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IMUNOLOGIA "POR TRÁS DA CLÍNICA" R E S U M O A C A D Ê M I C O - M E D I C I N A G I O V A N N E N O B R E 2 0 2 1 Giovanne Nobre, 3º período - 2021 Resumo Imunologia P1 Imunologia #Órgãos Linfoides O resultado da criança não apresentará alterações significativas, mantendo, por exemplo, valores normais de hemácias, já que estas são produzidas e maturadas na medula óssea. A população de linfócitos T estará bastante reduzida, já que estas células têm seu processo de maturação completado no timo, órgão que, na Síndrome DiGeorge, se apresentará defeituoso. Por fim, a dosagem de Ig se manterá relativamente normal, já que estas são produzidas e secretas pelos plasmócitos, uma diferenciação de LB. A ausência de timo implica na não maturação total de LT, já que esse órgão linfoide primário é responsável por esse processo. Sendo assim, o indivíduo apresentará déficit imunológico, aumentando a susceptibilidade a infecções intracelulares, tendo em vista a atuação do TCD8+ e infecções extracelulares, por inativação dos perfis do TCD4+: TH1, que libera IFNγ e TNF, importante no combate a bactérias intracelulares e vírus, TH2, libera IL-4, IL-5 e IL-13 para combate contra helmintos e TH17 que libera IL-17 contra bactérias extracelulares e fungos. A ausência de determinado órgão linfoide secundário não gera um comprometimento total da imunidade, mas sim uma diminuição de locais para que ocorra a apresentação de antígenos. A síndrome de DiGeorge (SDG) é um exemplo de imunodeficiência primária causada por alterações cromossômicas, o que resulta em alterações na formação do embrião, entre elas a hipoplasia do timo, o que induz a uma maturação defeituosa de LT, levando a números reduzidos ou ausentes na corrente sanguínea. Os indivíduos não eliminam de forma eficaz os patógenos intracelulares, como por exemplo, micobactérias e vírus, mas são capazes de enfrentar as infecções causadas por bactérias extracelulares. No hemograma, apresentará uma linfopenia e, consequente, leucopenia. A dosagem de IgG indicaria a depleção dessas proteínas, visto que há linfócitos B, Bfol, que necessitaria de TCD4+ para ocorre sua maturação de afinidade e transformação em plasmócitos secretores de Ac, como exemplo, o IgG. Porém, não haveria alterações significativas de IgM e IgD, tendo em vista que são Ac naturais que agem como receptores em células B T-independentes, BZM e B1. O baço é importante porque serve como um filtro para captar aqueles antígenos que escapam por apresentação nos linfonodos, caindo na corrente sanguínea. Sendo assim, o baço é um importante local do sistema imune, onde ocorre a apresentação antigênica e combate a esses patógenos. Além disso, o baço produz hemácias, que são capazes de, por meio de receptores do complemento (CR-1), realizar a remoção de imunocomplexos, impedindo seu acúmulo e deposição. Esses são levados para o sistema retículo endotelial do baço para serem destruídos por macrófagos ali presentes e, por fim, é responsável por hemocaterese, ou seja a remoção de células sanguíneas mortas ou lesionadas. A remoção do baço provoca uma baixa de LB, já que o órgão é um grande reservatório dessas células. Assim, a população de células B (B1, Bfol – capaz de gerar memória- e Bzm) foi então reduzida, o que implica em uma baixa produção de imunoglobulinas, visto que elas são secretadas pelos plasmócitos (forma diferenciada das células B). A redução da quantidade de Ig implica numa deficiência de resposta do sistema imune adaptativo, já que todo ele é mediado pela ação dessas Igs. Isso acarreta em uma vulnerabilidade a bactérias encapsuladas, já que estas deveriam ser combatidas por uma resposta imune adapativa; #Leucograma Devido a lesão ocorrida, sendo viável para a proliferação de bactérias, o exame apresentou neutrofilia, visto que os neutrófilos são os primeiros fagócitos a chegarem ao local infeccioso e posterior ação de monócitos, também em maior quantidade, sendo diferenciados em macrófagos para que junto com os neutrófilos tentem fagocitar e destruir a bactéria. Também apresentou granulações tóxicas, ao apresentar polimorfonucleados que realizam processo de degranulação, marcadores de inflamação e o desvio à esquerda, sendo escalonado (ou não) devido ao aumento de neutrófilos jovens, recrutados na tentativa de obter maior ação de combate ao microrganismo. Global de Leucócitos→Leucocitose (inflamação) ou Leucopenia; ↑Bastonetes= desvio à esquerda; ↑Neutrófilos= Infecção bacteriana; ↑Eosinófilo= infecção por helmintos; ↑Basófilo= Alergia inicial; ↑Mastócitos= Infecção crônica; ↑Linfócitos= infecção viral. O Hemograma do paciente apresenta um quadro de baixa de hemoglobina e hemácias, o que reflete diretamente no transporte de O2 no organismo, caracterizando uma anemia e consequente sensação de fraqueza. O Leucograma indica uma leucopenia, ou seja, a baixa de células responsáveis pela defesa imunológica, o que justifica o fato da paciente apresentar infecções recorrentes. Além disso, a contagem de plaquetas refere-se a uma plaquetopenia, explicando o quadro hemorrágico, tendo em vista a importância das plaquetas para a coagulação sanguínea. #Sistema Complemento Os valores séricos de imunoglobulinas M, A e G do paciente encontra- se dentro da normalidade, um indicativo de que no momento não há presença de nenhum tipo de inflamação. As proteínas C3 e C4 também estão dentro da normalidade, porém a C5 encontra-se bem abaixo do desejado. É a proteína C5 que é responsável por clivar a C5 convertase que é responsável, nas três vias do sistema complemento, por ativar a atuação do MAC citolítico. O histórico de duas meningites do paciente pode interferir que, no momento das infecções, o sistema complemento foi afetado a nível de ativação, que provavelmente irá prejudicar a resposta imunológica geral do paciente, já que o SC atua tanto na inata quanto na adaptativa; Caso tenha sido uma bactéria Gram -, o SC seria o responsável pelo reconhecimento da LPS, o que favorece a persistência e novas ocorrências do quadro. O papel do sistema complemento, proteínas produzidas no fígado que vão para a circulação, se dá pela liberação de anafilotoxinas (C3a e C5a) que ligam-se