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Metodo_e_Tecnica_Na_Aplicacao_De_Ens_Para_Adultos

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Docência para o Ensino Superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS E TÉCNICAS NA APLICAÇÃO DE ENSINO 
PARA ADULTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. Me. Ana Cláudia Barreiro Nagy 
Profª. Me. Edna Barberato Genghini 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha catalográfica 
NAGY, Ana Cláudia Barreiro 
GENGHINI, Edna Barberato 
 
 
Métodos e técnicas na aplicação de ensino para adultos: 
Ensino Superior Presencial e EaD 
173 p. Il. 
 
 1. Planejamento. 2. EaD. 3. Técnicas de ensino. Pós-
Graduação Lato Sensu em Docência para o Ensino Superior. 
III. Métodos e técnicas na aplicação de ensino para adultos. 
 
 
3 
MÉTODOS E TÉCNICAS NA APLICAÇÃO DE ENSINO PARA ADULTOS 
 
Professora Conteudista 
ANA CLÁUDIA BARREIRO NAGY é natural do Rio de Janeiro, onde cursou 
Magistério e começou a estudar na Universidade Federal do Rio de 
Janeiro. Graduou-se em Pedagogia na Universidade Presbiteriana 
Mackenzie (1994). Especializou-se em Psicopedagogia pela Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (2001) e Planejamento, Implementação e 
Gestão na Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense 
(2019). É mestre em Educação: Currículo pela Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo (2004), onde iniciou o Doutorado em Linguística 
Aplicada e Estudos da Linguagem (2005). Também cursou Letras 
(Português e Francês) na Universidade de São Paulo (2018) com 
intercâmbio na Université Lumière Lyon 2. Professora Universitária desde 
2001, foi professora na Pedagogia, Engenharia, Psicologia e Educação 
Física na UNIP. Também atuou na mesma universidade como 
coordenadora da Pedagogia no campus Norte. Foi Presidente da 
Aunipedag, Associação Universitária de Pedagogos do Brasil. Atualmente 
é professora conteudista da pós-graduação em Formação em Educação a 
Distância da UNIP Interativa. Foi professora tutora em cursos de EaD - na 
graduação em Pedagogia e Normal Superior da Universidade do Norte do 
Paraná e na pós-graduação no Centro Universitário Senac - São Paulo. 
 
 
Professora Colaboradora/coordenadora: 
EDNA BARBERATO GENGHINI, Professora Universitária desde 2002. Atualmente 
no exercício da função de Coordenadora para todo o Brasil de três cursos 
ao nível de Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia Institucional, 
Docência para o Ensino Superior e em Formação em EaD, pela UNIP 
EaD, onde também atua como Professora Adjunta, nas modalidades SEI 
e SEPI. É Diretora e Psicopedagoga da Mentor Orientação 
Psicopedagógica desde 1991. Possui graduação em Economia 
Doméstica - Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Santo André 
(1980), em Pedagogia pela Universidade Guarulhos (1985), Pós-
graduação em Psicopedagogia pela Universidade São Judas (1987), 
Mestrado em Ciências Humanas pela Universidade Guarulhos (2002) e 
pós-graduação Lato Sensu em Formação em Educação a Distância pela 
UNIP - Universidade Paulista (2011). É autora e coautora de livros Textos 
para os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia 
Institucional, Docência para o Ensino Superior e Formação em Educação 
a Distância da UNIP - EaD. Áreas de Interesse: Neurociências - Educação 
Inclusiva - Psicopedagogia Clínica e Institucional - Formação e Gestão em 
Educação a Distância - Formação de Docentes para o Ensino Superior. 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO 05 
INTRODUÇÃO 06 
Unidade I: PLANEJAMENTO PARA A DOCÊNCIA 08 
1.1 Ação Docente: definição, seu objeto de estudo e os processos de ensino 
e de aprendizagem 09 
1.2 Planejamento em EaD: Objetivos, Conteúdos, Procedimentos, Avaliação 13 
1.2.1 Objetivos, Conteúdos, Procedimentos, Avaliação 16 
1.2.1.1 Objetivos 18 
1.2.1.2 Conteúdos 24 
1.2.1.3 Procedimentos 30 
1.2.1.4 Avaliação 32 
 
Unidade II: ENSINO PRESENCIAL 44 
2.1 Metodologias Ativas 47 
2.2 Principais Metodologias Ativas 53 
2.2.1 Sala de Aula Invertida 53 
2.2.2 Gamificação 60 
2.2.3 Vídeos 62 
2.2.4 Aprendizagem por Pares ou Times 64 
2.2.5 Aprendizagem por Projetos ou Solução de Problemas 66 
 
Unidade III: EaD: O ENSINO A DISTÂNCIA 73 
3.1 O Ensino a distância: breve histórico a partir das gerações 78 
3.2 Personagens do EaD: o aluno, o professor/tutor e o curso 87 
3.3 A escolha pela modalidade de estudo à distância: motivação e necessidade 93 
3.4 Carga horária do curso 98 
 
Unidade IV: FAZENDO EaD ACONTECER 104 
4.1 Universidade Aberta do Brasil 104 
4.2 TICs (Tecnologias da informação e comunicação) aplicadas a Educação: 
 os AVAs (ambientes virtuais de aprendizagem) 109 
4.3 Tipos de EaD: teleaula, videoaula, modelo híbrido 122 
4.4 Avaliação 127 
4.5 Interdisciplinaridade 133 
4.6 ESD - Educação sem Distância 138 
4.7 Ferramentas e objetos de aprendizagem aplicáveis/utilizados em EaD: 
 vantagens e dificuldades 141 
4.7.1 Correio eletrônico 149 
4.7.2 Redes Sociais 154 
 
REFERÊNCIAS 170 
 
5 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, aluno (a)! Bem-vindo (a)! 
 
Neste material você encontrará os conteúdos pertinentes à disciplina 
MÉTODOS E TÉCNICAS NA APLICAÇÃO DE ENSINO PARA ADULTOS, na qual 
serão discutidos a construção de conhecimento, o ensino e a aprendizagem na 
Educação a Distância e no ensino presencial, as metodologias ativas e o conceito da 
sala de aula invertida. 
Para tal, vamos analisar práticas de avaliação da aprendizagem em EaD e as 
formas de se aproximar dos estudantes, mesmo sabendo que estes e seus 
professores/tutores estão separados fisicamente. 
Ainda, será muito importante compreender quais são e como funcionam os 
meios de comunicação em EaD, seu planejamento – potencialidades e 
possibilidades e as concepções atuais e procedimentos pedagógicos que reorientam 
a Didática e o professor do Ensino Superior na atualidade. 
Também estudaremos a utilização das Tecnologias da Informação e 
Comunicação – TICs, aplicadas a Educação, visando despertar atitudes de 
aprendizagem mais complexas e significativas. 
É importante ressaltar que, além da EaD, vamos ter uma unidade que vai 
explorar o ensino presencial e os mesmos aspectos tratados na modalidade 
presencial, na sala de aula em que estaremos com nossos alunos “olho no olho”. 
Para finalizar, é importante ressaltar que você não vai encontrar aqui um 
caderninho de receitas – como fazer, como não fazer, siga o modelo. O pertinente 
nesse Livro Texto é provocar a reflexão, tá? 
Animado (a)? Então, mãos à obra! 
 
 
 
 
6 
 INTRODUÇÃO 
 
 
Você já percebeu como nos dias de hoje, cada vez mais as escolas e 
universidades estão aderindo à utilização da EaD em sua metodologia de ensino? 
São aulas com apoio de ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) ou 
desenvolvidas com a apresentação de uma videoconferência, ou, ainda, lançando 
mão de ferramentais, como os blogs, videoblogs, sites, páginas pessoais e, até 
mesmo, via telefone celular. 
É. Não há mais como escapar dessa… E nem devemos, afinal, não se pode 
discutir o quanto todas essas tecnologias nos auxiliam, especialmente se não 
queremos ou não podemos ver nosso tempo sendo consumido no deslocamento 
entre nossas casas ou locais de trabalho até o local onde as aulas presenciais 
acontecem. 
Alguns ainda se ressentem e se amedrontam diante dessas possibilidades, 
mas uma coisa é certa: devemos ter a cabeça sempre aberta e olhar para tudo com 
curiosidade e visão de investigadores, de pesquisadores, que é o que um docente 
deve ser: um pesquisador, a todo momento. 
Deste modo, e por essa razão, você, aluno (a) de curso de pós-graduação 
está aqui e agora estudando esse livro texto: para compreender o que é ser 
professor na atualidade e com a EaD como mais uma possibilidade de ensinar e 
aprender também,pois, como disse certa vez Guimarães Rosa (1958, p. 16), 
“mestre é aquele que, de repente, aprende”, certo? 
Não poderíamos deixar de fora o ensino presencial, pois não é somente de 
EaD que vivemos! A sala de aula presencial tem grande importância na história da 
educação – ontem, hoje e amanhã. Se alguém realmente acredita que nos 
aproximamos de um momento crucial em que toda a educação formal será via 
internet… ah, não será, não! Por essa razão, vamos estudar também sobre o ensino 
presencial. 
O material que agora você tem em seu poder está dividido em quatro 
unidades didáticas distintas, porém complementares. Cada uma delas apresenta 
uma particularidade do tema e foi organizada tendo em vista facilitar seu percurso 
dentro da temática. 
Veja como estão organizadas: 
 
Unidade 1: Planejamento para a docência 
 
Unidade 2: Ensino Presencial 
 
Unidade 3: EaD: O Ensino a distância 
 
Unidade 4: Fazendo EaD acontecer 
 
 
 Para estudar todos os temas indicados, os objetivos gerais da disciplina são: 
 
 Compreender os processos de ensinar e aprender e a construção do 
conhecimento no meio virtual e presencialmente para o ensino superior 
 Desenvolver a visão sobre a funcionalidade do EaD no ensino superior; 
 
7 
 Ter compromisso com uma ética de atuação profissional e com a organização 
da vida em sociedade; 
 Analisar os desafios da atuação docente frente às TICs no ensino superior; 
 Refletir acerca da construção do conhecimento, as diferentes formas de 
ensino e aprendizagem para o público adulto – presencialmente e em EaD. 
 
