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ANTI – HISTAMÍNICOS Resumo por: Denise Ramos Pacheco Profa. Celene Maria de Oliveira Simões Alves Medicina Veterinária – UFU. • Reduzem ação da histamina. • Duas classes principais: ANTAGONISTAS H1 (anti-histamínicos, anti-alérgicos) / ANTAGONISTAS H2. • Antagonistas H1 → tratamento de reações inflamatórias e alérgicas. • Fármacos antagonistas competitivos reversíveis. • De primeira e segunda geração. • Antagonistas H2 → redutores de acidez gástrica, diminuem secreção de HCL (usados para tratar doenças ácido-pépticas). • Fármacos antagonistas competitivos reversíveis. • Não há antagonistas H3 ou H4 aprovados para uso clínico! • ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H1: USOS CLÍNICOS: • Tratamento de várias reações de hipersensibilidade (alergias) -> prurido alérgico no cão (dermatite atópica canina) e no gato; rinite alérgica e urticária; picadas de insetos; coadjuvantes da epinefrina em reações de hipersensibilidade grave. • Anti-histamínicos + corticoesteroides: redução da dose do AIE. • Antieméticos (dramin-dimenidrinato, meclizina). • Sedativos de curta duração (difenidramina). Antagonistas H1: Cimegripe / benegripe / resfenol / claritin / allegra / fenilefrina / fluviral / loratadina Alerflam: clorfeniralima -> anti-histamínico • Sonolência: efeito adverso -> de primeira geração -> atravessam barreira hemato-encefálica e agem no SNC. • Os de segunda geração não atravessam a barreira, e por isso não causam sono. • 1ª geração → clorfeniramina (polaramine), prometazina (fenergan), difenidramina (benalet). • 2ª geração → loratadina (claritin), cetirizina, fexofenadina. • Os de 1 geração são os “sedativos”. Em superdosagem, estimulam o SNC: inquietação, nervosismo, insônia. Em dosagem terapêutica, causam depressão central (sonolência, diminui tempo de reação, diminui atenção). • Os de 2 geração são os “não-sedativos” • Efeitos farmacológicos dos antagonistas do receptor H1 (anti-histamínicos): • Só anti-histamínico não é suficiente para reverter broncoconstrição, precisa associar com outro • Inibe vasodilatação causada pela histamina. • Reduz o aumento de permeabilidade vascular (gripe, rinite alérgica -> previne edema nas conchas nasais, aumento de volume da mucosa). • Inibe formação de edema e prurido. • Inibe secreções salivares, lacrimais. • Diminui atenção, causa sonolência (1 geração), estimula apetite (aumento de peso). • Efeitos antieméticos (vômito) e sedativo. VÔMITO → desencadeado e controlado por centro no SNC, região medular-bulbar (centro do vômito). Ela recebe fibras neurais de vários locais. Além dele, há outros 2 núcleos neuronais (núcleo vestibular: estímulos do ouvido interno, e zona do gatilho dos quimiorreceptores – ZGQ). Centro do vômito: recebe estímulos de dor, visão, olfato (regiões corticais), a partir de aferentes vagais (fibras neuronais do TGI) -> alimentos ou medicamentos irritantes na mucosa gástrica (leva, informações aferentes até o SNC). Exemplo: quimioterápicos; comunicação com a ZGQ, que recebe estímulos e conduz ao centro do vômito; estímulos que vem do ouvido interno se comunicam com a ZGQ e vai para o centro do vômito. ZGQ: não tem barreira muito seletiva, igual a barreira hemato-encefálica (substancias que não atravessam e estimulam a ZGQ -> agentes citotóxicos para tratamento de câncer). Substâncias neuronais (NT) envolvidos nesse circuito: 5-HT3 (serotonina, receptor); D2 (receptor para dopamina); M1 (receptor muscarínico tipo 1), CB1 (receptor para canabinóides enógenos, anandamida), H1 (receptor para histamina); NK1 (receptor para substância P). NT: dopamina, Ach, endocanabinóides, substância P, opióides endógenos, histamina, serotonina. Náusea e vômito causados por movimento → CINETOSE. Anti-histamínicos que atravessam barreira hemato-encefálica podem ser usados como anti-eméticos, mas também