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Marianna Lopes – Clínica médica, 3° semestre FTC INTRODUÇÃO RINOSSINUSITES AGUDAS Inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais decorrente de processos infecciosos, bacterianos, virais e fúngicos (resfriado comum é a principal causa), podendo, ou não, estar associada a alergias e polipose nasossinusal • A etiologia é viral, destacando-se o rinovírus como agente principal, mas também corona vírus, vírus sincicial respiratório, entre outros • Após os primeiros dias, a secreção nasal pode ficar mais espessa e esverdeada devido à destruição de células epiteliais e neutrófilos • Sintomas são intensos até os 3 primeiros dias e costumam regredir entre 7º ao 10º dia • A rinossinusite bacteriana deve ser suspeitada quando os sintomas persistem após 10-14 dias Fatores de risco • Infecções virais das vias aéreas superiores (IVAS) • Rinite alérgica • Exposição ao tabaco • Anormalidades anatômicas das VAS • Corpo estranho • Barotrauma • Outros Manifestações clínicas • Obstrução e congestão nasal • Pressão ou dor facial • Comprometimento do olfato (hiposmia ou anosmia) • Rinorreia hialina ou mucoide • Espirros e irritação na garganta • Tosse e febre Diagnóstico clínico Há dificuldade na diferenciação entre etiologia viral, bacteriana, e rinite alérgica aguda (se atopia, quadros semelhantes anteriores, história familiar e fatores precipitantes) • A bacteriana deve ser suspeitada quando os sintomas persistem após 10-14 dias (regressão da clínica no quadro viral) ou os sintomas pioram após o 5º dia de evolução o Leve a moderada: Rinorreia, congestão nasal, tosse, cefaleia ou dor facial irritabilidade e febre baixa ou ausência de febre o Grave: Rinorreia purulenta, edema periorbitário e febre alta (acima de 39°C) Suspeita de complicações • Suspeita de complicações: Na SRA, a radiografia de seios da face e a tomografia computadorizada devem ser solicitadas • Sinais de aleta o Piora dos sintomas após 72 horas do início da antibioticoterapia o Surgimento de edema periorbitário com ou sem hiperemia o Cefaleia intensa com irritabilidade o Alterações visuais o Sinais de toxemia ou irritação meníngea Tratamento • Antitérmicos e analgésicos (ex.: paracetamol, dipirona) • Ingestão hídrica adequada, inalação de vapor e lavagem nasal com solução salina Marianna Lopes – Clínica médica, 3° semestre FTC o A obstrução ocorre devido à inflamação na região posterior temos as coanas, que ficam edemaciadas e reduzem o lúmen ao respirar • Alguns descongestionantes realizam vasoconstricção para reduzir o edema, mas, posteriormente, essa medicação faz o efeito rebote e, por isso, é melhor realizar a lavagem a fim de não acumular secreção, evitando também as infecções bacterianas o Contraindicações Hipertensão, hipertrofia prostática e glaucoma Uso de antidepressivos/inibidores da MAO Operadores de máquinas, atletas, motoristas e pilotos (sedação) • Corticoides sistêmicos caso o paciente apresente história de atopia e edema em mucosa nasal (uso limitado devido aos efeitos crônicos) OTITIE MÉDIA AGUDA (OAM) Processo infeccioso agudo e supurativo, sendo precipitado pela função prejudicada da trompa de Eustáquio, o que resulta em retenção e supuração das secreções retidas • A OMA geralmente responde prontamente à terapia antimicrobiana Epidemiologia Ocorre muito mais frequentemente em crianças do que em adultos, mas a incidência geral de OMA diminuiu nas últimas décadas • Vacinação pneumocócica de rotina em lactentes pode contribuir para esse declínio na incidência Etiologia • Streptococcus pneumoniae (principal) • Haemophilus influenzae (2º principal) • Moraxella catarrhalis • Staphylococcus aureus • Estreptococo do grupo A Manifestações clínicas • IVAS ou exacerbação da rinite alérgica sazonal (geralmente precede o início da OMA) • Unilateral e está associada a otalgia, audição diminuída ou abafada • Se houver rompimento da membrana timpânica, o paciente pode relatar um alívio repentino da dor, acompanhado de otorreia purulenta possivelmente • Febre alta, dor intensa atrás da orelha Diagnóstico com otoscopia • Membrana timpânica protuberante • Mobilidade reduzida da membrana timpânica quando a pressão pneumática é aplicada • Opacificação parcial ou completa da membrana timpânica • Eritema da membrana timpânica Tratamento Analgésicos associados à amoxicilina Complicações • Otite média crônica supurativa • Labirintite • Meningite • Mastoidite • Abscesso cerebral
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