Também saiba quais são os objetivos específicos, os quais estão indicados a 
seguir: 
 
 Identificar o conceito de ação didática e seu objeto de estudo; 
 Compreender os processos de ensinar e aprender e a construção do 
conhecimento no meio virtual e presencialmente para o ensino superior; 
 Conhecer o EaD e sua história; 
 Identificar as possibilidades da ação didática como mediadora de um 
processo de ensino interativo no ensino superior; 
 Identificar AVAs e compreender suas diferenças e potencialidades para 
ensinar o adulto; 
 Estudar as ferramentas e objetos de aprendizagem utilizados em EaD no 
ensino superior; 
 Estudar as ferramentas e objetos de aprendizagem utilizados presencialmente 
no ensino superior; 
 Caracterizar as metodologias ativas de aprendizagem no ensino superior; 
 Discutir a importância do modelo de sala de aula invertida para a educação; 
 Entender o funcionamento dos sistemas de ensino em EaD. 
 
 
Aproveite a leitura e as imagens do seu livro texto e não deixe de buscar as 
indicações do “Saiba mais” e as “Leituras Obrigatórias” para aprimorar seus 
conhecimentos! 
Seja bem-vindo (a) e boa jornada! 
 
 
8 
UNIDADE I 
PLANEJAMENTO PARA A DOCÊNCIA 
 
Conteúdos trabalhados na unidade: Ação docente: definição, seu objeto de estudo 
e os processos de ensino e de aprendizagem; Planejamento em EaD: Objetivos, 
Conteúdos, Procedimentos, Avaliação. 
 
Nesta unidade a intenção principal é buscar compreender o que é e como se 
deve desenvolver a ação docente. 
Atenção! Não estamos aqui falando em receituário. Jamais você encontrará 
alguma coisa semelhante a isso nos seus livros texto, pois o mais importante é o 
processo de reflexão a partir das leituras propostas, das indicações bibliográficas e 
assim por diante, certo? 
Com este pensamento em mente, vamos voltar um pouquinho na história e 
trazer para nossa conversa a principal ferramenta que todo educador deve conhecer 
para seguir em frente com seus estudos pedagógicos. 
 
Imagem 1: Docência 
 
https://morguefile.com/photos/morguefile/1/classroom/pop 
06 mar. 2019 
https://morguefile.com/photos/morguefile/1/classroom/pop
 
9 
1.1 Ação Docente: definição, seu objeto de estudo e os processos de ensino 
e de aprendizagem 
 
Certamente que você já ouviu falar sobre a Didática, que tem como objeto de 
estudo os processos de ensino e de aprendizagem. 
Ainda, para clarear um pouco mais nossas ideias, lembro que esta – Didática 
– é uma palavra que tem origem na expressão grega “Τεχνή διδακτική” (techné 
didaktiké), cujo significado é “arte ou técnica de ensinar” ou “técnica de dirigir e 
orientar a aprendizagem”. 
É um termo antigo, mas que deve ser visto como muito atual e estar presente 
em todas as salas de aula e quaisquer outros espaços educativos, formais ou não-
formais. 
Como toda ciência, a Didática também teve um “pai”, Comenius, um dos 
maiores educadores do século XVII, que ficou conhecido como pai da Didática 
Moderna, especialmente devido à sua grande obra “Didática Magna”. 
Uma de suas mais célebres frases é sobre a Didática ser: 
 
um método universal de ensinar tudo a todos. 
E de ensinar com tal certeza, que seja impossível não conseguir 
bons resultados. 
E de ensinar rapidamente, […] sem nenhum aborrecimento para os 
alunos e para os professores, mas antes com sumo prazer para uns 
e para outros. 
E de ensinar solidamente, não superficialmente e apenas com 
palavras, mas encaminhando os alunos para uma verdadeira 
instrução, para os bons costumes e para a piedade sincera. 
[…] como de uma fonte viva que produz eternos arroios que vão, de 
novo, reunir-se num único rio; assim estabelecemos um método 
universal de fundar escolas universais (COMENIUS, 2001, p.3). 
(grifos nossos) 
 
 
Se esmiuçarmos esta fala tão pertinente para todo educador, chegaremos à 
arte de conseguir atingir este objetivo: ensinar, pois promover aprendizagens aos 
nossos alunos é a verdadeira intenção da ciência Didática. 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
Pesquise na Internet o nome “Comenius”. Anote informações sobre ele. Ainda, 
consulte no endereço: http://loja.editoracomenius.com.br/quem-foi-comenius e veja 
uma breve biografia deste estudioso. 
 
 
Você já pensou sobre isso? Como você aprendeu na(s) escola(s) onde 
estudou? Certamente os professores preparavam aulas com explicações, atividades, 
exercícios em grupo, apresentações na frente da sala e, nos últimos tempos, eles 
também contavam com recursos tecnológicos, como data show, computador… 
Que tal conhecer a definição de Didática de uma das mais importantes 
estudiosas sobre o assunto, a professora pós-doutorado Vera Maria Ferrão Candau, 
(PUC-RJ)? Ela afirma que a Didática precisa ser pensada como “uma reflexão 
sistemática e busca de alternativas para os problemas da prática pedagógica” (2012, 
p.29). 
Deste modo, cabe ressaltar que este deve ser um processo contínuo e, se 
compartilhado, mais enriquecedor, pois os professores poderão trocar ideias com 
seus pares e, a partir dessa interação, refletir sobre suas próprias práticas e 
aperfeiçoá-las. 
 
 
 
 
 
 
 
http://loja.editoracomenius.com.br/quem-foi-comenius
 
11 
Imagem 2: Aula 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/s/Sudhir20/05/p/4015faed71cabc310ee5105
159635e2e.jpg. 
06 mar. 2019 
 
Podemos dizer que há os seguintes elementos envolvidos na prática de cada 
educador: ele próprio, seus alunos, os conteúdos com os quais precisa trabalhar, as 
estratégias que utilizará para fazer seu trabalho e os processos avaliativos. 
Masetto (1997), assim como Candau (2012), também concorda que a Didática 
precisa ser vista com reflexão sistemática. Os dois afirmam que a mesma é um 
“estudo das teorias de ensino e aprendizagem aplicadas ao processo educativo que 
se realiza na escola, bem como dos resultados obtidos” (p. 14). 
 
 
 
 
 
 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/s/Sudhir20/05/p/4015faed71cabc310ee5105159635e2e.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/s/Sudhir20/05/p/4015faed71cabc310ee5105159635e2e.jpg
 
12 
 
 
 
PIMENTA, S. G. Saberes 
pedagógicos e atividade docente. 
São Paulo: Cortez, 2018. 
 
Esse livro chama ao debate 
sobre a formação docente. Nele 
encontramos pesquisas na área da 
pedagogia e os temas que são 
abordados colaboram para auxiliar os 
professores no conhecimentoquanto 
às perspectivas de análise que os 
ajudem a compreender os contextos 
histórico, social e organizacional em 
que ocorre sua atividade docente. 
 
 
Você consegue perceber o quanto ensinar é um processo que deve ser 
minuciosamente pensado? Não podemos ir para sala de aula com nosso 
conhecimento achando que ele, por si só, já é suficiente. 
Quantas vezes você já ouviu alguém dizer (ou talvez já tenha dito) que “um 
determinado professor sabe muito”, “dá para perceber todo o conhecimento que tem, 
mas… ele não sabe passá-lo aos seus alunos e, por isso, a aula dele não é 
proveitosa”? 
Pense nisso e, em seguida, lembre-se da Didática e de como ela pode auxiliá-
lo como docente. 
 
 
A Didática estuda os processos 
de ensino e aprendizagem destinados 
a colocar em prática as diretrizes da 
teoria pedagógica. 
 
13 
 
1.2 Planejamento em EaD: Objetivos, Conteúdos, Procedimentos, 
Avaliação 
 
O que é planejar? Ouvimos tanto que essa é uma das mais importantes 
atividades do educador, mas, o que seria exatamente fazer um planejamento, 
apresentar um plano para determinado curso, aula ou atividade? 
Certamente você já fez pelo menos uma viagem, não é mesmo? 
Então, pense como foi até que você chegasse ao seu destino: há alguns 
passos necessários para o sucesso das férias, por exemplo (considere uma viagem 
de férias de um mês na qual você viajou de avião e ficou hospedado (a) num hotel). 
 Primeiro você estabeleceu o local para onde iria; 
 Como você teria um mês de disponibilidade para estar por lá, pensou em 
quanto dinheiro seria necessário dispor para passar todo o tempo, 
considerando os valores de passagens de ida e volta e de estadia; 
 Pesquisou os preços das passagens nas companhias aéreas que fazem o 
trajeto e os horários de embarque; 
 Buscou hotéis até se decidir por um em especial; 
 Em seguida, pesquisou como estaria o tempo durante o período de sua 
estadia no local; 
 Deixou instruções em sua casa para que tudo corresse bem até seu 
retorno (exemplo: agendou no banco o pagamento das contas, previu os 
gastos costumeiros e, para eles, deixou dinheiro em sua conta corrente, 
suspendeu assinatura da TV a cabo/digital e do jornal, etc.); 
 Arrumou a mala e conseguiu uma carona até o aeroporto como sua melhor 
amiga; 
 Embarcou! 
 
