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Antineoplásicos I Nomenclatura: Tumor - Aumento de Volume (ex. processo inflamatório) Neoplasia - “Novo crescimento”; aumento no número de células Câncer - exclusivamente maligna Neoplasias benignas - Assemelham-se ao tecido de origem e são bem diferenciados; tendem a apresentar um crescimento lento; São bem delimitados; Permanecem localizados no sítio de origem. Neoplasias malignas (câncer) - São pouco diferenciadas ou completamente indiferenciadas (anaplásicos); Geralmente crescem mais rápido; invadem tecidos normais adjacentes; formam metástases. Neoplasia maligna ou câncer: Carcinoma: derivam de células epiteliais Adenocarcinoma: derivam do epitélio glandular Sarcoma: derivam dos tecidos mesenquimais Leucemias e linfomas Genes: Proto-oncogenes - Genes celulares NORMAIS cujos produtos promovem a proliferação celular. Oncogenes - Versão mutante ou superexpressão de proto-oncogenes que funcionam de forma autônoma. Tipos de oncogenes: ● Fatores de crescimento ● Proteínas quinase citoplasmáticas ● Fatores de transcrição ● Ciclinas e CdKs ● Receptores de fatores de crescimento Genes Supressores tumorais - Inibem a proliferação e a sobrevivência celular. Quimioterapia 1. Primária Uso: Câncer avançado; metastático; sem tratamentos locais alternativas Objetivos: Menor progressão do tumor; Aumento da sobrevida Passíveis de cura (5 anos sem progressão da doença): ● Adultos: Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, Leucemia mieloide aguda (LMA), câncer de testículo. ● Crianças: Leucemia linfoblástica aguda (LLA), Linfoma de Burkitt, tumor de Wilms. 2. Neoadjuvante - Administrada antes da cirurgia, com radioterapia (concomitantemente ou de modo sequencial) Uso: Câncer localizado; mais frequente nos tumores de: mama, pulmão de células não pequenas, laringe, esôfago, bexiga e anal; câncer localizado Objetivos: Redução do tamanho do tumor (facilitar ressecção); preservação de órgão vitais. 3. Adjuvantes - Administrada após a cirurgia Objetivos: Reduzir recidiva local e sistêmica; prolongar sobrevida sem doença (tempo sem a doença voltar) e sobrevida global (total, tempo de vida até a morte). Uso: Câncer localmente avançado. Adjuvantes: Quimioterapia, Radioterapia, Terapia hormonal, Imunoterapia, Terapia alvo molecular - Terapias adjuvantes, como cirurgia e radioterapia, constituem outras modalidades importantes utilizadas para reduzir o número de células tumorais antes do início da quimioterapia. Cinética do ciclo celular e resposta aos quimioterápicos ● Cinética de crescimento tumoral não é exponencial e reduz com o tempo ● Fármacos citotóxicos - Cinética de destruição logarítmica (log kill) Curva A - curva de crescimento do câncer não tratado. Curva B - tratamento local curativo(cirurgia e/ou radioterapia) antes da disseminação metastática da neoplasia maligna Curva C - tratamento local do tumor primário, seguido imediatamente de quimioterapia sistêmica administrada em ciclos (setas para baixo) para erradicar células cancerosas metastáticas remanescentes. Observe que cada ciclo de quimioterapia reduz o número células cancerosas por uma fração constante(aqui, em cerca de dois"logs",ou aproximadamente 99%)e ocorre algum crescimento do câncer, na medida em que os tecidos normais têm tempo para se recuperar entre os ciclos de quimioterapia Curva D - tratamento local seguido de quimioterapia sistêmica, que falha quando tumor torna-se resistente aos fármacos utilizados ou quando surgem efeitos tóxicos dos fármacos que são intoleráveis para o paciente. Observe que, em geral, é necessária a presença de 10 nonos a 10 10 décimos células cancerosas para um tumor setor detectável;por esse motivo, são necessários múltiplos ciclos de quimioterapia para erradicar o câncer, mesmo quando não há nenhum tumor remanescente detectável Em geral, o crescimento de tumores é exponencial, e o tempo de duplicação