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GABARITO SIMULADO BERNOULLI ENSINO MÉDIO 2 - 2021 - VOLUME 4 - PROVA I

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ENSINO MÉDIO 2 - 2021 - VOLUME 4 - PROVA I
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Língua estrangeira: Inglês
 ENSINO MÉDIO 2 - 2021 - VOLUME 4 - PROVA I
Língua estrangeira: Espanhol
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
Campaign calls for Paris “love locks” to be banned
With Paris’s bridges groaning under the weight of an estimated 
700,000 padlocks scrawled with lovers’ names, campaigners say 
it’s time to end the love locks “madness”.
For some they are a symbol of everlasting love. For 
others they are a rusting eyesore. But now the “love locks” – 
padlocks engraved with the names of lovers – that line 
the rails of Paris’s bridges may have met their match, as a 
campaign takes off to have them banned.
The No Love Locks campaign, which includes a petition 
that currently has over 1,700 signatures, was launched in 
February by two Americans living in Paris who were shocked 
at the extent of the trend across the city. The idea is that by 
attaching the locks to a public place and throwing away the 
key, the love it represents will become unbreakable. However, 
with an estimated 700,000 padlocks now attached to locations 
across the French capital, the weight could be putting the 
structural integrity of the city’s architecture at risk.
Disponível em: <http://www.theguardian.com>. 
Acesso em: 4 abr. 2014.
Com base na leitura do texto, infere-se que a campanha 
iniciada por duas estadunidenses residentes em Paris visa
A. 	 disseminar a cultura dos imigrantes na capital francesa. 
B. 	 fortalecer a simbologia da tradição romântica Love Locks.
C. 	 proibir manifestações amorosas em locais públicos.
D. 	 proteger as áreas verdes e os parques parisienses.
E. 	 preservar a integridade da arquitetura da cidade.
Alternativa E
Resolução: O texto descreve um problema causado por 
uma tradição segundo a qual duas pessoas que se amam 
devem prender um cadeado com as iniciais de seus nomes 
a um monumento da cidade de Paris para simbolizar seu 
amor. O problema é que o número excessivo de cadeados 
cria um sobrepeso nos monumentos, o que pode estar 
causando-lhes problemas estruturais. A campanha lançada 
tem como objetivo banir esse comportamento para preservar 
a integridade da arquitetura da cidade. Portanto, a alternativa 
correta é a E. As demais alternativas não encontram respaldo 
no texto e devem, portanto, serem descartadas.
9E7A
QUESTÃO 02 
It’s a scene so commonplace that it’s not necessary 
to specify the details. But it was on Wednesday night, 
in a restaurant in Cornwall. Next to us was a family of four, 
with two adult children. The daughter, in her mid-20s, was 
looking down beneath the table at her lap, the blue screen, 
periodically stabbing at it. The view, the food, the waitress 
setting the food down, her family – they could all go away. 
She was going to engage with the world that wasn’t there, 
condensed and switch off-able.
In Japan, it’s universally accepted as unacceptably rude 
to make a phone call when on public transport. It would be 
nice if people understood, not just the rudeness of preferring 
your phone to the physical presence of your friends, but how 
stupid it makes the phone-holder look. In a room of people 
looking down, or using their phone as an intermediary, the 
conspicuous intelligence, the obviously interesting presence 
is the face looking upwards and outwards, with curiosity; the 
best company is the one that meets a frank, flirtatious gaze 
with another one.
HENSHER, P. Disponível em: <https://www.theguardian.com>. 
Acesso em: 04 dez. 2018. [Fragmento]
O vício em smartphones tornou-se um problema que pode 
afetar a vida de um indivíduo de diversas maneiras. No texto, 
a referência ao Japão tem o propósito de
A. 	 valorizar a cultura oriental por ser mais respeitosa com 
o outro do que a cultura ocidental. 
B. 	 tentar convencer os leitores de que o uso de aparelhos 
celulares em público é inaceitável.
C. 	 criticar o fato curioso de os japoneses recusarem-se a 
atender chamadas telefônicas em público.
D. 	 citar um dos lugares do mundo que apresenta altos 
índices de dependência de smartphones. 
E. 	 contrastar diferentes atitudes relacionadas ao uso do 
smartphone em um ambiente social. 
Alternativa E
Resolução: No início do segundo parágrafo, o texto 
afirma que, no Japão, dar um telefonema quando se está 
no transporte público é algo considerado extremamente 
rude. Esse aspecto cultural do país é usado para fazer um 
contraponto com outros comportamentos ligados ao uso de 
celulares, como o presenciado pelo autor do texto em um 
restaurante que frequentou. Logo, a alternativa correta é a E. 
As demais estão incorretas porque: (A) embora o autor 
mencione o Japão no texto, seria exagerado dizer que sua 
intenção é valorizar as culturas orientais em detrimento 
das ocidentais, já que não se pode encontrar no texto um 
argumento que sustente essa afirmação; (B) o autor do texto 
se mostra incomodado com a tendência crescente em preferir 
o mundo virtual em vez da interação pessoal, mas não chega 
a declarar que usar telefones em público seja inaceitável; 
(C) o autor revela que não é comum entre os japoneses fazer 
chamadas telefônicas no transporte público, pois lá, isso é 
considerado extremamente rude. Esse fato, entretanto, não 
é mencionado com um tom de crítica; (D) o Japão é citado 
no texto com o objetivo de mostrar uma outra atitude em 
relação a aparelhos celulares.
1R4Y
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 03 
Disponível em: <https://brightside.me>. Acesso em: 31 maio 2017.
Os textos publicitários utilizam diversos recursos para 
alcançar seus objetivos. Essa peça publicitária busca suscitar 
uma mudança de comportamento no leitor ao enfocar os
A. 	 custos financeiros da produção madeireira.
B. 	 lucros provenientes do desmatamento ilegal.
C. 	 impactos do desmatamento na economia global.
D. 	 efeitos negativos resultantes do desmatamento. 
E. 	 motivadores econômicos do desmatamento ilegal.
Alternativa D
Resolução: A expressão “to pay a high price” é idiomática 
e indica que será preciso arcar com as consequências de 
algo. Com isso, conclui-se que o texto está apontando o alto 
preço que o planeta tem de pagar por cada árvore cortada, 
isto é, os efeitos negativos consequentes do desmatamento, 
conforme propõe a alternativa D. As demais alternativas 
devem ser descartadas porque: (A) embora no texto esteja 
escrito “The planet pays a high price [...]” e haja a imagem de 
um bolo de notas aludindo a um tronco cortado, os custos de 
que a peça publicitária realmentefala não são exatamente 
financeiros. Sabe-se que o desmatamento, na realidade, é 
uma atividade financeiramente lucrativa (e é justamente isso 
que a motiva). Contudo, ela implica altos custos ao planeta, 
como o aquecimento global, a desertificação, a seca, as 
inundações, etc.; (B) o trecho “The planet pays a high price 
[...]” já indica que o texto não faz referência aos lucros do 
desmatamento, e sim às consequências que ele traz. Além 
disso, o texto não fala exatamente do desmatamento ilegal, 
mas sim do desmatamento irresponsável (“thoughtless 
deforastation”), o qual pode estar de acordo com as leis 
e, ainda assim, prejudicar o meio ambiente; (C) conforme 
explicado anteriormente, a expressão “The planet pays a high 
price [...]” não deve ser interpretada literalmente, pois trata-se 
de uma metáfora para as consequências drásticas que a Terra 
enfrenta por causa do desmatamento. Não cabe, portanto, 
falar que o texto ressalta os impactos do desmatamento na 
economia global; (E) o texto não menciona os motivadores 
do desmatamento, e sim suas consequências. Além disso, a 
publicidade não enfoca apenas o desmatamento ilegal, mas 
todo tipo de desmatamento irresponsável.
MØTV QUESTÃO 04 
SINGER, A. Disponível em: <www.caggle.com>. 
Acesso em: 12 jun. 2019.
Nessa charge, a crítica está no fato de o governo 
estadunidense
A. 	 permitir a atuação fraudulenta dos fundos privados de 
investimento.
B. 	 tirar a vida de milhares de cidadãos no Iraque e no 
Afeganistão.
C. 	 subsidiar as organizações de apoio aos veteranos de 
guerra.
D. 	 gastar somas exorbitantes na construção de estradas.
E. 	 financiar ações que falham em alcançar seus objetivos.
Alternativa E
Resolução: O título da charge pode ser traduzido como: “Nós 
recompensamos o fracasso”. Em seguida, são apresentados 
quatro exemplos de como os Estados Unidos recompensam 
instituições cujas ações falham no cumprimento de seus 
objetivos, mesmo recebendo quantias exorbitantes de 
dinheiro. No primeiro quadro, é dito que os Estados Unidos 
desperdiçam 3 trilhões de dólares tirando a vida de pessoas 
no Iraque e no Afeganistão e que, ainda assim, os militares 
continuam recebendo mais investimentos. No segundo 
quadro, a crítica se dirige à incompetência do Departamento 
de Assuntos de Veteranos (V.A.) para diminuir o tempo 
que os ex-combatentes passam na fila de espera para 
receber atendimento médico. Mesmo o departamento tendo 
recebido 10 bilhões de dólares, o problema acabou piorando. 
No terceiro quadro, é dito que o Departamento de 
Transportes gasta bilhões para construir estradas e que, 
apesar disso, o trânsito piorou. No último quadro, a crítica se 
refere ao fato de as instituições financeiras sempre causarem 
crises e dificuldades econômicas para o país e, ainda 
assim, receberem dinheiro do governo para se manterem. 
F5KZ
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Dessa forma, conclui-se que a alternativa correta é a E, pois 
as quatro situações descritas são exemplos de um problema 
maior: a prática de financiar ações que não atingem os 
objetivos desejados.
QUESTÃO 05 
Some 60 miles apart, Dubrovnik, Croatia, and Kotor, 
Montenegro, are both striking walled cities on the Adriatic. 
But while the former is battling overtourism, the latter is still 
fighting for attention.