 
 
14 
Imagem 3: Férias 
 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/kolobsek/03/l/1363265958pezt0.jpg 
24 jan. 2019 
 
 
Percebeu o quanto dá trabalho ir “curtir” as férias? Até cansa, né? 
É exatamente o mesmo que ocorre com a ação didática: ela precisa ser 
detalhadamente pensada e minuciosamente organizada para que seu sucesso seja 
a mais concreta possibilidade. 
Ainda, cabe ressaltar que mesmo quando fazemos tantos planos para nossos 
alunos, alguma coisa pode não funcionar e é nesse momento que aparece uma das 
principais características do planejamento, ou seja, a flexibilidade. 
No caso da viagem, se você vai para um país estrangeiro, é prudente levar a 
moeda corrente utilizada por lá para não ter surpresas, por exemplo, chegar muito 
cedo ao local e as casas de câmbio estarem fechadas. 
Ou, ainda, se você for para uma cidade muito fria, é necessário ter à mão um 
casaco bem quentinho para você não congelar assim que sair do avião e estiver 
esperando as malas… 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/kolobsek/03/l/1363265958pezt0.jpg
 
15 
Pensando agora sobre a escola, imagine que a aula foi toda pensada para 
contar com a utilização de um vídeo: você o grava num cd-rom, reserva o 
equipamento necessário com antecedência, avisa aos alunos, prepara-os para o que 
lhes será apresentado e constrói fichas de avaliação para serem preenchidas após o 
filme. 
Contudo, no dia da exibição, simplesmente não há energia elétrica na escola, 
ou o local de projeção está às escuras ou, ainda, você percebe que a sala de aula 
não é adequada para tal atividade. O que fazer? 
 
Imagem 4: Plano B 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/BUSHKO/10/p/d4fd8ca400df7b2879e7cb2af86f8b
c8.jpg. 
25 nov. 2018 
 
É aí que vem a flexibilidade: o plano “B” tem que entrar em prática, ou o “C”, o 
“D”, enfim, alguma coisa deve ser feita para que os alunos não percam aquela aula, 
mesmo que não consigam assistir ao vídeo. 
Nem sempre o que planejamos efetivamente ocorre, mas o mais importante é 
exatamente não se tornar refém de uma mídia ou de uma determinada situação que 
pode falhar. 
Ser flexível é saber sair das possíveis situações em que o planejado não 
funcionou ou não surtou o efeito desejado. 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/BUSHKO/10/p/d4fd8ca400df7b2879e7cb2af86f8bc8.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/BUSHKO/10/p/d4fd8ca400df7b2879e7cb2af86f8bc8.jpg
 
16 
Ainda, é ter equilíbrio para que, durante todo o ano letivo, você possa 
desenvolver ações e atividades que substituam aquelas pensadas em primeiro lugar: 
é replanejar sempre que necessário. 
Para que isso ocorra, é fundamental que você: 
 Considere sempre o que os alunos já sabem até o momento e a 
relevância do conteúdo que será trabalhado; 
 Faça avaliações diagnósticas e formativas frequentemente; 
 Tenha sempre em mente quem é seu aluno, como você está ensinando e 
se seus objetivos, que devem ser pensados para os alunos, estão sendo 
atingidos (caso não estejam, verifique porquê e refaça suas propostas de 
acordo com as necessidades); 
 Ouça tudo e todos pois é dos alunos que as dúvidas surgirão ou a real 
medida do ritmo cadenciado por você para ensiná-los. 
 
 
 
E importante ser flexível, pois se o 
professor não fizer um planejamento 
maleável, o mesmo corre o risco de 
não alcançar objetivos previstos e isso 
é imperdoável no desenvolvimento de 
uma ação didática! 
Lembre-se: Qualquer plano é uma 
previsão, portanto, está sujeita a erros. 
Daí a importância em mudar sempre 
que parecer ser uma boa ideia, 
especialmente quando não estiver 
dando certo. É isso o que um 
verdadeiro educador faz com grande 
facilidade, certo? 
 
 
 
17 
1.2.1 Objetivos, Conteúdos, Procedimentos, Avaliação 
 
Viu como planejar é importante? Vamos sistematizar o conceito nas palavras 
de Haydt (2011)? Ela diz que 
 
(…) planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições 
existentes, e prever as formas alternativas de ação para superar as 
dificuldades ou alcançar os objetivos desejados. Portanto, o planejamento é 
um processo mental que envolve análise, reflexão e previsão (p. 45). 
 
De acordo com a autora, analisar quem são os alunos, refletir sobre quais 
conteúdos trabalhar e prever, por exemplo, como serão as aulas, quanto tempo será 
necessário para desenvolvê-las, dentre outras preocupações é questão de ordem 
para todo educador. 
 
Imagem 5: Planejamento 
 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jdurham/preview/fldr_2010_04_06/file4751270600
793.jpg 
06 mar. 2019 
 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jdurham/preview/fldr_2010_04_06/file4751270600793.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jdurham/preview/fldr_2010_04_06/file4751270600793.jpg
 
18 
O planejamento entra exatamente nesse momento, ou seja, quando 
começamos a pensar no que ensinar, para quem ensinar, como ensinar, como o 
aluno aprende e de que modo verificar se aprendeu e como pode ser melhorado 
todo esse processo. 
Até aqui, caminhamos bem. Que tal se aprofundarmos um pouco mais nossa 
discussão? 
Dissemos que planejar é fundamental e, ainda, que este deve ser flexível. 
Mas… o que compõe um plano? Quais suas partes imprescindíveis? 
 
 
1.2.1.1 Objetivos 
 
Os objetivos são o ponto inicial a partir do qual as intenções de trabalho 
dentro da instituição de ensino (formal ou não formal) começam a ser pensadas. 
São eles que devem orientar a seleção dos conteúdos que serão ensinados 
aos aprendentes. Assim,os objetivos são o ponto de partida de todo planejamento. 
Eles subdividem-se em: 
 
a) Objetivos gerais: previstos para um determinado grau ou ciclo, numa 
escola ou certa área de estudo, e que serão alcançados a longo prazo; 
 
b) Objetivos específicos: são aqueles definidos especificamente para uma 
disciplina, uma unidade de ensino ou uma aula. Consistem no 
desdobramento ou operacionalização dos objetivos gerais. Eles 
apresentam, de forma pormenorizada, as ações que se tem intenção de 
desenvolver e aonde se quer chegar. 
 
 
 
 
19 
Imagem 6: Objetivos 
 
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bf.jpg 
06 mar.2019 
 
 
Para simplificar, pode-se afirmar que os objetivos gerais nos forneceriam as 
diretrizes para a ação educativa como um todo enquanto os objetivos específicos 
norteariam, diretamente, o processo de ensino e aprendizagem e, ainda, 
estabeleceriam uma estreita relação com as singularidades relativas aos conteúdos 
trabalhados. 
 
 
 
MAGER, R. F. A Formulação De 
Objetivos De Ensino. Rio Grande do 
Sul: Globo, 1985. 
Recomendo a leitura de “A 
Formulação de Objetivos de Ensino”, 
de Robert F Mager. É um livrinho 
antigo, mas, ainda assim, vale investir 
um tempinho debruçado sobre le. Só é 
encontrado em sebos. Penso que sua 
última edição saiu em 1985. 
 
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20 
 
Vejamos exemplos: 
 
Exemplo 1 
 
* OBJETIVO GERAL: 
. Oferecer aos alunos uma noção precisa da importância do planejamento 
como ferramenta de base na organização do turismo. 
* OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
. Dominar a aplicação de metodologias e técnicas de planejamento turístico; 
· Ampliar o leque de possibilidades de atuação profissional; 
· Estabelecer mecanismos de planejamento que venham promover a 
sustentabilidade de projetos e programas voltados para o turismo. 
 
 
Neste caso, percebe-se que o objetivo geral visa que o aluno do curso de 
Turismo desenvolva a importante noção de que planejar é fundamental para sua 
prática profissional. 
Em seguida, esta ideia é esmiuçada, ou seja, é posto que esse mesmo aluno 
conheça e aplique metodologias e técnicas do planejamento em sua área de forma a 
ampliar a área de alcance de sua atuação como profissional nesta área e, ainda, que 
coloque em prática seus conhecimentos para desenvolver a sustentabilidade 
associada ao turismo. 
O objetivo geral dá uma visão simplificada do que é esperado. Os objetivos 
específicos detalham ao máximo a ideia lançada inicialmente. 
Vejamos mais um exemplo: 
 
 
 
21 
 
Exemplo 2 
 
* OBJETIVO GERAL: 
O Programa visa à promoção de melhorias no desempenho da Administração 
Pública, com a finalidade de aumentar a eficiência e a efetividade das políticas de 
governo. 
* OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
. Fortalecer a capacidade de planejamento e gestão de políticas públicas; 
. Desenvolver a capacidade de administração de recursos humanos; 
. Modernizar a estrutura organizacional e seus processos administrativos; 
. Fortalecer mecanismos de transparência administrativa e de comunicação 
social; 
. Modernizar a gestão de informação e integrar seus sistemas de informática. 
 
