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PROCESSO CIVIL IV - RESUMO

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71
PROCESSO CIVIL IV
FUNDAMENTOS DO CPC
1. Constitucionalização do Direito Processual Civil
 Busca-se uma maior eficácia/aproximação da realidade
2. Sistema da colaboração/cooperação processual
 Envolve todos os sujeitos do processo (autor/juiz/réu)
 Limita o ativismo judicial
2.1. Contraditório dinâmico:
 As partes devem influenciar na decisão judicial
 Garantia de influência e não de surpresa. Se o juiz quiser aplicar súmulas, deve intimar as partes, a fim de que possa aparecer na decisão judicial
 O grande benefício seria uma maior conformação/valorização da decisão judicial
 É um sistema de colaboração, onde prima-se por um julgamento de qualidade
2.2 Negócio jurídico processual (contrato):
 Calendário processual. Não precisaria intimar ninguém, pois já haveria um prazo pré-determinado
2.3 Boa-fé objetiva:
 Veda o comportamento contraditório de todos os que participarem do processo.
Ex: juiz defere a oitiva de 3 testemunhas. Na audiência de instrução, ouve-se apenas uma
 Condutas coerentes dentro do processo
2.4 Decisão fundamentada
 Art. 489, CPC
2.5 Sistema multiportas
Conciliação, mediação, justiça restaurativa, arbitragem
 Poder de decisão é das partes
2.6 Sistema de precedentes
Julgamento liminar de mérito
Recurso repetitivo
Incidente de resolução de demandas repetitivas
 Finalidade: segurança jurídica
 Crítica: todo o processo deve ter contraditório, seria inconstitucional
 Com o novo CPC, o juiz deve analisar a causa de pedir
TUTELA PROVISÓRIA
Art. 294 a 311, CPC
 O deferimento da tutela provisória dar-se-á sempre em processos de conhecimento ou de execução
 “Tutela diferenciada e de cognição sumária que satisfaz antecipadamente o direito de assegurar o resultado útil do processo, em situação de urgência ou evidência”.
 O novo CPC prevê a possibilidade de audiência de justificação com produção de prova oral/testemunhal – há a citação do réu
 O provimento provisório pode ser deferido com base na prova documental ou prova oral (colhida na audiência de justificação)
 A tutela provisória PODERÁ ser deferida LIMINARMENTE (sem contraditório e oitiva do réu) ou no CURSO DO PROCESSO
 Se a sentença confirmar a tutela provisória o recurso de apelação terá APENAS efeito devolutivo. Logo mesmo com a apelação continua a ter efeito a sentença
 Se o processo for suspenso a liminar/tutela mantém os efeitos – suspende-se apenas o procedimento
 A tutela pode ser revogada ou alterada a qualquer tempo
Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
CPC/73
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA processo de conhecimento
É SATISFATIVA!
 1994
 Antecipação dos efeitos da sentença (liminar). Antecipa-se o pedido. Se a liminar deferir o pedido, tem-se um procedimento de natureza antecipatória
Requisitos:
1) Prova inequívoca do direito (era criticada, pois a decisão é provisória). NO CPC/2015 É PROBABILIDADE E NÃO MAIS PROVA INEQUÍVOCA
2) Periculum in mora (urgência, não se pode esperar a sentença) OU abuso do direito de defesa/manifesto propósito protelatório
CUIDADO, PEGA RATÃO! Periculum in mora não é obrigatório, uma vez que existe a possibilidade do abuso do direito de defesa/manifesto propósito protelatório
Autor ------------------ Juiz ------------------ Réu --------------- Sentença
 Pedido LIMINAR Pedido 
 A LIMINAR, QUE CONSISTE NA POSSIBILIDADE DE SE ACESSAR O DIREITO MATERIAL, PODE SER ALTERADA E REVOGADA A QUALQUER TEMPO
PROCESSO CAUTELAR
Art. 769 e seguintes
É PREVENTIVA; tem por finalidade resguardar o resultado útil do processo principal, conservando bens, pessoas ou provas
MEDIDA CAUTELAR NÃO É MÉRITO!
1º processo:
CREDOR -------------- JUIZ --------------- DEVEDOR ------------ SENTENÇA
 Mérito LIMINAR Mérito
 (Crédito: 10.000) (Fundamento: receber 10.000)
2º processo:
AUTOR --------------- JUIZ ---------------- RÉU
 LIMINAR
 (Bloqueio de bens)
 Réu está dilapidando o patrimônio
 Eram necessários 2 processos. Hoje não precisa mais
Requisitos:
1) Fumus boni iuris (aparência do direito alegado). Não precisa provar o direito
2) Periculum in mora
 O autor, diferentemente da antecipação de tutela, não recebe o valor imediatamente. Apenas o resultado útil do processo é conservado
Ex: perícia, perigo da perda de indícios
 O provimento cautelar CONTRIBUI para o mérito
IMPORTANTE: É JUDICIAL! Isto significa que não cabe em processo administrativo, por exemplo
CPC/2015
 
 Antecipada
 
 1) Urgência 
 Requisitos: 
 1) probab. Dir. Cautelar
 2) Risco de dano
TUTELAS PROVISÓRIAS (pode perecer, não tenho tempo para esperar)
(art. 294 a 311, CPC)
 2) Evidência
 Requisito:
 1) Probabilidade do Direito
 
 Antecedente**
 Antecipação de tutela
 
 Incidental
 Urgência (art. 300) 
 Antecedente
 Cautelar
 
 Incidental
Tutelas Provisórias 
 
 
 Evidência (art. 311)
Considerações importantes:
 Antecipação de tutela e cautelar são a NATUREZA DO PROVIMENTO. Já, a subdivisão em antecedente e incidental se refere à FORMA DO REQUERIMENTO
** É A ÚNICA EM QUE EXISTE A POSSIBILIDADE DE ESTABILIZAÇÃO, EXTINGUINDO-SE O PROCESSO. NESSE SENTIDO, NÃO CABE REVISÃO, APENAS UMA NOVA AÇÃO, ONDE O RÉU TERÁ DE PROVAR QUE NÃO TENHO O DIREITO
 A tutela provisória (art. 294 a 311) é uma tutela diferenciada (não é uma decisão definitiva), de cognição sumária, que satisfaz antecipadamente o direito ou resguarda o resultado útil do processo
Características gerais da tutela provisória
 Decisões precárias
 Pode ser, a qualquer tempo, revogada ou modificada
 Efeitos jurídicos da relação não são atingidos pela suspensão do processo. Manutenção dos efeitos quando da suspensão do processo
 Tutela provisória é sempre liminar? NÃO!