Dubrovnik has long been Croatia’s coastal star, luring 
travelers before Game of Thrones made it a top destination 
for fans eager to visit the locations of the HBO hit. But 
Hollywood’s spotlight has driven record numbers of visitors 
to Dubrovnik, threatening to overrun the walled old town, 
where about 1,000 residents have been overwhelmed by 
up to ten times that many visitors daily in high season. In 
2016, Unesco warned Dubrovnik that its World Heritage 
status was at risk unless something was done to ease the 
pressure. Something has been done, a campaign that now 
limits cruise passengers, who account for about 60 percent 
of the 1.2 million annual visitors, to 4,000 each morning and 
another 4,000 in the afternoon.
If that still sounds like too many, consider visiting Kotor. 
Kotor echoes Dubrovnik in its old quarter, a fortress built 
between the 12th and 14th centuries and filled with churches, 
cafes and homes with terra-cotta rooftops. In 2018, Kotor 
received nearly 140,000 tourists, a fraction of Dubrovnik’s.
GLUSAC, E. Disponível em: <https://www.nytimes.com/>. 
Acesso em: 20 jun. 2019. [Fragmento adaptado]
Nesse trecho de um artigo sobre destinos de viagem, a 
autora tem como objetivo
A. 	 ironizar a diferença no número de turistas em duas 
cidades tão próximas e tão semelhantes.
B. 	 lamentar os prejuízos causados à cidade de Dubrovnik 
devido ao turismo descontrolado.
C. 	 criticar Hollywood por superexpor um patrimônio da 
humanidade em uma série televisiva.
D. 	 relatar as queixas dos moradores de Kotor sobre a falta 
de estrutura turística da cidade.
E. 	 recomendar a cidade de Kotor para quem prefere um 
destino turístico menos procurado.
Alternativa E
Resolução: A autora do texto menciona a cidade de 
Dubrovnik na Croácia, que se tornou um local muito 
procurado por turistas depois de ter sido utilizado como 
locação para a série Game of Thrones. Para quem busca 
um destino com atrações semelhantes a Dubrovnik, mas 
menos movimentado, ela recomenda, no último parágrafo, 
a cidade de Kotor, em Montenegro, localizada a cerca de 90 
km de sua famosa vizinha. Sendo assim, a alternativa correta 
é a E. As demais estão incorretas porque: (A) não há pistas 
textuais que indicam que a autora adota um tom irônico. 
Ela apenas compara as duas cidades, recomendando Kotor 
para turistas que preferem um destino menos movimentado; 
CHBX
(B) não há indicações no texto de que a cidade tenha, de fato, 
sofrido prejuízos. Depois do alerta da Unesco, foram tomadas 
medidas para controlar o número de visitantes antes que a 
cidade fosse danificada e perdesse seu título de patrimônio 
cultural; (C) não é feita nenhuma crítica a Hollywood. 
A autora apenas relata que o sucesso da série Game of 
Thrones, que utilizou a cidade de Dubrovnik como locação, 
atraiu um número excessivo de turistas, ameaçando a 
integridade física local. Ao que tudo indica, a cidade não 
esperava um fluxo tão grande de visitantes; (D) o texto não 
apresenta qualquer queixa dos moradores de Kotor em 
relação ao turismo na cidade, portanto a alternativa não se 
sustenta.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
La visión de Ikea es inspirar para diseñar hogares 
basados en los espacios compartidos que nos conecten a 
nuestros vecinos y a otros vecindarios. Las viviendas podrán 
abrir o cerrar estancias al uso común, según el momento 
y necesidades de sus habitantes. Se podrá acceder a 
servicios compartidos que harán la vida más fácil, sostenible 
y menos solitaria. Y se lanza la idea de crear viviendas por 
suscripciones, no por alquiler, es decir una paga mensual por 
renta, otra para servicios diarios donde puede estar desde 
la comida a los cuidados o el ocio. Así multitud de opciones 
que pueden reducir los costes y a los que se puede acceder 
o no, según las necesidades individuales. Son conscientes de 
que se trata de una visión que no valdrá para todo el mundo, 
pero lo que tratan es de abrir el debate público, porque saben 
que Ikea en solitario no puede solucionar un problema global.
NIETO, M. Disponível em: <https://elpais.com>. 
Acesso em: 14 jun. 2019. [Fragmento]
No texto, observa-se que a visão da empresa Ikea para o 
futuro das residências ultrapassa a mera estrutura da casa, 
já que
A. 	 idealiza uma habitação sem privacidade, em que o 
compartilhamento é o valor maior.
B. 	 imagina uma convivência interligada, com redução de 
custos e melhora da qualidade de vida. 
C. 	 contempla as diversas possibilidades de uma vida 
sustentável,acessíveis a qualquer pessoa.
D. 	 projeta um ambiente de introversão, em que se pode 
aproveitar da vida familiar com segurança.
E. 	 implanta uma proposta de divisão dos bens, de acordo 
com as necessidades individuais.
Alternativa B
Resolução: Há a preocupação, ao longo de todo o texto, 
de tornar clara sua ambição de conceber um modo de 
viver interligado, que tornará a vida mais fácil e reduzirá 
os custos de vida. Portanto, está correta a alternativa B. 
A alternativa A está incorreta, pois não se fala de habitação 
sem privacidade, mas interligada e conectada. Uma coisa 
não está necessariamente relacionada à outra. A alternativa C 
está incorreta, pois não se fala que esse tipo de moradia será 
acessível a qualquer pessoa; pelo contrário, o texto informa 
que “son conscientes de que se trata de una visión que no 
valdrá para todo el mundo”. A alternativa D está incorreta, 
pois não se fala em criar um ambiente de introversão, mas 
de que há a possibilidade de “abrir o cerrar estancias al uso 
común, según el momento y necesidades de sus habitantes” 
diante de ambientes desenhados preponderantemente 
para o compartilhamento, caracterizando a versatilidade do 
espaço. A alternativa E está incorreta, pois não se fala em 
divisão de bens, mas de projetar uma nova maneira de utilizar 
serviços – de modo compartilhado –, e de relacionar-se 
com a moradia, que passaria a ser por assinatura desses 
serviços, não por pagamento de aluguel.
YCYN
QUESTÃO 02 
La Mujer Maravilla será embajadora de la ONU para 
empoderar a las mujeres
Será durante el lanzamiento de una campaña que tiene 
como objetivo la igualdad de género y el libre acceso a los 
derechos. Lynda Carter participará de la ceremonia.
La Organización de Naciones Unidas contará con los 
superpoderes de la Mujer Maravilla para una nueva campaña 
de defensa de los derechos de las mujeres y niñas. La 
heroína de la serie de dibujos animados y de historietas será 
oficialmente nombrada embajadora honoraria de Naciones 
Unidas para el empoderamiento de mujeres y niñas durante 
una ceremonia que se llevará adelante el 21 de octubre. […] 
La presidenta de DC Entertainment, Diane Nelson, asistirá 
junto a “invitados sorpresa”, posiblemente la actriz Lynda 
Carter, quien encarnó a la Mujer Maravilla en la exitosa serie 
televisiva en la década de 1970.
El evento servirá para lanzar una campaña que se 
extenderá por un año sobre la igualdad de género y el 
empoderamiento femenino, uno de los nuevos objetivos 
globales de la ONU para los próximos 15 años. 
Disponível em: <http://entremujeres.clarin.com>. 
Acesso em: 28 out. 2016. [Fragmento]
A notícia veiculada pelo jornal Clarín informa que o(a)
A. 	 heroína da DC será nomeada embaixadora honorária 
da ONU para o empoderamento feminino. 
B. 	 atriz Lynda Carter confirmou sua presença no evento 
da campanha que se estenderá por 15 anos.
C. 	 personagem Mulher Maravilha ganhará uma série que 
tratará do empoderamento de mulheres e meninas.
D. 	 Mulher Maravilha e a personagem Batman estarão 
presentes na campanha desenvolvida pela ONU. 
E. 	 evento de lançamento da campanha será realizado 
simultaneamente à estreia do filme em junho de 2017.
Alternativa A
Resolução: No primeiro parágrafo, o texto informa que a 
Mulher Maravilha será nomeada embaixadora honorária 
da ONU para o empoderamento feminino. Portanto, está 
correta a alternativa A. A alternativa B está incorreta porque 
a informação fornecida pelo texto é de que a atriz Lynda 
Carter poderia ser um dos convidados surpresa do evento 
da ONU. A alternativa C está incorreta porque a personagem 
não ganhará uma série, e sim teve uma série de sucesso 
na década de 1970. A alternativa D está incorreta porque há 
apenas uma previsão de que a intérprete da personagem 
compareça ao lançamento da campanha da ONU. Além 
disso, não se menciona a personagem Batman no texto. 
A alternativa E está incorreta, pois não se aborda o 
lançamento de um filme.
QUESTÃO 03 
Maestro del compostaje, una opción de empleo verde 
para personas sin trabajo
La necesaria mejora en la gestión de los residuos para el 
cumplimiento de las Directivas europeas dará lugar a nuevos 
empleos verdes, como el de maestro del compostaje, una 
profesión que se enseña a desempleados para ayudarles a 
encontrar trabajo y, a la vez, abordar un problema ambiental.
JIZI
T4ØT
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
El programa Maestría en Compostaje está coordinado 
por la organización ecologista Amigos de la Tierra y su 
objetivo es incidir en el tratamiento apropiado de la basura y 
su posterior utilización con el fin de caminar hacia el “residuo 
cero”, al tiempo que se promueven soluciones contra el 
desempleo y la precariedad laboral.
Marian Lorenzo es responsable del área de Recursos y 
Residuos de Amigos de la Tierra en Madrid y coordinadora 
del curso de Maestría en Compostaje que se impartirá por 
segunda vez en esta Comunidad entre los próximos días 
7 y 22 de septiembre, con la asistencia de una decena de 
desempleados de la región.
Disponível em: <www.efe.com>. Acesso em: 6 out. 2020. [Fragmento]
A notícia divulga uma formação em mestre de compostagem, 
uma profissão relevante no contexto atual. A expressão a la 
vez, utilizada no primeiro parágrafo do texto, indica que o(a)
A. 	 programa reduzirá o lixo a zero quando houver a 
erradicação do desemprego em Madri.