depende do tipo de câncer. O modelo de matança celular logarítmica estabelece que a destruição celular causada pela quimioterapia do câncer é de primeira ordem; ou seja, cada dose de quimioterapia mata uma fração constante de células. Se o tumor começa com 10¹² células e 99,99% forem destruídas, permanecerão 10 oitavos células malignas. A próxima dose de quimioterapia matará 99,99% das células remanescentes, e assim por diante. ● Quanto menor o tumor, maior a proporção de células eliminadas com uma determinada dose. ● Tumores são mais sensíveis à quimioterapia quando apresentam crescimento rápido, basicamente por estarem progredindo pelo ciclo celular. Essas células metabolicamente ativas são suscetíveis a fármacos que interferem em crescimento e divisão celulares (hipótese da mitotoxicidade). ● A quimioterapia para o câncer ser frequentemente tóxica para medula óssea, mucosa gastrintestinal e folículos pilosos, esses tecidos habitualmente se recuperam A lesão do DNA é normalmente percebida por moléculas, como p53 (gene supressor tumoral, que codifica uma fosfoproteína nuclear que desempenha um papel importante no controle do ciclo celular, no reparo do DNA e na indução da apoptose). Cânceres que expressam p53 de tipo selvagem, como a maioria de leucemias, linfomas e cânceres testiculares, são, com frequência, altamente responsivos à quimioterapia. Em contrapartida, cânceres que adquirem uma mutação em p53, incluindo muitos cânceres de pâncreas, pulmão e cólon, exibem, com frequência, resposta mínima ou são até mesmo resistentes aos fármacos que provocam lesão do DNA, porque a apoptose não é deflagrada em resposta ao dano do DNA. M - Divisão celular em duas células-filhas idênticas ocorre durante a mitose. G1 - Metabolismo Ativo na ausência síntese de DNA. S - Síntese de DNA. G2 - A célula se prepara para a mitose. Fármacos Ciclo-específicos, por exemplo, podem ser administrados para atuar ativamente em células neoplásicas em replicação, enquanto agentes não ciclo-específicos podem ser utilizados para atuar sobre células neoplásicas quiescentes (que não estão em replicação). Poliquimioterapia Objetivos: Destruir o máximo de células, em diferentes fases do ciclo celular, dentro de uma faixa tolerável de toxicidade ● Combinar fármacos com diferentes perfis de toxicidade ● Retardar o surgimento da resistência aos agentes individuais ● Intervalo entre os ciclos deve ser o mais curto possível, para recuperar tecidos normais (sobretudo medula óssea) e impedir novo crescimento tumoral. Limitações: Fármacos citotóxicos só atingem um aspecto da biologia tumoral; Toxicidade sobre células normais que se dividem rapidamente: ● Mielossupressão - fator de estimulação de colônia de granulócitos e eritropoietina ● Dano ao epitélio gastrointestinal ● Náuseas e vômitos graves - profilaxia antiemética ● Perda de pelos/cabelos (alopecia) ● Comprometimento da cicatrização ● Depressão do crescimento em crianças ● Esterilidade ● Teratogenicidade ● Carcinogenicidade: muitos fármacos citotóxicos são mutagênicos; Doses dos quimioterápicos devem ser ajustadas de acordo com o peso do paciente, superfície corporal, função renal, função hepática ou monitoramento de níveis plasmáticos. Outras indicações dos Antineoplásicos - A capacidade imunossupressora dos antineoplásicos pode ser usada para o tratamento de doenças autoimunes. ● Artrite reumatoide (Metotrexato e ciclofosfamida) ● Psoríase (Metotrexato) ● Anemia falciforme (Hidroxiureia) ● Doença de Crohn (6-Mercaptopurina) ● Transplante de órgãos (Metotrexato e Azatioprina) Resistência ● Primária ou inerente - Resistência a fármacos na ausência de exposição prévia aos agentes padrões disponíveis. (ex. mutação no gene p53 - resistência a alguns agentes antineoplásicos) ● Adquirida - Desenvolve-se em resposta à exposição a determinado agente antineoplásico. Do ponto de vista experimental, a resistência a fármacos pode ser