 Poderá ser requerida pelo autor ou réu (reconvenção/contrapedido).Reconvenção: pode trazer um fato novo, julgado na justiça comum; contrapedido: só o objeto da ação, julgado no JEC
 Poderá ser deferida em caráter liminar ou não; ou na audiência de justificação; ou após a contestação
Exemplo:
 
Tutela provisória (não é mais liminar)
A ------ J ----- R ------------------------- SENTENÇA
Contestação
 A tutela provisória pode ser deferida inclusive na sentença. Por que vale a pena ganhar? Em razão do efeito do recurso, o qual terá efeito apenas devolutivo (??)
 As tutelas provisórias cumprem a função de dar maior efetividade ao processo, garantindo e assegurando o provimento final, permitindo uma melhor distribuição do ônus da demora, possibilitando que o juiz conceda antes aquilo que só concederia ao final ou determine as medias necessárias para assegurar e garantir a eficácia do provimento principal, nos casos de urgência e evidência.
Natureza: antecipada ou cautelar
Fundamentação: urgência ou evidência
Momento da concessão: antecedente ou incidental
O juiz pode deferir tutela provisória de ofício?
Existem duas correntes:
1) Não pode, pois não há previsão na legislação
2) Pode, pois visam resguardar a efetividade do processo. Todavia, ressalta-se que apenas a tutela provisória de natureza cautelar poderia ser deferida de ofício
TUTELA DE URGÊNCIA
 Dá-se a requerimento da parte, mas a doutrina alega que a CAUTELAR pode ser dada de ofício
Requisitos (art. 300, CPC)
1) Probabilidade da existência do direito alegado/aparência do direito – fumus boni iuris
2) Perigo da demora/possibilidade da parte sofrer dano irreparável – periculum in mora
 Apenas para tutela de urgência antecipatória/satisfativa de mérito deve-se observar a reversibilidade dos efeitos do provimento
 É mérito, a decisão é provisória
Exemplo: quando pedir antecipação de tutela para retirar o nome dos órgãos restritivos de créditos. Reversibilidade (efeitos)
STF: irreversibilidade de mão dupla:
 O julgador deve analisar este requisito na perspectiva do autor e do réu. Estando presente a irreversibilidade deverá fazer um juízo de proporcionalidade, analisando para qual das partes o prejuízo será maior.
Irreversibilidade exemplo: colocar pino na perna. Se o autor não obter a liminar, é irreversível. Réu irá gastar dinheiro, é irreversível
Ex: ação de medicamentos. Não há reversibilidade, pois avalia-se qual bem é mais valioso, se o do autor ou do réu, o juiz faz um juízo de valor
Bem do autor: vida
Bem do réu: dinheiro
Requisito facultativo (cautela/tutela): caução
Art. 302 reponsabilidade objetiva para o requerente da tutela provisória 
 Hoje, em caso de reversão da liminar, o autor deve reparar o réu, independentemente de boa ou má-fé
 Caução é requisito facultativo, tanto para a cautelar quanto para a satisfativa
Formas para requerer:
a) Pedido em caráter incidental
NA PETIÇÃO INICIAL
a.1) Antecipação de tutela
a.2) Cautelar
b) Em caráter antecedente
b.1) Pedido de antecipação de tutela:
NA PETIÇÃO INICIAL (+ enxuta, é limitada)
Art. 300: fundamento jurídico se limita ao pedido de tutela provisória de urgência em caráter antecipado
 A petição inicial deve ter qualificação das partes, fatos, direito – que se limita ao art. 300 e 303 + pedido + tutela provisória + pedido final
 A diferença em relação a outra é que essa não vem completa. A parte pode complementar o fundamento jurídico
Pedido:
Liminar (SPC/SERASA)
Revisão
Ex: ação para a retirada do nome dos órgãos restritivos de créditos. Depois de deferida a liminar, o autor complementa a fundamentação. Em contrapartida, em relação aos pedidos, o autor não pode acrescentá-los posteriormente. É possível não justifica-los, mas a indicação é obrigatória antes do deferimento da liminar
PROVA! PEDIDO EM CARÁTER ANTECEDENTE NÃO SE PRESUME! DEVE ESTAR EXPRESSO
 SE NÃO REQUERER EXPRESSAMENTE SERÁ INCIDENTAL
 Petição inicial (art. 300)
 Liminar deferida 
PI ———— J ———— Autor emenda a PI ———— Intimação/citação
 Complementação da fundamentação jurídica Réu não ingressa com AI
 
 ESTABILIZAÇÃO 
 (Extinção do processo)
Ver art. 303 e 304
Revisão em 2 anos
Decisão estabilizada ———— E ———— J ———— A
PI ———-—————— J —————————— R
 Liminar deferida Interposição de AI
