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Assistência ao Recém-Nascido

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RECÉM-RECÉM-
NASCIDONASCIDO
Classificação do RN, triagem e cuidados no pós-
parto do RN e puérpera. 
O preparo para atender o RN na sala de parto inclui necessariamente: Anamnese materna,
disponibilidade de material para atendimento e presença de equipe treinada em reanimação
neonatal. Na anamnese materna, existem fatores antenatais e fatores relacionados ao parto
que aumentam o risco da necessidade de reanimação neonatal, veja a tabela a seguir:
 Todo material necessário para a reanimação deve ser preparado, testado e estar disponível
em local de fácil acesso, antes do nascimento. Esse material é destinado à avaliação do
paciente, manutenção da temperatura, aspiração de vias aéreas, ventilação e administração
de medicações. Logo após o nascimento, a equipe deve estar voltada exclusivamente aos
cuidados com o RN, sem perder tempo ou dispersar a atenção com a busca e/ou o ajuste do
material, assim deve ser feito previamente um Check list do material.
 Assim, a SBP recomenda que haja sempre um pediatra na hora do nascimento, é crucial a
comunicação eficaz da equipe para decisões que serão tomadas e lideradas pelo médico,
bem como o treinamento da equipe que atua na sala de parto é indispensável. É necessário
que sejam realizados os procedimentos de higienização e lavagem das mãos previamente,
bem como o uso de luvas, aventais, máscara e proteção facial (ainda mais indicadas em
mães positvas para COVID). Para casos de multíparas, o equipamento é para cada neonato.
CUIDADOS NA HORA DO NASCIMENTOCUIDADOS NA HORA DO NASCIMENTO
Avaliação da vitalidade ao nascer
Gestação a termo?
Ausência de mecônio?
Respirando ou chorando?
Tônus muscular bom?
 Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação depende da avaliação
rápida de quatro situações referentes à vitalidade do concepto, sendo feitas as seguintes
perguntas:
 Para determinar a necessidade de reanimação, serão avaliados dois sinais, a FC e
Respiração.
 A FC é o principal determinante, logo após o nascimento ele deve estar acima de 100 bpm.
A FC é avaliada por meio da ausculta do precórdio com estetoscópio, podendo
eventualmente ser verificada pela palpação do pulso na base do cordão umbilical (mas
ambas as medidas podem subestimar a FC). Além disso, RN com esforço respiratório e FC
adequada, pode demorar alguns minutos para ficar rosado, nascendo com saturação
inicialmente de 60%, mas evoluem ao longo de cinco minutos para acima de 90%.
 O boletim de Apgar não deve ser utilizado para determinar o início da reanimação nem as
manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento. No entanto, sua aferição
longitudinal permite avaliar a resposta do RN às manobras realizadas e a eficácia dessas
manobras. Se o escore é inferior a sete no quinto minuto, recomenda-se sua aplicação a
cada cinco minutos, até 20 minutos de vida
"Se a resposta é sim a todas as perguntas,
considera-se que o RN está com boa
vitalidade e não necessita de manobras de
reanimação."
Boletim do Apgar ampliado
Clampeamento do cordão umbilical
Logo após a retirada do concepto, deve se avaliar se o RN maior ou igual a 34 semanas
começou a respirar ou chorar e se o tônus muscular está em flexão. Se sim, para ambas as
perguntas, a indicação da SBP é o clampeamento tardio, independente do aspecto do
líquido amniótico, no intervalo de 1-3 minutos, colocando-o sobre o tórax ou abdome
materno, para evitar a perda de temperatura enquanto aguarda o clampeamento.
 Essa indicação é apenas para esses dois critérios avaliados, RN com circulação placentária
não intacta, sem início imediato da respiração ou não mostra tônus muscular em flexão, o
clampeamento não pode ser tardio.