bastante específica para um único fármaco e, em geral, baseia-se em uma alteração específica no aparelho genético de determinada célula tumoral, com amplificação ou aumento da expressão de um ou mais genes. Mecanismos de Resistência: Aumento do efluxo dosfármacos (↑ na expressão gene MDR = ↑ expressão da glicoproteína P); Desregulação das proteínas apoptóticas; Ativação insuficiente do fármaco (p. ex., fluoracil); Aumento na inativação (p. ex., citarabina); Maior concentração da enzima-alvo (metotrexato); Maior utilização de vias metabólicas alternativas (antimetabólitos); Aumento no reparo no DNA (agentes alquilantes); Mutações nos alvos, como no gene abl (imatinibe); Mutações em diversos genes (ex: família Bcl-2, p53, telomerase) Quimioterápicos - Agentes citotóxicos Mecanismos Gerais de ação: 1. Formam complexos com o DNA, impedindo sua replicação - Agentes Alquilantes e Compostos de platina 2. Bloqueiam as vias metabólicas envolvidas na síntese do DNA - Antimetabólitos 3. Antimitóticos e Inibidores da topoisomerase Derivados de plantas - Alcaloides da vinca, Taxanos, Etoposídeo, Campotecina 4. Bloqueiam a divisão celular e síntese de RNA - Antibióticos antitumorais Ciclo-inespecíficos Tumores com alta taxa de proliferação são mais suscetíveis a tratamentos com agentes citotóxicos ciclo-específicos; Alguns fármacos ciclo-inespecíficos também são ativos em tumores de crescimento lento. 1- Agentes Alquilantes (extremamente citotóxicos) ● Dacarbazina (pró fármaco; alquilante não clássico - ativação metabólica no fígado; via parenteral; tratamento de melanoma maligno, linfoma de hodgkin, sarcoma de tecidos moles e neuroblastoma; sua principal toxicidade que limita sua dose é a mielossupressão) ● Mostardas nitrogenadas - Ciclofosfamida (alta biodisponibilidade oral; adm. via oral ou intravenosa), Ifosfamida ● Nitrosureias (altamente lipossolúveis e têm a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, tornando-as efetivas no tratamento de tumores cerebrais; Efeito cumulativo depressor grave sobre a medula óssea; toxicidade medular mínima; utilizado no tratamento do carcinoma de células das ilhotas do pâncreas secretor de insulina) - Lomustina Mecanismo de ação - Formação de ligações covalentes com grupos nucleofílicos (amina, hidroxila) de constituintes celulares, principalmente o DNA; Bloqueio da replicação do DNA Incapacidade de reparo do dano → apoptose. A alquilação do DNA no interior do núcleo provavelmente representa a principal interação que leva à morte celular. Entretanto, esses fármacos também reagem quimicamente com grupos nucleófilos celulares. Embora os agentes alquilantes não sejam específicos do ciclo celular, as células são mais sensíveis à alquilação nas fases G1 tardia e S do ciclo celular. Resistência - O mecanismo de resistência adquirida aos agentes alquilantes podem envolver aumento da capacidade de reparo das lesões do DNA por meio da expressão e atividade aumentadas das enzimas de reparo do DNA, diminuição do transporte do fármaco alquilante para dentro da célula e aumento na expressão e na atividade da glutationa e das proteínas associadas à glutationa, que são necessárias para conjugar o agente alquilante, ou o aumento na atividade da glutationa S-transferase, que catalisa a conjugação. Efeitos colaterais - Geralmente associados a dose e ocorrem principalmente nos tecidos de rápido crescimento, como a medula óssea, o trato gastrointestinal (TGI) e o sistema reprodutor; náuseas e vômitos; potentes vesicantes e podem causar lesão dos tecidos no local de administração; toxicidade sistêmica; natureza carcinogênica (risco aumentado de neoplasia secundárias). Toxicidade: ● Efeito TGI - Emese aguda (Antieméticos são obrigatoriamente indicados - ondansetrona); Ulceração oral; Desnudação intestinal. ● Mielossupressão - Trombocitopenia, Anemia, Neutropenia, Leucopenia (É obrigatório o uso de fator estimulador de colônias