 (importante para a não estabilização)
 Autor emenda PI 
 Aud. Conciliação contestação
LIMINAR DEFERIDA: 
 O autor será intimado para emendar a inicial (complementar a fundamentação com outros documentos), em 15 dias, sob pena de extinção sem resolução do mérito (art. 303, pár. 1º, I e pár. 2º); o réu será citado/intimado da demanda/liminar e caso não interponha recurso (agravo de instrumento) a decisão provisória se estabiliza, acarretando a extinção do processo. A decisão estabilizada somente poderá ser revisada mediante o ajuizamento de nova ação, por qualquer das partes, no prazo de 2 anos (art. 304, pár. 5º). Caso o réu agrave da liminar a demanda segue pelo RITO COMUM, sendo designada audiência de conciliação
LIMINAR INDEFERIDA:
 O autor deverá emendar a PI em 5 dias sob pena de extinção (art. 303, pár. 6º)
Estabilização da tutela (art. 303):
 Dá-se quando o réu não agravar, ocorre extinção COM resolução do mérito
Obs:
 Se o autor não emendar: extinção SEM resolução do mérito
LOGO:
Antecipação de tutela antecedente Juiz dá procedência autor emenda em 15 dias réu agrava audiência de conciliação contestação
Antecipação de tutela antecedente Juiz dá procedência autor emenda em 15 dias réu NÃO agrava estabilização de tutela (fica provisória por 2 anos – podendo ser revisada pelas partes). Passados 2 anos se torna definitiva
CUIDADO: na hora de emendar o autor não pode realizar novos pedidos, todos eles já devem ter sidos indicados no pedido da tutela antecipada antecedente
Ex: tutela antecipada antecedente pede danos materiais e já indica os danos morais só não os fundamenta
b.2) Cautelar em caráter antecedente (art. 305 a 310)
 Pedido cautelar formulado antes do pedido principal (natureza: conhecimento ou execução)
 Tudo começa na PI (partes/lide e fundamentos/pedido cautelar)
 Após a efetivação da liminar, o autor tem 30 dias para efetuar o pedido principal.
Ex: Cautelar (bloqueio de bens). O pedido principal é uma indenização
PI —————————— J ———————— Contestação
 Pedido cautelar antecedente Liminar deferida (5 dias)
 Poderá haver AI DEPOIS DE CONTESTAR
 SEGUE O RITO COMUM
 O juiz pode conceder uma cautelar
 Pode também haver AI
 Independentemente do deferimento ou indeferimento da liminar, o réu será citado para contestar em 5 dias; após a efetivação da liminar (na hipótese de deferimento) o autor deverá formular o pedido principal no prazo de 30 dias, sob pena de revogação da cautelar
 Na hipótese do réu contestar o pedido cautelar, o procedimento prosseguirá pelo rito comum (art. 307, parágrafoúnico). O julgamento do pedido cautelar antecedente se dará por decisão interlocutória ou sentença, se o pedido principal tiver natureza de conhecimento. Caso o pedido principal tenha natureza de execução, a cautelar será decidida por decisão interlocutória. Isso se justifica pelo fato de que a sentença, caso o pedido principal tenha natureza de execução, só serve para extinguir o executar a ação, razão pela qual o juiz se utiliza da decisão interlocutória. Lembrar que a penhora e a expropriação se dão antes da sentença
 Se houver audiência de justificação, o prazo de defesa só se dará da intimação da liminar
 QUANDO FOR EM CARÁTER ANTECEDENTE DEVE ESTAR EXPRESSO NO PROBLEMA
RITO:
PROCESSO DE CONHECIMENTO
Petição inicial com pedido cautelar é dada liminar contestação em 5 dias autor tem 30 dias para formular o pedido principal audiência contestação em 15 dias sentença
 A sentença que confirma a cautelar gera cumprimento de sentença
 O juiz pode decidir em decisão cautelar antes da sentença (dessa decisão cabe agravo de instrumento)
PROCESSO DE EXECUÇÃO
Pedido cautelar bloqueio de bens em caráter liminar contestação em 5 dias pedido principal de execução de título executivo extrajudicial devedor citado para pagar em 3 dias penhora e avaliação expropriação sentença
 Aqui necessariamente eu tenho uma decisão interlocutória tratando da cautelar – cabe agravo de instrumento, pois NÃO cabe esperar até a sentença de extinção, pois o crédito já vai estar satisfeito
 Se entrar de forma incidental não tem os 5 dias para realizar a defesa, tem os mesmos 15 dias pois se faz uma única petição
Considerações:
 Na contestação, o réu irá atacar os requisitos do art. 300.