Assistência ao RN a termo com boa vitalidade
Se, ao nascimento, o RN é de termo (idade gestacional 37-41 semanas), está respirando ou
chorando e com tônus muscular em flexão, independentemente do aspecto do líquido
amniótico, ele apresenta boa vitalidade e deve continuar junto de sua mãe depois do
clampeamento do cordão umbilical. Na sala de parto, enquanto o RN está junto à mãe,
prover calor, manter as vias aéreas pérvias e avaliar a sua vitalidade de maneira continuada.
 Para isso, mantém-se a temperatura da sala em 23-26ºC, seca o corpo e o segmento
cefálico com compressas aquecidas e deixa-se o RN pele-a-pele com a mãe, coberto com
tecido de algodão seco e aquecido. Mantem-se a vigilância quando as vias aéreas, se há
excesso de secreção na boca ou nariz, continua-se avaliando a FC, tônus e a
respiração/choro.
 Recém-nascidos de mães que realizam contato pele-a-pele, quando comparados àqueles
sem esse contato, recebem aleitamento materno em maior frequência por 1-4 meses após o
parto e a primeira mamada tem maior probabilidade de ocorrer com sucesso. A Organização
Mundial de Saúde recomenda que a amamentação seja iniciada na primeira hora de vida,
pois se associa a uma maior duração da amamentação, melhor interação mãe-bebê e menor
risco de hemorragia materna.
Assistência ao RN com necessidade de Reanimação
Diante da resposta “não” a pelo menos uma das três perguntas iniciais: gestação a termo,
respiração ou choro presente e tônus muscular em flexão, conduzir o RN à mesa de
reanimação. Assim, pacientes pré-termo tardios ou pós-termos, recém nascidos que não
iniciaram movimentos respiratórios regulares ou com tônus muscular fraco, deve-se iniciar
os passos de reanimação na seguinte sequência: prover calor, posicionar a cabeça em leve
extensão, aspirar boca e narinas (se necessário) e secar. Tais passos devem ser executados
em, no máximo, 30 segundos.
 Ao RN a temperatura axilar deve ser mantida entre 36,5º e 37,5° (normotermia), desde o
nascimento até o alojamento, cuidado especial para evitar a hipertemia (>37,5°), pois pode
agravar a lesão cerebral em RN com hipóxia. Para assegurar a permeabilidade das vias
aéreas, mantem-se o pescoço levemente extendido. A aspiração está reservada aos
pacientes que apresentam obstrução de vias aéreas por excesso de secreções, nesse caso
aspirar delicadamente boca e narinas com sonda traqueal nº8-10 conectada a aspirador a
vácuo, sob pressão maxima de 100mmHg. Uma vez realizados esses passos iniciais, deve-se
reavaliar a FC e a respiração.A respiração espontânea está adequada se os movimentos são
regulares e suficientes para manter a FC >100 bpm. Já se o paciente não apresentar
movimentos respiratórios, se eles forem irregulares ou o padrão for do tipo gasping (suspiros
profundos entremeados por apneias), a respiração está inadequada, deve se iniciar a VPP.
Assistência ao RN com líquido amniótico meconial
 A presença de mecônio no líquido pode indicar sofrimento fetal e aumentar o risco de
reanimação necessária, assim é importante que haja um médico apto a realizar intubação
traqueal presente no momento do parto. Das condutas, não deve ser realizado aspiração das
vias aéreas durante o nascimento, no momento do desprendimento do polo cefálico,
também se o RN for a termo, estar respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão
ele deve permanecer com a mãe depois do clampeamento. Contudo, mecônio em pré-
termo tardio ou pós-termo ou RN que não iniciou movimentos respiratório regulares ou com
tônus flácido, é necessário levá-lo a mesa de reanimação para os passos iniciais, incluindo a
a aspiração das vias aéreas superiores.Ou seja: prover calor, posicionar o pescoço em leve
extensão, aspirar boca e narinas suavemente com sonda traqueal no 10 e secar o paciente. 