 
Aqui a intenção é que melhore o desempenho da administração pública para 
aumentar a eficácia das políticas públicas. 
Desenrolando, temos que, para que isso aconteça, espera-se que o 
planejamento seja mais bem construído, levando em conta os recursos reais e como 
estes serão administrados para que haja transparência nas ações. 
Para isso, contam com uma gestão, não só administrativa mais competente, 
como com a gestão das tecnologias envolvidas mais simples e eficiente. 
Um último exemplo: 
 
 
 
 
 
22 
Exemplo 3 
 
* OBJETIVO GERAL: 
Analisar os motivos da evasão escolar nos cursos de formação de 
professores no estado do Rio de Janeiro entre os anos 1990 e 2000. 
* OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
. Verificar a relação entre professores e alunos de cursos de formação de 
professores no estado do Rio de Janeiro entre os anos 1990 e 2000; 
. Identificar o nível de interesse dos alunos; 
. Reconhecer as prioridades estabelecidas pelos alunos; 
. Apresentar os motivos que conduzem os alunos à evasão escolar. 
 
 
Neste último caso, o que se pode perceber é que a evasão escolar nos cursos 
de formação de professores no estado do Rio de Janeiro entre os anos 1990 e 2000 
é uma questão pertinente a ser compreendida, assim, este período aparece 
identificado. 
Em seguida, para compreender os reais motivos da significativa evasão, 
esmiuçou-se o problema, buscando entender se houve alguma situação recorrente 
que fizesse com que os alunos largassem seus cursos. Para isso até o 
relacionamento entre alunos e professores foi pesquisado. 
E então, você consegue perceber como são os objetivos que norteiam a ação 
pedagógica? É a partir deles que elaboramos as diretrizes a serem desenvolvidas 
em nosso trabalho. 
 
 
 
 
23 
 
 
Coloque no papel seus objetivos de vida para os próximos cinco anos. 
Organize com eles um quadro identificando quais são os gerais e quais são os 
específicos. Justifique suas escolhas. 
 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
 
Há um livro considerado 
importantíssimo para o tema 
“Objetivos Educacionais”. Seu título é 
Manul de avaliação formativa e 
somativa do aprendzado escolar, de B. 
Bloom, e foi publicado pela primeira 
vez em 1987. 
Sua referência completa está junto 
com todos os materiais usados nesse 
LT. Dê uma olhadinha ao final. 
 
 
24 
 
Que tal conhecer uma amostra dos níveis da taxonomia de Bloom? 
 
 Nível Definição Verbos 
 
Conhecimento 
O aluno irá recordar ou reconhecer 
informações, ideias e princípios na forma 
(aproximada) em que foram aprendidos. 
 
Escrever, Listar, 
Rotular, Definir, 
Nomear, Dizer 
 
Compreensão 
O aluno traduz, compreende ou 
interpreta informação com base em 
conhecimento prévio. 
Explicar; 
Ilustrar, 
Resumir, 
Parafrasear, 
Descrever 
 
Aplicação 
O aluno seleciona, transfere e usa dados 
e princípios para completar um problema 
ou tarefa com um mínimo de supervisão. 
Usar, Aplicar, 
Computar, 
Resolver, 
Demonstrar, 
Construir 
 
Análise 
O aluno distingue, classifica e relaciona 
pressupostos, hipóteses, evidências ou 
estruturas de uma declaração ou 
questão. 
Analisar, 
Categorizar, 
Comparar, 
Contrastar, 
Separar 
 
Síntese 
O aluno cria, integra e combina ideias 
em um produto, plano ou proposta novos 
para ele. 
Criar, Planejar, 
Elaborar 
hipótese, 
Inventar, 
Desenvolver 
 
Avaliação 
O aluno aprecia, avalia ou critica com 
base em padrões e critérios específicos. 
Julgar, Criticar, 
Recomendar, 
Justificar 
Fonte: BLOOM et al, 1993 (adaptado) 
 
 
 
 
25 
 
Dá para perceber o quanto é importante o trabalho de Bloom (1993), não é 
mesmo? Ainda está valendo para a atualidade! 
 
 
1.2.1.2 Conteúdos 
 
Professores e alunos trabalham sempre com conteúdos. 
Vamos ver como isso funciona na prática?Leia os objetivos que seguem, que constam de um documento chamado 
RCNEI, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998): 
 
. Ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão, 
interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos e participando de 
diversas situações de intercâmbio social nas quais possa contar suas vivências, 
ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder perguntas; 
. Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e 
outros portadores de texto e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se 
faça necessário; 
. Reconhecer seu nome escrito sabendo identificá-lo nas diversas situações 
do cotidiano; 
. Escolher os livros para ler e escutar textos lidos, apreciando a leitura feita 
pelo professor. 
 
Imagine que assuntos serão necessários que sejam trabalhados para que os 
objetivos acima sejam atingidos? 
 
 
 
26 
Imagem 7: Conteúdos 
 
 
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157f44.jpg 
06 mar.2019 
 
 
O que você sugere? Vou ajudá-lo. 
Se o docente pretende que seu aluno “amplie gradativamente suas 
possibilidades de comunicação e expressão”, o que o professor precisa trabalhar é 
com a fala e com a escrita (mesmo que rudimentar, pois é educação infantil), assim, 
são conteúdos: fala (expressão oral) e escrita (expressão escrita). 
Mas há ainda outros conteúdos neste objetivo: ao desejar que seu educando 
passe a “interessar-se por conhecer vários gêneros orais e escritos”, o professor 
precisa criar estratégias de trabalho que desenvolvam o conteúdo gêneros orais e 
escritos (por exemplo, roda de conversa, cartazes, cantigas de roda, histórias em 
quadrinho, anúncio, carta, etc.). 
Assim, sem explicar que gêneros são “formas relativamente estáveis de 
enunciados, disponíveis na cultura” (PCNs de Língua Portuguesa, 1998, p. 21) ou, 
como define Bakthin (2012), “tipos relativamente estáveis de enunciados 
constituídos historicamente e que mantêm uma relação direta com a dimensão 
social” (p. 261), o professor estará fazendo com que seu aluno tenha contato com o 
conteúdo que está proposto no objetivo. 
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27 
Na verdade, como o objetivo deve ser construído primeiro, é a partir dele que 
o conteúdo será pensado e auxiliará para que aquele seja atingido. 
O conteúdo é, portanto, todo aquele saber que foi (e ainda é) acumulado 
durante os séculos. De acordo com (HAYDT, 2011, p. 62), 
 
(…) esse saber apresenta uma natureza dinâmica, porque está em contínua 
expansão e atualização, renovando-se constantemente. A escola, como 
instituição social e agência formadora, é o centro da educação sistemática e 
tem como função básica a transmissão sistematizada do conhecimento 
universal. 
 
De qualquer modo é importante pensar que conteúdo está em toda parte e 
que aprendemos coisas novas a todo o momento, em qualquer lugar. A escola e a 
universidade são espaços que procuram mostrar os conteúdos acumulados pela 
humanidade para a sociedade, pois neles há professores cujo trabalho é exatamente 
aprender esses conteúdos e apresentá-los aos alunos. 
Você já pensou que existem conteúdos diferentes, com diversas finalidades? 
Vejamos como é isso. 
 
Imagem 8: Diferentes Conteúdos 
 
 
Hall, Donna. ddc910.jpg. Maio de 2008. 
https://www.pics4learning.com/details.php?img=ddc910.jpg 
Pics4Learning. 
06 mar.2019 
 
 
28 
 
Já pensou que há coisas que simplesmente memorizamos com a repetição, 
como os nomes das ruas no caminho de casa para a universidade ou os nomes dos 
nossos colegas de classe? 
Há coisas sobre as quais precisamos refletir para podermos compreender ou 
que, na comunicação, precisamos saber definir para que possamos ser 
compreendidos. São conhecimentos diferentes, dos mais simples aos mais 
complexos, como os sentimentos. Vamos classificá-los? 
De acordo com Zaballa (2006), há quatro tipos de conteúdos: 
 
a) Factuais (aprendizagem de fatos) – o indivíduo aprende por memorização, 
por repetição verbal. 
Alguns dirão que esse conhecimento é irrelevante, até mesmo 
desnecessário. Não é não. Ele é fundamental, pois existem certos conteúdos 
que precisam sim ser memorizados, como por exemplo, nomes de pessoas 
com as quais trabalhamos ou estudamos: como saber sem praticar? 
A estratégia aqui é, no momento de cumprimentar uma pessoa, dizer 
seu nome até que o mesmo seja fixado por você. 
Imagine que desagradável você ser escolhido como redator no grupo 
de trabalho da faculdade e, na hora de fazer a identificação dos 
componentes, ter que perguntar “como é seu nome mesmo?” para aquela 
pessoa que sempre o ajuda com alguma disciplina que você tem dificuldade? 
Não há outra forma de aprender seu nome se não pela memorização. 
 
b) Conceituais (aprendizagem de conceitos e princípios) – estão diretamente 
relacionados à busca de informação para melhora do conteúdo; sua 
aprendizagem exige do indivíduo uma atividade cognoscitiva mais 
significativa que a anterior. Este tipo é, na verdade, uma ampliação daquela. 
Poderíamos dizer que este tipo de conteúdo está associado ao saber 
conhecer. 
 
29 
 
c) Procedimentais (aprendizagem de procedimentos) – partem de uma 
investigação autônoma e observação direta de cada indivíduo. Associam-se 
com o saber fazer, pois é uma aprendizagem das ações necessárias a 
realização de algo. 
 
d) Atitudinais (aprendizagem de atitudes) – estão relacionados com a 
socialização, a cooperação e a inserção do indivíduo no seu meio social e 
cultural. 
Em determinadas culturas as famílias decidem com quem seus filhos 
vão casar-se. Essa atitude é aceita pelos filhos, que se casam mesmo que 
venham a se conhecer apenas no dia do casamento. Esse conteúdo tem a 
ver com os valores que são aprendidos ao longo da vida. 
 
 
Imagem 9: Listando Objetivos 
 
 
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06 mar.2019 
 
 
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30 
Você compreendeu que para cada tipo de conteúdo há formas mais pontuais 
de se trabalhar, certo? Essas formas são os procedimentos, ou seja, as estratégias 
que todo professor deve inserir em seu planejamento após definir o conteúdo que 
vai trabalhar. 
Eles são nosso próximo tópico. 
 
