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71 PROCESSO CIVIL IV FUNDAMENTOS DO CPC 1. Constitucionalização do Direito Processual Civil Busca-se uma maior eficácia/aproximação da realidade 2. Sistema da colaboração/cooperação processual Envolve todos os sujeitos do processo (autor/juiz/réu) Limita o ativismo judicial 2.1. Contraditório dinâmico: As partes devem influenciar na decisão judicial Garantia de influência e não de surpresa. Se o juiz quiser aplicar súmulas, deve intimar as partes, a fim de que possa aparecer na decisão judicial O grande benefício seria uma maior conformação/valorização da decisão judicial É um sistema de colaboração, onde prima-se por um julgamento de qualidade 2.2 Negócio jurídico processual (contrato): Calendário processual. Não precisaria intimar ninguém, pois já haveria um prazo pré-determinado 2.3 Boa-fé objetiva: Veda o comportamento contraditório de todos os que participarem do processo. Ex: juiz defere a oitiva de 3 testemunhas. Na audiência de instrução, ouve-se apenas uma Condutas coerentes dentro do processo 2.4 Decisão fundamentada Art. 489, CPC 2.5 Sistema multiportas Conciliação, mediação, justiça restaurativa, arbitragem Poder de decisão é das partes 2.6 Sistema de precedentes Julgamento liminar de mérito Recurso repetitivo Incidente de resolução de demandas repetitivas Finalidade: segurança jurídica Crítica: todo o processo deve ter contraditório, seria inconstitucional Com o novo CPC, o juiz deve analisar a causa de pedir TUTELA PROVISÓRIA Art. 294 a 311, CPC O deferimento da tutela provisória dar-se-á sempre em processos de conhecimento ou de execução “Tutela diferenciada e de cognição sumária que satisfaz antecipadamente o direito de assegurar o resultado útil do processo, em situação de urgência ou evidência”. O novo CPC prevê a possibilidade de audiência de justificação com produção de prova oral/testemunhal – há a citação do réu O provimento provisório pode ser deferido com base na prova documental ou prova oral (colhida na audiência de justificação) A tutela provisória PODERÁ ser deferida LIMINARMENTE (sem contraditório e oitiva do réu) ou no CURSO DO PROCESSO Se a sentença confirmar a tutela provisória o recurso de apelação terá APENAS efeito devolutivo. Logo mesmo com a apelação continua a ter efeito a sentença Se o processo for suspenso a liminar/tutela mantém os efeitos – suspende-se apenas o procedimento A tutela pode ser revogada ou alterada a qualquer tempo Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. CPC/73 ANTECIPAÇÃO DE TUTELA processo de conhecimento É SATISFATIVA! 1994 Antecipação dos efeitos da sentença (liminar). Antecipa-se o pedido. Se a liminar deferir o pedido, tem-se um procedimento de natureza antecipatória Requisitos: 1) Prova inequívoca do direito (era criticada, pois a decisão é provisória). NO CPC/2015 É PROBABILIDADE E NÃO MAIS PROVA INEQUÍVOCA 2) Periculum in mora (urgência, não se pode esperar a sentença) OU abuso do direito de defesa/manifesto propósito protelatório CUIDADO, PEGA RATÃO! Periculum in mora não é obrigatório, uma vez que existe a possibilidade do abuso do direito de defesa/manifesto propósito protelatório Autor ------------------ Juiz ------------------ Réu --------------- Sentença Pedido LIMINAR Pedido A LIMINAR, QUE CONSISTE NA POSSIBILIDADE DE SE ACESSAR O DIREITO MATERIAL, PODE SER ALTERADA E REVOGADA A QUALQUER TEMPO PROCESSO CAUTELAR Art. 769 e seguintes É PREVENTIVA; tem por finalidade resguardar o resultado útil do processo principal, conservando bens, pessoas ou provas MEDIDA CAUTELAR NÃO É MÉRITO! 1º processo: CREDOR -------------- JUIZ --------------- DEVEDOR ------------ SENTENÇA Mérito LIMINAR Mérito (Crédito: 10.000) (Fundamento: receber 10.000) 2º processo: AUTOR --------------- JUIZ ---------------- RÉU LIMINAR (Bloqueio de bens) Réu está dilapidando o patrimônio Eram necessários 2 processos. Hoje não precisa mais Requisitos: 1) Fumus boni iuris (aparência do direito alegado). Não precisa provar o direito 2) Periculum in mora O autor, diferentemente da antecipação de tutela, não recebe o valor imediatamente. Apenas o resultado útil do processo é conservado Ex: perícia, perigo da perda de indícios O provimento cautelar CONTRIBUI para o mérito IMPORTANTE: É JUDICIAL! Isto significa que não cabe em processo administrativo, por exemplo CPC/2015 Antecipada 1) Urgência Requisitos: 1) probab. Dir. Cautelar 2) Risco de dano TUTELAS PROVISÓRIAS (pode perecer, não tenho tempo para esperar) (art. 294 a 311, CPC) 2) Evidência Requisito: 1) Probabilidade do Direito Antecedente** Antecipação de tutela Incidental Urgência (art. 300) Antecedente Cautelar Incidental Tutelas Provisórias Evidência (art. 311) Considerações importantes: Antecipação de tutela e cautelar são a NATUREZA DO PROVIMENTO. Já, a subdivisão em antecedente e incidental se refere à FORMA DO REQUERIMENTO ** É A ÚNICA EM QUE EXISTE A POSSIBILIDADE DE ESTABILIZAÇÃO, EXTINGUINDO-SE O PROCESSO. NESSE SENTIDO, NÃO CABE REVISÃO, APENAS UMA