 Assim, no RN com líquido amniótico meconial que apresenta apneia, respiração irregular
e/ou FC <100 bpm, iniciar a VPP com máscara facial e ar ambiente nos primeiros 60
segundos de vida. Se após 30 segundos de ventilação efetiva, o neonato não melhora e há
forte suspeita de obstrução de vias aéreas, pode-se indicar a retirada do mecônio residual
da hipofaringe e da traqueia sob visualização direta
Ventilação com pressão positiva (VPP)
 O ponto crítico para o sucesso da reanimação é a ventilação adequada, fazendo com que os
pulmões se inflem e, com isso, haja dilatação da vasculatura pulmonar ehematose
apropriada. Assim, após os cuidados para manter a temperatura e a permeabilidade das vias
aéreas do RN, a presença de apneia, respiração irregular e/ou FC <100 bpm indica a VPP. Esta
precisa ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida (“Minuto de Ouro”).
 Quando a VPP é indicada no RN ≥34 semanas, iniciar com ar ambiente (oxigênio a
21%).16-18 Uma vez iniciada a ventilação, recomenda-se o uso da oximetria de pulso para
monitorar a oferta do oxigênio suplementar.
Vale lembrar que, nos RN que não precisam de procedimentos de reanimação, a SatO2 com 1
minuto de vida se situa ao redor de 60-65%, só atingindo valores entre 87-92% no 5º
minuto. 
 Quando o RN não melhora, primeiro reavalia-se a técnica se está correta, corrigindo-a, para
depois, se ainda necessário, oferecer suplementação de oxigênio. Nos poucos casos em que
isto é necessário, faz-se um blender (mistura de ar/O2), ajustando até conseguir a saturação
desejada, iniciando com 40% e se não houver melhora, ajustar para 60%. Aumentar a oferta
de O2, mas ventilar com a técnica incorreta não leva à melhora do RN.
Cuidados de rotina após a estabilização do RN na sala de parto
Laqueadura do cordão umbilical
Prevenção oftalmo gonocócica pelo método de Credé (Retirar o vérnix da região
ocular com gaze seca ou umedecida com água, afastar as pálpebras e instilar uma gota
de nitrato de prata a 1% no fundo do saco lacrimal inferior de cada olho e massagear -
parto cesário ou vaginal, até 1h após)
Antropometria
Prevenção de sangramento (administrar 1mg de vitamina K, via intramuscular ou
subcutanea)
Detecção de incompatibilidade sanguínea (coletar sangue da mãe e do cordão)
Realização de sorologia para sífilis e HIV (mãe)
Identificação do RN (registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da
mãe no prontuário)
Realizar vacina para hepatite B (independente do peso) e BCG (>2kg)
CLASSIFICAÇÃO E TRIAGEMCLASSIFICAÇÃO E TRIAGEM
Das classificações do RN, tem...
Quanto a IG:
RN pré-termo (RNPT) – crianças nascidas até 36 semanas e 6 dias -OMS
Prematuro tardio- de 34 semanas a 36 e 6/7sem
RN a termo (RNT) – nascidas entre 37 e 41 semanas e 6 dias de gestação -OMS
RN pós-termo (RN pós-T) – nascidas com 42 semanas ou mais de gestação
Quanto ao Peso:
Baixo peso: todo RN com PN inferior a 2500g. 
Muito baixo peso: RN com menos de 1500g. 
Extremo baixo peso: RN com menos de 1000g
Quanto ao Peso e IG:
(PAIG) Peso adequado para a idade – peso ao nascer entre os percentis 10 e 90
(PPIG) Peso pequeno para a idade gestacional – abaixo do percentil 10.