 
 
Observe o quadro abaixo para não esquecer como devem ser desenvolvidas as 
atividades para trabalhar cada tipo de conteúdo. 
 
Conteúdos Atividades de aprendizagem 
Factuais Repetições verbais 
Conceituais Experiências 
Procedimentais Aplicações e exercícios 
Atitudinais Vivências + componentes afetivos 
 
 
 
1.2.1.3 Procedimentos 
 
Já falamos sobre os objetivos e os conteúdos. Resta saber como associá-los, 
visto que, através do trabalho com os conteúdos é que os objetivos, como dissemos, 
poderão ser atingidos, não é? 
E agora? É simples! Aqui entram os procedimentos de ensino. 
 
31 
Procedimentos são todas as ações que os educadores planejam visando a 
aprendizagem de seu aluno. Eles são as formas através das quais os professores 
encontram para mediar o conhecimento a ser trabalhado, ou seja, é com a utilização 
de técnicas de metodologias de ensino que a aula irá se desenvolver. 
É com os procedimentos que ocorre a mediação dos conteúdos escolhidos 
para serem trabalhados. Ressalto que, quanto mais interativas forem as escolhas 
docentes, maior possibilidade de sucesso no curso. 
É certo que as formas de se trabalhar devem ser mescladas – ora 
individualizadas,ora socializadas, ora sócio-individualizadas, contudo, o mais 
importante é que o professor sinta-se seguro para realizar a aula tal como ele a 
desenhou. 
Há autores que dizem que as estratégias e os procedimentos são a mesma 
coisa, outros os diferenciam. Aqui, vamos considerá-los como irmãos gêmeos, ou 
seja, eles são imprescindíveis um ao outro. 
Ao planejarmos uma aula, é indispensável ter em mente como o conteúdo 
será trabalho e, assim, qual será o modo de fazê-lo. Daí considerarmos ambos como 
trabalhando de mãos dadas para o sucesso da empreitada pedagógica. 
Lembre-se, portanto, que a função dos procedimentos e estratégias de ensino 
e aprendizagem é auxiliar o processo de reconstrução do conhecimento pelo 
aluno! 
 
Há critérios básicos para selecionar 
um procedimento de ensino, de acordo 
com Haydt (2006): 
 adequação aos objetivos 
propostos para o processo 
educacional; 
 compreensão da natureza do 
conhecimento a ser construído 
pelo aluno e do tipo de 
aprendizagem a se realizar; 
 conhecimento das características 
do aluno (idade, nível de 
maturidade e desenvolvimento 
mental, grau de interesse e suas 
expectativas de aprendizagem); 
 noção das condições físicas 
existentes e do tempo disponível. 
 
32 
 
Agora que já falamos sobre partes fundamentais na elaboração do 
planejamento, falta acrescentar um processo que nos dá o retorno do nosso 
trabalho. 
Precisamos saber se nossas ações estão corretas e surtindo o efeito 
esperado. Como obtemos essas respostas? Como detectamos que nosso aluno 
aprendeu, que construiu seus conhecimentos? 
É aqui que entra a avaliação. Vamos falar sobre ela no próximo item. 
 
Imagem 10: Avaliação 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jessica_seewer/05/p/8d7ac58eacc8cdae5bbc2c62
9bfcaf28.jpg 
06 mar.2019 
 
 
1.2.1.4 Avaliação 
 
O que é avaliação? Por que todo mundo tem medo de ser avaliado? Ter seus 
méritos reconhecidos e suas fraquezas apontadas não teria o objetivo de te ajudar a 
melhorar ou a manter-se como está? 
Avaliar é um nó na educação, embora devesse ser muito diferente. A 
avaliação nos mostra nossas potencialidades, nossas falhas e nossos acertos. 
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33 
Assim, deveríamos vivenciar com tranquilidade esse processo, mas, a história não é 
bem essa… 
O professor Cipriano Carlos Luckesi fala sobre avaliação X examinação. Você 
sabe o que é isso? O termo examinação te deixou com uma “pulguinha atrás da 
orelha”? Sim! Afirmo isso porque tenho certeza que sua resposta foi positiva. É 
mesmo esquisito. 
O que você faz (se está em sala de aula) ou se seus professores fizeram com 
você foi avaliação ou examinação ou avaliação? 
 
Imagem 11: Estudar para ser “avaliado” 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/a/anicahsu/11/p/510b47fd2c3d8234d81d2bb62cf68
56d.jpg. 
25 nov. 2018 
 
O prof. Luckesi (2005) define examinação como a prática de aplicar exames, 
desses exames (ou provas) tirar uma nota e aprovar ou reprovar o aluno. Ele diz que 
a avaliação é muito diferente, ela é mediadora, dialógica, configura o aluno em sua 
totalidade e não em um determinado momento que você, professor, decidiu que 
seria “A” hora de ver como está sua aprendizagem apenas respondendo às 
questões que você elaborou para aquela oportunidade. 
Vamos ver trechos de sua fala em entrevista concedida ao jornalista Paulo 
Camargo, publicado no caderno do Colégio Uirapuru, de Sorocaba, estado de São 
Paulo, por ocasião da Conferência: Avaliação da Aprendizagem na Escola, em 8 de 
outubro de 2005 (e parece que nem se passaram todos esses anos)! 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/a/anicahsu/11/p/510b47fd2c3d8234d81d2bb62cf6856d.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/a/anicahsu/11/p/510b47fd2c3d8234d81d2bb62cf6856d.jpg
 
34 
 
A escola hoje ainda não avalia a aprendizagem do educando, mas sim o 
examina (…) Historicamente, mudamos o nome, sem modificar a prática. 
(…) Para compreender esse ponto de vista, basta verificarmos as 
características básicas, de um lado, do ato de examinar e, de outro, do ato 
de avaliar. 
Iniciemos pelos exames escolares. (…) eles operam com desempenho final. 
(…) não interessa como o respondente chegou a essa resposta, importa 
somente a resposta. (…) os exames são pontuais, (…) não interessa o que 
estava acontecendo com o educando antes da prova, nem interessa o que 
poderá acontecer depois. (…) Tanto é assim que se um aluno, num dia de 
prova, após entregar a sua prova respondida ao professor, der-se conta de 
que não respondeu adequadamente a questão 3, por exemplo, e solicitar ao 
mesmo a possibilidade de refazê-la, nenhum dos nossos professores, 
permitirá que isso seja feito; mesmo que o aluno nem tenha ainda saído da 
sala de aulas. (…) 
os exames são classificatórios, ou seja, eles classificam os educandos em 
aprovados ou reprovados, ou coisa semelhante (p.1) 
 
Diante de Luckesi (2005), pergunta-se: o que é avaliar? Estamos realmente 
avaliando? Se a resposta à segunda pergunta foi “Não”, precisamos repensar nossa 
prática. 
 
 
 
Leia o texto “Avaliação ou punição” no 
site do grupo de pesquisa 
Observatório Jovem, da UFF. Ele é 
muito interessante e o(a) auxiliará na 
reflexão sobre a avaliação. Disponível 
em: 
http://www.emdialogo.uff.br/content/av
aliacao-ou-punicao. Acesso 12 
mar.2019. 
 
 
A avaliação deve ser constante em nossa vida, desde a hora em que acordamos 
e escolhemos a roupa para usar (e damos uma olhada no espelho para ver se nos 
agrada, ou seja, para avaliar se estamos bem e é essa realmente a roupa daquele 
http://www.emdialogo.uff.br/content/avaliacao-ou-punicao
http://www.emdialogo.uff.br/content/avaliacao-ou-punicao
 
35 
 
dia) até quando voltamos para casa, à noite, cansados, mas felizes pelo dia 
agradável (pois recebemos vários elogios devido à roupa escolhida), por exemplo. 
Saul (1994, p. 61) aponta que 
 
Na ação escolar, a avaliação incide sobre ações ou sobre objetos 
específicos - no caso, o aproveitamento do aluno ou nosso plano de ação. 
Avaliação, portanto, não pode ser confundida, como por vezes se faz, com o 
momento exclusivo de atribuição de notas ou com momentos em que 
estamos analisando e julgando o mérito do trabalho que os alunos 
desenvolveram. Vale dizer que a avaliação recai sobre inúmeros objetos, 
não só sobre o rendimento escolar. 
 