 Na sentença, o juiz irá se manifestar a respeito da CAUTELAR E DO PEDIDO PRINCIPAL. Nesse sentido, durante todo o pedido principal o bem estará bloqueado
Pedido principal: indenização (ação de conhecimento)
Mérito: dinheiro
Cautelar: bloqueio de bens
 O autor não pode usar a liminar provisória e a converter em penhora, pois deve aguardar a sentença do juiz
 É possível haver uma decisão cautelar antes da sentença
 Da sentença, cabe apelação, a qual terá efeito:
Suspensivo sobre a indenização
Devolutivo sobre a cautelar
 Na cautelar o pedido principal é diferente do cautelar; na satisfativa o pedido principal é igual ao pedido cautelar
TUTELA DA EVIDÊNCIA (art. 311, CPC)
 Provimento provisório que dispensa a prova do dano
 Baseia-se na evidência do direito postulado
 “Não há defesa que chegue a tempo”
 É uma tutela provisória
Rito: petição inicial + pedido de tutela de evidência: não há como fazerem caráter antecedente
Art. 311, parágrafo único:
 Poderá ser deferida liminarmente (antes do contraditório) ou após a contestação
Autor Juiz Réu ---- Tutela da evidência ---- Sentença
Tutelas da evidência após o contraditório (não pode ser concedida liminarmente):
I – Abuso do direito de defesa (contestação) ou manifesto propósito protelatório
IV – Petição inicial com documentos comprobatórios das alegações que o réu não conseguir produzir provas para afastar a pretensão do autor
Observações:
 Dependem da atitude do réu
 Não exige que o autor comprove com documentação
Tutelas da evidência que podem ser concedidas liminarmente:
II – O autor comprova o fato com documentos e sua pretensão está em consonância com decisões proferidas em recurso repetitivo ou súmula vinculante
III – Pedido reipersecutório (obrigação de fazer) baseado em prova escrita
Observação:
 Não depende da atitude do réu. Juiz pode conceder liminarmente
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
 Tutelas diferenciadas com natureza de ação de conhecimento
 Atos processuais diferenciados do rito comum
 Agilização dos trâmites processuais
Delimitação dos temas:
Rito comum:
 Rito padrão
 Segurança jurídica/juízo de certeza
 Cognição exauriente (ampla produção de provas/sistema recursal)
CPC/15
Procedimentos especiais que tutelam direitos individuais:
 Posse
 Propriedade
 Crédito
 Redução do número de procedimentos especiais
Procedimentos especiais: tem uma fase de atos diferenciados ou apenas alguns atos – aplicação subsidiária do rito comum
Procedimentos especiais em leis especiais:
 JEC/ação de alimentos
 Ação inquilinato
 Mandado de Segurança
 ACP/AP – direitos coletivos
 Ação coletiva de consumo
	Jurisdição contenciosa
	Jurisdição voluntária
	 Predomina litígio
 Direito de ação 
 Partes contrapostas
 Coisa julgada formal e material
 Aplicação do direito
	 Predomina consenso
 Requerimento
 Interessados
 Coisa julgada formal
 Conveniência e oportunidade
	 Quando existe conflito/litígio
 As partes do processo são vistas como adversárias
Ex: divórcio litigioso
	 É quando não existe conflito mas precisa do processo
 As partes não são vistas como adversárias, mas como interessadas
Ex: Interdição, divórcio consensual
AÇÕES POSSESSÓRIAS
Tutela jurídica da posse (art. 1196 a 1224, CC)
Tutela jurisdicional da posse (art. 554 a 568, CPC) fungibilidade
Posse:
 Possibilidade de apreensão física do bem e exercício de ingerência econômica
Causa de pedir da posse:
 Exercício de posse e posterior perda (esbulho/turbação/ameaça)
Possessórias de procedimento especial
Reintegração
 Esbulho (perda total ou parcial)
Manutenção
 Turbação (atos concretos na coisa que impedem o uso e fruição plenos
Ex: trator
Interdito proibitório 
 Ameaça
 Risco iminente que o esbulho ou turbação irão se concretizar
 O risco deve ser concreto
Ex: marcha do MST para determinada Fazenda
Requisitos da petição inicial e da liminar (art. 561 - prejuízo é presumido - + 319, CPC)
a) Exercício anterior de posse
b) Esbulho/turbação ou ameaça há menos de ano e dia
c) Notificação extrajudicial*
*A única que precisa é a posse precária. Condição de procedibilidade da ação
d) Cumulação de pedidos
e) Valor da causa
“Benefício econômico” - STJ
Exemplo:
Comodato verbal
Há 2 anos ——— 01/07 Notif. 15/07 —— prazo p/desocupar —— 30/07 —— posse precária
Fungibilidade dos interditos possessórios (ações)
Art. 554, CPC
OCUPAÇÃO DE BEM PÚBLICO
 É possível possessória de particular contra particular para reintegração de bem público dominical
AÇÃO POSSESSÓRIA DE RITO COMUM
 Cabível quando o esbulho/turbação/ameaça ultrapassar ano e dia (força velha). Neste caso a liminar deve atender as disposições das tutelas provisórias.
 Petição inicial do 319 + 300, CPC
+ art. 565, CPC: audiência de “mediação” nas ações possessórias de invasão coletiva e pelo rito comum (CUIDAR)
 É POSSÍVEL LIMINAR? SIM, mas é difícil
 PREJUÍZO NÃO É PRESUMIDO
AÇÕES PETITÓRIAS
Ação reivindicatória
Ação de imissão na posse
LIMINAR
Inaudita altera parte
Após a audiência de justificação RITO COMUM E ESPECIAL 
 
Após a audiência de mediação
(conflito coletivo e ação de força velha)
 A decisão provisória pode ser deferida após o contraditório (rito comum e especial)
Legitimidade:
Ativa:
Possuidor pleno (ex: poder público, inclusive de bens dominicais)
Possuidor direto/indireto
Cônjuges (litisconsórcio) art. 73, pár. 2º 
Passiva:
“Invasor” – coletividade desprovida de personalidade jurídica (possui capacidade jurídica)
CITAÇÃO (art. 554, pár. 1º)
COLETIVA:
 Orienta o OJ
 Citação deve ser pessoal dos identificados civilmente. Os demais devem ser citados por edital. FUNDAMENTO NO CONTRADITÓRIO, todavia, disso decorre a morosidade
 No CPC/73 citava-se apenas o representante
INDIVIDUAL:
 Mandado
AÇÃO POSSESSÓRIA (é uma ação dúplice)
	DÚPLICE
	RECONVENÇÃO
	CONTRAPEDIDO
	Procedimento especial
	Rito comum
	Juizado
	Art. 556
 Réu formula o pedido em face do autor (na contestação)
 O pedido é definido na lei (não é qualquer pedido vinculado aos fatos), ou seja, a lei indica a demanda do réu. “O que é possível alegar”?
