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