Sob esse ponto de vista, a avaliação, que é uma prática social ampla, 
especialmente pelo fato de que o ser humano tem uma capacidade ímpar de 
observar – a si e ao outro, de refletir diante do que vê e de emitir juízo de valor sobre 
essa reflexão, tem que ser prática educativa, não meramente atribuidora de notas e 
de aprovações e/ou reprovações. 
De qualquer modo, antes de trazer Jussara Hoffmann e sua avaliação 
mediadora para nossa discussão, vamos definir os três tipos mais comuns de 
avaliação? 
A avaliação, como já dissemos, é um processo interessado em produzir 
informações sobre o processo de aprendizagem. A todo momento podemos colher 
essas informações, e estas também são diferentes, nos dão sinais diferentes sobre 
nossos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
Imagem 12: Avaliação Somativa 
 
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25660.jpg 
06 mar.2019 
 
Os três tipos de avaliação sobre os quais estamos falando, são: diagnóstica, 
formativa e somativa. Cada uma delas nos fornece dados específicos em momentos 
diversos, mas, ressalto, elas são complementares. 
Vejamos: 
 
a) avaliação diagnóstica: tem por objetivo verificar se os aprendentes já 
construíram os conhecimentos necessários para ir adiante, passando a uma 
nova aprendizagem, a qual prescindedestes conhecimentos anteriores. 
Ex: sempre antes de introdução um novo conteúdo, o professor verifica se 
não há brechas, dificuldades com o conteúdo anteriormente trabalhado. 
 
b) avaliação formativa: é o feedback que vai retroalimentar todo o processo 
pedagógico. Ela é aplicada ao longo de todo o processo, em todas as 
situações de aprendizagem, visto que seus objetivos são: identificar situações 
de aprendizagens mal conseguidas, informar sobre medidas para corrigir 
falhas e/ou melhorar o processo. 
Ex: durante todo o processo o professor promove pequenas avaliações e, ao 
detectar que o aluno apresenta dificuldades, vai tentando saná-las ao longo 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/p/pschubert/preview/fldr_2009_05_26/file5411243325660.jpg
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37 
do bimestre letivo, por exemplo, para que o aluno não carregue para o 
bimestre seguinte dúvidas que dificultarão suas novas aprendizagens, o que, 
se não for verificado e se o docente não tomar uma providência para sanar, 
poderá virar uma “bola de neve”, ou seja, dúvida sobre dúvida. 
 
c) avaliação somativa: é a soma das aprendizagens e competências 
adquiridas durante todo um bimestre, um semestre ou um ano letivo. Ela é, 
portanto, classificatória. 
Ex: os alunos de um curso de Letras são classificados mediante as médias 
ponderadas obtidas ao final dos dois primeiros semestres letivos. Mediante a 
classificação eles terão ou não a possibilidade de cursar a língua estrangeira 
escolhida. Há um ranqueamento pois as vagas são limitadas entre as línguas. 
 
 
 DIAGNÓSTICA 
 
FORMATIVA SOMATIVA 
OBJETIVOS  Obter indicações 
sobre conhecimentos, 
aptidões, interesses 
(ou outras qualidades 
do aluno). 
 
 Determinar a posição 
dos alunos no início 
de uma unidade de 
ensino, período ou 
ano. 
 
 Determinar as causas 
subjacentes de 
dificuldades de 
aprendizagem. 
 "Feedback" ao 
professor e ao 
aluno relativamente 
ao progresso deste. 
 
 Detectar os 
problemas de 
ensino e 
aprendizagem. 
 
 Classificar 
os alunos no 
final de um 
período 
relativamente 
longo (por 
exemplo, 
unidade de 
ensino; 
período, ano, 
etc.) 
QUANDO No início de uma 
unidade de ensino, 
Durante o processo 
de ensino-
No final de 
um período 
 
38 
período ou ano letivo. 
 
aprendizagem relativamente 
longo (por 
exemplo, 
unidade de 
ensino; 
período, ano, 
etc.). 
ÊNFASE EM  Aptidões, interesses, 
etc., que são julgados 
necessários, pré-
exigidos ou desejáveis 
relativamente aos 
objetivos a atingir. 
 
 Resultados da 
aprendizagem 
relativamente aos 
objetivos. 
 Comparação dos 
diferentes 
resultados obtidos 
pelo mesmo aluno. 
 Processo de 
ensino-
aprendizagem que 
permitiu os 
resultados obtidos. 
 Causas dos 
insucessos de 
aprendizagem 
 Resultados 
de 
aprendizagem 
relativamente 
aos objetivos. 
 
TIPOS DE 
INSTRUMENTOS 
Instrumentos de 
diagnóstico 
Instrumentos 
formativos 
especialmente 
concebidos 
Provas finais 
Fonte: Tipos de avaliação (Adaptado de PROENÇA, M. C., Didáctica da História, Lisboa, 
Universidade Aberta, 1989, pp. 148-150 e de MASACHS, R. C.; CASARES, M. Á. S. e FERNÁNDEZ, 
R. M., Aprender a Enseñar Geografía, Barcelona, Oikos-Tau, 1997, pp. 181-195) 
 
 
Pense sobre esses três tipos avaliatórios e, para esquentar nossa conversa, 
trago Jussara Hoffman (2009): ela defende a avaliação mediadora como a única 
possível, aquela através da qual é necessário deixar de focar o coletivo e apreciar o 
individual para poder perceber como cada um aprende ou não aprende. É a 
multidimensionalidade do olhar para o processo educativo e todas as suas nuances. 
É necessária uma mudança na atitude do professor e dos sistemas de ensino 
e de toda a sociedade que ainda está no paradigma de atribuição de valor numérico 
para os conhecimentos – construídos ou não pelos aprendentes. 
 
39 
Essa mudança só pode vir pela mudança de mentalidade, se olharmos para 
nossas práticas atuais e refletirmos acerca dos resultados que eles têm nos 
oferecido. Desse modo, surge a avaliação mediadora, a qual propõe um modelo 
diferenciado, que está baseado na possibilidade de dialogar com os alunos e 
aproximar-se deles. 
Para isso, reitero: é fundamental que as práticas docentes sejam repensadas 
e completamente modificadas, levando-se em consideração a contemporaneidade, a 
situação sócio-cultural dos alunos, sua compreensão do mundo, suas perspectivas 
para a vida etc. 
Olhando a avaliação sob este ângulo, até a visão do erro será diferenciada. 
Ele será considerado como parte do processo de aprendizagem, como forma que o 
aluno encontrou para acertar. É a sua testagem de hipóteses que deve ter uma 
carga superior na avaliação, não o resultado final. 
Imagine um aluno que acertou todo o raciocínio na resolução de uma 
expressão matemática, mas, como errou uma soma, por exemplo, o que o levou a 
encontrar um resultado diferente do esperado, teve sua questão completamente 
anulada? Talvez você mesmo já tenha passado por isso. 
É avaliativa essa prática de olhar o resultado final e dar certou ou errado? E 
todo o desenvolvimento do raciocínio do aluno? Não valeu de nada? Precisamos 
mudar essa perspectiva! Um novo paradigma para a avaliação já! Os professores 
são capazes de criar e propor situações desafiadoras aos seus alunos de forma que 
estes analisem possibilidades, testem hipóteses e cheguem às suas próprias 
conclusões a partir de seus percursos individuais, porém, incentivados por seus 
mestres, orientadores da aprendizagem. Somente assim a aprendizagem passará 
de mecânica à significativa e a educação poderá exercer seu papel de 
transformação social. 
 
 
 
 
 
40 
 
 
1) Pergunte aos seus amigos, familiares e colegas de trabalho qual (is) a (s) 
sensação(ões) mais comum(ns) para eles quando tinham que fazer prova. 
Reflita sobre as respostas e construa um breve texto argumentando sobre a 
forma de avaliação e a discussão deste item. 
 
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41 
2) Leia o seguinte: 
A Didática contribui com os processos de ensinar e de aprender. Entretanto, 
é importante ter em mente que ela não resolve tudo sozinha, pelo contrário, ela 
precisa das outras ciências para formar o educador e sua mentalidade 
transformadora. 
Várias ciências que procuram entender o desenvolvimento humano estão 
presentes nos estudos da Didática, como a filosofia, a sociologia, a história, a 
comunicação, a psicologia,a antropologia, a educomunicação, entre outras. 
Cada uma delas traz uma forma de ver o ser humano em sua mais 
importante ação: conhecer. Os conhecimentos delas são essenciais para a 
construção das ações em sala de aula, assim como também nos ajudam na reflexão 
sobre nossa prática, sobre nossos alunos, como eles aprendem, se nossas 
hipóteses avaliativas estão corretas e são pertinentes e como podemos ser 
melhores professores. 
 
3) Observe os quadrinhos a seguir e reflita sobre o papel da didática no ensino e 
na aprendizagem: 
 
http://www.maquinadequadrinhos.com.br/ Acesso 17 fev 2019 
http://www.maquinadequadrinhos.com.br/
 
42 
 
4) Escreva sua reflexão à luz do que conversamos até agora: 
 
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43 
 
 
 
 
Nessa unidade você estudou sobre a Didática e todas as possibilidades que a 
partir dela são geradas visando o desenvolvimento de um processo de ensino e de 
aprendizagem de boa qualidade. 
Você foi levado a pensar sobre a aprendizagem, portanto e, para isso, 
passeou pelas ações de planejar, onde você estudou os objetivos, os conteúdos, os 
procedimentos e a avaliação. 
Espero que os conteúdos tenham sido proveitosos para você e o(a) leve 
curiosamente às próximas unidades. 
Tenha sempre em mente que a razão da instituição escolar existir é a 
promoção da aprendizagem e da construção de conhecimento dos alunos e você 
será responsável por parte disso. 
Bons estudos! 
 
 
44 
 
UNIDADE II: ENSINO PRESENCIAL 
 
Conteúdos trabalhados na unidade: Metodologias Ativas: sala de aula invertida; 
gamificação; vídeos; aprendizagem por pares ou times 
 
O ensino presencial faz parte de nossa vida desde muito pequenos. Ele é 
fundamental por diversas razões, especialmente, na socialização, afinal, é 
convivendo com as crianças da escola que aprendemos muito do que é viver em 
sociedade, concorda? 
Pesquisando para escrever esse tema, me deparei com o site de uma 
universidade do Paraná que defende essa modalidade de ensino e elenca uma série 
de razões. Veja só: 
 
 Contato com outras pessoas: Em uma aula presencial, o contato com 
colegas e professores é feito em todos os momentos do estudo. Isso 
permite que o aluno faça networking de forma eficiente. Mas, o mais 
importante, é que propicia o debate e troca de experiências durante a 
aula. Isso agrega muito mais conhecimento e bagagem aos alunos. 
 