	 Ação do réu em face do autor (na contestação)
 Vínculo com objeto da ação ou com fundamentode defesa
 Permite que o réu traga outras causas de pedir
 + ampla
	 Pedido do réu em face do autor (na contestação)
 Vínculo com o objeto da ação
 Não permite que o réu traga fatos novos, pois o fundamento aqui é a celeridade
 + restrita
AÇÃO REIVINDICATÓRIA
 Rito comum
 Decorre do direito de sequela
 IMPRESCRITÍVEL
 É plenária, ou seja, profunda/real
Causa de pedir:
 Proprietário (REGISTRO) sem posse
 Nunca teve posse
 Exerceu algum dia
A ———————— J ——————— R
 1) Proprietário Possuidor injusto*
 2) Individualiz. da coisa (NÃO TEM TÍTULO VÁLIDO
 P/AFASTAR SEQUELA DO PROPR) 
*CUIDAR, NÃO É POSSE VIOLENTA, PRECÁRIA, CLADESTINA!
LIMINAR DE IMISSÃO NA POSSE (art. 300 ou 311, I e IV, CPC)
 CUIDAR, não é ação de imissão, mas sim reivindicatória
Contestação:
a) Nulidade do registro
b) Benfeitorias/retenção
 Neutraliza a decisão a qual determina a entrega da coisa
 Gera a ineficácia da decisão
 Dispensa reconvenção
 Se não arguir na contestação, perco o direito de retenção
 Deve-se arguir na contestação ou em uma nova ação. Em recurso não pode, pois é proibido inovar na apelação
c) Exceção de usucapião
 SE o juiz reconhecer e rejeitar o pedido do autor, o réu teria direito ao registro, haja vista que tem a propriedade, título, direito de sequela, posse
PODERIA FAZER O REGISTRO NO CRI?
 A improcedência da reivindicatória poderia gerar o registro de propriedade para o réu nos casos de usucapião especial:
Art. 7º, Lei 6969: A usucapião especial poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para transcrição no Registro de Imóveis.
Art. 13, Lei 10257: A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de imóveis.
Obs:
 É necessário o mapa
 Possessória não tem mapa
E no caso de usucapião ordinária e extraordinária?
 Não há previsão legal
 Alguns defendem que o réu deveria ingressar com uma ação para cumprir com os requisitos da Usucapião, como a citação da Fazenda Pública, dos lindeiros, etc.
Obs:
 Na prova, haverá indicação se o mapa foi trazido
AÇÃO DE USUCAPIÃO (MAPA)
 Memorial descritivo/croqui
 Citação: proprietário/cônjuge; lindeiros; edital/interessados
 Intimação da Fazenda Pública
AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE
 No CPC/73, era uma ação sumária, pois a única defesa a ser alegada seria a nulidade do título. Hoje, a tramitação se dá pelo rito comum, ou seja, não é mais sumária
Cabimento:
a) Aquele que nunca teve posse
b) Adquirente
 Proprietário registral (pode ser reivindicatória)
 Promessa de compra/venda (ex: Ana Maria não entrega as chaves do ap, não cumprindo a promessa)
Polo passivo:
 Alienante
Considerações:
Existe fungibilidade entre:
 Reivindicatória e imissão na posse? SIM (ambas possuem natureza petitória)
 Possessória e possessória? SIM
Possessória e petitória? NÃO (possuem causa de pedir distinta)
 Converter possessória em reivindicatória não pode na sentença. Ex: autor entra com possessória, réu traz na contestação que tem posse há 8 anos, todavia precisa de 10 anos para usucapir. Não pode converter em reivindicatória, uma vez que geraria a improcedência da ação, não tem os 10 anos necessários, prejudicaria a ampla defesa/contraditório.
AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO
(Execução/penhora/processo em andamento)
 Ação de conhecimento que tem por finalidade livrar de CONSTRIÇÀO JUDICIAL INJUSTA (ESBULHO/TURBAÇÃO/AMEAÇA COMETIDAS PELO JUIZ) bens que foram apreendidos em processo judicial do qual o TERCEIRO NÃO SEJA PARTE
 Intervenção de terceiro atípica
 Pode gerar a suspensão da execução (como regra haverá suspensão dos atos que levam ao perdimento da ação)
Finalidade:
 Defesa da posse/propriedade
Obs:
 Em relação ao cônjuge, a lei presume benefício para ambos. O contrário terá que ser provado
 Após o leilão, ainda é possível ingressar com a ação. Após a carta, não pode mais
Art. 675.  Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
Terceiro (art. 674, CPC) – rol exemplificativo:
 Credor com garantia real
 Proprietário fiduciário
 Adquirente de bens cuja aquisição tenha sido declarada fraude à execução
 Aquele que sofre constrição no seu patrimônio em razão do julgamento de incidente de desconsideração de personalidade jurídica
 TERCEIRO POSSUIDOR
 EMBARGOS PELO CÔNJUGE
SÚMULAS:
Súmula 84, STJ:
 É terceiro aquele que adquire posse com base em promessa de compra e venda desprovida de registro
Súmula 308, STJ:
 A hipoteca firmada entre o banco e a construtora não atinge o adquirente, mesmo que a promessa de compra e venda seja datada posteriormente
Súmula 134, STJ:
 O cônjuge intimado da penhora pode propor embargos de terceiro
STJ:
 O aval nos títulos de créditos nominados não precisa mais da assinatura do outro cônjuge
ÔNUS DA PROVA NOS EMBARGOS OFERTADOS PELO CÔNJUGE
Regra:
 O ônus recai sobre o cônjuge embargante, que deverá comprovar que não se beneficiou com a dívida
Exceção:
 O ônus da prova recai sobre o embargado (credor), que deverá comprovar que houve benefício para a família dada a presunção de prejuízo da entidade familiar
Cuidar:
1) Aval em favor de terceiro:
 Respondo com minha metade
2) Súmula 251, STJ:
“A meação só responde pelo ato ilícito quando o credor, na execução fiscal, provar que o enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal”
 Execução fiscal
 Ato ilícito
 Credor deve comprovar o benefício do cônjuge
Procedimento:
Prazo (art. 675)
 Da constrição até a expedição da carta
Petição inicial (art. 319 + 676, CPC)
Legitimidade ativa: terceiro
Legitimidade passiva: credor; devedor
 Credor: se não falar nada
 Credor + devedor: se o devedor indicar bens à penhora, dar causa (litisconsórcio necessário)
Valor da causa:
Art. 843.  Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem.
