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Exercício fisiologia - pâncreas e metabolismo lipídico

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Estudo Dirigido de Revisão 
Fisiologia – Adenilson
1. A bile é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, tendo papel importante na digestão das gorduras presentes na dieta e na absorção dos produtos da digestão destas gorduras. Baseado no que foi abordado na aula, desenvolva argumentos que justifique a importância da participação do fígado na digestão e absorção das gorduras.
O fígado é o principal órgão em relação a absorção e digestão de gorduras, isso deve-se a sua capacidade de produção da bile, uma secreção amarelada com diversos compostos, que possui duas principais funções ligadas a metabolização das gorduras, a de emulsificar partículas de gordura em partículas menores que possam ser atacadas pelas lipases do suco pancreático e a de auxiliar na absorção dos produtos finais da digestão das gorduras pela mucosa intestinal. Além disso a bile ainda serve como meio de excreção de uma série de produtos do sangue. Dentre os diversos compostos que formam a bile, como água, ácidos graxos, bilirrubina entre outros, o protagonista na digestão e absorção de gordura são os sais biliares. Esses são formados pelos hepatócitos a partir do colesterol, que é convertido em ácido cólico e ácido quenodesoxicólico que irão se combinar com taurina e glicina para formar ácidos biliares glico e tauroconjugados. Os sais desses ácidos são secretados para a bile e desempenham a função de emulsificação das partículas de gordura, através de sua ação detergente que diminui a tensão superficial entre as partículas e permite que a agitação do trato gastrointestinal as quebre, assim como também tem a função de auxiliar na absorção de substâncias lipídicas do trato intestinal através da formação de micelas, que são complexos físicos semissolúveis formados entre os sais e esses lipídios, como ácidos graxos, colesterol, monoglicerídeos entre outros. Tais complexos levam esses lipídios intestinais até a parede da mucosa intestinal onde serão absorvidos pelo sangue. Todo esse mecanismo é possível graças a formação dos sais biliares pelos hepatócitos, caso o fígado seja acometido por alguma patologia e as células hepáticas não sejam capazes de realizar sua função até 40% das gorduras ingeridas seriam excretadas nas fezes o que pode levar um indivíduo a sofrer déficit metabólico pela escassez do nutriente.
1. Em 2015, foi estimado que 8,3% da população adulta em todo o mundo era afetada pelo Diabetes Mellitus, correspondendo a aproximadamente 415 milhões de pessoas. Cerca de 10% destas pessoas seriam portadores do diabetes do tipo 1 e 90%, diabetes do tipo 2, com igual proporção entre mulheres e homens. O diabetes aumenta pelo menos duas vezes o risco de morte prematura e, entre 2012 e 2015, a diabetes foi a causa de morte de 1,5 a 5 milhões a cada ano no mundo, gerando 612 mil milhões de dólares somente em 2014. O Diabetes Mellitus do tipo 1, anteriormente denominado "diabetes insulino-dependente", é caracterizado por baixos níveis plasmáticos de insulina devido à baixa secreção deste hormônio pelo pâncreas. O Diabetes Mellitus do tipo 2, entretanto, é caracterizado por altos níveis plasmáticos de insulina devido às células-alvo não responderem a este hormônio. Explique, sucintamente, o mecanismo de ação da insulina, enfocando o tipo de receptor da insulina e os efeitos nas células-alvo (hepatócitos e células musculares esqueléticas, por exemplo)
A insulina é um hormônio proteico hipoglicemiante liberado pelas células beta do pâncreas endócrino. Seu mecanismo de ação atua da seguinte forma; a estimulação de sua secreção se dará principalmente pelo aumento da concentração de glicose no sangue, porém também é secretada para atuação sobre metabolismo de proteínas e gorduras. Após secretada ela circula livremente na corrente sanguínea com uma meia vida de 6 minutos, logo a porção que não se ligar aos receptores será rapidamente eliminada a circulação. Para exercer função sobre as células alvo a insulina se acopla a receptores de membrana, os quais possuem duas porções, uma alfa e uma beta ligadas por ponte de sulfeto. O hormônio se ligará a porção alfa que se encontra exposta para fora da célula que ao ser ativada, em razão das pontes que as ligam, induzirão a autofosforilação das subunidades beta, que se encontram no interior da célula no citoplasma. Essa autofosforilação ativa a enzima tirosina quinase local, a qual por sua vez leva a fosforilação de diversas outras enzimas intracelulares, entre elas os IRS, substratos do receptor de insulina que agirão sobre diferentes tecidos produzindo os efeitos desejados sobre carboidratos, proteínas e lipídios, sendo o principal a captação de glicose para a célula em questão, isso se dá pois a insulina promove a translocaçãode vesículas intracelulares cheias de transportadores de glicose para a membrana celular onde irão se acoplar e facilitar a captação de glicose para as células. Dos diversos efeitos que a insulina tem sobre células alvo podemos citar, as musculares esqueléticas, as quais em sua presença não dependem apenas da contração muscular para captação de glicose, mas a insulina promove sua entrada em quantidades significativas para a produção de energia. Nas células hepáticas, a insulina promove a captação de glicose para a formação do glicogênio hepático, uma forma de armazenamento glicídico para momentos entre as refeições quando o nível glicêmico baixar o corpo possui reservas que liberem a glicose no sangue e mantenham o equilíbrio de sua concentração. Nas células neurais, o hormônio hipoglicemiante já não possui papel essencial pois tais células são capazes de obter a glicose, sua única fonte de energia, por difusão simples uma vez que suas membranas são permeáveis a tal composto.

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