Imagem 13: Contatos 
 
https://morguefile.com/photos/morguefile/1/contacts/pop 
12 mar.2019 
https://morguefile.com/photos/morguefile/1/contacts/pop
 
45 
 Dúvidas esclarecidas: Com a aula presencial, os alunos podem ter suas 
dúvidas esclarecidas na hora pelo professor. Dessa forma, melhora-se a 
capacidade de aprendizado. 
 Recuperação de conteúdo: Caso você perca uma aula, pode rever a 
matéria com os colegas e pedir explicações posteriores ao professor. 
Além disso, em geral, os professores determinam um horário fora do 
horário de aula para dúvidas e orientações. 
 Participação em eventos: Com a aula presencial, o aluno está em 
constante contato com o ambiente acadêmico. Assim, é mais estimulado 
a participar de eventos, como semanas acadêmicas, simpósios, palestras, 
congressos, entre outros. 
 Menos distrações: Apesar das inúmeras distrações que uma sala de 
aula pode ter, elas podem ser reduzidas. Não há a possibilidade de 
interromper a aula e voltar a assistir do mesmo ponto depois. É uma 
questão de responsabilidade do aluno absorver o conteúdo naquele 
momento. Na internet, pode-se distrair durante a aula. Ou ainda, em casa, 
podem-se ter distrações com pessoas, animais domésticos ou 
procrastinação. 
 
Imagem 14: Estudar 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/davidpwhelan/03/p/46bd716476b4df573dbd8af9b
324351a.jpg 
12 mar.2019 
 
 Contato com o ambiente acadêmico: Sabe-se que a graduação é um 
momento, na maior parte das vezes, de crescimento. Uma educação 
presencial permite que o aluno viva todas as sensações da faculdade. As 
amizades, contato com os professores, com funcionários, tudo isso 
enriquece e aumenta a bagagem cultural do aluno. Além de poder 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/davidpwhelan/03/p/46bd716476b4df573dbd8af9b324351a.jpg
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46 
participar de projetos de extensão, de grupos de estudo, tudo isso 
enriquece e contribui para o conhecimento do aluno. 
 Acompanhamento: Com o ensino presencial, os professores conseguem 
acompanhar a progressão dos alunos e saber onde estão suas maiores 
dificuldades. Assim, podem auxiliá-los de maneira eficaz. Dessa forma, o 
aprendizado irá ser otimizado. 
 Extensões: Os projetos de extensão em universidades são parte 
importante da formação. Eles podem desenvolver no aluno habilidades 
para a carreira profissional que vão além da sala de aula. Monitorias em 
disciplinas, por exemplo, podem aflorar no aluno o desejo de seguir 
carreira acadêmica. Ou então, gerar identificação com uma área de seu 
interesse para especialização. 
 Trabalhar em equipe: Nos trabalhos em grupo durante a graduação, 
aprende-se a trabalhar em equipe. O aluno aprende a respeitar opiniões e 
conviver com as diferenças. É uma simulação “light” do que poderá ser 
encontrado no mercado de trabalho. 
 Uso de tecnologias: Mesmo sendo um ensino tradicional, o uso de 
tecnologias em sala de aula é cada vez mais presente. Não se têm mais 
uma sala de aula em que os alunos não estejam minimamente 
conectados à internet. Assim, o debate em sala fica enriquecido com as 
trocas de conhecimento e pontos de vista, aliados às informações 
disponíveis na internet. 
 Estrutura física: O ensino superior presencial tem a vantagem de possuir 
uma estrutura física melhor. Investe-se muito em laboratórios, bibliotecas 
e outros espaços. O uso de laboratórios, por exemplo, irá fornecer uma 
experiência muito mais completa que o aprendizado apenas na teoria. 
Fonte: https://www.uniguacu.edu.br/blog/importancia-do-ensino-superior-presencial/. Acesso 
em 12 mar.2019.Vamos conversar sobre esse tema? 
Eu concordo com tudo o que é apresentado aqui. Entretanto, a questão 
principal, do meu ponto de vista, vai além de toda essa argumentação: o 
fundamental é fazer bem feito, com boa qualidade, com seriedade. E… muitas vezes 
isso se perde. Por essas razões é necessário inserir as metodologias ativas em 
nossa discussão. 
Você conhece as metodologias ativas? 
https://www.uniguacu.edu.br/blog/importancia-do-ensino-superior-presencial/
 
47 
Imagem 15: Atividades 
 
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12 mar.2019 
 
É de nosso conhecimento que a escola – e a universidade – muitas vezes 
parece nunca mudar, parece ainda estar pautada no ditar-falar do mestre e é aqui 
“mora o perigo”. Num mundo globalizado no qual a informação nos chega em tempo 
real e as mudanças são avassaladoras, para “conquistar” nosso aluno precisamos 
estar preparados para toda essa modernidade. 
Não podemos estagnar a sala de aula. Não podemos deixar que nosso aluno 
tenha mais interesse no que acessa com seu celular, por exemplo, do que temos 
para apresentar. E olha que nos preparamos para estar à frente da classe, não é? 
Como fazer isso? Minha sugestão está no item a seguir. 
 
 
2.1 Metodologias Ativas 
 
A boa educação é aquela em que o professor pede para que seus alunos 
pensem e se dediquem a promover um diálogo para promover a 
compreensão e o crescimento dos estudantes. (Glasser, 2001). 
 
 
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48 
As metodologias ativas de aprendizagem são modelos de ensino que dão ao 
aluno uma grande responsabilidade sobre a construção do seu conhecimento. Elas 
pressupõe tornar o aluno o centro do processo de ensino deslocando o professor 
desse lugar. 
O professor é mais experiente, é certo, mas o aluno precisa ser visto como 
protagonista de como aprende, afinal, toda instituição de ensino – e a nossa 
profissão – tem razão de existir por causa dele! 
Com a utilização das metodologias ativas nossa aula se torna diferente. Ela 
deixa de ser o espaço de exposição do nosso saber e passa a ser o espaço no qual 
alunos interagem com outros alunos e com o professor construindo conhecimento 
através de ações práticas que planejamos e adaptamos. 
Há diversos benefícios para todos os envolvidos – alunos, professores e até 
mesmo as instituições. 
 
 
 
Com as metodologias ativas o 
professor deixa de ser o “sabedor”, o 
único “conhecedor”. Seu papel agra é 
de mediador, de facilitador, de guia do 
aluno e a aula muda de dinâmica. Ao 
invés de expor o conteúdo, ele convida 
o aluno a partir desse processo. 
 
 
Vamos ver alguns deles? 
 
Alunos mais independentes e protagonistas de seu aprendizado: o aluno, 
ao ser convidado (e incentivado) a desempenhar um papel de sujeito protagonista 
de sua própria aprendizagem, desloca o professor para exercer outro tipo de papel 
diferente do que desempenhava até então, ou seja, o docente passa de expositor a 
 
49 
mediador do conhecimento. Assim, deve orientar seus alunos e indicar 
possibilidades que eles desenvolverão. É muito mais democrático, inclusive 
 
Aprendizagem facilitada: o papel docente passa a ser o de um guia nos 
contextos educativos e, ao respeitar as formas como aprendemos, com a utilização 
das metodologias ativas, o professor passa a entender que apenas expondo um 
conteúdo é a maneira menos eficaz de promover aprendizagem. 
Veja a imagem a seguir que nos mostra como aprendemos de acordo com 
Glasser (2001) em sua “Pirâmide de Glasser”, também conhecida como “Cone da 
Aprendizagem”: 
 
Imagem 16: Pirâmide de William Glasser 
 
 
 
https://medium.com/@renatho/pir%C3%A2mide-de-william-glasser-ou-cone-da-aprendizagem-
49a4670afc9a 
12 mar.2019 
 
https://medium.com/@renatho/pir%C3%A2mide-de-william-glasser-ou-cone-da-aprendizagem-49a4670afc9a
https://medium.com/@renatho/pir%C3%A2mide-de-william-glasser-ou-cone-da-aprendizagem-49a4670afc9a
 
50 
 
É preciso considerar como aprendemos, assim aprenderemos 
verdadeiramente! 
Dale, já em1969, dizia que depois de duas semanas, o cérebro humano 
lembra 10% do que leu; 20% do que ouviu; 30% do que viu; 50% do que viu e ouviu; 
70% do que disse em uma conversa/debate; e 90% do que vivenciou a partir de sua 
prática. Veja abaixo: 
 
Imagem 17: Cone de Aprendizagem de Dale 
 
 
https://medium.com/@renatho/pir%C3%A2mide-de-william-glasser-ou-cone-da-aprendizagem-
49a4670afc9a 
12 mar.2019 
https://medium.com/@renatho/pir%C3%A2mide-de-william-glasser-ou-cone-da-aprendizagem-49a4670afc9a
https://medium.com/@renatho/pir%C3%A2mide-de-william-glasser-ou-cone-da-aprendizagem-49a4670afc9a
 
51 
 
Dá para visualizar uma aula muito mais interessante que seja planejada a 
partir desse esquema, concorda comigo? 
 
 
 
GOMES, A.; SILVA, P. Design de 
experiências de aprendizagem: 
Criatividade e inovação para o 
planejamento das aulas. Série 
Professor Criativo. Recife: Pipa 
Comunicação, 2016. 
Este livro tem como objetivo contribuir 
com o desenvolvimento de habilidades 
de concepção de experiências de 
aprendizagem entre os profissionais 
de ensino. Ao longo da obra discute-se 
a noção de aula e como a mesma 
impõe limitações à forma natural como 
os seres humanos aprendem. 
Argumenta-se que noção de 
experiências de aprendizagem amplia 
a visão de como se pode promover 
melhores aceitação e engajamento 
dos métodos de ensino e retenção do 
aprendizado. Técnicas de design são 
valiosos instrumentos para conceber 
tais cenários e amplia o leque de 
procedimentos pedagógicos para o 
professor. Ao longo do livro mostramos 
como experiências de aprendizagem 
podem ser concebidas, prototipadas e 
avaliadas do ponto de vista do impacto 
desejado. 
Fonte: 
https://www.pipacomunica.com.br/livrar
iadapipa/produto/design-de-
experiencias-de-aprendizagem-
impresso/. Acesso em: 12 mar.2019. 
 