a leucócitos responsáveis por realizar degranulação, principalmente, neutrófilos (enzimas e microbicidas), há também o funcionamento como opsonina, pois a proteína C3b ou C4b se liga ao microrganismo e permite a ação de leucócitos, por exemplo, macrófagos, que possuem receptor de SC, para realizar a fagocitose e liberação de IROS, enzimas lisossomais e NO) e, por fim, a citólise mediada por complemento com a formação do MAC citólítico a partir da junção de C5b com C6, C7 e C8 ligando-se a MP do microrganismo e C9 para a formação desse MAC responsável pela formação de poros na membrana, de forma com que aumente a pressão osmótica e gere a lise celular. O SC pode ser ativado por 3 vias diferentes - Via alternativa ao ligar- se diretamente às moléculas antigênicas em que há a ativação da proteólise de C3 em C3a (anaflotoxina para a resposta inflamatória) e C3b (liga-se ao Ag) por C3-convertase e se liga a componentes de fator B e a formando a C3-convertase que se liga a C3b formando a Giovanne Nobre, 3º período - 2021 Resumo Imunologia C5 convertase que cliva C5 em C5a (inflamação) e C5b (inicia a formação do MAC citolítico ao ligar-se com C6, C7, C8 e C9). Via Clássica - mediada por imunidade humoral, tendo em vista a necessidade de que o Ac esteja diretamente ligado ao Ag para ativar o complexo C1 (q, r e s) atuado em C2 e C4 gerando subprodutos a e b formando C3 convertase e seguindo o mesmo processo da via anterior. Via da lectina - necessita de que a lectina esteja ligada a manose dos microrganismos, podendo ativar a via clássica na ausência de Ac. #ImunizaçãoO processo de imunização está diretamente ligado a imunidade adquirida, visto que, como por exemplo, a amamentação é um tipo de imunidade passiva natural, ao passar anticorpos, mediadores de resposta humoral, IgA pelo colostro do leite materno, além de que durante a gestação também passa-se IgG através do FcRn placentário, sendo assim, capaz de obter uma maior proteção e defesa contra infecções nas mucosas, no entanto, é temporária e não gera memória. De mesmo modo, o leite materno também possui Ag, por exemplo, bacterianos, o que acaba promovendo a imunidade ativa natural devido a exposição ao Ag estranho. Imunidade Ativa - exposição direta ao Ag. Natural - exposição à infecção leva à ação protetiva do próprio sistema imune. Artificial - administração de Ag mortos, atenuados ou toxoides - vacina - ação profilática, lenta e efeito duradouro. Imunidade passiva - Transferência adaptativa de soro (terapêutico, rápido e efeito passageiro) ou Igs (IH) de indivíduos imunizados para aqueles susceptíveis. Natural - IgG pela placenta e IgA pelo colostro. Artificial - Injeção com Igs de indivíduos imunes em infecções agudas e envenenamento, o que permite uma resposta mais rápida e proteção imediata. O desenvolvimento de vacinas com vírus inativados não possibilita a infecção, diferentemente das vacinas com vírus atenuados. Isso ocorre porque microrganismos atenuados podem, caso encontrem um meio propício, ser capazes de infectar o organismo do hospedeiro. Devido a isso, o governo recomenda que as primeiras vacinas sejam usadas vírus inativados, para que o organismo fique mais competente em termos imunológicos e, posteriormente, podendo fazer uso da vacina com vírus atenuado, tendo com exemplo a vacina contra a poliomielite, em que a 1ª dose há o vírus inativado e as outras doses possuem o vírus atenuado. Os adjuvantes são substâncias químicas que são adicionados à composição das vacinas, com a finalidade de potencializar a resposta imunológica através de uma ação, como se fosse um depósito liberando lentamente o antígeno do local onde é efetuada a injeção, disponibilizando pequenas quantidades por um longo período de tempo, e também pelo estímulo direto que induz ao sistema imunológico, com a estimulação da atividade celular e produção de outros componentes que potencializam a resposta imune, como por exemplo, a ativação de macrófagos que vão produzir citocinas; #Inflamação A reação inflamatória aguda inicia-se da imunidade inata com ação de neutrófilos, primeiros a chegarem no local da infecção para fagocitose, ativando também macrófagos, que liberam citocinas pró- inflamatórias (TNF e IL-1) e tendo assim a ativação do endotélio, aumentando a permeabilidade vascular, gerando vasodilatação (rubor), além de recrutar outros leucócitos transmigrando por diapedese para o lume dos vasos, formando o exsudato plasmático e celular (edema), responsáveis por secretar outros mediadores (histaminas e ecosanoides, alem de estímulo da produção de proteínas de fase aguda e do sistema complemento), gerando calor por ação de PGE2 do hipotálamo, além de substâncias algogênicas - PGD2 e bradicina - que estimulam terminações nervosas para provocar a sensação de dor. Caso evolua, pode gerar a perda da função dependendo do grau de lesão do tecido. Após lesionar alguma parte do corpo, tal evento vai desencadear uma resposta inflamatória. Uma das células que vão atuar nessa resposta são os macrófagos. Essas células liberam citocinas, como o TNF-α e o IL-1, que são mediadores inflamatórios. Quando em grande quantidade, essas citocinas são carreadas até o hipotálamo, o termostato do corpo, e induzem a produção de prostaglandinas locais, que atuarão de modo a elevar a temperatura corporal, vasoconstrigindo os vasos e diminuindo a perda de calor do corpo, gerando a febre; Ressalta-se que em respostas inflamatórias, citocinas como IL-1, IL- 12 e TNF-α são produzidas e podem alcançar proporções sistêmicas. Ao atingirem o fígado, este é estimulado a produzir proteínas plasmáticas de fase aguda de infecção, como cininas, sistema de coagulação, proteínas do SC, PCR - marcadora de inflamação aguda, sendo capazes de levar a uma resposta inflamatória mais efetiva, pois funciona como opsonina para fagócitos e é capaz de ativar a via clássica do SC. Diante destes mediadores, em especial o TNF-α, o fígado também é estimulado a realizar a gliconeogênese e glicogenólise, eliminando com rapidez os estoques de glicose no organismo, o que pode acarretar em alterações metabólicas fatais. Vale ressaltar que a PCR está diretamente atrelada a uma resposta pouco específica, pois pode estar aumentada