B. 	 problema do descarte do lixo será amenizado caso 
haja a contratação de pessoas desempregadas. 
C. 	 melhora na gestão dos resíduos criará postos de 
trabalho, embora não haja muitos desempregados em 
Madri. 
D. 	 organização Amigos de la Tierra contratará, após a 
finalização das aulas, as pessoas que fizerem o curso.
E. 	 formação ajudará pessoas desempregadas ao mesmo 
tempo que contribuirá para a resolução de um problema 
ambiental.
Alternativa E
Resolução: O texto em análise utiliza a expressão a la 
vez, que significa “ao mesmo tempo”, para expressar que, 
ao mesmo tempo que se ensinará uma nova profissão 
a pessoas desempregadas (mestre de compostagem), 
ajudando-as, se contribuirá para soluções referentes a um 
problema ambiental. Isso pode ser comprovado pelo seguinte 
trecho: “ […] una profesión que se enseña a desempleados 
para ayudarles a encontrar trabajo y, a la vez, abordar un 
problema ambiental”. Portanto, a alternativa correta é a E. 
A alternativa A está incorreta porque não haverá a redução 
do lixo a zero, apesar de ser um ideal da organização 
Amigos de la Tierra. Além disso, não se garante, no texto, 
a erradicação do desemprego, mas afirma-se que será 
ensinada uma profissão a fim de ajudar os desempregados. 
A alternativa B está incorreta porque não se afirma no texto 
que haverá a contratação de pessoas desempregadas ou 
que o problema dos resíduos se resolverá com a contratação 
dessas pessoas. A alternativa C está incorreta porque, 
ainda que a melhora na gestão de resíduos ajude a criar 
postos de trabalho, o texto não informa a quantidade de 
desempregados em Madri. A alternativa D está incorreta 
porque não se informa no texto que os alunos do curso de 
mestre de compostagem serão contratados pela organização 
Amigos de la Tierra. 
QUESTÃO 04 
ENEKO. Disponível em: <http://chorizosibericos.blogspot.com.br/>. 
Acesso em: 25 out. 2018. 
A charge do autor venezuelano Eneko tem por objetivo
A. 	 argumentar que a realidade beneficia trabalhadores e 
patrões no ato da negociação. 
B. 	 propor que a utopia esconde a verdadeira realidade 
dos trabalhadores nas negociações. 
C. 	 alegar que a utopia se distancia dos interesses dos 
trabalhadores em uma negociação. 
D. 	 criticar o fato de que a realidade das negociações é 
desvantajosa para os trabalhadores. 
E. 	 salientar que a utopia serve como argumento a favor 
dos patrões durante as negociações.
Alternativa D
Resolução: A charge coloca em discussão a atitude do 
patrão (reconhecido pelo paletó e gravata) diante do 
trabalhador (que utiliza capacete).Além disso, aquele tem 
um tamanho maior que este e lhe coloca a mão com grossos 
dedos sobre o ombro, o que permite inferir uma relação 
desigual de poder. Considerando isso, a alternativa A está 
incorreta, pois, embora se utilize a palavra “negociar”, não 
há uma real proposta de negociação entre ambos, já que o 
patrão propõe que o trabalhador se submeta a ele (e às suas 
propostas) quando lhe pede que negocie de joelhos no chão. 
Também não se pode afirmar que se está insinuando que 
a utopia esconde a verdadeira realidade dos trabalhadores, 
como na alternativa B, pois ela corresponde às aspirações 
de transformação de sua realidade, a qual se supõe que lhe 
seja desvantajosa. A alternativa C também está incorreta, 
pois é do interesse dos trabalhadores que em alguma medida 
a utopia se realize em uma negociação com seus patrões. 
6K2G
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Por fim, a utopia não serve como argumento a favor dos 
patrões, como propõe a alternativa E, senão estes não 
proporiam que os trabalhadores a deixassem de lado, mas 
que a levassem em consideração ao negociar. Portanto, está 
correta a alternativa D, já que, de fato, o que se denota é que 
os desejos dos trabalhadores são irrealizáveis do ponto de 
vista dos patrões, que lhes chamam de “utopias” (um plano 
ideal imaginário, mas pouco ou nada passível de se efetivar).
QUESTÃO 05 
Disponível em: <http://elheraldodesaltillo.mx>. Acesso em: 01 set. 
2017.
O governo do estado de Coahuila, no México, lançou 
a campanha ¡Platícame! como incentivo ao cuidado da 
saúde mental e prevenção do suicídio. O uso de verbos no 
imperativo na campanha cumpre a função de 
A. 	 sugerir ao leitor que ele precisa de tratamento.
B. 	 ordenar que o leitor ligue para o número indicado.
C. 	 instruir o leitor sobre o tratamento de doenças mentais.
D. 	 compelir o leitor a se sentir obrigado a buscar ajuda.
E. 	 estimular o leitor a agir e buscar ajuda especializada.
Alternativa E
Resolução: O uso de verbos no imperativo na campanha 
tem por objetivo estimular o leitor a agir e a buscar ajuda 
especializada, tornando correta a alternativa E. As demais 
alternativas são incorretas, pois o imperativo pode ser usado 
para dar ordens, sugestões, instruções, etc. porém, na 
campanha, sua função é fazer uma chamada à ação para 
que o leitor cuide de sua saúde mental.
UØOR
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
Poeta do hediondo
Sofro aceleradíssimas pancadas 
No coração. Ataca-me a existência 
A mortificadora coalescência 
Das desgraças humanas congregadas! 
Em alucinatórias cavalgadas, 
Eu sinto, então, sondando-me a consciência 
A ultrainquisitorial clarividência 
De todas as neuronas acordadas! 
Quanto me dói no cérebro esta sonda! 
Ah! Certamente eu sou a mais hedionda 
Generalização do Desconforto... 
Eu sou aquele que ficou sozinho 
Cantando sobre os ossos do caminho 
A poesia de tudo quanto é morto!
ANJOS, A. Eu e outras poesias. Porto Alegre: L&PM Editores, 2012.
Augusto dos Anjos se consagrou como poeta sombrio e 
pessimista na literatura brasileira. Importante elemento da 
sua produção poética, a metalinguagem se expressa no 
poema anterior por meio de um eu lírico que se revela como
A. 	 vítima da ingrata tarefa de romantizar liricamente a 
existência humana.
B. 	 porta-voz solitário das tristezas humanas, da 
negatividade e do luto.
C. 	 ser atormentado pela lucidez e brilhantismo das 
palavras amorosas.
D. 	 sujeito elevado fadado a compilar os sofrimentos da 
raça humana.
E. 	 indivíduo ávido por conservar uma poética vinculada 
ao prazer.
Alternativa B
Resolução: No poema de Augusto dos Anjos, o eu lírico, na 
última estrofe, evidencia a metalinguagem ao se referir a si 
mesmo como um porta-voz solitário que canta a poesia dos 
mortos, ou seja, aquele que guarda a dor, o luto e a tristeza 
humana. Está correta, assim, a alternativa B. A alternativa 
A está incorreta, pois o eu lírico não romantiza liricamente a 
existência humana, mas a lamenta, expondo dor e sofrimento 
em seus versos. A alternativa C está incorreta, pois não há 
qualquer referência a palavras amorosas, mas, antes, uma 
menção a dor e sofrimento, relacionados às desgraças 
humanas. A alternativa D está incorreta, pois o eu lírico 
não se posiciona como um sujeito elevado, mas sim como 
uma “generalização do desconforto”, demonstrando-se 
amargurado e melancólico. A alternativa E está incorreta, 
pois o texto não menciona o prazer, mas, ao contrário, o 
sofrimento, a dor, a solidão e o luto.
JTV9 QUESTÃO 07 
Maior torre de energia solar do mundo 
é construída em deserto de Israel
Na paisagem das areias do deserto do Negev, no sul de 
Israel, uma torre de 250 metros de altura – o equivalente a um 
prédio de 50 andares – se destaca. Trata-se da torre da usina 
solar de Ashalim, parte do esforço das autoridades israelenses 
para produzir, até 2020, 10% de sua energia através de fontes 
renováveis; hoje, este percentual é de 2,5%.
A mais alta do mundo em um projeto de energia solar 
térmica concentrada, a torre de Ashalim é circundada por 
50 600 espelhos controlados por computador (heliostatos), 
distribuídos por uma área de 3 km2. Esses espelhos 
acompanharão a movimentação do Sol de modo a refletir 
luz sobre uma caldeira localizada no alto da torre, durante 
o maior tempo possível ao longo do dia.
A radiação solar infravermelha capturada pelos espelhos 
e refletida sobre a caldeira criará um processo térmico de 
vapor que moverá enormes turbinas, gerando energia elétrica 
“limpa”. Quando pronta, no primeiro trimestre de 2018, 
a usina de Ashalim produzirá 121 megawatts de energia 
solar, suficientes para iluminar 125 mil casas, evitando a 
emissão anual de 110 mil toneladas de dióxido de carbono.
“A eletricidade será gerada a partir do vapor da mesma 
forma que geraria uma usina de gás ou de carvão, mas 
a energia não vem de combustíveis fósseis e sim do Sol. 
É uma obra de porte para quem quer investir em energia limpa”, 
diz o engenheiro uruguaio Jacinto Durán-Sanchez, diretor-
-geral da usina solar.
KRESCH, D. Disponível em: <http://www.bbc.com>. 
Acesso em: 13 set. 2017. [Fragmento]
No texto, uma característica do gênero notícia é a
A. 	 informatividade sobre um fato real e atual da energia solar.
B. 	 autoridade da opinião do diretor-geral da usina israelense.
C. 	 persuasão para que governos invistam em energia limpa.
D. 	 comprovação do fato informado com dados estatísticos.
E. 	 expressão da opinião da autora a respeito da torre.
Alternativa A
Resolução: A questão solicita que se aponte a característica 
presente no texto que permite identificá-lo como pertencente 
ao gênero jornalístico notícia. Considerando que as principais 
características desse gênero são seu cunho informativo e 
impessoal, em linguagem clara, formal e objetiva, que verse 
sobre fatos reais do cotidiano, identifica-se como correta a 
alternativa A, pois o texto se caracteriza pela informatividade 
sobre um fato real e atual da energia solar. A autoridade da 
opinião do diretor-geral da usina solar, sugerida em B, não 
consiste em característica que define esse gênero, sendo 
apenas um tipo de argumento dentro do texto que valide as 
informações fornecidas, da mesma forma que a comprovação 
do fato informado com dados estatísticos, sugerida em D. 