NOVA AÇÃO, ONDE O RÉU TERÁ DE PROVAR QUE NÃO TENHO O DIREITO A tutela provisória (art. 294 a 311) é uma tutela diferenciada (não é uma decisão definitiva), de cognição sumária, que satisfaz antecipadamente o direito ou resguarda o resultado útil do processo Características gerais da tutela provisória Decisões precárias Pode ser, a qualquer tempo, revogada ou modificada Efeitos jurídicos da relação não são atingidos pela suspensão do processo. Manutenção dos efeitos quando da suspensão do processo Tutela provisória é sempre liminar? NÃO! Poderá ser requerida pelo autor ou réu (reconvenção/contrapedido).Reconvenção: pode trazer um fato novo, julgado na justiça comum; contrapedido: só o objeto da ação, julgado no JEC Poderá ser deferida em caráter liminar ou não; ou na audiência de justificação; ou após a contestação Exemplo: Tutela provisória (não é mais liminar) A ------ J ----- R ------------------------- SENTENÇA Contestação A tutela provisória pode ser deferida inclusive na sentença. Por que vale a pena ganhar? Em razão do efeito do recurso, o qual terá efeito apenas devolutivo (??) As tutelas provisórias cumprem a função de dar maior efetividade ao processo, garantindo e assegurando o provimento final, permitindo uma melhor distribuição do ônus da demora, possibilitando que o juiz conceda antes aquilo que só concederia ao final ou determine as medias necessárias para assegurar e garantir a eficácia do provimento principal, nos casos de urgência e evidência. Natureza: antecipada ou cautelar Fundamentação: urgência ou evidência Momento da concessão: antecedente ou incidental O juiz pode deferir tutela provisória de ofício? Existem duas correntes: 1) Não pode, pois não há previsão na legislação 2) Pode, pois visam resguardar a efetividade do processo. Todavia, ressalta-se que apenas a tutela provisória de natureza cautelar poderia ser deferida de ofício TUTELA DE URGÊNCIA Dá-se a requerimento da parte, mas a doutrina alega que a CAUTELAR pode ser dada de ofício Requisitos (art. 300, CPC) 1) Probabilidade da existência do direito alegado/aparência do direito – fumus boni iuris 2) Perigo da demora/possibilidade da parte sofrer dano irreparável – periculum in mora Apenas para tutela de urgência antecipatória/satisfativa de mérito deve-se observar a reversibilidade dos efeitos do provimento É mérito, a decisão é provisória Exemplo: quando pedir antecipação de tutela para retirar o nome dos órgãos restritivos de créditos. Reversibilidade (efeitos) STF: irreversibilidade de mão dupla: O julgador deve analisar este requisito na perspectiva do autor e do réu. Estando presente a irreversibilidade deverá fazer um juízo de proporcionalidade, analisando para qual das partes o prejuízo será maior. Irreversibilidade exemplo: colocar pino na perna. Se o autor não obter a liminar, é irreversível. Réu irá gastar dinheiro, é irreversível Ex: ação de medicamentos. Não há reversibilidade, pois avalia-se qual bem é mais valioso, se o do autor ou do réu, o juiz faz um juízo de valor Bem do autor: vida Bem do réu: dinheiro Requisito facultativo (cautela/tutela): caução Art. 302 reponsabilidade objetiva para o requerente da tutela provisória Hoje, em caso de reversão da liminar, o autor deve reparar o réu, independentemente de boa ou má-fé Caução é requisito facultativo, tanto para a cautelar quanto para a satisfativa Formas para requerer: a) Pedido em caráter incidental NA PETIÇÃO INICIAL a.1) Antecipação de tutela a.2) Cautelar b) Em caráter antecedente b.1) Pedido de antecipação de tutela: NA PETIÇÃO INICIAL (+ enxuta, é limitada) Art. 300: fundamento jurídico se limita ao pedido de tutela provisória de urgência em caráter antecipado A petição inicial deve ter qualificação das partes, fatos, direito – que se limita ao art. 300 e 303 + pedido + tutela provisória + pedido final A diferença em relação a outra é que essa não vem completa. A parte pode complementar o fundamento jurídico Pedido: Liminar (SPC/SERASA) Revisão Ex: ação para a retirada do nome dos órgãos restritivos de créditos. Depois de deferida a liminar, o autor complementa a fundamentação. Em contrapartida, em relação aos pedidos, o autor não pode acrescentá-los posteriormente. É possível não justifica-los, mas a indicação é obrigatória antes do deferimento da liminar PROVA! PEDIDO EM CARÁTER ANTECEDENTE NÃO SE PRESUME! DEVE ESTAR EXPRESSO SE NÃO REQUERER EXPRESSAMENTE SERÁ INCIDENTAL Petição inicial (art. 300) Liminar deferida PI ———— J ———— Autor emenda a PI ———— Intimação/citação Complementação da fundamentação jurídica Réu não ingressa com AI ESTABILIZAÇÃO (Extinção do processo) Ver art. 303 e 304 Revisão em 2 anos Decisão estabilizada ———— E ———— J ———— A PI ———-—————— J —————————— R Liminar deferida Interposição de AI (importante para a não estabilização) Autor emenda PI Aud. Conciliação contestação LIMINAR DEFERIDA: O autor será intimado para emendar a inicial (complementar a fundamentação com outros documentos), em 15 dias, sob pena de extinção sem resolução