por qualquer tipo de inflamação aguda, mesmo que a clinica predomine outras condições patológicas de maior valor. A vasoplegia é desencadeada pelo grande quantidade de citocinas pró- inflamatórias secretadas por macrófagos, as quais geram ativação do endotélio, aumentando a permeabilidade vascular e consequente vasodilatação sistêmica. A febre foi desencadeada pela liberação de citocinas pirogênicas que estimulam a produção de prostaglandina - PGE2, aumentando permeabilidade vascular e gerando vasodilatação, além de agir no hipotálamo, elevando o termostato, e gerando vasoconstrição cutânea e promovendo um ligeiro aumento da temperatura corporal causando a febre sitêmica. O abscesso é uma coleção de exsudato purulento (microrganismo e células de defesa mortas) encapsulado por membrana piogência internamente à pele ou cavidade após inflamação aguda. A celulite é uma coleção de exsudato purulento (microrganismo e células de defesa mortas) externamente à pele ou cavidade após inflamação aguda gerando processo de cicatrização. A SIRS se dá pelo agravamento de uma resposta inflamatória, gerando infecção generalizada, na maioria dos casos, gerados por bactérias que apresentam maior resistência ao sistema imune, há o aumento de citocinas (IL1, IL-6 e TNF) promovendo vasodilatação, o que gera a vasoplegia e hipotensão, consequentemente, taquicardia compensatória, além disso, há o estímulo de fatores de coagulação que podem levar a trombose e consequente obstrução do vaso. As citocinas, ao caírem na circulação, entram no fígado pela veia porta, há o estímulo da produção de PFA e, consequentemente, com o aumento do consumo metabólico de glicose (glicólise e glicogenólise), leva a hipoglicemia. Tudo isso acaba evoluindo para um quadro de Sepse que atrelado a um choque anafilático (Hiper I) Giovanne Nobre, 3º período - 2021 Resumo Imunologia gera choque hipovolêmico, devido baixa perfusão de O2, podendo levar ao óbito. As citocinas pró-inflamatórias TNF, IL-1 e IL-6 e mediadores pró- inflamatórios (ecosanoides e aminovasoativas), em baixos níveis são utilizadas para ativação do endotélio e recrutamento de leucócitos na inflamação aguda, quando em níveis moderados, atingem a circulação e pela veia porta adentram no fígado e estimulam a produção de PFA, como por exemplo, a PCR - marcador de inflamação aguda, além do estímulo da medula na produção de neutrófilos jovens, caracterizando o desvio à esquerda e atingem o hipotálamo, desencadeando a febre. Em grande quantidade pode gerar a SIRS, resposta inflamatória sistêmica, caracterizada pela vasoplegia e vasodilatação por TNF e IL- 1, gerando taquicardia compensatória; hipoglicemia por aumento da glicólise e gliconeogênese no fígado; e aliados aos estímulos de fatores de coagulação gera a trombose intravascular, tudo isso podendo evoluir para o choque séptico que, aliado ao choque anafilático (hiper I) desencadeia o choque hipovolêmico, com baixa perfusão de O2 e alta de CO2, o que pode desencadear a morte. #MHC - Apresentação e Processamento O MHC-I está presente nas superfícies de células nucleadas e apresenta antígenos ao TCD8+ pela via intracelular - citosólicaou por apresentação cruzada por mecanismo antigênico de evasão dos endossomos. Apresenta cadeia α codificada por genes altamente polimórficos HLA- A, B e C, liga-se ao epítopo pela fenda peptídica fechada em α1 e α2, abrigando de 8-11 aminoácidos e conecta-se ao CD8 por sítio de ligação α3. O MHC II está presente nas superfícies das APCs profissionais e apresenta antígenos ao TCD4+ pela via extracelular - endossómica. Apresenta cadeia α codificada por genes altamente polimórficos HLA- DP, DQ e DR, liga-se ao epítopo pela fenda peptídica aberta em α1 e β1, abrigando cerca de 10-30 aminoácidos e conecta-se ao CD4 por sítio de ligação β2. O processamento via MHC-I ocorre para antígenos intracelulares ou aqueles que escaparam de fagossomos para o citosol por algum mecanismo de evasão, principalmente vírus e células tumorais, ocasionado a apresentação cruzada, então, nessa via citosólica, os Ag proteicos são ubquitinizados, passam por proteossomas que os clivam em peptídeos, que migram por auxilio da TAP para o RE, onde há a formação do MHC-I e via PARE se unem e migram para o complexo de golgi, onde há a formação de vesículas endocíticas que externaliza os Ag na membrana celular para reconhecimento do TCD8+ citolítico que destrói Ag por degranulação de perforinas e granzimas. O processamento via MHC-II - endocítica ocorre para Ag extracelulares que são endocitados e armazenados em fagossomos que se fundem a lisossomos, gerando o fagolisossomo, ligando a fenda RE, onde há a ativação do MHC-II que migra para o golgi migrando por vesículas exocíticas para o endossomo, alem disso, há a ação do CLIP para gerar estabilidade e impedir ligação com Ag de MHC-I, após isso, haverá a externalização na membrana celular e apresentação ao TCD4+, importante no licenciamento de outras células. O MHC está intimamente ligado à efetividade de transplantes de enxertos, mas tendo em visto a alta variação gênica tanto no MHC-I quanto no MHC-II, que além de serem genes codominantes, são polimórficos, demonstra a necessidade de uma alta compatibilidade doardor-receptor. Pois, quando um indivíduo doa um órgão ou tecido, as células T do receptor encontram moléculas de MHC do doador, que por si só já funcionam como potentes imunógenos despertando, na maioria das vezes, respostas muito agressivas, e até mesmo os LT presentes nos órgãos transplantados podem reconhecer o antígenos do organismo do doador, desenvolvendo a rejeição. Sendo assim, deve- se realizar o tratamento com imunossupressor para se evitar respostas de exacerbadas contra de transplantes. A deficiência relacionada à ativação de células imunes pode estar diretamente ligada a seus receptores (TRR - PAMPs e TCR - MHC) ou também pode ser reflexo de erro ou ausência na coestimulação (B7-CD28 e CD40-CD40L). No entanto, como no problema apresentado, a deficiência consiste na falha no reconhecimento, pode- se destacar falha de moléculas de MHC-I, responsável pela apresentação ao TCD8+, consequentemente, haverá uma maior ativação de NK, responsável pela degranulação de componentes