Não há elementos no texto que permitam inferir qualquer 
forma de persuasão para que outros governos invistam 
em energia limpa, como proposto em C, pois a intenção da 
notícia é informar, e não convencer. Por fim, o gênero notícia 
não admite a expressão da opinião dos autores sobre o tema 
abordado, o que invalida a alternativa E.
JU4Z
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 08 
Andar rápido, torcer para o sinal abrir logo para 
atravessar, correr do ponto de ônibus até em casa. Atitudes 
comuns a muitas mulheres que têm medo de andar 
sozinhas levaramà criação do movimento “Vamos juntas?”, 
uma espécie de convite à união de desconhecidas contra 
a insegurança das grandes cidades. Entre as mais de 
90 mil pessoas que curtiram a página do Facebook em duas 
semanas, são muitos os relatos de moradores do Rio de 
Janeiro buscando e oferecendo companhia para momentos 
que consideram perigosos.
A ideia surgiu no Rio Grande do Sul, quando Babi Souza, 
de 24 anos, percebeu como era reconfortante encontrar outra 
pessoa do mesmo sexo em situações de risco.
Além de aumentar a segurança, a estratégia também 
acaba criando amizades.
O próximo passo do “Vamos Juntas?” é a criação de 
uma plataforma para unir mulheres que estejam próximas e 
desejem companhia.
SOUZA, E. Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 22 ago. 
2018. [Fragmento] 
A reportagem anterior apresenta um movimento social cujo 
objetivo é
A. 	 auxiliar mulheres em situações de insegurança.
B. 	 oferecer treinamento de autodefesa para mulheres.
C. 	 orientar as mulheres sobre o que fazer em situações 
de risco.
D. 	 criar uma plataforma digital de debates de assuntos 
femininos.
E. 	 funcionar como uma rede de relacionamento para 
novas amizades.
Alternativa A
Resolução: O movimento “Vamos juntas?”, como descrito 
no texto, surgiu da sensação de insegurança que muitas 
mulheres sentem ao andar sozinhas na rua. A proposta do 
movimento é que as mulheres se unam e auxiliem umas às 
outras para enfrentar, juntas, esses momentos, criando uma 
rede de solidariedade. Está correta, portanto, a alternativa A. 
A alternativa B está incorreta, pois o movimento não oferece 
treinamento de autodefesa para mulheres, mas consiste 
apenas numa rede de solidariedade. A alternativa C está 
incorreta, pois não é objetivo do movimento orientar as 
mulheres sobre o que fazer em situações de risco, mas sim 
ajudar umas às outras nesses momentos – o que, claro, 
pode ocorrer por meio de dicas sobre comportamento 
em determinadas situações, mas não exclusivamente. 
A alternativa D está incorreta, pois embora o movimento 
tenha como objetivo criar uma plataforma digital, seu intuito 
não é debater assuntos femininos de modo geral, mas 
sim auxiliar mulheres que estejam próximas e precisam 
de companhia a se encontrarem. A alternativa E está 
incorreta, pois não é objetivo do movimento ser uma rede 
de relacionamento para novas amizades; estas podem ser, 
sim, consequências das situações de ajuda mútua em que 
as mulheres se encontram.
Q1DO QUESTÃO 09 
MUCHA, A. M. Biscoitos Lefèvre Utile. 1896. Litografia. 62 × 43,5 cm.
A obra de Alphonse Maria Mucha, produzida durante a Belle 
Èpoque, tem como objetivo
A. 	 valorizar a estética sobre a função da publicidade.
B. 	 incentivar o consumo dos biscoitos pela população. 
C. 	 seduzir os consumidores por meio da arte pela arte. 
D. 	 prosperar o fabricante de biscoitos por meio da 
propaganda. 
E. 	 desenvolver a identidade visual acerca da função do 
produto. 
Alternativa A
Resolução: A obra de Alphonse Maria Mucha retrata uma 
mulher cujos movimentos do tecido das roupas, dos cabelos 
e do material com que é feito o chapéu se aproximam de 
arabescos e do formato de raízes, caules, folhas – ou seja, 
movimentos próprios de elementos da natureza. Essa mesma 
moça, com um prato de biscoitos em uma das mãos, está à 
frente de um letreiro, o qual se pode inferir a palavra “útil”, do 
francês. Assim, associando elementos visuais e verbais, a 
peça assemelha-se a uma publicidade. No entanto, por ser 
uma produção da Belle Époque, infere-se que a arte está 
em todos os lugares, sendo valorizada em toda e qualquer 
oportunidade, a fim de que não fosse o foco apenas a 
funcionalidade prática, mecânica de tudo o que era produzido 
na época. Logo, está correta a alternativa A. Se considerada 
apenas a função social do cartaz, o objetivo da obra seria 
realmente apenas vender os biscoitos – no entanto, não se 
pode concluir, a partir de todo o trabalho artístico da obra, que 
seja esse seu papel –, o que invalida a alternativa B. A arte em 
si não apresentava função na Belle Époque, era exatamente 
produzida tendo como motivo único a existência não funcional. 
7BOQ
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Dessa maneira, não seria seu objetivo seduzir para qualquer 
consumo, mas apenas existir – o que torna incorreta a 
alternativa C. A propaganda – e sua função comercial – não 
era o objetivo puro e simples da obra de Mucha, que a produziu 
exatamente com o intuito de que ela não fosse uma criação 
com função econômica, o que torna a alternativa D incorreta. 
O produto – biscoitos – “funciona” como elemento nutricional, 
no entanto, na peça retratada, não se verifica uma identidade 
visual acerca dessa função, uma vez que o retrato está mais 
associado a linhas naturais que a substâncias nutricionais. 
Logo, a alternativa E está incorreta.
QUESTÃO 10 
A Cavalgada
A lua banha a solitária estrada... 
Silêncio!... mas além, confuso e brando, 
O som longínquo vem se aproximando 
Do galopar de estranha cavalgada.
São fidalgos que voltam da caçada; 
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando, 
E as trompas a soar vão agitando 
O remanso da noite embalsamada...
E o bosque estala, move-se, estremece... 
Da cavalgada o estrépito que aumenta 
Perde-se após no centro da montanha...
E o silêncio outra vez soturno desce, 
E límpida, sem mácula, alvacenta 
A lua a estrada solitária banha...
CORREIA, R. Poesias. 4. ed. Rio de Janeiro: Annuario do Brasil, 1922. 
No poema de Raimundo Correia, o refinamento da escrita 
parnasiana pode ser verificado na produção de imagens 
que remetem ao
A. 	 místico, indicado pelo tom fúnebre e profético que o 
ambiente escuro propicia aos viajantes.
B. 	 disforme, perceptível na evocação da matéria 
fantasmagórica que se move por um vale de trevas.
C. 	 profano, relacionado à observação da felicidade alheia 
ocasionada pelos prazeres mundanos da caça.
D. 	 mistério, presente na relação distante dos homens com 
os elementos da natureza impossíveis de identificar.
E. 	 belo, difundido em versos em que o sujeito poético 
demonstra fascínio pelo cenário iluminado pela Lua.
Alternativa E
Resolução: O Parnasianismo foi uma estética literária que 
nasceu como reação ao Romantismo, buscando se opor 
ao sentimentalismo exacerbado desta escola, eliminando 
quase que totalmente a subjetividade e presando pelo rigor 
da forma poética, pela construção de versos limpos, bem 
elaborados, descritivos, com poucas figuras de linguagem 
e basicamente nenhuma emotividade. É o que se pode 
notar no poema “A Cavalgada”, de Raimundo Correia, em 
que a cena descrita pelo sujeito poético remete à beleza e 
revela, por meio do emprego de poucos adjetivos – soturno, 
límpida, sem mácula, alvacenta –, o fascínio pelo cenário 
observado, ainda que sem transmitir emotividade ou 
sentimentalismo em relação ao que se relata. Está correta, 
assim, a alternativa E. A alternativa A está incorreta porque 
o místico não é uma característica do Parnasianismo. 
9BW8
Ao contrário, essa escola prezava pelo objetivo, pelo real, e 
a sua sucessora, o Simbolismo, irá justamente priorizar os 
aspectos místicos em oposição ao rigor dos parnasianos. 
A alternativa B também está incorreta porque, como 
mencionado, os parnasianos prezavam pelo rigor, pela 
descrição objetiva, não evocando matéria fantasmagórica, 
mas sim uma paisagem real, observada pelo sujeito poético 
sem emotividade. A alternativa C está incorreta porque 
não é uma característica do Parnasianismo falar sobre o 
profano, não se podendo interpretar que o sujeito poético 
de “A Cavalgada” classifique os prazeres da caça como 
mundanos, haja vista que apenas descreve a cena dos 
fidalgos voltando da caçada de forma objetiva, sinalizando 
que eles chegam alegres, cantando e rindo, não fazendo 
qualquer juízo de valor sobre essa situação. A alternativa 
D está incorreta porque não se nota, no poema, qualquer 
aspecto de mistério no que tange à relação dos homens coma natureza, mas, como dito, apenas a descrição objetiva da 
cavalgada e a exposição de um fascínio do sujeito poético 
sobre a noite enluarada.
QUESTÃO 11 
Querido pessoal de humanas: a ideia de vocês é 
ótima. Mas vocês não entendem nada de economia. Se a 
gente abolir a escravidão, o país vai quebrar. É claro que 
a escravidão não é o ideal. O ideal era que todo mundo 
ganhasse alguma coisa pelo trabalho que faz. Nem que 
fosse um trocadinho. Mas nem tudo é perfeito. Não existe 
almoço grátis.