 O que eu pretendo liberar (benefício econômico). Metade do valor do bem, se meação
 Não impede alienação do bem (metade do produto da venda)
Obs:
 Caso o juiz não indique o preço/valor, pode-se vender por 50% do valor (é o mínimo)
Competência:
Art. 676.  Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado.
Parágrafo único.  Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta.
Liminar (art. 677 + 300/311):
 Prova sumária da posse
Contestação
	FRAUDE À EXECUÇÃO
(art. 792)
	FRAUDE CONTRA CREDORES
(art. 159)
	 Instituto processual
 Citação válida do devedor (ação de conhecimento/execução)
 Má-fé do terceiro nos bens imóveis (súmula 375, STJ; art. 828, CPC): o credor deve provar; não se aplica à execução fiscal
 Móveis: terceiro adquirente
 Execução fiscal: o interesse público se sobrepõe em relação à boa-fé do terceiro
 Requerimento: simples petição, não exige ação específica
 Ineficácia do negócio jurídico (efeitos não se produzem em relação ao credor)
	 Direito material (defeito do negócio jurídico)
 Obrigação existe, mas não existe ação
 Concilium fraudis – má-fé do terceiro adquirente (alienação gratuita se presume má-fé)
 Ação Pauliana/Revocatória (não pode se dar dentro dos embargos de terceiro – litisconsórcio necessário entre devedor/terceiro). É uma ação própria, não podendo ser arguida em contestação (EM EMBARGOSDE TERCEIRO NÃO SE ANULA ATO JURIDICO, POR FRAUDE CONTRA CREDORES)
 Anulabilidade do negócio jurídico (alguns autores sugerem a ineficácia)
 Obs: a fraude à execução pode ser arguida em defesa na contestação, pelo credor. Não cabe fraude contra credores, pois se trata de Ação Pauliana (súmula 195, STJ)
Citação pessoal na pessoa do procurador (art. 677, pár. 3º)
Art. 677.  Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.
§ 3o A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal.
Art. 679.  Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum
Suspensão de atos processuais (art. 678)
 Como regra, embargos de terceiro não suspendem a execução
Obs:
 Após a contestação, os embargos de terceiro seguem pelo rito comum
Sentença:
Procedente: constitutiva negativa/desconstitutiva
Improcedente: declaratória
AÇÃO MONITÓRIA
 Cheque prescrito, NP prescrita, execução de contratos agrários, e-mails...
 Prazo: 5 anos (contabiliza-se o tempo já transcorrido para a prescrição)
 NATUREZA EXECUTIVA
 O réu é quem deve desconstruir a pretensão (inversão da lógica do ônus da prova)
 Utilizada por aquele que possui prova escrita da obrigação, sem eficácia de título executivo, e pretende reaver quantia em dinheiro, obrigação de fazer/entrega de coisa
 Não tem conciliação
 Pode ser contra a Fazenda Pública
“Sem eficácia de título executivo”:
 Deve haver assinatura do devedor (é uma prova escrita, não precisa estar revestida de formalidades)
 Falta de exigibilidade
PI ——— J ———— Citação para pagar em 15 dias
 (Se pagar no prazo o valor integral, haverá isenção de custas)
Obs:
 Em caso de insuficiência da prova escrita, emenda-se a petição inicial. Neste caso, seguirá pelo rito comum (conhecimento/cobrança)
 Caso eu necessite de outras provas além da escrita, seguirá pelo rito comum
 Se houver pagamento, haverá procedência da ação, não extinção
E SE NÃO HOUVER PAGAMENTO?
Embargos Monitórios (RITO COMUM):
 CUIDAR, possui natureza de contestação, mas não pode ser chamado de contestação!
 Poderá ser arguida QUALQUER tese de defesa, não havendo limites
 Devedor não precisa pagar nada, nem dar bem em garantia, suspende-se os efeitos do mandado executivo inicial. Tal efeito suspensivo decorre da lei!
 Ideia de não ter penhora
OU
Revelia (CUMPRIMENTO DE SENTENÇA):
 Constitui-se de pleno direito. Título Executivo Judicial
Art. 701, pár. 5º - art. 916: parcelamento independe da aceitação do credor (??)
Obs:
STJ: o credor poderá cobrar em ação monitória um cheque prescrito e outro não prescrito, em atenção ao princípio da economia processual e por não haver prejuízo à ampla defesa e ao contraditório, uma vez que nos embargos à execução, o juiz terá que garantir o juízo e convencer o juiz que sofrerá dano irreparável, a fim de suspender a execução (na monitória os embargos têm efeito suspensivo)
INVENTÁRIO
Princípio da Saisine:
 A abertura da sucessão ocorre com a morte.