citolíticos - perforinas e granzimas. Um fármaco imunosupressor, formado por coinibidor CTLA-4, o qual liga-se com alta afinidade por B7 (apresentado por APCs), induzirá melhora da artrite reumatoide - Hiper III - formação de imunocomplexos nas articulações. Entretanto, tem-se imunosupressão de pacientes tratados com esse tipo de medicamento, uma vez que o processo de apresentação de antígenos aos linfócitos T requer os segundos sinais advindos de coestimuladores para sua ativação, envolvendo a expansão clonal e diferenciação em células efetoras ou de memória. A ausência de T efetoras favorecerá o surgimento de doenças oportunistas, por exemplo o vírus da herpes em estado latente torna-se ativo, além de não haver controle de infecções bacterianas e fúngicas; Os imunossupressores favorecem a instalação de candidíase oral, uma vez que a imunossupressão é baseada em coinibidores - CTLA4, que ligam-se com alta afinidade com B7 na superfície das APCs, impedindo a apresentação adequada para o LT apropriado, pois para que a apresentação ocorra de forma efetiva necessita-se de de 2º sinal, no caso, a ligação de coestimuladores, B7-CD28, estando ausente, os LT não serão ativados e não se diferenciarão em LT efetores, importantes para a defesa de diversas infecções por bactérias, fungos, vírus e helmintos, ou LT de memória. Sendo assim, com o sistema imune não responsivo, o organismo ficará susceptível a doenças oportunistas, como no caso apresentado, a cândida oral. #Ativação de perfis de LT Após a formação do complexo TCR-peptídeo-MHC-II e ligação de coestimulação B7-CD28, o TCD4+ pode diferenciar-se em Programa de citocinas TH1, importante no combate a vírus e bactérias intracelulares, por IL-12 das APCs e prolifera por ação de IL-2 e onde se ligará às células do SI por CD40L-CD40 e há a produção de IFN-γ promovendo o licenciamento de: -M1 para a produção de citocinas inflamatórias (IL-1, IL-12...) e substâncias microbicidas - IROS, NO e enzimas lisossomais. -DC na apresentação clássica ao TCD4+ por aumentar a expressão de B7, na apresentação cruzada ao TCD8+, na recirculação antigênica em que Ag pinocitados por DC são apresentados a LB e na apresentação por CD1 que permite apresentar lipídeos ao TCD8+ de forma indireta. -TCD8+ por licenciamento indireto, TCD4+ ao se ligar ao MHC-II na APC pode liberar IFNγ estimulando a apresentação cruzada ao TCD8+ que se liga à mesma APC por MHC-I. -BFOL na secreção de IgG opsonizantes (1 e 3) e IgM. Após a formação do complexo TCR-peptídeo-MHC-II e ligação de coestimulação B7-CD28, o TCD4+ pode diferenciar-se em Programa de citocinas TH2, importante no combate a helmintos, por IL-4 das APCs e prolifera por ação de IL-2 e onde se ligará às células do SI por CD40L-CD40 e há a produção de IL-4, IL-5 e IL-13 promovendo o licenciamento de: Giovanne Nobre, 3º período - 2021 Resumo Imunologia -Eosinófilos na defesa contra helmintos pela IL-5 por aumentar expressão de FcR para IgE, IgA... e liberar grânulos tóxicos (histamina, leucotrienos, prostaglandina e enzimas, como por exemplo, enzima básica principal e neurotoxinas). -BFOL na secreção de IgE por IL-4 e IgA por IL-5 e IL-4 e o IL-13 também é importante na mucossecreção e no peristaltismo. Após a formação do complexo TCR-peptídeo-MHC-II e ligação de coestimulação B7-CD28, além de 3º sinal por ação de IL-6 e IL-23 das APCs, o TCD4+ pode diferenciar-se em Programa de citocinas TH17, importante no combate fungos e bactérias extracelulares, onde haverá a produção de IL-22 e IL-17 promovendo o licenciamento de: neutrófilos e monócitos no processo inflamatório. O padrão TH2 dos TCD4+ é ativado pela IL-4, afim de produzir ainda mais IL-4. Esse tipo de resposta é a mais eficiente contra helmintos, que é o caso do paciente. As respostas de TH2 são altamente lesivas, o que é necessário, já que se trata de um corpo estranho muito grande. O padrão TH2 iniciará o recrutamento de eosinófilos através da IL-5. Esses leucócitos possuem maior poder de degranulação, que são altamente eficazes em helmintos, podendo, porém, lesionar também as células hospedeiras, já que as enzimas liberadas no momento da sua degranulação são muito tóxicas; O TCD8+ pode ser ativando tanto de forma direta quanto indireta, nesta se dá por meio da ação de TCD4+, o qual se diferencia em perfil TH1, produzindo IFNγ, permitindo o licenciamento de TCD8+, pois agirá nas células dendríticas que realização a apresentação cruzada via MHC-I, lembrando que o TCD4+ também estará ligado diretamente a célula dendrítica pelo MHC-II, sendo assim o TCD8+ se diferenciará em CLT, realizando a degranulação de perforinas e granzimas. #Ativação e maturação de LB Os LB naive são células imaturas produzidas principalmentena medula óssea que ainda não tiveram contato com antígeno, após isso, com a expressão do BCR poderá reconhecer o antígeno e, caso for BFOl, apresentá-lo ao TCD4+, para sua maturação de afinidade no folículos linfoides secundários, tornando-se LB maduros, após isso, haverá ação dos perfil TH1 liberando IFN-γ para a diferenciação em plasmócitos secretores de IgG e IgM ou TH2 liberando IL-4, IL-5 e IL-13 para a produção de IgA e IgE. Caso não tenha a diferenciação em células efetoras e consequente não produção de anticorpos, essas células tornam-se LB de memórias que são quiescentes e ficam recirculantes no sangue para que, em uma 2ª resposta, tenham uma ação mais rápida e efetiva. Sendo assim, devido a maior maturação e resposta mais eficaz utilizam-se células de memória em vacinas ao estimular produção mais rápida de Ac. A maturação de afinidade de linfócitos B ocorre para permitir que o sistema imune tenha uma resposta mais efetiva mediada por anticorpos (imunidade humoral). Inicialmente, As células Bfol, presente no folículo linfoide secundário, são APCs, as quais apresentarão o antígeno para o TCD4+, transformado em perfil TH1, o qual permitirá o licenciamento de BFOL por ação de IFNγ e CD40- L, ela migrará para o centro germinativo, permitindo diferenciação e expansão clonal, após isso, receberá sinais de sobrevida de CDFOL para os linfócitos com maior afinidade, permitindo mutações somáticas em seus receptores para que sejam selecionadas, indo da zona escura para a