Ninguém estudou a fundo o impacto econômico desse 
negócio de abolição. Quando você põe a abolição na ponta 
do lápis, a conta não fecha. De onde é que vai sair o dinheiro 
pra pagar o escravo? Do bolso do abolicionista é que não é. 
A resposta você já tem: vai sair do bolso do empresário. 
Se o negócio hoje já tá difícil pro jovem empreendedor, imagina 
se ele tiver que pagar pelo trabalho dos escravos que ele 
comprou com o suor do próprio rosto! O sujeito vai quebrar. 
E quem é que se ferra? Só o empresário? Negativo. Quem 
se ferra é todo mundo. Inclusive o escravo, que agora, além 
de escravo, vai ser desempregado. Quer dizer, no caso dele, 
acho que dá mais ou menos no mesmo. Fora o escravo, 
que pra ele tanto faz, todo mundo se ferra, porque o investidor 
vai correr pra um país em que ele não precise pagar pela 
mão de obra. E o que é que acontece? O país quebra. 
Fundamentos de economia, pessoal. Não sou eu quem tá 
falando. É Adam Smith.
DUVIVIER, G. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 28 fev. 2017. [Fragmento] 
Por meio de uma voz ficcional que dialoga com um hipotético 
público-alvo e faz sucessivos questionamentos, o autor 
objetiva criticar 
A. 	 o discurso escravocrata, que parecia defensável 
quando vigorava no cenário brasileiro. 
B. 	 as garantias trabalhistas, que são fonte de insegurança 
econômica aos empresários. 
C. 	 os profissionais da área de humanas, que encarnariam 
uma visão utópica da realidade.
D. 	 a retórica economicista, que privilegia a dimensão 
econômica em vez de questões sociais. 
E. 	 as teorias econômicas de Adam Smith, que são 
aplicadas há anos no cenário brasileiro. 
WAM5
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa D
Resolução: Em sua crônica, por meio da ironia, no sentido 
de dizer o contrário do que de fato se deseja dizer, Gregório 
Duvivier critica a retórica economicista, isto é, a importância 
dada por alguns à economia em detrimento de questões 
sociais. Para cumprir esse objetivo, Duvivier cria uma voz 
que defende a escravatura com base na ideia de que, se 
não existirem escravos, “o país quebra”, o que, atualmente, 
é visto como uma opinião absurda e, até mesmo, desumana. 
Essa estratégia corrobora a crítica feita pelo autor de 
que a questão econômica não pode se sobrepor à social 
e, principalmente, à humana. Está correta, portanto, a 
alternativa D. A alternativa A está incorreta porque, apesar 
de o uso da ironia pelo autor indicar que ele critica o discurso 
escravocrata, seu objetivo principal não é esse, sendo esta 
apenas uma estratégia para a crítica à visão economicista. 
A alternativa B está incorreta porque o autor não critica 
as garantias trabalhistas; ao contrário, infere-se, da sua 
argumentação, que esse seria um aspecto defendido pelo 
autor nas relações de trabalho, uma vez que ele demonstra 
dar importância às questões sociais. A alternativa C 
também está incorreta, uma vez que Duvivier não critica os 
profissionais das ciências humanas, mas, ao contrário, indica 
dar razão a eles quando se posicionam contra a retórica 
economicista. Por fim, a alternativa E está incorreta porque 
o autor não critica as teorias econômicas de Adam Smith, 
mas sim aqueles indivíduos que se valem dessa teoria para 
defender posicionamentos que não consideram questões 
sociais, valorizando apenas os aspectos econômicos das 
relações de trabalho.
QUESTÃO 12 
Canto de regresso à pátria
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo
ANDRADE, O. Pau Brasil. 2. ed. São Paulo: Globo, 2003. 
(Coleção Obras Completas de Oswald de Andrade).
YX7T
A identidade nacional foi tema recorrente nas produções 
artísticas da Primeira Fase do Modernismo. No poema de 
Oswald de Andrade, esse aspecto está presente na
A. 	 valorização dos ideais nacionais, que se pautam na 
beleza da natureza.
B. 	 alusão a um cenário utópico, que remete às crenças 
dos navegadores.
C. 	 crítica social, que se constrói a partir da sátira ao 
idealismo romântico.
D. 	 referência religiosa, que retoma os valores tradicionais 
de Portugal.
E. 	 linguagem rebuscada, que se aproxima do rigor literário 
clássico. 
Alternativa C
Resolução: O poema “Canto de regresso à pátria” é uma 
paródia da famosa “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias. 
Enquanto no poema romântico o eu lírico valorizava o 
nacionalismo por meio da referência às belezas e riquezas do 
Brasil, o poema modernista retoma a questão da identidade 
brasileira, contudo, fazendo uma crítica ao cenário. Isso 
pode ser constatado, por exemplo, pelo emprego do termo 
“palmares” – em vez do original “palmeiras” – para aludir ao 
Zumbi dos Palmares e à história da escravidão no Brasil. 
Está correta, assim, a alternativa C. A alternativa A está 
incorreta, pois o poema de Oswald de Andrade quebra com 
os ideais românticos de nacionalismo, retomando a questão 
da pátria com uma visão mais crítica. A alternativa B está 
incorreta, pois o poema não remete a um local utópico, 
mas sim à cidade de São Paulo, de onde o eu lírico vem. 
A alternativa D está incorreta, pois a menção a Deus no 
verso “Não permita Deus que eu morra” não pode ser tida 
como uma retomada de valores tradicionais portugueses. 
Essa é apenas a expressão do desejo do eu lírico que 
não deseja morrer sem antes retornar para sua terra (São 
Paulo). A alternativa E está incorreta, pois a linguagem do 
Modernismo buscou romper com o rigor literário clássico 
(especialmente, parnasiano), empregando termos simples e, 
muitas vezes, até coloquiais. Uma mudança nesse sentido 
pode ser observada na primeira estrofe, em que o poema 
troca o original “aves” pelo simples “passarinhos”.
QUESTÃO 13 
Ombudsman é um profissional contratado por um órgão, 
instituição ou empresa que tem a função de receber críticas, 
sugestões, reclamações e deve agir em defesa imparcial da 
comunidade. A palavra passou às línguas modernas pelo 
sueco (“ombudsman” significa “representante”). De fato, 
em 1809, surgiram, na Suécia, normas legais que criaram 
o cargo de agente parlamentar de justiça para limitar os 
poderes do rei. Atualmente, o termo é usado tanto no 
âmbito privado quanto no âmbito público para designar um 
elo imparcial entre uma instituição e sua comunidade de 
usuários.
Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/usuario/id/27/>. 
Acesso em: 2 mai. 2014 (Adaptação).
ØC12
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Depreende-se do texto anterior que a representatividade 
do profissional que desempenha a função de ombudsman, 
atualmente, está relacionada ao(à)
A. 	 aumento da produtividade nas atividades públicas e 
privadas.
B. 	 fortalecimento da ligação entre os governantes e a 
sociedade. 
C. 	 função exercida por certos cargos políticos em prol do 
bem comum.
D. 	 manutenção da qualidade tanto do setor público quanto 
do privado.
E. 	 representação delimitadora do poder delegado aos 
governantes.
Alternativa D
Resolução: Segundo o texto, o ombudsman é hoje contratado 
por empresas públicas e privadas para receber críticas, 
sugestões, reclamações, para defender, de modoimparcial, 
a comunidade. Portanto, está correta a alternativa D. 
A alternativa A está incorreta, pois o fator de produtividade 
de uma empresa ou instituição não é mencionado pelo texto. 
A alternativa B está incorreta, pois a descrição do cargo no 
fragmento não aborda se ocorreu mudanças na relação 
entre os governantes e a sociedade. A alternativa C está 
incorreta, pois não há menção de que seja um cargo político, 
apenas aponta que pode atuar no âmbito privado e público. 
A alternativa E está incorreta, pois apenas são mencionadas 
as atribuições do ombudsman, não as dos governantes, 
não ficando evidente a delimitação ou amplitude do poder 
governamental.
QUESTÃO 14 
Cracolândia é símbolo fascinante e repugnante da 
possibilidade de fuga
Os craqueiros, expulsos da cracolândia original, levaram 
seu fluxo para a Praça Princesa Isabel.
A reportagem de Roberto de Oliveira, na Folha de 29 
de maio, nos diz como se sentem os moradores das ruas da 
nova cracolândia: “Não saio mais com bolsa”; “Costumava 
ir ao cinema à noite, mas vou agora [15h]”; “Eles abordam 
os moradores a todo momento.”
Entrar no fluxo do crack não significa ser livre, claro. Mas 
podemos observar o seguinte: os craqueiros da cracolândia 
são um assunto tão importante, na cidade, porque eles são 
o símbolo, fascinante e repugnante, da possibilidade de fugir 
de todas as obrigações que constrangem a nossa vida – e 
isso logo em troca de um prazer muito efêmero.
Nosso horror diante da andança dos craqueiros talvez 
seja o efeito de uma questão que eles nos colocam: o que 
é ser livre?
Para introduzir uma aula de Filosofia sobre liberdade, 
eu levaria meus alunos à Praça Princesa Isabel.
CALLIGARIS, C. Disponível em: <http://contardocalligaris.com.br>. 
Acesso em: 10 jun. 2017. [Fragmento]
56T4
A compreensão da conclusão do texto exige que o leitor 
pressuponha que a
A. 	 realidade vista sem preconceitos é um mecanismo 
adequado para lidar com a complexidade da noção de 
liberdade.
B. 	 Filosofia é, segundo o autor, tão apta a tratar o problema 
dos usuários de drogas quanto as intervenções 
médicas.
C. 	 tese defendida é a de que a liberdade de escolhas é 
uma regra social que deve se submeter ao direito à 
vida.
D. 	 percepção acerca da miséria do outro desperta 
consciência sobre os prejuízos causados pelo uso de 
drogas.
E. 	 introdução ao pensamento deve partir da realidade 
para que não se perca em reflexões fúteis e abstratas.
