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RESPOSTA IMUNE CONTRA INFECÇÕES Estágios de penetração de microrganismos A. Aderência epitélio – imunidade inata (imunidade que a pessoa já tem) Para o microrganismo consiga entrar no hospedeiro ele precisa se aderir ao epitélio e atravessa o mesmo. O epitélio que constitui a pele, por exemplo, que constitui algumas barreiras físicas, químicas e biológicas, isso sria uma forma de defesa contra infecções. Mecanismos mecânicos, químicos e biológicos Se o microrganismo consegue aderir e penetrar o epitélio, ou seja, vencer os mecanismos químicos, mecânicos e biológicos, pode se ter agora uma infecção local. B. Infecção local – imunidade inata Uma infecção é local quando aquele microrganismo não saem, ou seja, ele não se dissemina, ficam localizados porque existe uma resposta imune que contem, ou seja, que segura a infecção naquele local, para que a infecção não caia na circulação sanguínea ou linfática e não se dissemine. Existindo então uma resposta imune que será muito eficaz e forte, que vai servir de barreira (primeira barreia desses agentes microbianos) Essa barreira é composta por fagócitos, proteínas de fase aguda, complemento e células NK. Essa infecção local é contida ate 96 horas. C. Disseminação linfática – imunidade adaptativa D. Resposta imune adaptativa Reposta imune inata A imunidade inata ela ativa a imunidade adaptativa que vai ser ativa em nódulos linfáticos (disseminação linfática), ou no próprio tecido pode ter uma uma resposta imune adaptativa que vai produzir algumas citotoxicidade, que vai destruir os microrganismo. Imunidade inata Funções ▪ Reconhecimento Esse reconhecimento só se dar porque a imunidade inata é capaz de perceber quais são as “digitais dos microrganismos”, que pode ser uma proteína molecular dos patógenos – PAMPs, e cada microrganismo possui o seu PAMP. Consequentemente são esses PAMPs que vai caracterizar que um patógeno é um patógeno., diferente de uma célula entra em necrose, e essa célula libera no meio todo aquele perfil/padrão molecular de dano celular (DAMPs), e esses assim como os PAMPs ativam respostas imune, no caso dos DAMPs causa um processo inflamatório. Os PAMPs vão ser reconhecidos pela resposta imune inata, graças aos receptores. Os receptores da imunidade inata reconhecem os PAMPs , levando uma ativação da imunidade inata e essa vai destruir esses tipos de patógenos. Esses receptores também são chamados de receptores de reconhecimento de padrão. Este reconhecimento vai permitir também a ativação de mecanismos, que leva a resposta da imunidade adquirida. A imunidade inata ela primeiramente segura, mantém aquela infecção dando tempo para a ativação e proliferação da imunidade adquirida e a segunda função é que graças a imunidade inata, existe a ativação e reconhecimento da imunidade adquirida. A ativação da imunidade adquirida depende da imunidade inata, ou seja, uma perda da imunidade inata consequentemente vai ter uma redução da imunidade adquirida, comprometendo a resposta imune. Cada tipo de microrganismo terá um determinado tipo/padrão de resposta imune Como os receptores/a imunidade vai reconhecer esses PAMPs? - As células da imunidade inata têm por exemplo os receptores que vão reconhecer esses pampas. - Cada um receptor reconhece um padrão celular específico. - Alguns tem a localização na membrana plasmática, esses permitem o reconhecimento de PAMPs existentes em microrganismos extracelulares. Alguns outros receptores têm localização citoplasmática ou vesícula, esses vão reconhecer os microrganismos que forma fagocitados, que estão sendo processados intracelularmente. Receptores celulares de microrganismos ✓ Toll like o Possui 10 tipos desses receptores o Um importante receptor é o Toll like 5 (TLR-5), que reconhece o PAMPs, a flagelina. o Os receptores Toll like1,6 (TLR-1,6) reconhecem por exemplo os lipopeptídeos o O Toll like 4 está associado a uma outra proteína extracelular CD4, e reconhece o PAMP, LPS (Gram negativas que tem bastante LPS, são bastantes reconhecidos por esse receptor TLR-4. A CD4 funciona como uma molécula coestimuladora, ajudando o TLR4 reconhecer a LPS. o Todos esses receptores possui uma porção de proteínas intracelular/citoplasmática (MYD88 – quinase, vão levar a ativação de uma via de outra proteína quinase RIP, que vai fosforilar um complexo proteico, que possui 3 proteínas – nemo, Ik-alfa e Ik-beta – o que mantém o NF-kB inativo no citoplasma) o A proteína intracelular da CD4 é o TRAM/TRIF O RIP vai fosforilar o NEMO, e esse vai doar o fosfato com a Ik-alfa e Ik-beta (inibidores), as quais serão marcadas e proteínas, chamadas de ubiquinonas vai se ligar a essa marcação, essas ubiquitinas vai sinalizar uma via chamada de proteossama, e esse vai degradar os inibidores Ik-alfa e Ik-beta, essa via de degradação