(PGIG) Peso grande para a idade– acima do percentil 90
 Na sala de parto é feito um exame físico sumário do RN a fim de determinar condições
respiratórias, cardiocirculatórias e malformações grosseiras, que determinarão a IG e o
destino daquele RN dentro da unidade, se alojamento conjunto ou UTI. Essa avaliação global
inicial faz-se pelo método de Capurro:
Caso o RN se apresente aparentemente saudável na avaliação sumária realizada na sala de
parto, o exame físico minucioso deverá ser feito após algumas horas de vida,
preferencialmente antes de o bebê completar 12 horas de vida, juntamente com os teste de
triagem neonatal:
Forma da orelha: observar a curvatura do pavilhão da orelha. Tamanho da glândula mamária: utilizar fita métrica, palpar e
medir o tecido mamário. Formação da aréola: com uma fita métrica medir o diâmetro da aréola mamária. Textura da pele:
examinar a pele e verificar a presença de descamação. Pregas plantares: observar pregas e sulcos nas plantas dos pés.
Com o auxílio de oftalmoscópio em quarto
escuro (para melhor abertura das pupilas) e
a cerca de 40 a 50 cm de distância, deve-
se pesquisar o reflexo vermelho do fundo
do olho, que indica a adequada
transparência da córnea e do cristalino.
Devem ser investigadas a simetria entre as
pupilas (isocoria ou anisocoria), a
reatividade das pupilas ao estímulo
luminoso e a presença de midríase (pupilas
dilatadas) ou miose (pupilas puntiformes).
TESTE DO OLHINHOTESTE DO OLHINHO TESTE DA ORELHINHATESTE DA ORELHINHA
O teste deve ser feito durante o primeiro
mês, o fonoaudiólogo coloca um pequeno
fone na parte externa do ouvido, que gera
estímulos sonoros que mostram como o
ouvido do RN reage aos ruídos. Se houver
resposta ao estímulo o bebê apresenta
audição normal, caso não deve ser
encaminhado para exame complementar.
TESTE DA LINGUINHATESTE DA LINGUINHA
O teste da linguinha tem como objetivo
diagnosticar e indicar o tratamento precoce
das limitações dos movimentos da língua
causadas pela língua presa, que podem
comprometer as funções de sugar, engolir,
mastigar e falar. Basta elevar a língua do bebê
para verificar o frênulo. 
Posição do calcanhar da criança abaixo do nível do coração
Fazer assepsia do calcanhar e massagear bem o local
Punção com lancetas apropriadas (autorretráteis, estéril e descartável)
Escolher as laterais da região plantar do calcanhar (evitar o osso)
Aguardar a formação da primeira gota de sangue e retirar com gaze para descarte
Encostar o papel-filtro na nova gota e fazer movimentos circulares com o papel (evitar
concentração de sangue)
Repetir o processo em todos os círculos
Os responsáveis pela criança devem ser orientados quanto à importância do teste do
pezinho, que idealmente deve ser realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida. Se a
criança estiver internada com mais de 48 horas de vida, o teste do pezinho deve ser colhido
na maternidade. A data ideal da coleta é entre o 3 e 5 dia de vida, caso excepcionais até 28
dias, após não é mais indicado.
Etapas:
É a aferição da oximetria de pulso em todo recém-nascido aparentemente saudável, com
idade gestacional maior do que 34 semanas, antes da alta da Unidade Hospitalar.
Resultado normal: saturação periférica maior ou igual a 95% em ambas as medidas
(membro superior direito e membro inferior) e diferença menor que 3% entre as medidas do
membro superior direito e membro inferior.
Resultado anormal: caso qualquer medida da saturação periférica de oxigênio seja menor
que 95% ou houver uma diferença igual ou maior que 3% entre as medidas do membro
superior direito e membro inferior, uma nova aferição deverá ser realizada após uma hora.
Caso o resultado se confirme, um ecocardiograma deverá ser realizado dentro das 24 horas
seguintes.