granulocitárias (G-CSF); Em caso de suspeita de infecções oportunistas: antibióticos profiláticos; Em caso de trombocitopenia e/ou anemia é necessária a transfusão de sangue; Imunossupressão humoral e celular (Útil em doenças autoimunes - AR, Síndrome nefrótica - e transplantes); Infecções oportunistas. ● Alopecia ● Depressão da gametogênese (sobretudo nos homens) ● Aumento no risco do desenvolvimento de leucemia não linfocítica aguda ● Neurotoxicidade - convulsões e coma. 2- Compostos de platina - Formação de ligações covalentes intra e entre as fitas do DNA Bloqueio da replicação do DNA Incapacidade de reparo do dano → apoptose. Mecanismo não completamente compreendido mas acredita-se que seja semelhante ao mecanismo dos alquilantes; matam as células tumorais em todas as fases do ciclo celular e ligam-se ao DNA levando a inibição da síntese e da função do DNA. Os análogos de platina parecem exercer um efeito sinérgico com outros fármacos antineoplásicos, incluindo os agentes alquilantes, as fluoropirimidinas e os taxanos. ● Cisplatina - Baixa mielotoxicidade, altamente nefrotóxica e causa vômitos muito graves. ● Carboplatina (segunda geração) - Ambas as cisplatina e a carboplatina possuem atividade de amplo espectro contra uma variedade de tumores sólidos; derivado da cisplatina, com menor toxicidade (nefro, neuro e ototoxicidade), náuseas e vômitos - embora seja mais mielotóxica. 3- Antibióticos citotóxicos - Doxorrubicina e Daunorrubicina (Antraciclinas) Mecanismo de ação: Intercalação com o DNA e estabilização do complexo DNA-topoisomerase II → bloqueio da síntese do DNA e RNA; Produção de radicais livres de semiquinona e radicais livres de oxigênio. Efeitos Adversos - O efeito adverso mais grave é a cardiotoxicidade dose dependente e irreversível, resultante da geração de radicais livres e da peroxidação de lipídeos. Ciclo-específicos 1- Antimetabólitos - Inibem a fase S ● Antagonistas de folato: Metotrexato (excreção renal constitui a principal via de eliminação, necessita de alteração de dose em pacientes com insuficiência renal) Mecanismo de ação: Inibe a Di-hidrofolato redutase → Inibição da síntese de purinas, timidina e dos aminoácidos metionina e serina timidina → Inibição da síntese de DNA, RNA e proteínas-chaves. Metotrexato também é usado para tratamento da Psoríase (uso crônico/baixa dose), AR, doença de Crohn e doença do Enxerto contra o hospedeiro. ● Análogos de pirimidina: 5-Fluoracil (fluoropirimidina; meia vida curta 10 a 15 minutos; Os principais efeitos tóxicos consistem em mielossupressão, toxicidade gastrintestinal na forma de mucosite e diarreia, toxicidade cutânea manifestada pela síndrome da mão e pé e neurotoxicidade). ● Análogos de purina: Mercaptopurina Mecanismo de ação: É convertida em monofosfato nucleotídeo ácido 6 - tioinosínico ( T I M P, falso nucleotídeo) → inibição de várias enzimas envolvidas na síntese das purinas; A forma monofosfato é metabolizada à forma trifosfato, que pode ser então incorporada ao RNA e ao DNA → quebras e erros no pareamento. 2- Inibidores da topoisomerase II (enzima responsável por reduzir o estresse torcional no DNA durante a replicação) - Inibem fases S/G2 ● Etoposídeo Mecanismo de ação: Inibe topoisomerase II → quebra das fitas do DNA → parada no ciclo nas fases S e G2 → apoptose Usos: câncer de pulmão, linfomas, câncer gástrico. 