 
Vamos ver outras vantagens: 
 
 
https://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/design-de-experiencias-de-aprendizagem-impresso/
https://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/design-de-experiencias-de-aprendizagem-impresso/
https://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/design-de-experiencias-de-aprendizagem-impresso/
https://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/design-de-experiencias-de-aprendizagem-impresso/
http://www.pipacomunica.com.br/professorcriativo/
http://www.pipacomunica.com.br/professorcriativo/
https://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/design-de-experiencias-de-aprendizagem-impresso/
https://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/design-de-experiencias-de-aprendizagem-impresso/
https://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/design-de-experiencias-de-aprendizagem-impresso/
https://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/design-de-experiencias-de-aprendizagem-impresso/
 
52 
 Melhoria da satisfação dos alunos com a instituição: quando o aluno 
perceber que está aprendendo mais e de modo mais dinâmico e efetivo, é 
certo que vai ficar mais satisfeito com o ensino de sua instituição e não 
vai querer deixá-la. 
 Aumento do engajamento dos alunos com as aulas: as metodologias 
proporcionam ao aluno mais autonomia e domínio sobre o processo de 
aprendizagem. Ele vai perceber que precisa se responsabilizar e, 
consequentemente, se engajar nas leituras e atividades propostas, caso 
contrário não conseguirá acompanhar os colegas e a aula. Resultado: as 
aulas serão mais produtivas. 
 Maior desenvolvimento da capacidade analítica do aluno: É da 
“decoreba”. Só decorar não vai ser suficiente para acompanhar as aulas, 
pois se faz necessário refletir sobre os conteúdos. O aluno aprende a 
pensar sobre o que lhe é apresentado.A aula passa a ser um momento 
de atuar sobre o conteúdo. Ele passa a ter um poder sobre tudo o que 
ocorre dentro e fora da sala de aula. 
 
 
 
 
Assista à apresentação “Utilização de 
Metodologias Ativas no Ensino 
Superior”, da profa. Dra. Dilmeire 
Sant’anna Ramos Vosgerau, da PUC- 
PR sobre o tema disponível em: 
https://slideplayer.com.br/slide/324705
7/. Acesso em 12 mar.2019. 
 
 
 
 
https://slideplayer.com.br/slide/3247057/
https://slideplayer.com.br/slide/3247057/
 
53 
2.2 Principais Metodologias ativas 
 
Existem várias metodologias ativas de aprendizagem para nos ajudar em 
nossas salas de aula. Vamos conhecer as mais utilizadas atualmente. 
 
 
2.2.1 Sala de aula invertida 
 
Também conhecida por flipped classroom, a sala de aula invertida nos faz 
repensar as formas tradicionais de ensinar. Estamos acostumados com o seguinte 
contexto: 
 
1) Aluno aprende a matéria nova em sala de aula; 
2) Aluno realiza a fixação da matéria nova em sala ou em casa realizando 
exercícios e estudando a partir de indicações do professor; 
3) Professor, antes de começar novo conteúdo, pode perguntar se há 
dúvidas sobre o anterior; 
4) Após dar novas explicações, se necessário, em sala de aula o professor 
inicia nova matéria; 
5) O que foi citado de 1 a 4 é reiniciado. 
 
Na sala de aula invertida as coisas mudam de ordem (são INVERTIDAS). 
 
 
 
 
 
Imagem 18: Sala de aula diferenciada 
 
54 
 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/kconnors/preview/fldr_2009_08_03/file843
1249322550.jpg 
12 mar.2019 
 
 
Veja a definição de Aranha Filho (2015): 
 
(…) é uma estratégia que visa mudar os paradigmas do ensino presencial, 
alterando sua lógica de organização tradicional. O principal objetivo dessa 
abordagem, em linhas gerais, é que o aluno tenha prévio acesso ao material 
do curso – impresso ou on-line − e possa discutir o conteúdo com o 
professor e os demais colegas. Nessa perspectiva, a sala de aula se 
transforma em um espaço dinâmico e interativo, permitindo a realização de 
atividades em grupo, estimulando debates e discussões, e enriquecendo o 
aprendizado do estudante a partir de diversos pontos de vista. Assim, para 
a melhor fixação das informações e conceitos apresentados na disciplina, é 
necessário que o aluno reserve um tempo para estudar o conteúdo antes da 
aula (p. 15). 
 
 
Mudar paradigmas! Esse é o principal objetivo da aplicação da sala de aula 
invertida. 
 
 
Imagem 19: Relato de experiência 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/kconnors/preview/fldr_2009_08_03/file8431249322550.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/kconnors/preview/fldr_2009_08_03/file8431249322550.jpg
 
55 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/10/l/1444282669cww
ua.jpg 
 12 mar.2019 
 
 
Para entender mais sobe essa metodologia, leia o depoimento do prof. Dr. 
Alex Sandro Gomes, da UFPE, de 22 de abril de 2018, após perceber que estava 
começando a inverter sua sala de aula: 
 
 “Finalmente, consegui inverter a sala! 
 Nossa! Tomei um susto quando me dei conta que havia conseguido. 
Li muito sobre ‘blended learning’, metodologias ativas e sala de aula 
invertida. No entanto, não tinha percebido que levei muitos anos até chegar 
num formato intensamente invertido. 
 Posso dizer que as mudanças aconteceram aos poucos. Alguns anos 
atrás, iniciei o uso sistemático de AVAs nas minhas aulas. 
Há duas semanas percebi que, progressivamente, fui deixando de explicar 
os conteúdos em sala. Três anos atrás eu passava a aula toda expondo o 
conteúdo e pedindo para os alunos fazerem as atividades em casa. Se 
tivessem dúvidas poderiam usar o AVA. Há dois anos passava metade da 
aula explicando e há um ano usava 15 minutos. 
 Este semestre tomei um susto quando percebi que poderia passar 
todas as orientações pelo AVA uma semana antes, ficar à disposição para 
esclarecer antes da aula. Durante as aulas os alunos falam, expondo os 
resultados do trabalho. 
 ‘Nossa, que delícia!’, pensei. Mas o que me chamou a atenção foi que 
levou um tempo até chegar aqui. Não me libertei da ‘necessidade de dar 
aula’ de uma hora para outra, mesmo sabendo que é muito recomendado 
que os alunos tenham um papel ativo em sua formação. 
 Eu sentia um certo medo de não ‘falar como professor’ ou uma 
ansiedade que me levava a explicar as coisas que, de fato, são fáceis de 
entender lendo. Sentia necessidade de falar para os alunos. 
 Todo semestre compartilho um plano com todos os conteúdos das 
aulas, links, referências de cada aula e orientações. Este semestre 
simplesmente compartilhei as orientações que fui refinando ao longo dos 
últimos anos. Escrevo um roteiro para cada aula e envio com antecedência 
para guiar as atividades que os alunos fazem entre uma aula e outra. 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/10/l/1444282669cwwua.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/10/l/1444282669cwwua.jpg
 
56 
 Durante as aulas os grupos apresentam o que fizeram, trazem algo 
que não conheço, tentam técnicas que não lembrei/não pensei em 
recomendar e isso é ótimo. Sempre descubro coisas novas e as 
discussões ficam cada vez mais abertas, tranquilas e reflexivas, e o que é 
melhor, colaborativas entre mim e os grupos e entre os grupos. 
 A avaliação também muda bastante, tornando-se totalmente 
qualitativa a partir da escuta, das apresentações dos alunos e dos materiais 
que são compartilhados. Minha intenção é que os grupos possam consultar 
a produção uns dos outros, mas não tenho certeza se isso realmente 
ocorre. Vou tentar descobrir este semestre. 
 No início desse percurso eu nem sempre refleti a minha própria 
prática. É bem mais fácil falar do que fazer. Por isso, coloco-me no lugar 
dos colegas professores do EF diante desse desafio complexo”. 
 
Fonte: https://medium.com/@alexsandrogomes/finalmente-consegui-inverter-a-sala-d-638aed357e4. 
(adaptado) 
Acesso em: 12 mar.2019. 
 
 
 
 
Após ler o depoimento do prof. Alex Sandro, que tal rascunhar suas 
impressões sobre a prática que ele desenvolveu? 
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https://medium.com/@alexsandrogomes/finalmente-consegui-inverter-a-sala-d-638aed357e4
 
57 
É fácil perceber que, como essa prática, o aluno estuda em casa o novo 
conteúdo para tentar absorver o máximo que puder sobre ele – inclusive formula 
dúvidas, questionamento – e, no espaço da aula, ao expor o que aprendeu e não 
aprendeu, terá no professor o apoio necessário para ampliar seus conhecimentos e 
desenvolvê-los. Acredito ser uma forma bastante rica de fixar conteúdos, o que você 
acha? 
Leia outra definição de sala de aula invertida: 
 
Esta metodologia consiste na inversão das ações que ocorrem em sala de 
aula e fora dela. Considera as discussões, a assimilação e a compreensão 
dos conteúdos (atividades práticas, simulações, testes, como objetivos 
centrais protagonizados pelo estudante em sala de aula, na presença do 
professor, enquanto mediador do processo de aprendizagem. 
Já a transmissão dos conhecimentos (teoria) passaria a ocorrer 
preferencialmente fora da sala de aula. Neste caso, os materiais de

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