Alternativa A
Resolução: O articulista Contardo Calligaris comenta o 
fato de usuários de crack, após serem expulsos de uma 
das cracolândias de São Paulo, terem se mudado para a 
Praça Princesa Isabel. Ele levanta, ainda, o questionamento 
sobre o que é ser livre: entregar-se ao prazer efêmero das 
drogas ou lidar com “todas as obrigações que constrangem 
nossa vida”. Sua conclusão, por fim, é a de que é necessário 
analisar sem julgamentos esses usuários de crack para 
buscar a compreensão de o que é ser livre. Assim, está 
correta a alternativa A.
QUESTÃO 15 
Clamando
Bárbaros vãos, dementes e terríveis
Bonzos tremendos de ferrenho aspeto,
Ah! deste ser todo o clarão secreto
Jamais pôde inflamar-vos, Impassíveis!
 
Tantas guerras bizarras e incoercíveis
No tempo e tanto, tanto imenso afeto,
São para vós menos que um verme e inseto
Na corrente vital pouco sensíveis.
 
No entanto nessas guerras mais bizarras
De sol, clarins e rútilas fanfarras,
Nessas radiantes e profundas guerras...
 
As minhas carnes se dilaceraram
E vão, das ilusões que flamejaram,
Com o próprio sangue fecundando as terras...
CRUZ E SOUSA, J. Broqueis. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 23 ago. 2018. 
O Simbolismo foi um movimento que abarcou a Literatura, 
o Teatro e as Artes Plásticas. As características desse 
movimento são reveladas, no texto de Cruz e Sousa, pela
8Q38
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A. 	 estruturação poética que rejeita figuras de linguagem.
B. 	 narração de um eu lírico que reflete objetivamente 
sobre a vida.
C. 	 recuperação de temas românticos que se associam ao 
nacionalismo. 
D. 	 evocação de um sentimento fúnebre que expõe tristeza 
e insatisfação. 
E. 	 enumeração de imagens que projetam um futuro 
macabro para a humanidade.
Alternativa D
Resolução: O Simbolismo foi um movimento artístico 
fortemente marcado pelo pessimismo e pela temática da 
morte, da tristeza, do tom fúnebre, do mistério e da dor. 
Essas características podem ser constatadas no poema de 
Cruz e Sousa, um dos principais expoentes do movimento, 
por meio da evocação de um negativismo que traz à tona 
o funesto, a dor, como nos versos “As minhas carnes se 
dilaceraram / E vão, das ilusões que flamejaram / Com 
o próprio sangue fecundando as terras...” Está correta, 
assim, a alternativa D. A alternativa A improcede, pois não 
é característica do Simbolismo uma estruturação que rejeita 
figuras de linguagem, mas, ao contrário, os simbolistas 
criticam o rigor dos parnasianos e abusam das figuras 
de linguagem de modo a produzir uma arte que consiga 
transmitir sua mensagem por meio de representações 
simbólicas. A alternativa B está incorreta, pois o eu lírico 
simbolista é altamente subjetivo, retomando, nesse 
sentido, o Romantismo. A alternativa C está incorreta, 
pois o Simbolismo, embora se aproxime do Romantismo 
pela retomada do sentimentalismo e do subjetivismo, não 
trata de temas nacionalistas típicos do período romântico. 
A alternativa E está incorreta, pois embora a projeção de 
imagens, no poema, seja completamente negativa, esta se 
limita ao presente, não se propondo a desenhar ou antever 
o que ou como será o futuro da humanidade.
QUESTÃO 16 
Filme conta a história do menino africano que 
descobriu o vento e ajuda a refletir sobre nossas 
atitudes
A resenha do livro de William Kamkwamba, que na 
verdade contou sua história para o jornalista Bryan Mealer 
escrever, foi publicada no Razão Social do dia 6 de setembro 
de 2011. Então com 24 anos, o rapaz do moinho de vento 
estava, na época, cursando Engenharia Ambiental no Colégio 
Dartmouth, em Hanover, Estados Unidos, um dos mais 
respeitados do país. Ele já tinha feito palestras na conferência 
global TED, aprendeu inglês, tornou-se conhecido em todo 
o mundo, e eu temia que sua velha aldeia, junto à família, 
passassem a ser apenas uma foto pendurada na parede.
Pois não é que a história de Kamkwamba virou filme? Foi 
produzido pela Netflix, que o exibe desde o dia 1º de março. 
Chama-se O menino que descobriu o vento e foi dirigido por 
Chiwetel Ejiofor. O ator que representa Kamkwamba é muito 
bom, assim como todo o elenco. Assisti neste fim de semana 
e recomendo, embora para os corações mais sensíveis 
eu recomende pular a cena em que o menino encontra 
o cachorro morto de fome. Mas a narrativa se assemelha 
bastante à história real de Kamkwamba.
48K9
A história de Kamkwamba é inspiradora sob diversos 
pontos de vista.
GONZALES, A. Disponível em: <http://www.globo.com>. 
Acesso em: 21 jun. 2019. [Fragmento]
A resenha crítica apresenta um breve resumo sobre o 
filme O menino que descobriu o vento e recomenda-o ao 
leitor. No entanto, a autora faz uma concessão, marcada 
linguisticamente por uma
A. 	 coordenação que usa a conjunção “mas”. 
B. 	 subordinação que utiliza a conjunção “embora”.
C. 	 adição sequencial que se serve da conjunção “e”. 
D. 	 referenciação que conta com o pronome relativo “que”.
E. 	 comparação que emprega a locução conjuntiva “assim 
como”.
Alternativa B
Resolução: A concessão feita pela autora da resenha é 
uma cena na qual o cachorro morre de fome. Para marcar 
sintaticamente essa exceção de cenas, dentre todas as 
outras – recomendadas – do filme, é feito uso da conjunção 
“embora”, que estabelece uma relação de subordinação 
entre a recomendação do filme e a informação sobre o 
triste fato narrado. Assim, está incorreta a alternativa B. 
A conjunção “mas” estabelece uma relação opositiva – o 
filme é recomendado,porém apresenta uma cena não 
recomendada. No entanto, seu uso é adversativo, não 
concessivo. Além disso, a ocorrência do “mas”, no texto, 
poderia ser também da conjunção “e”, uma vez que adiciona 
outra nova informação ao fragmento. Desse modo, está 
incorreta a alternativa A. “E” é uma conjunção aditiva, mas 
não é seu uso que expõe uma concessão à indicação da 
autora, o que torna a alternativa C incorreta. O pronome 
relativo “que” estabelece uma relação entre a Netflix e a 
informação de que esse stream exibe o filme desde março 
de 2018. Desse modo, está incorreta a alternativa D. Ao 
estabelecer a comparação pelo uso de “assim como”, a 
autora pretende generalizar a informação de que o elenco 
é muito bom – portanto, não faz uma concessão, o que 
invalida a alternativa E.
QUESTÃO 17 
Relatos de que a música faz bem para a saúde são 
muito antigos, desde o período antes de Cristo. Em 1944, 
porém, durante a Segunda Guerra Mundial, experiências 
musicais feitas com ex-combatentes demonstraram que a 
utilização da música e seus elementos ajudaram a diminuir 
a dor, o estresse e a ansiedade nos veteranos de guerra. 
Esses resultados deram origem à profissionalização da 
musicoterapia.
Estudos recentes têm demonstrado que a musicoterapia 
pode ajudar no enfrentamento do câncer. Um deles, realizado 
em 2011 pela Universidade de Drexel (Estados Unidos), com 
atualizações divulgadas em agosto de 2016, mostrou que 
esse tipo de terapia parece contribuir para o alívio da dor, 
da ansiedade e da fadiga. Ainda segundo esse estudo, a 
musicoterapia pode contribuir para a diminuição do número 
de medicamentos tomados pelos pacientes oncológicos, 
assim como o tempo de internação.
Disponível em: <https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/>. 
Acesso em: 25 nov. 2018.
PZDY
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Os argumentos presentes no texto contribuem para a defesa da ideia de que a musicoterapia pode
A. 	 eliminar a necessidade de internação por atuar em domicílio.
B. 	 induzir os pacientes ao relaxamento e à aceitação do tratamento. 
C. 	 substituir a medicação química oferecida a pacientes oncológicos.
D. 	 atuar eficazmente no tratamento de doenças físicas e psicológicas.
E. 	 profissionalizar os veteranos de guerra em nova área de conhecimento.
Alternativa D
Resolução: A questão propõe que o aluno identifique, por meio da argumentação apresentada no texto, a tese defendida por 
seu autor. O texto apresenta uma experiência realizada com ex-combatentes durante a Segunda Guerra Mundial e também 
estudos recentes realizados por uma universidade, cujos resultados positivos corroboram com a ideia de que a musicoterapia 
pode atuar de maneira eficaz no tratamento de doenças físicas, como o câncer, e psicológicas, como a ansiedade. Dessa 
forma, a alternativa correta é a D. A alternativa A propõe que a musicoterapia pode eliminar a necessidade de internação por 
atuar em domicílio, o que está incorreto, pois a informação apresentada no texto é de que pode reduzir o tempo de internação 
dos pacientes. A alternativa B está incorreta porque sugere que a tese seja a capacidade da musicoterapia de induzir os 
pacientes ao relaxamento e à aceitação do tratamento, o que não pode ser inferido da argumentação apresentada no texto. 
A alternativa C propõe que a tese do texto coloca a musicoterapia como capaz de substituir a medicação química oferecida a 
pacientes oncológicos, o que está incorreto, pois a informação fornecida no texto é de que essa terapia ajuda na diminuição 
do número de medicamentos tomados por tais pacientes. A alternativa E sugere que a tese apresenta a musicoterapia como 
útil na profissionalização dos veteranos de guerra em nova área de conhecimento, o que está incorreto, pois o texto afirma 
que a área foi profissionalizada ao ter os ex-combatentes como pacientes, e não como terapeutas.
QUESTÃO 18 
WATTERSON, B. Disponível em: <http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2010/10/sintaxe-do-periodo-simples.html>. 
Acesso em: 07 mar. 2015.
Na tira de Calvin e Haroldo, a expressão “sobre morte” relaciona-se ao substantivo “negócio”, por isso é, estruturalmente, 
um termo ligado ao nome. 