Cerca de 1 a 2 de cada 1000 recém-nascidos vivos apresentam cardiopatia congênita crítica
TESTE DO CORAÇÃOZINHOTESTE DO CORAÇÃOZINHO
TESTE DO PEZINHOTESTE DO PEZINHO
primária – quando a falha ocorre na glândula tireoide; 
secundária – quando ocorre deficiência do hormônio estimulador da tireoide (TSH)
hipofisário;
terciária – quando ocorre deficiência do hormônio liberador da tireotrofina (TRH)
hipotalâmico;
resistência periférica à ação dos hormônios tireóideos.
O teste do pezinho é caracterizado pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal, o qual tem
em seu escopo seis doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Doença
Falciforme e outras hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita e
Deficiência de Biotinidase.
 A Fenilcetonúria (PKU) é um dos erros inatos do metabolismo, com padrão de herança au- 
tossômico recessivo. O defeito metabólico gerado, frequentemente causado pela enzima
Fenilalanina Hidroxilase, leva ao acúmulo do aminoácido Fenilalanina (FAL) no sangue e ao
aumento da Fenilalanina e da excreção urinária de Ácido Fenilpirúvico. O quadro clínico da
doença é caracterizado por atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM),
deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsões, alterações
eletroencefalográficas e odor característico na urina. Existem três formas de apresentação, a
Fenilcetonúria Clássica (níveis de fenilalanina plasmática superiores a 20 mg/dL), a Leve
(níveis de 10 mg/dL e 20 mg/dL) e a Hiperfenilalaninemia Transitória ou Permanente que é
considerada benigna e assintomática. O tratamento consiste basicamente em uma dieta
com baixo teor de FAL, mantendo‑se os níveis adequados desse aminoácido para permitir o
crescimentoe desenvolvimento normais do indivíduo.
 O Hipotireoidismo Congênito é causado pela incapacidade da glândula tireoide do
recém‑nascido em produzir quantidades adequadas de hormônios tireoideanos, que resulta
em uma redução generalizada dos processos metabólicos. A doença pode ser classificada
em: 
O quadro de manifestações clínicas inclui: hipotonia muscular, dificuldades respiratórias,
cianose, icterícia prolongada, constipação, bradicardia, anemia, sonolência excessiva, livedo
reticularis, choro rouco, hérnia umbilical, alargamento de fontanelas, mixedema, sopro
cardíaco, dificuldade na alimentação com deficiente crescimento pôndero‑estatural, atraso
na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca e sem elasticidade, atraso de
desenvolvimento neuropsicomotor e retardo mental.O tratamento da doença consiste na
reposição dos hormônios tireóideos deficitários, no caso, reposição de levotiroxina sódica,
sal sódico do isômero sintético da Tiroxina (T4).
 A Doença Falciforme (DF) é uma afecção genética com padrão de herança autossômico
recessivo, causada por um defeito na estrutura da cadeia beta da hemoglobina, que leva as
hemácias a assumirem forma de lua minguante, quando expostas a determinadas condições,
como febre alta, baixa tensão de oxigênio, infecções etc. As hemoglobinopatias podem ser
resultantes de mutações que afetam os genes reguladores promovendo um desequilíbrio no
conteúdo quantitativo das cadeias polipeptídicas e consequentemente nos tipos normais
de hemoglobina, causando as talassemias. O paciente afetado apresenta as seguintes
alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso‑oclusivas, crises de dor, insufici ência renal
progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções e sequestro
esplênico. Podem ocorrer também alterações no desenvolvimento neurológico, com
provável etiologia vaso‑oclusiva de sistema nervoso central. O ideal é que o tratamento seja
iniciado antes dos quatro meses de vida para que a prevenção das infecções e outras
complicações que podem levar à morte da criança seja efetivo.As principais medidas
preconizadas para alcançar esse objetivo são: antibioticoterapia profilática (esquema
especial de vacinação), suplementação com ácido fólico, além do seguimento clínico
especializado.