causam efeito sedativo (sonolência) -> exemplo: dramin. Fonte: Celene Maria de Oliveira Simões Alves. Fonte: Celene Maria de Oliveira Simões Alves. ANTI-HISTAMÍNICO É USADO COMO COADJUVANTE PARA REAÇÕES ANAFILÁTICAS: • Edema de glote. • Hipotensão (diminui resistência vascular periférica – RVP). • Broncoconstrição (musculo liso bronquico não recebe inervação simpática – liberação de noradrenalina – mas tem receptores adrenérgicos (beta2) → beta2 (B2) (Gs): ativa adenilato ciclase, AMPc, PKA, fosforila QCLM, inibe, relaxamento vascular). O musculo liso bronquico tem receptores H1 também. • Desgranulação mastocitária. Se existirem as seguintes opções de medicamentos: ADRENALINA NORADRENALINA ISOPROTERENOL (ISOPRENALINA) ANTI-HISTAMÍNICO • Para a broncoconstrição: • Adrenalina é broncodilatadora (receptor adrenérgico A (alfa) ou B (beta) -> B1, B2, B3/ A1, A2). • Noradrenalina é agonista B1, também é broncodilatadora, mas os receptores B2 do músculo liso brônquico não tem afinidade com a noradrenalina, então, não usa ela para broncoconstrição. • isoproterenol é catecolamina sintética, agonista em B2, portanto reverte a broncoconstrição. • anti-histamínico é agonista H1, mas é pouco eficaz na broncodilatação, então não reverte broncoconstrição. • então, para a broncoconstrição, o ideal é usar adrenalina ou isoproterenol. • adrenalina é agente simpático mimético não seletivo, pois é agonista em vários receptores -> adrenalina é catecolamina circulante produzida pela adrenal, tem afininidade com receptor B2. • para a hipotensão: vasodilatação. • há diminuição da resistência vascular periférica (arteríolas) -> relaxamento musculatura lisa vascular -> vasodilatação -> diminuição da pressão arterial. • PA = RVP x DC • Na musculatura lisa vascular, tem receptores A1 e A2. • Adrenalina e noradrenalina são vasoconstritores. • A1: ativa sistema efetor da fosfolipase CB (beta) (Gq/G11) -> PLCB (beta) -> aumenta Ca2+ -> contração muscular / A2 (Gi) -> subunidade beta-gama -> ativa PLCB -> vasoconstrição. • Isoproterenol NÃO, não é agonista em alfa adrenérgico, só em B2 e B1. • Para edema de glote: tem que diminuir o fluxo sanguíneo. • Adrenalina resolve, noradrenalina resolve, isoproterenol não resolve. • Para desgranulação mastocitária: histamina, prostanóides (prostaglandina), leucotrienos. Tem que diminuir a desgranulação. • Mastócitos: tem receptores B2 na sua superfície, e um agonista nele inibe a desgranulação mastocitária. • Adrenalina resolve, noradrenalina não, isoproterenol resolve. • Portanto, a adrenalina consegue reverter TODOS os efeitos!!! • ANTI-HISTAMÍNICO: diminui a vasodilatação, auxilia na vasoconstrição (hipotensão), atua +/- na broncoconstrição, não inibe desgranulação mastocitária, só as ações da histamina depois de liberada. ADRENALINA NORADRENALINA ISOPROTERENOL ANTI- HISTAMÍNICO EDEMA DE GLOTE OK OK NÃO OK HIPOTENSÃO (queda RVP) OK OK NÃO OK BRONCOCONSTRIÇÃO OK NÃO OK +/- DESGRANULAÇÃO MASTOCITÁRIA OK NÃO OK NÃO Anti-histamínico sozinho não é eficaz para reverter, adrenalina sozinha reverte!!! EFEITOS ADVERSOS ANTI-HISTAMÍNICOS • SEDAÇÃO (1ª geração). • 1ª GERAÇÃO: TONTURAS, PERDA DA COORDENAÇÃO (receptores H1 nas zonas corticais). • AUMENTO DO APETITE. • CONSTIPAÇÃO INTESTINAL (contração do M.Liso TGI). • ALGUNS DE 1ª GERAÇÃO SÃO ANTAGONISTAS EM RECEPTORES MUSCARÍNICOS -> ressecamento da boca, pele, retenção urinária (Ach em receptores muscarínicos principalmente M3, em m. Liso e tecido granular, há aumento da secreção lacrimal, nasal, sebáceas, sudoríparas, salivares), estimula micção (contração musculatura da bexiga). • DERMATITE ALÉRGICA (hipersensibilidade) -> alergia ao princípio ativo do anti-histamínico. • EFEITO TERATOGÊNICOS EM LACTANTES (animais) -> efeitos sobre a prole. • INTERFEREM EM TESTES CUTÂNEOS (imuno), para testar alergia.
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