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Doenças que possam ser adquiridas pelos profissionais de saúde pelo não uso e pelo uso incorreto dos equipamentos de proteção individual ou coletiva.

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O profissional de saúde é responsável pelo gerenciamento de qualidade do serviço prestado aos seus pacientes. Portanto é de extrema importância que o profissional saiba
reconhecer os riscos de acidentes possibilitando, assim, a adesão de práticas de biossegurança e a minimização desses riscos ocupacionais. Devido à exposição constante do profissional da saúde a inúmeros fatores de risco, esses fatores de risco podem ser tanto pelo desenvolvimento de atividades assistenciais diretas, quanto indiretas. Os riscos são vistos como o perigo, a probabilidade e possibilidade, entre eles, se encontram os riscos físicos, químicos e biológicos. Antigamente ocorriam inúmeras mortes nos leitos hospitalares, em áreas domésticas e principalmente durante a guerra, onde se tratavam de feridas, doenças, bactérias, compartilhando materiais não esterilizados, o não uso de equipamentos de proteção, a não prática de descarte de materiais e entre outros. Não que tenha deixado de ocorrer... Mesmo com a evolução na medicina, cuidados, normas estabelecidas, etc. Foi o caso do enfermeiro Maurício Vargas, que infelizmente não sobreviveu após contrair uma infecção generalizada ao se ferir com uma agulha de um paciente que estava sob seus cuidados na internação.
 Um dos riscos mais importantes são dos grupos A (biológicos) e E (perfurocortantes), Maurício possivelmente teve contato com sangue e fluidos orgânicos do paciente, essa forma de exposição inclui inoculação percutânea, por intermédio de agulhas ou objetos cortantes. O contato com materiais potencialmente contaminantes faz com que apareça grandes prejuízos à saúde, e foi o que resultou a morte do profissional, tais como são prováveis o aparecimento dos vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV, do inglês human immunodeficiency virus), vírus da hepatite B (HBV) e vírus da hepatite C (HCV). Apontando que, os materiais perfurocortantes, mais especificamente com agulhas, são responsáveis por 80 a 90% das transmissões de doenças infecciosas, sendo o risco de transmissão de infecção de uma agulha contaminada é de 1 em 3 para a hepatite B, 1 em 30 para hepatite C e 1 em 300 para HIV.
 Além desse ocorrido, os demais riscos podem trazer possibilidades de tais acidentes, o físico, ocorre quando o trabalhador está exposto a radiação, vibrações, ruídos, temperatura ambiental, iluminação e eletricidade, resultante em alterações morfológicas de células sanguíneas, alterações da capacidade reprodutiva do homem e da mulher, efeitos teratogênicos, radiodermites e carcinogênese. Já o químico, ocasionados durante o processo de desinfecção, esterilização, soluções medicamentosas, compostos químicos, eles podem apresentar queimadura de pele e mucosas, dermatites de contato, alergias respiratórias, intoxicações agudas e crônicas, alterações morfológicas de células sanguíneas, conjuntivites químicas e carcinogênese. 
 A utilização dos equipamentos de proteção individual ( EPIs) e coletiva (EPCs) assume um papel de grande importância para a preservação da saúde do trabalhador, ou seja, é essencial no ambiente de trabalho (luvas, máscaras, gorros, óculos de proteção, aventais e botas), a lavagem das mãos, o descarte adequado de roupas e resíduos, o adequado acondicionamento de materiais perfurocortantes e a vacinação. Levamos em conta que a possibilidade de riscos está presente mesmo com o uso correto dos equipamentos e fazendo o descarte correto dos equipamentos. Porém é imprevisível, indesejável, mas para que esse controle, que visa a minimizar os riscos, seja realizado de maneira eficaz, é necessário que os profissionais da saúde possuam conhecimento sobre os riscos presentes nos seus ambientes de trabalho e a gravidade de cada fator e também que eles consigam realizar as suas atividades laborais de maneira adequada, sempre buscando prevenir ou minimizar a ocorrência de acidentes ocupacionais.
Referências:
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em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf>. Acesso em:
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2008. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.
pdf>. Acesso em: 17 fev. 2018.
CASTILHO, C. R. N. A relação de processo do trabalho de enfermagem com o adoecimento
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