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Josué Mallmann Centenaro Estrutura de microrganismos Algumas estruturas de microrganismos Unicelulares: bactérias; Multicelulares: alguns tipos de fungos; Acelulares: vírus; Em uma ordem de tamanho: os fungos são os maiores microrganismos, seguidos de bactérias e por fim os vírus. Morfologias virais Os vírus, microrganismos intracelulares obrigatórios – dependem de outros seres vivos para se manterem ativos, podem ser classificados de acordo com sua estrutura, entre os mais conhecidos tem-se: poxvírus, togavírus, herpesvírus, reovírus, picornavírus, adenovírus, paramixovírus, bacteriófago T4 e vírus do mosaico do tabaco. Existem diversos tamanhos de vírus, e com tudo que é tipo de morfologia. Visualização dos vírus Por serem extremamente pequenos, os vírus só são visíveis a microscópio eletrônico (de transmissão – esquerda, ou de varredura – direita). Estruturas virais Ácido nucleico (genoma): podem possuir DNA ou RNA. Todas as informações sobre como o vírus deve ser (estrutura) ou fazer (multiplicação) estão contidas no material genético que, por sua vez está envolto por uma capa de proteína. O resultado da multiplicação é a doença ou, até mesmo, a morte do hospedeiro. Em síntese, o genoma é o centro de comando do vírus; Todas as células vivas possuem DNA na forma de dupla fita. Entretanto, os vírus podem ter ou um DNA de fita simple e dupla ou RNA de fita simples e dupla; O genoma pode se apresentar das seguintes formas no vírus: linear, circular ou segmentado (cada gene é um segmento – presente só no RNA); Tamanho do genoma: o tamanho do DNA pode variar de 5.000 a mais de 375.000 bases (ou pares de bases), já o RNA varia de 6.000 a 30.000 bases (ou pares de bases); Apresentam um pequeno número de genes e um pequeno gene pois utilizam as atividades metabólicas da célula hospedeira; Capsídeo: capa de proteína que envolve o genoma. Núcleocapsídeo: capsídeo unido com o genoma. Proteínas reunidas formam uma capa de proteína; Protege o material genético; Em vírus não-envelopados, os ligantes estão no capsídeo; Podem ser no formato de um icosaedro, helicoidal ou complexo; Capsídeo icosaédrico/cúbico. Entre os exemplos, tem-se o parvovírus (que não possui envelope logo, o capsídeo não é obrigatório) e o papilomavírus; Capsídeo helicoidal é formado por milhares de proteínas idênticas. As proteínas ligam-se entre si formando uma fita longa e fina que se dobra em hélice formando um cilindro. Não existe vírus helicoidal humano ou animal sem envelope, mas pode haver nas plantas de tabaco. Capsídeo complexo está presente em poxiviridae (forma de um tijolo com túbulos na superfície externa e corpos laterais internos) e bacteriófagos (cabeça icosaédrica, uma cauda e placa basal com fibras) Envelope: envolve o núcleocapsídeo (somente para alguns grupos de vírus). Nem todos os vírus apresentam envelope; Os vértices são responsáveis pela ligação vírus- célula; Nas bordas do envelope estão fixadas estruturas chamadas de peplômeros, ligantes ou espículas que servem para ligar à célula hospedeira para iniciar a infecção, é variável de vírus para vírus, e um mesmo vírus pode apresentar diferentes tipos de espículas; Em alguns vírus existem proteínas importantes na falta das espículas; Virion: vírus completo, por isso infeccioso. Classificação viral O nome da família deve ser escrito sempre em itálico ou negrito. A maioria dos vírus está presente no grupo que apresenta RNA viral. DNA vírus – possuem aproximadamente 100 nanômetros: Adenoviridae – adenovírus; Hepadnaviridae – hepatite; Herpesviridae – herpes; Parvoviridae – parvorirose; Poxviridae – varíola; RNA vírus – vertente positiva possui aproximadamente 100 nanômetros: Arenaviridae – arena (doença hemorrágica, possui parte + e parte -); Coronaviridae – coronavírus (não- segmentado); Picornaviridae – febre aftosa (envelopado e segmentado); RNA vírus – vertente negativa possui aproximadamente 100 nanômetros: Bunyaviridae – hemorragias (segmentado); Filoviridae – ebola (não-segmentado); Orthomyxoviridae – influenza (segmentado); Paramyxoviridae – cinomose (não- segmentado); Reoviridae – rotavírus (causa diarreia, segmentado); Rhabdoviridae – raiva (formato de bala, não- segmentado); Sensibilidade viral Os vírus são susceptíveis a algumas variações no ambiente como, por exemplo, umidade, pH, solventes lipídicos, calor e temperatura. No entanto, com o avanço da ciência, foi possível descobrir métodos que auxiliam a diminuir a disseminação viral, através de agentes químicos e físicos. Para isso, é importante colher o material para diagnóstico conservando a infectividade viral: porém, podem ser resultados falso-negativos; O vírus envelopado é menos resistente, uma vez que o envelope é composto por proteínas e lipídeos, uma simples molécula de sabão e álcool podem destruir todo o envelope, tornando o vírus inativo. Se isso acontecer, do vírus envelopado perder essa estrutura ele não consegue infectar, ele fica sem infectividade. A infectividade depende da integridade do envelope e do capsídeo; No ambiente também existem mecanismo que auxiliam no controle dos vírus como, por exemplo, enzimas nucleases (desnaturam os ácidos nucleicos) e proteases (desnaturam as proteínas) que destroem o envelope. Em caso de suspeita de infecção por vírus, para mandar para o laboratório a amostra deve estar em gelo (para a enzima atuar mais devagar). A vacina também deve estar em locais frios para que sua função seja alcançada, pensando-se no mesmo princípio de atuação da enzima.
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