do mérito (art. 303, pár. 1º, I e pár. 2º); o réu será citado/intimado da demanda/liminar e caso não interponha recurso (agravo de instrumento) a decisão provisória se estabiliza, acarretando a extinção do processo. A decisão estabilizada somente poderá ser revisada mediante o ajuizamento de nova ação, por qualquer das partes, no prazo de 2 anos (art. 304, pár. 5º). Caso o réu agrave da liminar a demanda segue pelo RITO COMUM, sendo designada audiência de conciliação LIMINAR INDEFERIDA: O autor deverá emendar a PI em 5 dias sob pena de extinção (art. 303, pár. 6º) Estabilização da tutela (art. 303): Dá-se quando o réu não agravar, ocorre extinção COM resolução do mérito Obs: Se o autor não emendar: extinção SEM resolução do mérito LOGO: Antecipação de tutela antecedente Juiz dá procedência autor emenda em 15 dias réu agrava audiência de conciliação contestação Antecipação de tutela antecedente Juiz dá procedência autor emenda em 15 dias réu NÃO agrava estabilização de tutela (fica provisória por 2 anos – podendo ser revisada pelas partes). Passados 2 anos se torna definitiva CUIDADO: na hora de emendar o autor não pode realizar novos pedidos, todos eles já devem ter sidos indicados no pedido da tutela antecipada antecedente Ex: tutela antecipada antecedente pede danos materiais e já indica os danos morais só não os fundamenta b.2) Cautelar em caráter antecedente (art. 305 a 310) Pedido cautelar formulado antes do pedido principal (natureza: conhecimento ou execução) Tudo começa na PI (partes/lide e fundamentos/pedido cautelar) Após a efetivação da liminar, o autor tem 30 dias para efetuar o pedido principal. Ex: Cautelar (bloqueio de bens). O pedido principal é uma indenização PI —————————— J ———————— Contestação Pedido cautelar antecedente Liminar deferida (5 dias) Poderá haver AI DEPOIS DE CONTESTAR SEGUE O RITO COMUM O juiz pode conceder uma cautelar Pode também haver AI Independentemente do deferimento ou indeferimento da liminar, o réu será citado para contestar em 5 dias; após a efetivação da liminar (na hipótese de deferimento) o autor deverá formular o pedido principal no prazo de 30 dias, sob pena de revogação da cautelar Na hipótese do réu contestar o pedido cautelar, o procedimento prosseguirá pelo rito comum (art. 307, parágrafoúnico). O julgamento do pedido cautelar antecedente se dará por decisão interlocutória ou sentença, se o pedido principal tiver natureza de conhecimento. Caso o pedido principal tenha natureza de execução, a cautelar será decidida por decisão interlocutória. Isso se justifica pelo fato de que a sentença, caso o pedido principal tenha natureza de execução, só serve para extinguir o executar a ação, razão pela qual o juiz se utiliza da decisão interlocutória. Lembrar que a penhora e a expropriação se dão antes da sentença Se houver audiência de justificação, o prazo de defesa só se dará da intimação da liminar QUANDO FOR EM CARÁTER ANTECEDENTE DEVE ESTAR EXPRESSO NO PROBLEMA RITO: PROCESSO DE CONHECIMENTO Petição inicial com pedido cautelar é dada liminar contestação em 5 dias autor tem 30 dias para formular o pedido principal audiência contestação em 15 dias sentença A sentença que confirma a cautelar gera cumprimento de sentença O juiz pode decidir em decisão cautelar antes da sentença (dessa decisão cabe agravo de instrumento) PROCESSO DE EXECUÇÃO Pedido cautelar bloqueio de bens em caráter liminar contestação em 5 dias pedido principal de execução de título executivo extrajudicial devedor citado para pagar em 3 dias penhora e avaliação expropriação sentença Aqui necessariamente eu tenho uma decisão interlocutória tratando da cautelar – cabe agravo de instrumento, pois NÃO cabe esperar até a sentença de extinção, pois o crédito já vai estar satisfeito Se entrar de forma incidental não tem os 5 dias para realizar a defesa, tem os mesmos 15 dias pois se faz uma única petição Considerações: Na contestação, o réu irá atacar os requisitos do art. 300. Na sentença, o juiz irá se manifestar a respeito da CAUTELAR E DO PEDIDO PRINCIPAL. Nesse sentido, durante todo o pedido principal o bem estará bloqueado Pedido principal: indenização (ação de conhecimento) Mérito: dinheiro Cautelar: bloqueio de bens O autor não pode usar a liminar provisória e a converter em penhora, pois deve aguardar a sentença do juiz É possível haver uma decisão cautelar antes da sentença Da sentença, cabe apelação, a qual terá efeito: Suspensivo sobre a indenização Devolutivo sobre a cautelar Na cautelar o pedido principal é diferente do cautelar; na satisfativa o pedido principal é igual ao pedido cautelar TUTELA DA EVIDÊNCIA (art. 311, CPC) Provimento provisório que dispensa a prova do dano Baseia-se na evidência do direito postulado “Não há defesa que chegue a tempo” É uma tutela provisória Rito: petição inicial + pedido de tutela de evidência: não há como fazerem caráter antecedente Art. 311, parágrafo único: Poderá ser deferida liminarmente (antes do contraditório) ou após a contestação Autor Juiz Réu ---- Tutela da evidência ---- Sentença Tutelas da evidência após o contraditório (não pode ser concedida liminarmente): I – Abuso do direito de defesa (contestação) ou manifesto propósito protelatório IV – Petição inicial com documentos comprobatórios das alegações que o réu não conseguir produzir provas para afastar a pretensão do autor Observações: Dependem da atitude do réu Não exige que o autor comprove com documentação Tutelas da evidência que podem ser concedidas liminarmente: II – O autor comprova o fato com documentos e sua pretensão está em consonância com decisões proferidas em recurso repetitivo ou súmula vinculante III – Pedido reipersecutório (obrigação de fazer) baseado em prova escrita Observação: Não depende da atitude do réu. Juiz pode conceder liminarmente PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Tutelas diferenciadas com natureza de ação de conhecimento Atos processuais diferenciados do rito comum Agilização dos trâmites processuais Delimitação dos temas: Rito comum: Rito padrão Segurança jurídica/juízo de certeza Cognição exauriente (ampla produção de provas/sistema recursal) CPC/15 Procedimentos especiais que tutelam direitos individuais: Posse Propriedade Crédito Redução do número de procedimentos especiais Procedimentos especiais: tem uma fase de atos diferenciados ou apenas alguns atos – aplicação subsidiária do rito comum Procedimentos especiais em leis especiais: JEC/ação de alimentos Ação inquilinato Mandado de Segurança ACP/AP – direitos coletivos Ação coletiva de consumo Jurisdição contenciosa Jurisdição voluntária Predomina litígio Direito de ação Partes contrapostas Coisa julgada formal e material Aplicação do direito Predomina consenso Requerimento Interessados Coisa julgada formal Conveniência e oportunidade Quando existe conflito/litígio As partes do processo são vistas como adversárias Ex: divórcio litigioso É quando não existe conflito mas precisa do processo As partes não são vistas como adversárias, mas como interessadas Ex: Interdição, divórcio consensual AÇÕES POSSESSÓRIAS Tutela jurídica da posse (art. 1196 a 1224, CC) Tutela jurisdicional da posse (art. 554 a 568, CPC) fungibilidade Posse: Possibilidade de apreensão física do bem e exercício de ingerência econômica Causa de pedir da posse: Exercício de posse e posterior perda (esbulho/turbação/ameaça) Possessórias de procedimento especial Reintegração Esbulho (perda total ou parcial) Manutenção Turbação (atos concretos na coisa que impedem o uso e fruição plenos Ex: trator Interdito proibitório Ameaça Risco iminente que o esbulho ou turbação irão se concretizar O risco deve ser concreto Ex: marcha do MST para determinada Fazenda Requisitos da petição inicial e da liminar (art. 561 - prejuízo é presumido - + 319, CPC) a) Exercício anterior de posse b) Esbulho/turbação ou ameaça há menos de ano e dia c) Notificação extrajudicial* *A única que precisa é a posse precária. Condição de procedibilidade da ação d) Cumulação de pedidos e) Valor da causa “Benefício econômico” - STJ Exemplo: Comodato verbal Há 2 anos ——— 01/07 Notif. 15/07 —— prazo p/desocupar —— 30/07 —— posse precária Fungibilidade dos interditos possessórios (ações) Art. 554, CPC OCUPAÇÃO DE BEM PÚBLICO É possível possessória de particular contra particular para reintegração de bem público dominical AÇÃO POSSESSÓRIA DE RITO COMUM Cabível quando o esbulho/turbação/ameaça ultrapassar ano e dia (força velha). Neste caso a liminar deve atender as disposições das tutelas provisórias. Petição inicial do 319 + 300, CPC + art. 565, CPC: audiência de “mediação” nas ações possessórias de invasão coletiva e pelo rito comum (CUIDAR) É POSSÍVEL LIMINAR? SIM, mas é difícil PREJUÍZO NÃO É PRESUMIDO AÇÕES PETITÓRIAS Ação reivindicatória Ação de imissão na posse LIMINAR Inaudita altera parte Após a audiência de justificação RITO COMUM E ESPECIAL Após a audiência de mediação (conflito coletivo e ação de força velha) A decisão provisória pode ser deferida após o contraditório (rito comum e especial) Legitimidade: Ativa: Possuidor pleno (ex: poder público, inclusive de bens dominicais) Possuidor direto/indireto Cônjuges (litisconsórcio) art. 73, pár. 2º Passiva: “Invasor” – coletividade desprovida de personalidade jurídica (possui capacidade jurídica) CITAÇÃO (art. 554, pár. 1º) COLETIVA: Orienta o OJ Citação deve ser pessoal dos identificados civilmente. Os demais devem ser citados por edital. FUNDAMENTO NO CONTRADITÓRIO, todavia, disso decorre a morosidade No CPC/73 citava-se apenas o representante INDIVIDUAL: Mandado AÇÃO POSSESSÓRIA (é uma ação dúplice) DÚPLICE RECONVENÇÃO CONTRAPEDIDO Procedimento especial Rito comum Juizado Art. 556 Réu formula o pedido em face do autor (na contestação) O pedido é definido na lei (não é qualquer pedido vinculado aos fatos), ou seja, a lei indica a demanda do réu. “O que é possível alegar”? Ação do réu em face do autor (na contestação) Vínculo com objeto da ação ou com fundamentode defesa Permite que o réu traga outras causas