3- Antibióticos citotóxicos - inibem fase G2/M ● Bleomicina são antibióticos glicopeptídeos quelantes de metal → geração de radicais superóxido e/ou hidroxila → fragmentação do DNA Vantagem: mielossupressão leve Efeito mais grave: fibrose pulmonar 4- Antimitóticos - inibem fase M Alcalóides da vinca: ● Vincristina (atividade mielossupressora muito leve, mas é neurotóxico e comumente causa parestesias - alterações sensoriais) ● Vimblastina - menos neurotóxica, mas causa leucopenia. Mecanismo de ação: Se ligam à tubulina, impedindo a polimerização dos microtúbulos → inibem a formação do fuso mitótico. Inibem outras atividades celulares que requerem o funcionamento microtubular, como a fagocitose de leucócitos e a quimiotaxia, bem como o transporte axonal em neurônios → neurotoxicidade Taxanos ● Paclitaxel ● Docetaxel ● Cabazitaxel Mecanismo de ação: Estabilizam os microtúbulos na forma polimerizada → apoptose Efeitos adversos: mielossupressão e neurotoxicidade cumulativa. AntineoplásicosII Terapias Alvo molecular - Podem pertencer a 2 classes: ● Anticorpos monoclonais (mab’s) - Altamente específicos; t1/2 longa; Administrados em combinação; Ativar resposta imune do paciente ou inativar fatores de crescimento ou inativar os receptores para fatores de crescimento ● Moléculas de baixo peso molecular (inibidores enzimáticos) - Inhibidores de tirosina quinase (tinib’s) 1. Inibidores da quinase Bcr/Abl (oncogene resultante da translocação cromossômica em que proto-oncogene ABL, situado no cromossomo 9, é transferido para o cromossomo 22, na região chamada BCR, criando o BCR-ABL). Mecanismo de ação: Inibidores seletivos das proteínas da família da tirosina quinase, incluindo a proteína bcr/abl e o receptor c-Kit. Inibe a proliferação e induz a apoptose. A proteína quinase bcr-abl ativa vias de transdução envolvidas na proliferação e sobrevivência celular; A mutação BCR-ABL está associada à Leucemia Mieloide Crônica (LMC). ● Imatinibe (VO) ● Dasatinibe (VO) ● Nilotinib Toxicidade: TGI (Diarreia, náusea e vômito); Retenção de fluidos (Edema); Hepatotoxicidade; Mielossupressão. Resistência: Mutação na BCR-ABL; aumento de glicoproteína P 2. Inibidores EGFR (Epidermal Growth Factor Receptor) ● Erlotinibe (VO) ● Gefitinibe ● Cetuximabe (IV) ● Panitumumabe Toxicidade: Efeitos dermatológicos (Pele seca, rash cutâneo, prurido); edito TGI (diarréia, náusea e vômito); doença pulmonar intersticial. Resistência: Mutação no EGFR 3. Inibidores do HER2 (Human Epidermal growth factor Receptor-type 2) ● Trastuzumabe (IV) ● Lapatinibe (VO) 4. Inibidores do BRAF e MEK ● Dabrafenibe (VO) 5. Inibidores do VEGF (Vascular Endothelial Growth Factor Receptors) ● Bevacizumabe (IV) ● Sunitinibe (VO) ● Sorafenibe ● Lenalidomida 6. inibidores do checkpoint imunológico ● Anti-CTLA-4 (IV) ● Inibidor PDL-1 (IV) ● Ipilimumabe - anti-CTLA4 ● Nivolumabe - anti-PD-1 (célula programadora de morte 1) Reativação do sistema imunológico pela imunoterapia As células tumorais expressam a proteína PD-L1 em suas superfícies. PD-L1 liga-se aos receptores PD-1 (programmed cell death 1) na superfície das células T imunológicas, o que causa a inativação destas células e consequente falha no reconhecimento e destruição das células tumorais. O anticorpo Nivolumab previne essa interação e, portanto, reativa as células T para destruir células tumorais. As células T também podem ser ativadas através de interações com outro tipo de célula imune, as células dendríticas, entre as proteínas CD28 e B7, e TCR e MHC. A proteína CTLA 4 (Cytotoxic T Lymphocyte Associated Protein 4) do linfócito T interage com a proteína B7 das células dendríticas para bloquear a sua interação com CD28, impedindo a ativação dos linfócitos T. O anticorpo Ipilimumab bloqueia a CTLA4, reativando as células T para haver destruição das células tumorais. Efeitos adversos - Parecidos com sintomas de doenças autoimunes: Diarréia, fadiga, prurido, rash e psoríase. Pode haver resistência via aumento de receptores CTLA-4 ou via outros mecanismos de imunossupressão. Inibidores BCR-ABL, EGFR, HER2, BRAF e MEK - Possuem efeito final de inibição do crescimento, proliferação e sobrevivência celular. Inibidores VEGF - Efeito final sobre a suplementação de sangue (oxigênio, nutrientes - micrometástases não conseguem se estabelecer). Checkpoint imunológico - Atuam restaurando a capacidade dos linfócitos T de detectar células cancerígenas.
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