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1 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX Habilidades específicas III – Prof. Gizeli – Aula 09 Semiologia vascular ANAMNESE Antecedentes pessoais – varizes e trombose • Número de gestações • Cirurgias prévias • Traumatismos • Permanência prolongada em leito • Uso de anticoncepcionais • Desidratação, estado de choque • Neoplasia • Prática de esportes Antecedentes familiares – hereditariedade (varizes) Profissão – em pé/sentado várias horas SINAIS E SINTOMAS Dor – queixa principal dos pacientes que tem varizes • Peso das pernas • Queimação, ardência • Cansaço • Cãibras, ferroadas, pontadas • Formigamento, queimação nos pés (varizes mais calibrosas) Se dor intensa + edema + cianose = suspeita de trombose venosa profunda (TVP) Mecanismos da dor – estase venosa e dilatação das paredes das veias Alterações tróficas – edema, celulite, hiperpigmentação Edema – ocorre pelo aumento de pressão no interior das veiais, fato que ocasiona saída do líquido para o espaço intersticial (mecanismo) • Insuficiência venosa crônica costuma surgir no período vespertino e desaparece com o repouso • Mais intenso nos que ficam sentados com os pés pensos • Mole, depressível, localizando-se nas regiões perimaleolares; se mais grave até o terço proximal das pernas • Na insuficiência venosa crônica, quase sempre predomina de um lado (uma perna com retorno venoso + acometido) • Diferente na IC (insuficiência cardíaca), proteínas baixas ou IRC (insuficiência renal crônica), que é igual nas duas pernas Celulite – a medida que o edema se torna crônico, acumulam-se substância proteicas no interstício do tecido celular subcutâneo, que provocam reações inflamatórias • Pele adquire coloração castanho avermelhada com aumento de temperatura e dor na região correspondente Hiperpigmentação – dermatite ocre • Hipertensão venosa de longa duração • Manchas acastanhadas na pele, esparsas ou confluentes, situadas no terço inferior do membro comprometido, por vezes toda circunferência da perna • Acúmulo de hemossiderina na camada basal da derme, a qual provém de hemácias e que são fagocitadas por macrófagos • Unilateral ou bilateral Eczema varicoso ou dermatite de estase – aguda ou crônica • Aguda – pequenas vesículas com líquido seroso abundante, com prurido intenso Úlcera – podem surgir devido mínimos traumatismos 2 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX • Coçar em áreas correspondentes à tromboflebite superficial ou nos locais de ruptura de varizes • Estase venosa/ liberação de células, citocinas inflamatórias, radicais libres • Características: rasas, bordas nítidas, secreção serosa ou seropurulenta e menos dolorosa que a isquêmica (pouco dolorosa) Dermatofibrose – “gargalo de garrafa” • Repetidos surtos de ulceração e celulite que cicatrizam de forma anômala, com fibrose acentuada do tecido subcutâneo e pele • Redução da espessura da pele Hemorragias – varizes frequentemente podem romper por traumatismos ou espontaneamente Hiperidrose – insuficiência de longa duração e acentuada • Aparecimento de sudorese profunda do terço distal das pernas • Alteração glandular EXAME FÍSICO O paciente é avaliado em pé e depois deitado É usada a inspeção, palpação, ausculta e as manobras especiais Inspeção panorâmica – incialmente o paciente é colocado de pé e o examinador fica a 2 metros do paciente, olhando de frente, costas, lado direito e esquerdo (enquanto o paciente gira em torno de si) • Permite detectar deformidades da bacia e tronco, membros, caracterizada por diferenças de tamanho e volume, além das varizes e sua distribuição em qualquer região do corpo Inspeção próxima – avaliar detalhes Palpação – avalia alteração de temperatura, umidade, sensibilidade, características do edema, estado da parede venosa • Palpação de pulsos periféricos (arteriais) • Identificação de veias perfurantes insuficientes pela compressão da área provável com pequenos movimentos circulares com polegar ou indicador consegue delimitar uma depressão de bordas finas Ausculta – detectar sopros espontâneos nas fístulas arteriovenosas Manobra de Homans – dorsiflexão forçada dolorosa no pé em paciente com suspeita de trombose venosa das veias profundas da perna • Se provocar dor na região da panturrilha -sinal positivo Brodie trendelenburg modificada – é elevada a perna do paciente para que as varizes sejam esvaziadas com massagens e depois se coloca um torniquete. O paciente é colocado em pé para se observar o retorno venoso • Um rápido enchimento das varizes demonstra perfurantes insuficientes • Se o enchimento for craniocaudal há insuficiência ostial da safena interna 3 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX Manobra de Perthes – coloca-se um garrote no terço médio da coxa com o indivíduo em pé, pedindo para que o paciente ande • Quando existe trombose das veias profundas, as veias continuam dilatadas e tornam-se dolorosas • Se as veias superficiais se colapsam e desaparecem a drenagem através da rede profunda é permeável (o normal) Sinal da bandeira – empastamento unilateral da panturrilha quando há uma semiflexão dos joelhos com balanço das panturrilhas • Sugestivo de TVP Manobra de Olow – dor à compressão da musculatura da panturrilha sobre plano ósseo Sinal de Pratt – veiais pré-tibiais túrgidas = obstrução da passagem do sistema venoso superficial para o profundo
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