 A Fibrose Cística (FC) ou Mucoviscidose é determinada por um padrão de herança
autossômico recessivo e afeta especialmente os pulmões e o pâncreas, num processo
obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco. Nos pulmões, esse aumento na
viscosidade bloqueia as vias aéreas propiciando a proliferação bacteriana (especialmente
pseudomonas e estafilococos), o que leva à infecção crônica, à lesão pulmonar e ao óbito
por disfunção respiratória. No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pela secreção
espessa, há uma perda de enzimas digestivas, levando à má nutrição.
O curso clínico da doença se caracteriza por períodos de remissão e períodos de
exacerbação, com aumento da frequência e gravidade das exacerbações com o passar do
tempo.Sintomas mais graves e complicações incluem a desnutrição, o diabetes, a
insuficiência hepática e a osteoporose. No trato gênito urinário, observa‑se puberdade
tardia, azoospermia em até 95% dos homens, e infertilidade em 20% das mulheres. O
tratamento do paciente com Fibrose Cística consiste em acompanhamento médico regular,
suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas
A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. Quando em presença de complicações infec ciosas, é
indicada a antibioticoterapia de amplo espectro. Além do esquema vacinal habitual, as
crianças devem receber também imunização antipneumocócica e anti‑hemófilos.
 A denominação Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) engloba um conjunto de síndromes
transmitidas de forma autossômica recessiva, que se caracterizam por diferentes
deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides adrenais. As manifestações clínicas na
HAC dependem da enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou parcial). A
apresentação clínica pode se expressar por insuficiência glicocorticoide, insuficiência
mineralocorticoide, excesso de andrógenos ou ainda por insuficiência de andrógenos. Na
deficiência da 21‑hidroxilase existe um espectro de manifestações clínicas que podem ser
divididas em três formas: forma clássica perdedora de sal, forma clássica não perdedora de
sal e forma não clássica. O tratamento deve ser contínuo ao longo da vida. O intervalo entre
consultas, levando em consideração os dados clínicos e a realização de exames
laboratoriais, deve seguir o que foi sugerido pelo especialista.
 A Deficiência de Biotinidase (DBT) é uma doença metabólica hereditária na qual há um
defeito no metabolismo da biotina. Como consequência, ocorre uma depleção da biotina
endógena devido a uma incapacidade do organismo fazer a sua reciclagem ou de usar a
biotina ligada à proteína fornecida pela dieta. Clinicamente, manifesta‑se a partir da sétima
semana de vida, com distúrbios neurológicos e cutâneos, tais como crises epiléticas,
hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopécia e dermatite
eczematoide. Nos pacientes com diagnóstico tardio observam‑se distúrbios visuais,
auditivos, assim como atraso motor e de linguagem. O tratamento medicamentoso é muito
simples, de baixo custo e consiste na utilização de biotina em doses diárias, de acordo com
a subclassificação da deficiência de biotina, baseada no teste quantitativo.
ASSISTÊNCIA NO PÓS-PARTOASSISTÊNCIA NO PÓS-PARTO
 Idealmente, mãe e bebê devem permanecer juntos após o parto. Após a finalização dos
procedimentos de sala de parto, a mãe com o RN devem ir para um local dentro da
maternidade que permita a eles ficarem juntos 24 horas por dia até a alta hospitalar. Para
isso, foi implantado o sistema de alojamento conjunto nas maternidades.
Humanização do atendimento do binômio mãe-filho e sua família.
Promoção do estabelecimento precoce do vínculo afetivo entre a mãe e o seu filho.
Promoção do aleitamento materno. Vários estudos demonstram o efeito benéfico do
alojamento conjunto na prática da amamentação: descida do leite mais rápida, melhor
atitude em relação ao aleitamento materno e tempo mais prolongado de amamentação
Oportunidade para as mães, em especial as primigestas, aprenderem noções básicas
dos cuidados com os RNs.
Diminuição do risco de infecção hospitalar. Há vários relatos de redução das taxas de
infecção neonatal após a implantação do alojamento conjunto em maternidades.