é chamada de via ubiquitina-proteossoma, com essa destruição acontece o NF-kB que estava inativo no citoplasma e vai migrar para o núcleo (ativo), onde vai se ligar a algumas sequencias de DNA e leva a ativação/aumento citocinas pró-inflamatórias. Os microrganismos intracelulares passam a ser reconhecidos, porque na fagocitose desses microrganismos, forma o endossoma, que vai ter na sua superfície exatamente os Toll like (TLR-7 e TLR-9), isso significa que ao ser fagocitado, esse endossomas passam a promover também ativação do RIP, e todo o processo que ocorre com o microrganismo extracelular e no final tendo o aumento/ ativação de citocinas pró-inflamatórias também. Os TLR-7 e TLR-9 se tornam ativo quando o microrganismo entra, é citoplasmático Indivíduos que tem um problema nesses Toll like, tem uma dificuldade de reconhecimento de antígeno, e consequentemente leva a um aumento de processos de infecção, redução da resposta inata O Toll like são receptores existente em células da imunidade inata, portanto vão iniciar o perfil de enfrentamento e reconhecimento desse patógeno de forma inata, primeira barreira de ação. Essa via do NF-kB é conhecida como via clássica. ✓ Nood like – receptor citoplasmático Vai existir uma resposta que vai confluir entre o Toll like e o Nood like. Pois o NF-kB que vai até o núcleo e ativa DNA para liberar algumas citocinas pró-inflamatórias, dentre uma dessas está a citocina pró-interleucina 1β. Nas células da imunidade inata, vamos ter no citoplasma o Nood like, ou seja, é um receptor citoplasmático e tem uma maior afinidade para os microrganismos intracelulares (vírus). Esses receptores possui determinada estrutura, possui um corpo (carboxi terminal) e uma cabeça, que é uma porção aminoterminal, essa cabeça possui sensores e quando tem o microrganismo (bactéria) e ela entra/fagocitada na célula da imunidade inata ela é reconhecida pelo sensor e esse vai ativar algumas proteínas , chamadas de proteínas adaptadoras, essas vai produzir uma quinase, que vai gerar uma clivagem de uma caspase chamada de pró-caspase 1, quando isso acontece a pró- caspase 1 é convertida em caspase 1 (inflamossomo), uma vez ativa vai conseguir pegar a pró-interleucina 1β, a qual na presença da caspase 1 vai ter a produção da interleucina 1β, capaz de fazer uam serie de sinais: febre, quimiotaxia, inflamação aguda Toll like e Nood like são principalmente para bactérias intracelulares e/ou extracelulares e vírus. ✓ Demais receptores Dentre esses temos os receptores de leptina do tipo C, são na verdade uma espécie de Toll like, mas para fungos, reconhecem glicanos, esse receptor age como o Toll like ▪ Atividade mecanismo ▪ Eliminação de substância indesejadas A imunidade inata pode diretamente eliminar as substâncias indesejadas ou mesmo patógenos, podendo eliminar através de mecanismos humorais (complemento) e mecanismos celulares , permitindo que possa se ter a eliminação de substancia indesejadas, isso significa que são componentes da imunidade inatasão componentes celulares (neutrófilos, monócitos – pode sair do sangue e ir para o tecido, virando macrófago, NK, células dendríticas, células linfoides inatas) e componente humoral (complemento) Componentes da resposta imune inata Celular - neutrófilos, monócitos – pode sair do sangue e ir para o tecido, virando macrófago, NK, células dendríticas, células linfoides inatas. Humoral – complemento OBS: a bactéria não precisa entrar na célula para causar algum dano tecidual, ela pode simplesmente liberar toxina e então causar o dano a célula/tecido. E tem alguns microrganismos como algumas bactérias que são intracelulares, como é o caso da bactéria que causa a tuberculose. E de acordo com o modo de ação de cada microrganismo vai mudar a resposta imunológica (o aspecto imune vária de acordo com a infecção). Imunidade adaptativa Existem dois tipos de imunidade adaptativa: Humoral – linfócito B (anticorpos) Celular – linfócito T Na imunidade adaptativa existe um perfil celular que vai incluir essas respostas provenientes dos linfócitos e dos anticorpos, mas existe um detalhe as células (T e B) existe uma diversidade celular muito grande. E por conta dessa diversidade celular existe a primeira diferença entre a imunidade adaptativa e a imunidade inata: o tipo de resposta, pois enquanto a imunidade inata tem uma resposta inespecífica a imunidade adaptativa tem uma resposta específica. Isso significa que a depender do tipo de antígeno a célula da imunidade adaptativa vai ser específica, e que as células B e T tem uma população heterogênea. A alteração que vai ter desses linfócitos frente a diferentes antígenos vai ser provenientes do receptor da superfície, mudando assim o tipo de antígeno que irá reconhecer, ou seja, para cada tipo de patógeno, vamos ter um tipo de linfócito. Sistema imunológico células: Linfócito T e linfócito B Circulante – diferente da imunidade inata que existe algumas células que são residentes em tecidos, na imunidade adaptativa as células são todas circulantes, e esse fato quer dizer que se existe uma infecção em certo ponto, essas células conseguiria ter uma ação mais rápida, já que circulam por todo o corpo (“vigilantes”). Vigilância imunológica Diversidade de linfócitos T: O linfócito tem fases de desenvolvimento: Linfoblasto – linfócitos mais novos Linfócitos T – linfócitos T maduros virgens (naive), eles não vão ter alguns receptores específicos para determinado tipo de antígeno, mas quando são sensibilizados por algum antígeno ele vai ter dois padrões de respostas: diferenciação celular (células de linfócito T efetores, já sensibilizados por um determinado antígeno) e proliferação (os linfócitos T sensível a um tipo de antígeno (efetor) vai se multiplicar, e vamos ter uma população e linfócito T efetor e de memória) Na diferenciação vamos ter uma seleção clonal Como dos linfócitos T geram uma resposta específica, isso significa que essa especificidade dos linfócitos faz com que a resposta linfocitária seja mais eficaz diante de um patógeno, atuando de uma forma mais eficaz contra esse antígeno específico. A diversidade de receptores que faz com que os linfócitos reconheçam antígenos diferentes com especificidade a cada um Recombinação somática de genes (sabe-se que a cada 3 bases de nucleotídeos vai haver um aminoácido, e esses aminoácidos depois de formados eles podem trocar de posição um com o outro fazendo uma recombinação, por exemplo se antes o aminoácido era 1-2-3 com a recombinação pode passar a ser 2-3-1/3-1-2....) acaba desencadeando essas diversidades de receptores, pois graças a ela vai ter a produção de receptores específicos (surge de transcrição genes que são recombinados) O linfócito T para ser ativado ele precisa ser apresentado a um antígeno, e essa apresentação vai conferir para ele a resposta mais especifica aquele tipo de antígeno, logo é necessária uma comunicação entre a imunidade inata e a imunidade adaptativa, de maneira que a imunidade inata apresenta o antígeno aos linfócitos. Reposta imune as infecções bacterianas e fúngicas: Existe um tipo de célula que é uma célula fagocitária e apresentadora de antígenos, os macrófagos, esse quando fagocita o antígeno ele é capaz de liberar no meio um tipo de interleucina, IL-12, além disso o macrófago vai apresentar ao linfócito T esse grupo de antígeno. o linfócito T reconhece esses antígenos porque existe receptores na superfície dos linfócitos T, chamados TCR. Já o receptor que está apresentando o antígeno com a APC, é chamado de MHC. A interleucina 12 liberada no meio também vai se ligar a receptores do linfócito T, conhecidos como IL12R. quando ocorre essa ativação de interleucina, o perfil/padrão de resposta que vai ter é o TH1. Perfil TH1 O padrão TH1 ocorre da seguinte forma: o linfócito T uma vez estimulado pelo antígeno direto ou pela IL-12, ele vai liberar para o meio a IL-2, essa pode ter uma resposta autócrina ou agir em outros grupos celulares (endoteliais, epiteliais, fibroblastos), e uma vez ativos vão liberar no meio outras IL, como IL-1, IL-6, IL-8, TNF-α , essas vão estimular também as células endoteliais, epiteliais e fibroblastos resposta inflamatória. Ao mesmo tempo o linfócito T de padrão TH1 vai liberar o INF-gama, que pode estimular ainda mais os macrófagos, e esse processo pode promover uma degradação/ eliminação dos microrganismos. Não tem participação de linfócito B Microrganismos intracelulares (bactérias intracelulares e vírus) Perfil TH17 A população do padrão TH17 É tanto anti-inflamatória (bactérias comensais) quanto pró inflamatória (bactérias patogênicas), ou seja, para ser anti ou pró inflamatória depende do microambiente que vai se encontrar. Anti-inflamatória metabólico – fosforilação oxidativa Pró inflamatória lipolítica Funciona como um freio entre a resposta inflamatória e a não inflamatória. Perfil TH2 Participação das células dendríticas não são fagocitárias, são apenas APC, e vão liberar no meio a IL-4 além de apresentar o antígeno ao linfócito T através do receptor MHC da APC. A IL-4 vai se ligar ao receptor IL4R presente na superfície do linfócito T, e essa ativação vai fazer com que ocorra uma resposta de perfil TH2. O macrófago também pode gerar o perfil TH2, o que determina isso não é a APC, mas sim a interleucina que ela libera no meio. O linfócito T de perfil TH2 vai liberar no meio IL-4, IL-13, IL-5, essas possuem duas respostas: ativar o linfócito B, o qual vai liberar anticorpos; e ao mesmo tempo essas interleucinas vai estimular também os eosinófilos. Microrganismos extracelulares Infecções parasitarias e fúngicas, tem um aumento de eosinófilos.
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