zona clara, ao apresentar maior afinidade ao antígeno, diferenciando-se em plasmócitos secretores de Ac. #Tolerânca imunológica A Tolerância Imunológica consiste na não reação de linfócitos a Ag próprios. Na Tolerância Central, que ocorre nos órgãos linfoides primários, há a seleção - para LT e LB que reagem com Ag próprios ou ubíquos produzidos por AIRE. No caso de LB, pode haver a edição de receptor para mudança de especificidade e, assim como LT, sofrerá apoptose se houver receptor lingando-se com alta afinidade com os Ag próprios por ação de moléculas de morte: CTLA4, Faz ligando ao FasL e PD1. Na Tolerância Periférica, que ocorre nos órgãos linfoides secundários, há a seleção + para LT e LB que escaparam da tolerância central. No caso de LT autorreativo, não haverá a ação de coestimulador, devido ação da molécula inibitória de coestimulação, a CTLA4 e, no caso de LB autorreativo, se for T-dependente, apresentará falhas na apresentação e consequente irresponsividade sofrendo assim, processo de anergia e posterior apoptose se ainda for autorreativo. A imagem representa o processo de seleção de LT que ocorre no timo. Ao ser produzido na medula, o LT é duplo -, migrando para o timo. No córtex, a célula é duplo +, ou seja, possui tanto CD8 quanto CD4. A partir de testes por meio da seleção +, verifica-se a reatividade do LT ao MHC para escolher o marcador de superfície adequado (CD4 para MHC-II e CD8 para MHC-II) tornando se monopositivo, os quais migram para a medula e são apresentados aos Ag ubíquos derivados da proteína AIRE, sendo assim, os que não reagirem irão para a circulação e os autorreativos serão induzidos a apoptose. Na seleção de LT, são apresentados Ag próprios, se apresentar afinidade serão selecionados negativamente. Porém, alguns Ag ficam em regiões não acessíveis ao SI, sendo que pode haver LT reativos a eles. Na vasectomia, por romper a barreira hemato-testicular, expondo os espermatozoides e ocasionando resposta do SI p/ sua destruição. #Transplantes e rejeição Na apresentação direta, o MHC alogênico é apresentado intacto, devido similaridade com MHC próprio, ao TCR, por células dendríticas do doador por reação cruzada. Na apresentação indireta, os peptídeos do MHC alogênico serão processados e apresentados como antígeno comum pelas APCs do receptor para o TCD4+ do receptor, ou seja, na indireta não tem ativação de TCD8, já que não tem como reconhecer o MHC próprio do receptor e necessitaria da apresentação cruzada para ser ativado. No caso apresentado, pode-se referir a uma rejeição hiperaguda, nos primeiros dias, por Hiper II mediada por Ac (IgM ou por IgG, após exposição prévia) do hospedeiro se ligam aos antígenos do doador. Isso leva à ativação do Sistema Complemento, que resultam na lesão endotelial. Além disso, aumentam-se os níveis de fatores de agregação plaquetária, o que resulta em trombose intravascular, evoluindo para uma lesão isquêmica irreversível. O reconhecimento indireto de transplantes é feito quando a células dendríticas do receptor reconhece o MHC alogênico-peptídeo da superfície das células do doador, ocorrendo o processamento e a apresentação cruzada, quando os Ag são capazes de escapar dos fagossomos para o citosol, via MHC-I ao TCD8+, que se prolifera e se transforma em células de memória ou em CTL, citólise por meio da degranulação de perforinas, gerando poros nas células e permitindo a entrada de granzimas, as quais promovem a lesão celular e consequente apoptose, responsável por gerar resposta de Hiper IV, caso ocorra rejeição aguda do aloenxerto, após cerca de 1 semana, Hiper IV, promoverá lesão no parênquima do enxerto. Sendo estimulado a degranular suas toxinas, levando a uma necrose Giovanne Nobre, 3º período - 2021 Resumo Imunologia parenquimatosa do enxerto. Além disso, pode haver trombose intravascular. A rejeição crônica, de 6 meses a 1 ano, é caracterizada por vasculopatia, principalmente uma ateroesclerose acelerada, que leva à oclusão arterial, causando um dano isquêmico. Sendo o mecanismo Hiper IV, mediada por TCD4+ que secretará citocinas que irão estimular os macrófagos a secretarem citocinas, como o TGF-β, que vão levar à proliferação de células vasculares e da musculatura lisa e Fator de crescimento de plaquetas, gerando a fibrose. Isso, em um longo intervalo de tempo, leva à ateroesclerose acelerada com oclusão arterial. Além disso, secreções de fatores de agregação plaquetária podem agravar o quadro. O uso de corticoesteroides nos transplantes se dá pelo fato de gerar imunossupressão ao apresentar características anti-inflamatórias, ao ser capaz de inibir a ação de citocinas pró-inflamatórias como TNF e IL-1, mediadores lipídicos, como as prostaglandinas e outros componentes da inflamação como IROS, NO, entre outros. Dessa forma, acaba diminuindo a resposta inflamatória do aloenxerto, evitando assim a rejeição do órgão ou tecido transplantado. No entanto, essa imunossupressão facilita a ação de doenças oportunistas ao dificultar a resposta inflamatória do SI contra diversos patógenos. A Doença do Enxerto x Hospedeiro consiste na reação de LT maduros do doador x aloantígenos do receptor, por exemplo, comum em transplantes de medula óssea e órgãos sólidos, que possuem alta quantidade de LT. Em fase aguda, gera morte epitelial e em fase crônica, fibrose e atrofia, o que pode levar a uma imunodeficiência pós-transplante, aumentando a susceptibilidade a infecções, vale ressaltar que tanto para prevenção quanto para tratamento faz-se o uso de imunossupressão para evitar resposta exacerbada do órgão contra o organismo ou vice-versa. #Hiper I - Imediata - Alergia e helmintos - IgE Ao ter o contato com o alérgeno, responsável por desencadear a crise asmática relatada no caso, gerou o mecanismo de hipersensiblidade imediata - tipo I, sendo que haverá a ação de principalmente IgE, ligando-se a superfície de mastócitos, basófilos e posteriormente eosinófilos (licenciado por IL-5 do perfil TH2), os quais liberam conteúdos de degranualção, por exemplo, mediadores lipídicos como a prostaglandina e leucotrienos (aumenta permeabilidade vascular e gera vasodilatação) e a histamina, vasodilatadora e broncoconstritora, ocasionando a dispineia, obstrução