de pedir + ampla Pedido do réu em face do autor (na contestação) Vínculo com o objeto da ação Não permite que o réu traga fatos novos, pois o fundamento aqui é a celeridade + restrita AÇÃO REIVINDICATÓRIA Rito comum Decorre do direito de sequela IMPRESCRITÍVEL É plenária, ou seja, profunda/real Causa de pedir: Proprietário (REGISTRO) sem posse Nunca teve posse Exerceu algum dia A ———————— J ——————— R 1) Proprietário Possuidor injusto* 2) Individualiz. da coisa (NÃO TEM TÍTULO VÁLIDO P/AFASTAR SEQUELA DO PROPR) *CUIDAR, NÃO É POSSE VIOLENTA, PRECÁRIA, CLADESTINA! LIMINAR DE IMISSÃO NA POSSE (art. 300 ou 311, I e IV, CPC) CUIDAR, não é ação de imissão, mas sim reivindicatória Contestação: a) Nulidade do registro b) Benfeitorias/retenção Neutraliza a decisão a qual determina a entrega da coisa Gera a ineficácia da decisão Dispensa reconvenção Se não arguir na contestação, perco o direito de retenção Deve-se arguir na contestação ou em uma nova ação. Em recurso não pode, pois é proibido inovar na apelação c) Exceção de usucapião SE o juiz reconhecer e rejeitar o pedido do autor, o réu teria direito ao registro, haja vista que tem a propriedade, título, direito de sequela, posse PODERIA FAZER O REGISTRO NO CRI? A improcedência da reivindicatória poderia gerar o registro de propriedade para o réu nos casos de usucapião especial: Art. 7º, Lei 6969: A usucapião especial poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para transcrição no Registro de Imóveis. Art. 13, Lei 10257: A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de imóveis. Obs: É necessário o mapa Possessória não tem mapa E no caso de usucapião ordinária e extraordinária? Não há previsão legal Alguns defendem que o réu deveria ingressar com uma ação para cumprir com os requisitos da Usucapião, como a citação da Fazenda Pública, dos lindeiros, etc. Obs: Na prova, haverá indicação se o mapa foi trazido AÇÃO DE USUCAPIÃO (MAPA) Memorial descritivo/croqui Citação: proprietário/cônjuge; lindeiros; edital/interessados Intimação da Fazenda Pública AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE No CPC/73, era uma ação sumária, pois a única defesa a ser alegada seria a nulidade do título. Hoje, a tramitação se dá pelo rito comum, ou seja, não é mais sumária Cabimento: a) Aquele que nunca teve posse b) Adquirente Proprietário registral (pode ser reivindicatória) Promessa de compra/venda (ex: Ana Maria não entrega as chaves do ap, não cumprindo a promessa) Polo passivo: Alienante Considerações: Existe fungibilidade entre: Reivindicatória e imissão na posse? SIM (ambas possuem natureza petitória) Possessória e possessória? SIM Possessória e petitória? NÃO (possuem causa de pedir distinta) Converter possessória em reivindicatória não pode na sentença. Ex: autor entra com possessória, réu traz na contestação que tem posse há 8 anos, todavia precisa de 10 anos para usucapir. Não pode converter em reivindicatória, uma vez que geraria a improcedência da ação, não tem os 10 anos necessários, prejudicaria a ampla defesa/contraditório. AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO (Execução/penhora/processo em andamento) Ação de conhecimento que tem por finalidade livrar de CONSTRIÇÀO JUDICIAL INJUSTA (ESBULHO/TURBAÇÃO/AMEAÇA COMETIDAS PELO JUIZ) bens que foram apreendidos em processo judicial do qual o TERCEIRO NÃO SEJA PARTE Intervenção de terceiro atípica Pode gerar a suspensão da execução (como regra haverá suspensão dos atos que levam ao perdimento da ação) Finalidade: Defesa da posse/propriedade Obs: Em relação ao cônjuge, a lei presume benefício para ambos. O contrário terá que ser provado Após o leilão, ainda é possível ingressar com a ação. Após a carta, não pode mais Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Terceiro (art. 674, CPC) – rol exemplificativo: Credor com garantia real Proprietário fiduciário Adquirente de bens cuja aquisição tenha sido declarada fraude à execução Aquele que sofre constrição no seu patrimônio em razão do julgamento de incidente de desconsideração de personalidade jurídica TERCEIRO POSSUIDOR EMBARGOS PELO CÔNJUGE SÚMULAS: Súmula 84, STJ: É terceiro aquele que adquire posse com base em promessa de compra e venda desprovida de registro Súmula 308, STJ: A hipoteca firmada entre o banco e a construtora não atinge o adquirente, mesmo que a promessa de compra e venda seja datada posteriormente Súmula 134, STJ: O cônjuge intimado da penhora pode propor embargos de terceiro STJ: O aval nos títulos de créditos nominados não precisa mais da assinatura do outro cônjuge ÔNUS DA PROVA NOS EMBARGOS OFERTADOS PELO CÔNJUGE Regra: O ônus recai sobre o cônjuge embargante, que deverá comprovar que não se beneficiou com a dívida Exceção: O ônus da prova recai sobre o embargado (credor), que deverá comprovar que houve benefício para a família dada a presunção de prejuízo da entidade familiar Cuidar: 1) Aval em favor de terceiro: Respondo com minha metade 2) Súmula 251, STJ: “A meação só responde pelo ato ilícito quando o credor, na execução fiscal, provar que o enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal” Execução fiscal Ato ilícito Credor deve comprovar o benefício do cônjuge Procedimento: Prazo (art. 675) Da constrição até a expedição da carta Petição inicial (art. 319 + 676, CPC) Legitimidade ativa: terceiro Legitimidade passiva: credor; devedor Credor: se não falar nada Credor + devedor: se o devedor indicar bens à penhora, dar causa (litisconsórcio necessário) Valor da causa: Art. 843. Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem. O que eu pretendo liberar (benefício econômico). Metade do valor do bem, se meação Não impede alienação do bem (metade do produto da venda) Obs: Caso o juiz não indique o preço/valor, pode-se vender por 50% do valor (é o mínimo) Competência: Art. 676. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado. Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta. Liminar (art. 677 + 300/311): Prova sumária da posse Contestação FRAUDE À EXECUÇÃO (art. 792) FRAUDE CONTRA CREDORES (art. 159) Instituto processual Citação válida do devedor (ação de conhecimento/execução) Má-fé do terceiro nos bens imóveis (súmula 375, STJ; art. 828, CPC): o credor deve provar; não se aplica à execução fiscal Móveis: terceiro adquirente Execução fiscal: o interesse público se sobrepõe em relação à boa-fé do terceiro Requerimento: simples petição, não exige ação específica Ineficácia do negócio jurídico (efeitos não se produzem em relação ao credor) Direito material (defeito do negócio jurídico) Obrigação existe, mas não existe ação Concilium fraudis – má-fé do terceiro adquirente (alienação gratuita se presume má-fé) Ação Pauliana/Revocatória (não pode se dar dentro dos embargos de terceiro – litisconsórcio necessário entre devedor/terceiro). É uma ação própria, não podendo ser arguida em contestação (EM EMBARGOSDE TERCEIRO NÃO SE ANULA ATO JURIDICO, POR FRAUDE CONTRA CREDORES) Anulabilidade do negócio jurídico (alguns autores sugerem a ineficácia) Obs: a fraude à execução pode ser arguida em defesa na contestação, pelo credor. Não cabe fraude contra credores, pois se trata de Ação Pauliana (súmula 195, STJ) Citação pessoal na pessoa do procurador (art. 677, pár. 3º) Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. § 3o A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal. Art. 679. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum Suspensão de atos processuais (art. 678) Como regra, embargos de terceiro não suspendem a execução Obs: Após a contestação, os embargos de terceiro seguem pelo rito comum Sentença: Procedente: constitutiva negativa/desconstitutiva Improcedente: declaratória AÇÃO MONITÓRIA Cheque prescrito, NP prescrita, execução de contratos agrários, e-mails... Prazo: 5 anos (contabiliza-se o tempo já transcorrido para a prescrição) NATUREZA EXECUTIVA O réu é quem deve desconstruir a pretensão (inversão da lógica do ônus da prova) Utilizada por aquele que possui prova escrita da obrigação, sem eficácia de título executivo, e pretende reaver quantia em dinheiro, obrigação de fazer/entrega de coisa Não tem conciliação Pode ser contra a Fazenda Pública “Sem eficácia de título executivo”: Deve haver assinatura do devedor (é uma prova escrita, não precisa estar revestida de formalidades) Falta de exigibilidade PI ——— J ———— Citação para pagar em 15 dias (Se pagar no prazo o valor integral, haverá isenção de custas) Obs: Em caso de insuficiência da prova escrita, emenda-se a petição inicial. Neste caso, seguirá pelo rito comum (conhecimento/cobrança) Caso eu necessite de outras provas além da escrita, seguirá pelo rito comum Se houver pagamento, haverá procedência da ação, não extinção E SE NÃO HOUVER PAGAMENTO? Embargos Monitórios (RITO COMUM): CUIDAR, possui natureza de contestação, mas não pode ser chamado de contestação! Poderá ser arguida QUALQUER tese de defesa, não havendo limites Devedor não precisa pagar nada, nem dar bem em garantia, suspende-se os efeitos do mandado executivo inicial. Tal efeito suspensivo decorre da lei! Ideia de não ter penhora OU Revelia (CUMPRIMENTO DE SENTENÇA): Constitui-se de pleno direito. Título Executivo Judicial Art. 701, pár. 5º - art. 916: parcelamento independe da aceitação do credor (??) Obs: STJ: o credor poderá cobrar em ação monitória um cheque prescrito e outro não prescrito, em atenção ao princípio da economia processual e por não haver prejuízo à ampla defesa e ao contraditório, uma vez que nos embargos à execução, o juiz terá que garantir o juízo e convencer o juiz que sofrerá dano irreparável, a fim de suspender a execução (na monitória os embargos têm efeito suspensivo) INVENTÁRIO Princípio da Saisine: A abertura da sucessão ocorre com a morte. Inventário: Prazo de 60 dias (2 meses) para a abertura (predomina o CPC em detrimento ao CC) TJ/SP: existe lei que prevê multa em caso de descumprimento do prazo, por conta da arrecadação do imposto estadual TJ/RS: não prevê multa Procedimento para regularizar a transmissão, e