Inventário:
 Prazo de 60 dias (2 meses) para a abertura (predomina o CPC em detrimento ao CC)
TJ/SP: existe lei que prevê multa em caso de descumprimento do prazo, por conta da arrecadação do imposto estadual
TJ/RS: não prevê multa
 Procedimento para regularizar a transmissão, e para arrecadar bens/obrigações do falecido, identificar os herdeiros e partilhar o patrimônio, sendo esta na 2ª fase
Espécies:
a) Inventário judicial (art. 610, caput)
 Todas as provas são documentais
 INCAPAZES (INTERVENÇÃO DO MP); SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA (INTERVENÇÃO DO MP); LITÍGIO (NÃO PRECISA DE INTERVENÇÃO DO MP)
b) Inventário extrajudicial (art. 610, CPC, parágrafo 1º e 2º)
 Tabelionato
 Escritura Pública (título executivo extrajudicial): TODOS DEVEM ASSINAR
 CAPAZES, CONSENSO, INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO
 Advogado
 Documentos: os mesmos do judicial
c) Inventário negativo
 Ação declaratória de inexistência de bens
d) Arrolamento Sumário (art. 659 ao 667, CPC)
 Sem intervenção do MP
 Homologação acordo de partilha
 CAPAZES
 CONSENSO (ou adjudicação, ou seja, quando há herdeiro único – poderá ser extrajudicial ou arrolamento sumário). SE UM NÃO CONCORDAR, SERÁ INVENTÁRIO
 Mais célere
 Não cabe testamento
 NÃO TEM LIMITE DE VALOR
e) Arrolamento comum (art. 664 e 665, CPC)
 CONSENSO, INCAPAZES (MP), HERANÇA ATÉ 1.000 SALÁRIOS MÍNIMOS (não se considera a meação)
 Menos burocrático e mais célere
 Audiência, pode inclusive o juiz realizar a partilha
 Acima de 1.000, vai para o inventário judicial
f) Alvará judicial (art. 666, CPC)
Alvará autônomo:
 É quando falecido deixa SOMENTE VALORES
 Levantamento/liberação de valores
 Lei 6.858/80
 Deve-se juntar negativa de inexistência de bens
 Pode ter incapaz, neste caso, intima-se o MP
 
Alvará incidental:
 Posso solicitar no inventário e no arrolamento
 No curso do processo, podendo ter bens além de valores
 Liberar valores/bens
INVENTÁRIO JUDICIAL
(Art. 610 e seguintes)
Competência:
Art. 23: competência exclusiva da jurisdição brasileira imóveis
Art. 48 foro subsidiário
1) Domicílio do falecido
2) Imóvel
3) Foro de qualquer imóvel
 A COMPETÊNCIA É RELATIVA!
Ex: genitor morre em SP. É necessário ir até lá para ajuizar a ação de inventário? NÃO. Todavia, os impostos deverão ser pagos para a Fazenda do Estado de SP, por serem Estaduais
Legitimidade:
Art. 615, caput e 616
Concorrente/disjuntiva:
Disjuntiva: não precisa autorização dos outros. Qualquer um pode requerer, mesmo sem a concordância dos demais
Procedimento:
1) Petição inicial (art. 615, parágrafo único)
Art. 672 (cumulação de inventário)
2) Nomeação do inventariante
 A nomeação se dá somente por ato do juiz. O inventariante deve assinar um termo de compromisso 
 Não posso impugnar aqui
Ordem de preferência: art. 617, CPC
Direitos e deveres: art. 618 e 619
Remoção: art. 622 ao 625
 Não confundir com o administrador provisório, que é o administrador de fato
3) Primeiras declarações
 20 dias
 Qualificação do falecido/viúva/herdeiros
 Dívidas
 Bens/avaliação
 Documentos
4) Citação e prazo para impugnação
 15 dias
 Arguir omissões/erros
 Avaliação
 Impugnar nomeação do inventariante
5) Decisão da impugnação
6) Pagamento de dívidas e avaliação/cálculo do imposto
7) Partilha
 Pedidos de quinhão (art. 647)
 Esboço da partilha
Partilha:
Decisão homologatória
Sentença (art. 648, CPC)
 Igualdade de valores
 Prevenção de litígios
 Comodidade (em relação a cada herdeiro)
 Benfeitorias
Avaliação da partilha x rescisão da partilha:
Avaliação (art. 657):
 Acordo
Rescisão (art. 658)
 Decisão do juiz
 Partilha judicial
PROCESSO COLETIVO
Relembrando...
CPC/15 – Legitimidade ordinária: postular em nome próprio
 Coisa julgada inter partes
Processo coletivo:
 Terceiro postula em nome próprio direito alheio
 Legitimidade extraordinária
 Decorre da lei
 Excepcional
 Coisa julgada erga omnes
Classificação dos direitos coletivos:
Difusos:
 São direitos transindividuais (pertencentes a uma coletividade), de natureza indivisível (só podem ser considerados como um todo), e cujos titulares sejam pessoas indeterminadas (não podem ser individualizados); ligados por uma circunstância de fato, não existindo vínculo comum de natureza jurídica. Toda a coletividade é titular, portanto não há identificação dos titulares
Ex: 
 Direito Ambiental
 Administração Pública (probidade, honestidade)
 Proibição de propaganda enganosa (direito do consumidor)
Coletivos stricto sensu:
 São direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo, classe ou categoria de pessoas (indeterminadas, mas determináveis) enquanto grupo, classe ou categoria, ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica. Esta é anterior à lesão.
Ex:
 Sindicatos
 MP (defesa de quemtem plano de saúde, como a Unimed)
 OAB – advogados
 CFM – médicos
 Reajuste de mensalidade da UNIFRA
Individuais homogêneos:
 Decorrentes de origem comum, ou seja, direitos nascidos em consequência da própria lesão ou ameaça de lesão, em que a relação jurídica entre as partes é pós fato. São indivisíveis e indisponíveis até o momento de sua liquidação e execução
Ex:
 Caso do carro Fox, em que as pessoas tiveram seus dedos mutilados. MP entra com a ação contra a Volkswagen.