da passagem de ar pelos brônquios por IgA estimular hipersecreçãomucosa, lesão tecidual e febre. O tratamento pode ser feito com broncodilatoadores e corticoides, responsável por inibir citocinas inflamatórias e via da Fosfolipase A2 que converte ác aracdônico em prostaglandinas. Na resposta contra parasitas helmintos, inicialmente há a apresentação da APC para o TCD4+, transformando-se no perfil TH2, responsável pelo licenciamento de Bfol por IL-4 para a secreção de principalmente IgE, em um 2º contato, vários IgE se ligam a superfície de mastócitos, basófilos e posteriormente eosinófilos (perfil TH2 liberando IL-5) por ligação cruzada, os quais liberam conteúdos de degranulação - aminas vasoativas e ecosanoides responsáveis por vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e estimulam a ação de outras células para a secreção de citocinas pró-inflamatórias. A alergia a toxina inoculada pela abelha pode ser explicada pela Hiper I - imediata, onde o alérgeno se liga de forma cruzada aos receptores de IgE presentes nos mastócitos, basófilos realizando degranulação - fase imediata - sensibilização e irritabilidade e, estimulando a degranulação de histamina e ecosanoides, os quais promovem a vasodilatação e a broncoconstrição, além de ação de eosinófilos na fase tardia degranulando os mesmo componente e enzimas própria, por exemplo, enzima básica principal, justificando os sintomas apresentados. O choque anafilático caracteriza-se por decorrência de uma resposta sistêmica de hipersensibilidade I - imediata, mediada por IgE, em que há a ação de mastócitos, basófilos e posteriormente eosinófilos (licenciado por IL-5 do perfil TH2), os quais liberam conteúdos de degranualação, mediadores lipídicos (leucotrienos e prostaglandinas) e aminovasoativas (histamina), responsáveis por vasodilatação responsável por taquicardia compensatória; exsudação plasmática, gerando edema, por exemplo, na glote, além da broncoconstrição, impedindo a respiração; diminuição da PA, levando a anafilaxia, sendo necessário a administração de adrenalina intravenosa por ser vasoconstritora e broncodilatadora e de anti-histamínicos e corticosteroides como complementares. #Hiper II - mediada por IgG e IgM Na rejeição hiperaguda de transfusão sanguínea, Hiper II, mediada por anticorpo, pode ocorrer tanto pelo ABO incompatível, sistema glicídico, possuindo ou não Ag A e/ou B, reconhecido de modo cruzado por IgM presentes nas membranas de BZM e B1 (T- independentes), funcionando como BCR, estimulando a diferenciação em plasmócitos secretores de IgM, provocando a reação transfuncional - hemoaglutinação e hemólise das hemácias do doador por ativar SC para formar MAC. Caso a incompatibilidade esteja associada ao RH, sistema proteico reconhecido por BFOL (T- dependente) terá resposta mais efetiva por sofrer processo de maturação de afinidade e poder desenvolver células de memória. Além disso, a rejeição pode ocorrer por apresentação direta, em que as APCs do doador apresentam o antígeno ao TCD4 via MHC-II ou indireta via MHC-I pelo TCD8, sem necessidade de APC. Porém, quando esta ocorre, temos a chamada apresentação cruzada, feita exclusivamente para o TCD8+ que se diferenciam em CLT, ajudando a lesar o tecido. Após sequelas de infecções faríngeas recorrentes, por exemplo, pelo uso exacerbado de antibiótico pode gerar maior resistência bacteriana, podendo provocar a febre reumática que pode ser explicada pelo mecanismo hiper II, mediado por Ac, por mimetismo molecular, visto que a Ac pode reconhecer prot M da PC da estreptococos pyogenis (βhemolíticos), mas também pode fazer reação cruzada com proteína presente no miocárdio, se depositando no coração e provocando endocardite bacteriana. Devido ao acúmulo de espermatozoides e maior tempo de contato em um local não imuno privilegiado, o organismo passar a reconhecer esses espermatozoides como partículas estranhas. Essas partículas estranhas serão processadas por APCs e apresentadas ao linfócito TCD4+ que vai ser responsável por produzir citocinas que ativarão os LB e os estimularão a tornarem-se plasmócitos, secretores de anticorpos específicos ao antígeno que estimulou, inicialmente, a resposta imunológica, nesse caso, o autoanticorpo. Caso os antígenos sejam polissacarídeos ou lipídeos, a ativação dos LB será independente de linfócitos T e acontecerá por ligação cruzada. Os anticorpos produzidos atacarão os espermas e induzirão apoptose, seja por ligação a leucócitos ou ativação do complemento. Esses acontecimentos são típicos da HIPER II; Os mecanismos envolvidos na DHRN pertencem à HIPER II, sendo o mecanismo de dano aos anticopos IgG da mãe, que ultrapassam a membrana placentária através de receptores e, consequentemente, atingindo o feto. O IgG na circulação fetal pode funcionar como Giovanne Nobre, 3º período - 2021 Resumo Imunologia opsonina, recobrindo a superfície das hemácias fetais. Essas opsoninas serão reconhecidas por macrófagos, que como resposta efetora realizarão a fagocitose do antígeno opsonisando, além de liberarem citocinas inflamatórias, como TNF-α, IL-1 e IL-12, responsáveis por ativar o endotélio, recrutando e ativando neutrófilos que também passam a realizar a fagocitose, assim como degranulação de conteúdos citoplasmáticos sobre as hemácias fetais. Outra consequência da opsonização por IgG é a citotoxicidade celular mediada por anticorpos (ADCC), mecanismo de ação das células NK, que como resposta efetora promove a degranulação, com liberação de perforinas e granzimas, as quais levam ao desequilíbrio iônico no interior das hemácias fetais, com posterior lise; #Hiper III - Imunocomplexos Após sequelas de infecção da pele ou da garganta com sorotipos de estreptococos β-hemolíticos podem formar complexos imunes com o antígeno bacteriano que pode ser depositado nos glomérulos renais, visto que é um local que recebe alta pressão sanguínea, podendo gerar Glomerulonefrite pós-estreptocócica -Hiper III. A remoção de imunocomplexos pode ocorrer de forma direta ou indireta, a 1ª tem a ação de fagócitos com receptores de Fc de Ac opsonizante, o que não for removido por fagocitose, haverá a ação de eritrócitos e plaquetas que deixarão os complexos mais solúveis que se