para arrecadar bens/obrigações do falecido, identificar os herdeiros e partilhar o patrimônio, sendo esta na 2ª fase Espécies: a) Inventário judicial (art. 610, caput) Todas as provas são documentais INCAPAZES (INTERVENÇÃO DO MP); SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA (INTERVENÇÃO DO MP); LITÍGIO (NÃO PRECISA DE INTERVENÇÃO DO MP) b) Inventário extrajudicial (art. 610, CPC, parágrafo 1º e 2º) Tabelionato Escritura Pública (título executivo extrajudicial): TODOS DEVEM ASSINAR CAPAZES, CONSENSO, INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO Advogado Documentos: os mesmos do judicial c) Inventário negativo Ação declaratória de inexistência de bens d) Arrolamento Sumário (art. 659 ao 667, CPC) Sem intervenção do MP Homologação acordo de partilha CAPAZES CONSENSO (ou adjudicação, ou seja, quando há herdeiro único – poderá ser extrajudicial ou arrolamento sumário). SE UM NÃO CONCORDAR, SERÁ INVENTÁRIO Mais célere Não cabe testamento NÃO TEM LIMITE DE VALOR e) Arrolamento comum (art. 664 e 665, CPC) CONSENSO, INCAPAZES (MP), HERANÇA ATÉ 1.000 SALÁRIOS MÍNIMOS (não se considera a meação) Menos burocrático e mais célere Audiência, pode inclusive o juiz realizar a partilha Acima de 1.000, vai para o inventário judicial f) Alvará judicial (art. 666, CPC) Alvará autônomo: É quando falecido deixa SOMENTE VALORES Levantamento/liberação de valores Lei 6.858/80 Deve-se juntar negativa de inexistência de bens Pode ter incapaz, neste caso, intima-se o MP Alvará incidental: Posso solicitar no inventário e no arrolamento No curso do processo, podendo ter bens além de valores Liberar valores/bens INVENTÁRIO JUDICIAL (Art. 610 e seguintes) Competência: Art. 23: competência exclusiva da jurisdição brasileira imóveis Art. 48 foro subsidiário 1) Domicílio do falecido 2) Imóvel 3) Foro de qualquer imóvel A COMPETÊNCIA É RELATIVA! Ex: genitor morre em SP. É necessário ir até lá para ajuizar a ação de inventário? NÃO. Todavia, os impostos deverão ser pagos para a Fazenda do Estado de SP, por serem Estaduais Legitimidade: Art. 615, caput e 616 Concorrente/disjuntiva: Disjuntiva: não precisa autorização dos outros. Qualquer um pode requerer, mesmo sem a concordância dos demais Procedimento: 1) Petição inicial (art. 615, parágrafo único) Art. 672 (cumulação de inventário) 2) Nomeação do inventariante A nomeação se dá somente por ato do juiz. O inventariante deve assinar um termo de compromisso Não posso impugnar aqui Ordem de preferência: art. 617, CPC Direitos e deveres: art. 618 e 619 Remoção: art. 622 ao 625 Não confundir com o administrador provisório, que é o administrador de fato 3) Primeiras declarações 20 dias Qualificação do falecido/viúva/herdeiros Dívidas Bens/avaliação Documentos 4) Citação e prazo para impugnação 15 dias Arguir omissões/erros Avaliação Impugnar nomeação do inventariante 5) Decisão da impugnação 6) Pagamento de dívidas e avaliação/cálculo do imposto 7) Partilha Pedidos de quinhão (art. 647) Esboço da partilha Partilha: Decisão homologatória Sentença (art. 648, CPC) Igualdade de valores Prevenção de litígios Comodidade (em relação a cada herdeiro) Benfeitorias Avaliação da partilha x rescisão da partilha: Avaliação (art. 657): Acordo Rescisão (art. 658) Decisão do juiz Partilha judicial PROCESSO COLETIVO Relembrando... CPC/15 – Legitimidade ordinária: postular em nome próprio Coisa julgada inter partes Processo coletivo: Terceiro postula em nome próprio direito alheio Legitimidade extraordinária Decorre da lei Excepcional Coisa julgada erga omnes Classificação dos direitos coletivos: Difusos: São direitos transindividuais (pertencentes a uma coletividade), de natureza indivisível (só podem ser considerados como um todo), e cujos titulares sejam pessoas indeterminadas (não podem ser individualizados); ligados por uma circunstância de fato, não existindo vínculo comum de natureza jurídica. Toda a coletividade é titular, portanto não há identificação dos titulares Ex: Direito Ambiental Administração Pública (probidade, honestidade) Proibição de propaganda enganosa (direito do consumidor) Coletivos stricto sensu: São direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo, classe ou categoria de pessoas (indeterminadas, mas determináveis) enquanto grupo, classe ou categoria, ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica. Esta é anterior à lesão. Ex: Sindicatos MP (defesa de quemtem plano de saúde, como a Unimed) OAB – advogados CFM – médicos Reajuste de mensalidade da UNIFRA Individuais homogêneos: Decorrentes de origem comum, ou seja, direitos nascidos em consequência da própria lesão ou ameaça de lesão, em que a relação jurídica entre as partes é pós fato. São indivisíveis e indisponíveis até o momento de sua liquidação e execução Ex: Caso do carro Fox, em que as pessoas tiveram seus dedos mutilados. MP entra com a ação contra a Volkswagen. AÇÕES COLETIVAS Ação Civil Pública (Lei 7347/85) Ação Popular (Lei 4717/65) Ação Coletiva de Consumo (Lei 8078/98, arts. 81 ao 104) Ação