Ir ao encontro da mama da mãe logo após o nascimento, se colocados no seu tórax.
Dessa maneira eles decidem por si o momento da primeira mamada, que ocorre em
média aos 40 minutos de vida.
Reconhecer a face da mãe após quatro horas de vida.
Seguir um objeto com os olhos e, às vezes, virar a cabeça em sua direção
Distinguir tipos de sons, com preferência pela voz humana, em especial a da mãe, e pelos
sons agudos.
Reconhecer e distinguir diferentes cheiros. Com um ou dois dias de vida reconhecem o
cheiro da mãe.
Imitar expressões faciais logo após o nascimento.
O alojamento conjunto é um direito previsto no ECA, e suas vantagens são:
O profissional de saúde deve prover atendimento humanizado e seguro às mulheres, aos
RNs, aos acompanhantes, aos familiares e aos visitantes, e ser capaz de acolhê-los. Devendo
instruir os familiares quanto ao aleitamento materno, não dar outro alimento ao RN, não dar
bicos ou chupetas, além de só realizar qualquer procedimento na presença da mãe/
acompanhante. 
Toda mãe que amamenta deve receber alta do alojamento conjunto sabendo ordenhar o seu
leite, pois há muitas situações nas quais a ordenha é útil, é fundamental que os profissionais
de saúde observem as mamadas e auxiliem as mães e os bebês a praticarem a
amamentação com técnica adequada.
Para uma melhor e mais gratificante interação entre os bebês e suas mães, pais e
cuidadores, é importante que eles tenham conhecimento das competências dos bebês, que
até pouco tempo eram ignoradas, dentreelas:
 Já no alojamento conjunto, os profissionais devem estimular o pai da criança, quando
presente, a participar ativamente dos cuidados com o bebê.
 Toda criança deveria sair da maternidade com a primeira consulta agendada em um serviço
de saúde ou consultório, de preferência na primeira semana de vida, segundo recomendação
do Ministério da Saúde. A Caderneta da Criança, do Ministério da Saúde,19 é uma importante
ferramenta para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e o
cumprimento do calendário vacinal nas datas recomendadas. Antes da alta hospitalar, a
caderneta deve ser preenchida com as condições de parto e nascimento pelo profissional
que atendeu o RN e explicado o conteúdo aos pais.
Medir PC, PT, Estatura, Peso (anotar na ficha azul e no Cartão da Criança).
Fazer Teste de Reflexo Vermelho se não tiver fundo de olho.
Para RN < 1500g, checar resultado de USG de crânio e fundo de olho – marcar retorno na
oftalmologia se necessário.
Marcar Teste da Orelhinha se não tiver sido realizado.
Verificar vacinas, coleta de teste do pezinho e exame de tipagem sanguínea.
Preencher Cartão da Criança (inclusive com diagnósticos) – não esquecer de anotar
dados de nascimento e de alta, tipagem sanguínea, exames de triagem e diagnósticos
relevantes.
Confirmar o risco neonatal e destinar ao ambulatório conforme fluxograma de
acompanhamento ambulatorial do neonato.
Preenchimento de documentos (o verso da ficha azul, resumo de alta e prontuário).
Anotar observações para retorno.
Fazer receitas de medicamentos e orientar a famílias (lembrar de prescrever as
vitaminas para os pré-termos que tiverem alta antes dos 15 dias de vida).
Agendar retorno no berçário e em outros ambulatórios se necessário – anotar no cartão
de retorno – ou encaminhar à UBS conforme classificação de risco.
Orientação e incentivo ao aleitamento materno. 
Sinais de alerta: cianose, palidez, dificuldade respiratória, recusa alimentar, hipoatividade,
hipo ou hipertermia, choro fraco ou gemência, vômitos frequentes.
CHECK LIST PARA ALTA HOSPITALARCHECK LIST PARA ALTA HOSPITALAR

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