ligarão ao SC e irão para o Sistema Reticuloepitelial do baço ou do fígado, onde será poderá realizar a remoção por ação de Mθ presentes. A Lupus Eritematosa Sistêmica é doença autoimune que possui autoainticorpos contra componentes do núcleo de células, formando assim imunocomplexos que, quando não são removidos, acumulam em locais de maior PA, depositando em articulações, glomérulos renais, pele e vasos sanguíneos, gerando inflamação a nível sistêmico. #Hiper IV -Tardia – mediada por célula (TCD4+ e TCD8+) DM I pode ser explicado pelo mecanismo de HIPER IV, em que após o primeiro contato (Sensibilização), os LT de memória, através do perfil TH1, vão licenciar células dendríticas que, por apresentação cruzada (via MHC-I), apresentarão aos TCD8, causando lise nas células β-pancreáticas por liberação de enzimas citolíticas. A dermatite de contato pode ser explicada pela Hiper IV - Tardia em que há a presença de TCD4+ diferenciados em TH1 induzido pelo Ag, tendo a liberação de IFNγ, agindo sobre macrófagos, estimulando a liberação de IL-1 e TNF, desencadeando uma resposta inflamatória, o que justifica a formação das pápulas eritematosas apresentadas pela paciente. A Tuberculose é um tipo de Hiper IV em que a bactéria intracelular M. tuberculosis entra pelas vias aéreas e aloja-se nos pulmões desencadeando inflamação mediada por citocinas de macrófagos, que tentam fagocitar o micróbio, porém, eles podem sobreviver em fagócitos, pois componentes da parede celular inibem fusão dos fagolisossômica. Entretanto, atingem linfonodos de drenagem e ativam TCD4+ que se transforma em TH1 p/ licenciamento de novos macrófagos,que possuem maior capacidade de realizar a fagocitose desse antígeno. No entanto, a ativação prolongada de células T leva à formação de granulomas, que podem cercar as bactérias e são associadas a necrose central - caseosa, que é causada por produtos de macrófagos tais como IROS, NO e enzimas lisossomais, além de liberar PGF-β recrutando fibroblastos p/ fibrose, o que gera lesão tecidual. A presença de macrófagos, células T e células de langerhans demonstram a presença de resposta imune celular; a presença de fibroblastos, a reparação tecidual por fibrose e a presença de parasitas, a persistência da infecção, formando o granuloma sendo típico de inflamação crônica para tentar combater o Ag. Isso marca a hipersensibilidade tardia - tipo IV. Tal fato indica a formação de células TCD4+ diferenciadas em perfil TH2, por IFNγ, licenciando macrófagos crônicos de via alternativa diferenciados em graus de celularidades - epitelioides e gigantoides, secretando TNF para a necrose e PGF na tentativa de reparo por fibrose, mas consequente destruição. #Bactérias As bactérias Gram – possuem uma parede de peptídeoglicano e uma membrana externa que a recobre, diferentemente das Gram+. O espaço entre essas duas paredes permite que as – desenvolvam um mecanismo de toxicidade mesmo após sua morte. No caso clínico apresentado, o antibiótico bactericida matou as bactérias, porém, estas liberaram as endotoxinas da LPS que estavam em seu interior, o que aumentou os sintomas apresentados pela criança. Assim que a toxicidade foi combatida e não havia mais bactéria no organismo da criança, a patologia cessou. As Gram- apresentam LPS em sua membrana externa da parede celular, dentre os componentes da LPS têm-se o lipídio A, endotoxina liberada quando a célula for destruída, promovendo liberação de mediadores da inflamação - citocinas liberadas por macrófagos e estimulação de COX para converter ác aracdônico em prostaglandinas, assim como ativação de proteínas de fase aguda e SC, o que acaba acarretando em sintomas sistêmicos, como por exemplo, febre, fraqueza, dores, podendo evoluir para um choque séptico por disseminação bacteriana e, consequente, excesso de ativação de citocinas gerando colapso circulatório e coagulação intravascular. As Gram- são mais resistentes a antibióticos como a penicilina, mas são degradados por antibióticos β-lactâmicos auxiliados por EDTA, capaz de enfraquecer sua membrana externa e gerar poros na camada peptídeoglicana de sua parede celular. As Gram+, que apresentam parede celular grossa formada por várias camadas peptídeoglicanas com ác teitoicos, são as principais responsáveis pela secreção de exotoxinas, afetando as estruturas do organismo de forma mais específica, vale ressaltar que essas exotoxinas podem ser alteradas, transformando em toxoides, os quais podem ser utilizados em vacinas para ativação de antitoxinas no organismo para criar uma memória imunológica. As gram+ são sensíveis aos antibióticos como a penicilina, que ataca diretamente a parede celular, afetando a ponte cruzada das cadeias laterais das camadas peptídeoglicanas. Aminoglicosídeos - inibidores da síntese proteica (por alterações do RNAm e nas partes 30s e 50s ribossômicas). Inibidores da síntese de ác nucleicos (impede proliferação do material genético) e Inibidores da síntese de metabólitos essenciais. Os antibióticos β-lactâmicos impedem a formação de ligação cruzada entre os peptídeos durante a formação do peptídeoglicano, funcionando como transpeptidases, impedindo a associação dos peptídeos NAG. Além disso, aumentam a ação de autolisinas, enzimas que clivam as ligações entre polissacarídeos para adição de NAG e NAM. Como esse processo ocorre de modo desregulado, a parede celular bacteriana não será formada de modo eficiente. Há também os antibióticos pertubadores de membrana plasmática, Giovanne Nobre, 3º período - 2021 Resumo Imunologia A paciente, ao apresentar quadro clínico característico de infecção urinária, poliúria disúria e micção frequente, deverá ser solicitado exame de urina e gram em gota. No caso da paciente, é necessário que faça devida higienização vaginal, devido a própria microbiota possuir bactérias gram+, bacilos de doderlein, e, além disso, caso tenha secreção vaginal, apresentará camadas de epitélios na amostra, o que dificulta a realização do teste, sendo necessário fazer nova coleta. Com relação, ao uso de gram em gota, é necessário para saber qual antibiótico deverá ser usado, visto que gram + e - apresentam diferenças na constituição da parede celular. Poderia ser utilizado o exame de