de Improbidade (Lei 8249/92) Controle de Constitucionalidade (Lei 9868/99) Mandado de Segurança Coletivo (Lei 12016/09) AÇÃO CIVIL PÚBLICA Lei processual Instrumento processual que visa reprimir ou ressarcir danos aos direitos coletivos (art. 1º - rol exemplificativo) Busca-se uma condenação – fazer/não fazer Causas excluídas: Direito Previdenciário Direito Tributário Ver Resp 1.142.630 (STJ) Ver art. 21, Lei 4717/65 Legitimados Legitimidade extraordinária, concorrente e disjuntiva: Extraordinária: é também denominada substituição, já que ocorre em casos excepcionais, que decorrem de lei expressa ou do sistema jurídico, em que admite-se que alguém vá a juízo, em nome próprio, para defender interesses alheios. Concorrente: quando atribuída a mais de uma pessoa Disjuntiva: os legitimados podem ir a juízo separadamente ou em conjunto, tornando o litisconsórcio facultativo. Litispendência: Mesmas partes Mesmos pedidos Mesma causa de pedir (direito difuso – direito difuso)* *Caso seja direito difuso-direito coletivo, não haverá litispendência Continuação dos legitimados... I – Ministério Público Legitimado universal Sempre estará presente na ACP Parte/fiscal do interesse público Pode assumir a legitimidade ativa Comunicação do MP sobre fatos lesivos aos direitos coletivos (art. 6º e 7º) Possibilidade de executar a sentença (cabível quando é o autor originário ou não, por força do princípio da obrigatoriedade de execução de sentença coletiva (art. 15) – 60 dias Inquérito Civil: Administrativo Facultativo Prerrogativa do MP Quando se tem notícias, mas não elementos Fases: instauração, produção de provas (art. 129, VI, CF), conclusão* * 3 possibilidades: Ajuizar ACP Arquivar (remete para o Procurador, que pode manter arquivado, requerer diligências, ajuizar a ACP, nomeando OUTRO Promotor) TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Violador ajusta sua conduta à lei. Título Executivo Extrajudicial. Independe de homologação. Defesa pode oferecer embargos à execução II – União, Estados e Municípios III – Autarquias, Sociedades de Economia Mista, Fundações, Empresas Públicas Lei não prevê que o objeto da ação precisa ter relação com a atividade do ente IV – Associações Requisitos: Constituição por no mínimo 1 ano Pertinência temática: objeto da ação deve estar vinculado à finalidade da associação = adequada representação da coletividade em juízo O juiz pode dispensar o requisito temporal se a pretensão for relevante OAB entra nas associações e é legitimada universal (está dispensada do requisito temático) – entende-se que se equipara à Defensoria Pública, exercendo atividade essencial à justiça V – Defensoria Pública Direitos individuais homogêneos; difusos; coletivos stictu sensu: hipervulneráveis STJ: Associação deve juntar lista dos beneficiados da ação na petição – Não é legitimidade extraordinária para associações, mas sim REPRESENTAÇÃO (atua em nome alheio na defesa de direito alheio). Só quem está na lista pode executar a sentença. COMPETÊNCIA: Justiça Estadual e Justiça Federal *Competência de Foro (local competência relativa) Dano nacional: capital do País Pelo menos metade dos Estados Dano Regional: capital do Estado Dano local: comarca *Competência absoluta pela função do juiz COISA JULGADA (art. 16, LACP) “A sentença cível fará coisa julgada no limite da competência territorial do órgão prolator da decisão” (REVOGADO pelo Resp Repetitivo 1243887) Decisão procedente: efeito erga omnes (art. 103, CDC) Decisão improcedente: os legitimados coletivos não poderão propor novamente a ação, salvo se houver improcedência por insuficiência de provas Não obsta a propositura de ações individuais Há suspensão das demandas individuais enquanto houver julgamento das coletivas LIMINAR Tutelas provisórias do CPC “Aparência do direito” e “periculum um mora” Contra PJ de Direito Público: Deve haver a oitiva dos representantes antes de decidir (Lei 8249/92, art. 2º) Multa: exigível após o trânsito em julgado (art. 12, pár. 2º) EFEITOS DOS RECURSOS Poderão ter efeitos suspensivos CUSTAS E HONORÁRIOS O autor será isento, salvo comprovada má-fé AÇÃO POPULAR (Lei 4717/65) Finalidade: anular atos administrativos ilegais e (potencialmente) lesivos ao erário público Legitimidade ativa: exclusividade do cidadão (só pessoa física, portanto) Título de eleitor Súmula 365, STF Legitimidade passiva: PJ de Direito Público responsável pelo ato (art, 6º, pár. 3º) Beneficiário Litisconsórcio passivo/necessário Pessoa jurídica assumir junto com o cidadão o polo ativo Litisconsórcio passivo ulterior (art. 7º, II) **COMPETÊNCIA: NÃO HÁ COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRIBUNAIS NÃO HÁ FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO É do Juiz de primeiro grau!!! Considerações sobre o procedimento: Não existe possibilidade de conciliação, pois se trata de direito indisponível Liminar: suspensão do ato lesivo Ver art. 5º, LXXIII, CF Coisa Julgada (art. 18)
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