O mesmo valor sintático de “sobre morte” é encontrado no termo em destaque: 
A. 	 “Eu não entendo esse negócio [...].”.
B. 	 “[...] qual a razão de viver?”.
C. 	 “[...] tem frutos do mar.”. 
D. 	 “Eu não sei por que [...].”. 
E. 	 “[...] eu converso com você [...].”. 
Alternativa B
Resolução: Na estrutura “esse negócio sobre morte”, objeto direito do verbo “entendo”, o núcleo “negócio”, substantivo 
abstrato, exige um complemento para seu sentido, da mesma forma que o verbo “negociar” também o exige – um objeto direto. 
Isso acontece porque tanto “negócio” quanto “negociar” não têm sentido completo. Portanto, “sobre morte” é complemento 
nominal de “negócio”. Assim, entre as alternativas, a única que expõe sublinhado também um complemento nominal é a B, 
já que “razão”, bem como o verbo “racionalizar” não apresentam sentido completo, exigindo um complemento. O termo que 
completa “razão”, portanto, é “de viver”, complemento nominal.
3RSG
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 19 
A nossa crença na realidade da vida e na realidade do mundo não são, com efeito, a mesma coisa. A segunda provém 
basicamente da permanência e da durabilidade do mundo, bem superiores às da vida mortal. Se o homem soubesse que o 
mundo acabaria quando ele morresse, ou logo depois, esse mundo perderia toda a sua realidade, como a perdeu para os antigos 
cristãos, na medida em que estes estavam convencidos de que as suas expectativas escatológicas seriam imediatamente 
realizadas. A confiança na realidade da vida, pelo contrário, depende quase exclusivamente da intensidade com que a vida 
é experimentada, do impacto com que ela se faz sentir.
ARENDT, H. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br>. Acesso em: 07 ago. 2018. [Fragmento]
A filósofa alemã Hannah Arendt reflete sobre as realidades da vida e do mundo em seu texto. A articulação de suas ideias 
tem o objetivo de 
A. 	 criticar a visão utópica da realidade de um mundo perfeito ou superior.
B. 	 desassociar questionamentos sobre crenças coletivas, como as dos cristãos.
C. 	 negar antigos conceitos individuais e coletivos acerca do que é a vida e a morte. 
D. 	 compreender a vida como uma experiência profunda que leva à crença de sua realidade.
E. 	 valorizar manifestações coletivas como formas de sustentar a realidade da vida e do mundo.
Alternativa D
Resolução: No texto, Hannah Arendt reflete sobre a realidade do mundo e a realidade da vida, ponderando que a segunda está 
relacionada à forma como se vive a vida, à sua intensidade. Logo, a vida, de acordo com a filósofa alemã, é uma experiência 
profunda, e sua realidade está condicionada à forma como se passa por essa experiência. É correta, assim, a alternativa D. 
A alternativa A improcede, pois a autora não discorre sobre um mundo perfeito e utópico, mas, ao contrário, cita a crença 
escatológica (do fim do mundo) dos antigos cristãos. A alternativa B é incorreta, pois o objetivo da autora não é desassociar 
questionamentos sobre crenças coletivas, mas refletir sobre o modo como essas crenças impactam na vida, compreendida 
como uma experiência profunda. A alternativa C é incorreta, pois a autora não nega antigos conceitos, mas apenas os menciona 
para ilustrar a visão de mundo dos antigos cristãos. A alternativa E é incorreta, pois a autora não valoriza manifestações 
coletivas, mas reflete que a compreensão da vida depende da forma como ela é experenciada por cada um individualmente.
QUESTÃO 20 
Mas a essência do feminismo é universal e ao mesmo tempo muito específica. Muitos desses livros [clássicos literários] 
falam de experiências com as quais não consigo me identificar. Meu feminismo nasceu porque ainda criança lembro que me 
disseram que não podia participar de certos rituaismuito próprios da minha cultura por ser mulher. Lembro de pensar que 
aquilo não tinha sentido. Cresci cercada de mulheres corajosas e notei que nós sempre estamos atuando. Vi mulheres muito 
fortes que, na presença de homens, mudam. Sempre fui consciente disso e, obviamente, há uma parte de mim interessada 
nas histórias de mulheres.
Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 04 out. 2018. [Fragmento adaptado]
A escritora nigeriana Chimamanda Adichie revela alguns aspectos significativos de sua vida pessoal, associando-os às suas 
posições políticas. No trecho, a escritora destaca
A. 	 a importância de uma literatura universal para as mulheres afrodescendentes.
B. 	 o número elevado de homens machistas, mas corajosos atualmente.
C. 	 a dificuldade de atuação dos homens em contextos feministas.
D. 	 a ausência de guias literários explicativos sobre o feminismo.
E. 	 a restrição persistente a atividades para o gênero feminino.
Alternativa E
Resolução: A escritora Chimamanda Adichie, famosa por seu posicionamento feminista e suas obras voltadas para esse 
conteúdo, destaca, no trecho em questão, as restrições impostas às mulheres para o desenvolvimento de determinadas 
atividades. Exemplo disso pode ser confirmado no fragmento “Meu feminismo nasceu porque ainda criança lembro que me 
disseram que não podia participar de certos rituais muito próprios da minha cultura por ser mulher”. A alternativa que aponta 
corretamente esse entendimento é a E. A alternativa A não procede, pois a autora não fala sobre a importância de uma literatura 
universal, mas, justamente ao contrário, evidencia como alguns clássicos literários tratam de questões com as quais ela – e 
consequentemente muitas mulheres – não se identifica. Tampouco discorre sobre uma literatura voltada especificamente 
para afrodescendentes, não se encontrando essa informação em sua fala. A alternativa B está incorreta, pois a autora não 
fala sobre o número de homens machistas, tampouco os classifica como corajosos, mas foca sua fala no papel das mulheres, 
principalmente das mulheres fortes, com as quais teve contato e que despertaram seu interesse para suas histórias. A alternativa 
C está incorreta, pois a autora não discorre sobre a dificuldade de atuação dos homens em contextos feministas, não fazendo 
referência a homens em sua fala. A alternativa D está incorreta, pois a autora não questiona a ausência de guias literários 
sobre o feminismo, mas discute a literatura universal que retrata mulheres de uma maneira com a qual ela não se identifica.
BCR9
P3Q6
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 21 
Dona Margarida, sem hesitação, contou o que havia [Cassi havia atacado Clara e ela engravidara]. A mãe de Cassi, 
depois de ouvi-la, pensou um pouco e disse com ar um tanto irônico: 
– Que é que a senhora quer que eu faça? 
Até ali, Clara não dissera palavra. Ao ouvir a pergunta de Dona Salustiana, não se pôde conter e respondeu como fora de si: 
– Que se case comigo. 
Dona Salustiana ficou lívida: 
– Que é que você diz, sua negra? Ora, vejam vocês, só! É possível? É possível admitir-se meu filho casado com esta... 
Casado com gente dessa laia... Qual!... Que diria meu avô, Lord Jones, que foi cônsul da Inglaterra em Santa Catarina – que 
diria ele, se visse tal vergonha? Qual! 
BARRETO, L. Clara dos Anjos. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 10 jun. 2019. [Fragmento]
As obras pré-modernistas de Lima Barreto apontam para os problemas sociais vivenciados pelo Brasil no início do século XX, 
entre os quais, observa-se, no trecho de Clara dos Anjos, uma
A. 	 valorização de títulos políticos.
B. 	 denúncia ao preconceito racial.
C. 	 ambição pelo poderio financeiro.
D. 	 ânsia pelo casamento obrigatório.
E. 	 alusão à maior importância do masculino. 
Alternativa B
Resolução: Após ter sido molestada e engravidada por Cassi, Clara procura a família dele para exigir uma reparação. Contudo, 
é recebida com desdém e indiferença pela mãe do sujeito, que a maltrata simplesmente por ser negra. Fica evidente, assim, 
a denúncia do preconceito racial na sociedade da época, que é muito bem demonstrado no trecho “Que é que você diz, sua 
negra? Ora, vejam vocês, só! É possível? É possível admitir-se meu filho casado com esta... Casado com gente dessa laia...”. 
Logo, está correta a alternativa B. Tanto Clara quanto Cassi e Dona Salustiana não apresentam descrições com títulos políticos 
– apenas é mencionado que o avô de Dona Salustiana foi um Lord, título não político, conferido a alguns indivíduos ingleses. 
Logo, não há qualquer relação entre a época, no Brasil, o texto e a valorização de títulos políticos, o que torna a alternativa 
A incorreta. Clara não evidencia ambição por um poder financeiro. Além disso, o objetivo da conversa é pedir que Cassi se 
case com Clara, pois a engravidou, não havendo interesse financeiro no diálogo, mas, muito mais, uma reparação moral. 
Assim, está incorreta a alternativa C. Pelo contexto da obra, sabe-se que Clara foi molestada por Cassi, que a engravidou. 
Dito isso, a moça não está à procura de um casamento compulsório, mas de uma reparação de sua dignidade, para poder ter 
seu filho sem ser marginalizada pela sociedade da época. Além disso, esse elemento – casamento compulsório – não pode 
ser considerado uma característica do período Pré-Modernista. Portanto, está incorreta a alternativa D. A grande importância 
dada aos homens, na sociedade da época, fica menos marcada, uma vez que as duas mulheres estão a negociar um possível 
casamento com o intuito de que haja uma restituição moral a uma delas. Dessa maneira, está incorreta a alternativa E.
QUESTÃO 22 
Animal não é brinquedo. Sente fome, frio e medo.
Por isso, não pode ser descartado e deixado à própria sorte nas ruas. Quando você leva um animal para sua casa, 
a responsabilidade pela vida – e qualidade de vida – dele é sua.
Disponível em: <http://centervet1.blogspot.com>. Acesso em: 04 out. 2018. [Fragmento]
O elemento de coesão que traduz a coerência entre o slogan da campanha e o parágrafo seguinte apresenta a ideia de
A. 	 causa.
B. 	 conclusão.
C. 	 explicação.
D. 	 conformidade.
E. 	 consequência.
Alternativa B
Resolução: O elemento “Por isso” estabelece a coesão entre o slogan da campanha publicitária e o parágrafo seguinte, 
conferindo a ideia de conclusão, ou seja, explicando, conclusivamente, o porquê de os animais não poderem ser descartados 
como brinquedos. A alternativa que aponta esse entendimento é a B. As alternativas A, C, D e E não procedem, pois a ideia 
traduzida pelo elemento coesivo não é de causa, explicação, conformidade ou consequência.