urocultura aliado ao antibiograma, ao coletar a urina da paciente, coloca-se as amostras bacterianas em placas de petri, em um meio de cultura favorável para a sua proliferação - difusão em Agar e, logo após, utiliza-se diferentes antibióticos para saber se apresenta halo de inibição - método de diluição, demonstrado a sensibilidade ou resistência bacteriana a determinado antibiótico, detectando a medicação mais adequada e utilizando o método da diluição para saber a melhor concentração indicada no tratamento. O principal mecanismo de patogenicidade bacteriano utilizado por este microrganismo foi a presença de fímbrias, que possue proteína pilina, altamente modificáveis que possibilitam tanto a adesão da bactéria no trato genitourinário da paciente como também a comunicação entre as bactérias ali presentes, possibilitando a troca de material genético e reprodução por conjugação. Bactérias com cápsulas ricas em polissacarídeos resistem à fagocitose e contêm resíduos de ácido siálico inibem ativação do sistema complemento pela via alternativa, o que dificulta sua eliminação. Aliado ao uso de imunossupressores, aumenta a virulência e a capacidade de gerar a doença, podendo apresentar cronicidade devido a persistência da infecção, ativando a via alternativa de macrófagos, secretores de substâncias anti-inflamatórios, IL-10 e PGF, gerando necrose e recrutando fibroblastos, promovendo a fibrose, caracterizando a formação de granuloma em torno dessas bactérias, típicos de infecções persistentes. O uso de dipirona leva a agranulocitose, ou seja, impede a degranulação de substâncias microbicidas por Nθ, Eθ e Bθ, gerando imunossupressão e possibilitando, por exemplo, a ação de fungos oportunistas. A meningite pode ser causada tanto por infecção bacteriana quanto virótica, sendo feita a punção do liquor cefalorraquidiano para a distinção, pois no caso da bacteriana, o liquor apresentará aspecto turvo, pelo aumento de células brancas, além disso nos exames solicitados apresentará alta de polimorfonucleados, proncipalmente neutrófilos, e proteínas de fase aguda para processo inflamatório e maior consumo metabólico de glicose gerando glicemia. No caso da meningite virótica, o liquor se apresentará límpido pela presença de O2, tendo em vista que o vírus é um parasita intracelular obrigatório de células aeróbias, e os exames com aumento de mononucleados, NK e linfócitos T, porém proteína de fase aguda e glicemia mantêm-se sem alterações significativas. #Vírus O vírus do HIV esconde seus sítios de ligação em “dobras”, os quais fazem ligação específica com o marcador de superfície CD4 que alcança esse local e se liga ao vírus, tendo a resposta mediada por celular. No entanto, por ser o responsável por essa resposta, haverá uma sobrecarga de TCD4+ e aliado a alta virulência, principalmente, por elevada taxa de alterações antigênicas desse vírus, gerará alta destruição dessas células e até mesmo ação de TCD8+ promovendo a lise dessa célula infectada. Tudo isso, acarreta na imunodeficiência, permitindo ação de doenças oportunista, tendo em vista que os Perfis TH1 contra vírus e bactérias intracelulares, TH2 contra helmintos e TH17 contra fungos e bactérias extracelulares.Em doenças virais, para reconhecer esse antígeno viral, terá uma apresentação via MHC-I, expresso por qualquer célula nucleada ou via célula dendrítica por apresentação cruzada. A principal célula linfocitária no combate viral é o TCD8+, ativado em sua forma citotóxica e o perfil TH1 dos TCD4+, que vão atuar liberando IFN-λ, atuando na formulação de um estado antiviral. A resposta efetora do TCD8 se dá pela liberação de perforinas e granzimas. Assim como haverá o estímulos de NK devido produção de IFN-I pelas células infectadas, tendo mecanismo efetor análogo ao do TCD8+. #Fungos A partir do uso de antibióticos, inicialmente de amplo espectro, para o tratamento da infecção urinária, gera a depleção da microbiota natural, aliado ao estresse demonstrado pela paciente, sendo que a liberação de cortisol é imunossupressora, facilita a ação de doenças oportunistas, tendo como, por exemplo, a candidiase, que afeta principalmente o trato urogenital, ligando-se por suas pseudo-hifas as células parietais e possuindo protease e lípases que auxiliam no aumento de sua virulência. Apresentando no exame de urina rotina a presenças de leverudiformes e pseudo-hifas, além de apresentar sintomas de ardência e corrimento esbranquiçado. *A penetração da faca no organismo ativará o sistema imunológico, reconhecendo-a como Ag, de forma que haverá inicialmente a ação de células fagocitárias, Nθ e Mθ, as quais não conseguirão realizar a fagocitose, devido tamanho exacerbado desse Ag, sendo assim, haverá o estímulo para outras células que realizam degranulação, como a NK, representando a imunidade inata, ativada na ausência de MHC-I e TCD8+, a qual necessita de apresentação via MHC-I para ser ativada, ambas, quando ativadas, realizam a degranulação de perforinas, que criam poros na superfície das células infectadas, permitindo a entrada de granzimas que desencadeiam desequilíbrio iônico e consequente lise celular. Bactérias Vírus Fungos SII Extra - LPS -↑- via da lectina do SC p/ → MAC e opsonina p/ Mθ. Intra - IFN- I de c. infectadas -↑- NK e IFNγ de TH1 -↑- Mθ. IFN- I de células infectadas ativam NK Nθ - por dectina fungicidas IROS, enz lisoss e fagocitose. SIA Extra - IH - Ac de BZM e B1 p/ PC polissac. e Bfol p/ proteico, Neutraliza e opsoniza, induz TH17 e se fagicitado, TH1-↑- fagócitos→IROS e PFA. Intra - TCD4 em TH1 com IFNγ p/ -↑- fagócitos microbicidas - hiper IV- granuloma. IH - Ac liga-se ao envelope ou Ag do capsídeo- neutraliza e opsoniza p/ SC - MAC na MP Plip e - ↑- Mθ. TH1 → IFNγ licenciando TCD8+ com nucleases, perforina e granzima IMC - TH1 protegendo de fungos intra e TH17 recruta Nθ e monócitos. Fuga Extra - Variação Ag, inibe SC, cápsula resite a fagocitose. Intra - inibe fagolisoss. Endósporos - vive no fagócito, resiste a T e P β-lactamase, biofilmes, endo e exotoxinas. Bloqueio da via de MHC-I, Variação Ag, receptor inibe NK, citocinas antagônicas. Toxina x síntese prot, cápsula, resiste a anti- fúngicos.
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