AÇÕES COLETIVAS
Ação Civil Pública (Lei 7347/85)
Ação Popular (Lei 4717/65)
Ação Coletiva de Consumo (Lei 8078/98, arts. 81 ao 104)
Ação de Improbidade (Lei 8249/92)
Controle de Constitucionalidade (Lei 9868/99)
Mandado de Segurança Coletivo (Lei 12016/09)
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
 Lei processual
 Instrumento processual que visa reprimir ou ressarcir danos aos direitos coletivos (art. 1º - rol exemplificativo)
 Busca-se uma condenação – fazer/não fazer
Causas excluídas:
 Direito Previdenciário
 Direito Tributário
Ver Resp 1.142.630 (STJ)
Ver art. 21, Lei 4717/65
Legitimados
Legitimidade extraordinária, concorrente e disjuntiva:
Extraordinária: é também denominada substituição, já que ocorre em casos excepcionais, que decorrem de lei expressa ou do sistema jurídico, em que admite-se que alguém vá a juízo, em nome próprio, para defender interesses alheios.
Concorrente: quando atribuída a mais de uma pessoa
Disjuntiva: os legitimados podem ir a juízo separadamente ou em conjunto, tornando o litisconsórcio facultativo.
Litispendência:
Mesmas partes
Mesmos pedidos
Mesma causa de pedir (direito difuso – direito difuso)*
*Caso seja direito difuso-direito coletivo, não haverá litispendência
Continuação dos legitimados...
I – Ministério Público
 Legitimado universal
 Sempre estará presente na ACP
 Parte/fiscal do interesse público
 Pode assumir a legitimidade ativa
 Comunicação do MP sobre fatos lesivos aos direitos coletivos (art. 6º e 7º)
 Possibilidade de executar a sentença (cabível quando é o autor originário ou não, por força do princípio da obrigatoriedade de execução de sentença coletiva (art. 15) – 60 dias
Inquérito Civil:
 Administrativo
 Facultativo
 Prerrogativa do MP
 Quando se tem notícias, mas não elementos
 Fases: instauração, produção de provas (art. 129, VI, CF), conclusão*
* 3 possibilidades:
 Ajuizar ACP
 Arquivar (remete para o Procurador, que pode manter arquivado, requerer diligências, ajuizar a ACP, nomeando OUTRO Promotor)
 TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Violador ajusta sua conduta à lei. Título Executivo Extrajudicial. Independe de homologação. Defesa pode oferecer embargos à execução
II – União, Estados e Municípios
III – Autarquias, Sociedades de Economia Mista, Fundações, Empresas Públicas
 Lei não prevê que o objeto da ação precisa ter relação com a atividade do ente
IV – Associações
Requisitos:
 Constituição por no mínimo 1 ano
 Pertinência temática: objeto da ação deve estar vinculado à finalidade da associação = adequada representação da coletividade em juízo
 O juiz pode dispensar o requisito temporal se a pretensão for relevante
 OAB entra nas associações e é legitimada universal (está dispensada do requisito temático) – entende-se que se equipara à Defensoria Pública, exercendo atividade essencial à justiça
V – Defensoria Pública
 Direitos individuais homogêneos; difusos; coletivos stictu sensu: hipervulneráveis
STJ: Associação deve juntar lista dos beneficiados da ação na petição – Não é legitimidade extraordinária para associações, mas sim REPRESENTAÇÃO (atua em nome alheio na defesa de direito alheio). Só quem está na lista pode executar a sentença.
COMPETÊNCIA:
Justiça Estadual e Justiça Federal
*Competência de Foro (local competência relativa)
Dano nacional: capital do País
 Pelo menos metade dos Estados
Dano Regional: capital do Estado
Dano local: comarca
*Competência absoluta pela função do juiz
COISA JULGADA (art. 16, LACP)
“A sentença cível fará coisa julgada no limite da competência territorial do órgão prolator da decisão” (REVOGADO pelo Resp Repetitivo 1243887)
Decisão procedente: efeito erga omnes (art. 103, CDC)
Decisão improcedente: os legitimados coletivos não poderão propor novamente a ação, salvo se houver improcedência por insuficiência de provas
 Não obsta a propositura de ações individuais
 Há suspensão das demandas individuais enquanto houver julgamento das coletivas
LIMINAR
 Tutelas provisórias do CPC
 “Aparência do direito” e “periculum um mora”
Contra PJ de Direito Público:
 Deve haver a oitiva dos representantes antes de decidir (Lei 8249/92, art. 2º)
 Multa: exigível após o trânsito em julgado (art. 12, pár. 2º)
EFEITOS DOS RECURSOS
 Poderão ter efeitos suspensivos
CUSTAS E HONORÁRIOS
 O autor será isento, salvo comprovada má-fé
AÇÃO POPULAR (Lei 4717/65)
Finalidade: anular atos administrativos ilegais e (potencialmente) lesivos ao erário público
Legitimidade ativa: exclusividade do cidadão (só pessoa física, portanto)
 Título de eleitor
 Súmula 365, STF
Legitimidade passiva:
 PJ de Direito Público responsável pelo ato (art, 6º, pár. 3º)
 Beneficiário
 Litisconsórcio passivo/necessário
 Pessoa jurídica assumir junto com o cidadão o polo ativo
Litisconsórcio passivo ulterior (art. 7º, II)
**COMPETÊNCIA:
 NÃO HÁ COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRIBUNAIS
 NÃO HÁ FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
 É do Juiz de primeiro grau!!!
Considerações sobre o procedimento:
 Não existe possibilidade de conciliação, pois se trata de direito indisponível
 Liminar: suspensão do ato lesivo
 Ver art. 5º, LXXIII, CF
 Coisa Julgada (art. 18)

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