3397
N53O
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 23 
DAHMER, A. Disponível em: <http://www.malvados.com.br>. Acesso em: 28 mar. 2018.
Há uma crítica à sociedade contemporânea na tirinha anterior, a qual se constrói a partir da contradição expressa no(a)
A. 	 temor demonstrado pelo empresário à viabilidade do projeto. 
B. 	 aversão apresentada por um dos personagens à causa ambientalista.
C. 	 incompatibilidade entre objetivos ambientalistas e interesses empresariais.
D. 	 consentimento do autor do plano com os embargos apresentados à proposta.
E. 	 associação da palavra “holocausto” aos problemas ambientais contemporâneos.
Alternativa C
Resolução: Na tirinha, nota-se uma crítica à sociedade contemporânea e seus hábitos destrutivos por meio do diálogo entre 
duas personagens, em que fica clara a incompatibilidade das ideias apresentadas. Nesse sentido, observa-se que a primeira 
personagem diz ter um plano para salvar os jovens da destruição do meio ambiente. No entanto, ela afirma que esse plano é 
lucrativo, dando a entender que atende aos ideais capitalistas. A alternativa que aponta esse entendimento é a C. A alternativa 
A improcede, pois o empresário não demonstra temor quanto à viabilidade do projeto, mas apenas questionase ele é lucrativo, 
revelando que seu maior interesse é financeiro, e não ambientalista. A alternativa B é incorreta, pois as personagens não 
demonstram aversão a causas ambientalistas, mas se mostram interessadas nelas, desde que atendam a seus objetivos 
capitalistas. A alternativa D é incorreta, pois não foram apresentados embargos à proposta, mas apenas foi questionado se 
ela é lucrativa. A alternativa E é incorreta, pois não há contradição no uso da palavra “holocausto” na contemporaneidade, 
haja vista que esse termo tem, no contexto, o sentido de destruição, extermínio.
QUESTÃO 24 
O vinho de Hebe
Quando do Olimpo nos festins surgia
Hebe risonha, os deuses majestosos
os copos estendiam-lhe, ruidosos,
E ela, passando, os copos lhes enchia...
A Mocidade, assim, na rubra orgia
Da vida, alegre e pródiga de gozos,
Passa por nós, e nós também, sequiosos,
Nossa taça estendemos-lhe, vazia...
E o vinho do prazer em nossa taça
Verte-nos ela, verte-nos e passa...
Passa, e não torna atrás o seu caminho.
Nós chamamo-la em vão; em nossos lábios,
Restam apenas tímidos ressábios,
Como recordações daquele vinho.
CORREIA, R. In: Melhores poemas de Raimundo Correia. Rio de Janeiro: Global Editora, 2001.
U7B6
LS1O
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
As referências à mitologia greco-latina são utilizadas pelo 
poeta para contrapor a abundância de prazeres do passado 
à escassez do presente, de modo a abordar o tema da
A. 	 combinação de sonho e realidade na visualização das 
figuras mitológicas.
B. 	 constância do sofrimento que caracteriza a experiência 
no mundo material. 
C. 	 passagem do tempo que produz a inevitável mudança 
de estado do eu lírico.
D. 	 alternância entre o subjetivismo na percepção passada 
e o racionalismo atual.
E. 	 transcendência experimentada no passado por meio 
do contato com a divindade. 
Alternativa C
Resolução: Considerando que o tema abordado pelo poeta, 
por meio da contraposição entre a abundância de prazeres do 
passado e a escassez do presente, refere-se a um tempo feliz 
que “Passa, e não torna atrás o seu caminho”, percebe-se 
que o tema é a passagem do tempo, que produz a inevitável 
mudança de estado do eu lírico da abundância para a 
escassez. Está correta, portanto, a alternativa C. A alternativa 
A propõe que o tema seja a combinação de sonho e realidade 
na visualização das figuras mitológicas, o que está incorreto, 
pois a utilização da mitologia ocorre de maneira metafórica, 
simbolizando na taça cheia a abundância. A alternativa B 
sugere que o tema seja constância do sofrimento que 
caracteriza a experiência no mundo material, o que está 
incorreto, pois o passado é descrito como alegre, o que 
revela uma alternância de estados, e não uma constância 
do estado negativo. A alternativa D sugere que o tema seja 
a alternância entre o subjetivismo na percepção passada 
e o racionalismo atual, o que não pode ser inferido, pois a 
abordagem de ambos os tempos ocorre de forma objetiva. 
Por fim, a alternativa E sugere erroneamente que o tema 
seja a transcendência experimentada no passado por meio 
do contato com a divindade, pois a presença da divindade 
mitológica é apenas uma metáfora para representar a 
abundância na figura da taça cheia.
QUESTÃO 25 
Depois continuava dizendo, como se realmente 
estivesse apaixonado:
– Oh, princesa Dulcineia, senhora deste cativo coração! 
Muito me ultrajastes ao despedir-me e reprovar-me com a 
rigorosa obstinação de mandar-me não aparecer diante de 
vossa formosura. Comprazei-vos, senhora, recordar deste 
vosso subjugado coração, que tantas penas padece por 
vosso amor.
Com esse ia alinhavando outros disparates, todos na 
maneira que seus livros haviam lhe ensinado, imitando sua 
linguagem o quanto podia. Por isso caminhava devagar – 
e o Sol subia tão rápido e tão ardente que poderia derreter 
os miolos dele, se tivesse alguns.
CERVANTES, M. Dom Quixote. São Paulo: Centauro, 2012.
YDNH
Os elementos da prosa narrativa podem se combinar 
infinitamente, criando nuances que guiam o leitor pelo 
caminho almejado pelo autor. No trecho de Dom Quixote, 
o narrador realça o(a)
A. 	 ponto de vista sobre a personagem ao descrevê-la 
como tola e disparatada.
B. 	 despropósito no grau de formalidade do tratamento 
entre cavaleiros e princesas.
C. 	 determinação da personagem, que persegue o ideal 
romântico de forma imprudente.
D. 	 importância do amor entre a personagem e Dulcineia, 
ponto-chave no desenrolar da fábula.
E. 	 admiração pela desenvoltura na eloquência da 
personagem e pelo uso da linguagem literária.
Alternativa A
Resolução: A linguagem adotada pelo narrador de Dom 
Quixote evidencia sua opinião sobre a personagem. Em 
“como se realmente estivesse apaixonado” o narrador 
transparece a incredulidade acerca das motivações 
emocionais da empreitada de Dom Quixote. Em outras 
passagens, ao referir-se aos pensamentos da personagem 
como “disparates”, dizer que estava “imitando a linguagem” 
e que não tem miolos, fica claro que, para o narrador, ele 
é um tolo. Assim, está correta a alternativa A. A alternativa 
B está incorreta, pois a obra é uma sátira aos romances 
de cavalaria, nos quais a figura da princesa e do cavaleiro 
eram primordiais. A alternativa C está incorreta, pois a 
determinação de Dom Quixote fica clara em seu discurso 
apaixonado, no entanto, o narrador não compra tal 
motivação. A alternativa D está incorreta, pois a paixão 
por Dulcineia é desmotivada e descreditada pelo narrador. 
Finalmente, a alternativa E está incorreta, pois o narrador 
mostra que Dom Quixote imita a linguagem literária sem 
consciência daquilo que diz.
QUESTÃO 26 
Elevação
Por sobre os pantanais, os vales orvalhados,
As montanhas, os bosques, as nuvens, os mares,
Para além do ígneo sol e do éter que há nos ares,
Para além dos confins dos tetos estrelados,
Flutuas, meu espírito, ágil peregrino,
E, como um nadador que nas águas afunda,
Sulcas alegremente a imensidão profunda
Com um lascivo e fluido gozo masculino.
Vai mais, vai mais além do lodo repelente,
Vai te purificar onde o ar se faz mais fino,
E bebe, qual licor translúcido e divino,
O puro fogo que enche o espaço transparente.
796T
EM 2ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Depois do tédio e dos desgostos e das penas
Que gravam com seu peso a vida dolorosa,
Feliz daquele a quem uma asa vigorosa
Pode lançar às várzeas claras e serenas;
Aquele que, ao pensar, qual pássaro veloz,
De manhã rumo aos céus liberto se distende,
Que paira sobre a vida e sem esforço entende
A linguagem da flor e das coisas sem voz!
BAUDELAIRE, C. As flores do mal. Tradução de Ivan Junqueira. 
São Paulo: Nova Fronteira, 2012.
Charles Baudelaire se insere no prenúncio do movimento 
simbolista na França, figurando como um dos principais 
poetas desse período. “Elevação” representa os ideais 
simbolistas pelo(a)
A. 	 tom que evoca o aspecto místico.
B. 	 paisagem que representa a natureza.
C. 	 conservadorismo que rege a crítica social.
D. 	 linguagem denotativa que descreve a realidade.
E. 	 execução dos princípios que remetem ao Iluminismo.
Alternativa A
Resolução: Os traços simbolistas do autor francês Charles 
Baudelaire são permeados com temática romântica. Ao se 
valer de descrições não objetivas, representando a realidade 
pela óptica do inconsciente, o Simbolismo intensifica o 
misticismo, já presente na poesia romântica, e se opõe à 
rigidez parnasiana. O tom evocativo da poesia demonstra, 
ainda, a busca pela compreensão do mundo no espaço 
das abstrações “Que paira sobre a vida e sem esforço 
entende / A linguagem da flor e das coisas sem voz!” e, 
por sua linguagem sugestiva, reforça a mística do poema. 
A alternativa correta é, então, a A. A alternativa B está 
incorreta, pois a representação da natureza é característica 
marcante da poesia árcade, com seu tom escapista. A 
alternativa C está incorreta, pois o texto de Baudelaire, bem 
como o Simbolismo,

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