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Sistema Circulatório A função do sistema cardiovascular é levar sangue oxigenado para os demais tecidos do corpo. “Os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares podem se originar no próprio coração ou em outros órgãos que sofram a repercussão do mau funcionamento desse órgão.” Exemplo: pulmões, rins, cérebro, pele... MANIFESTAÇÕES MAIS COMUNS DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES Dispneia (dificuldade para respirar) Fadiga Dor no peito (precordialgia) Desconforto no peito Palpitações Desmaios Edemas Variações na PA Variações na FC Diurese alterada Cianose (oxigenação insuficiente do sangue, caracterizado por uma coloração azulada nas extremidades) Alterações periféricas ANAMNESE DO APARELHO CIRCULATÓRIO 1. Perguntar sobre os sintomas e investigar os sinais (início, características, qualidades, motivos que pioram, prejuízo das atividades diárias, atitudes que aliviam os sintomas) 2. Investigação da dor (Tipo > aperto, pontada, facada, latejante, surda Localização > valorização da queixa precordial Intensidade > escala de 0 a 10 Irradiação > pescoço, braço esquerdo, região epigástrica, costas Duração > início e término, contínua ou intermitente Fatores relacionados ao desencadeamento ou a melhora > pequenos, médios ou grandes esforços ou emoções Melhora > repouso ou medicamentos Associar à dor os sintomas de náuseas, vômitos, sudorese, palpitação, tontura, pré- síncope ou síncope). >> A mesma avaliação deve ser feita quando a queixa for de desconforto no peito. 3. Investigação da palpitação - Duração - Fatores que desencadeiam - Investigar sintomas associados no momento da palpitação > síncope - Relação palpitações-desmaio 4. Investigação da fadiga e dispneia - Desencadeamento, melhora, duração dos episódios, queda da PA, diminuição da diurese, ganho de peso, edema nos membros, anasarca. 5. Investigar sobre tratamentos anteriores do paciente - Clínicos > tratamento como quimioterápicos e corticoides, dieta e radioterapia - Cirúrgicos > qualquer cirurgia que tenha sido submetido - Procedimentos invasivos > cateterismo cardíaco com angioplastia ou valvoplastia, ablações em estudo eletrofisiológico, diálise - Implantes de dispositivos > marcapassos, desfibriladores 6. Investigar os antecedentes familiares e pessoais do paciente - Perguntar se os familiares com linhagem direta estão vivos, se estiverem mortos, investigar qual causa da morte e idade do falecimento - Perguntar se esses mesmos familiares são portadores de doenças crônicas > diabetes, hipertensão arterial, coronariopatias - Perguntar se o paciente é portador de diabete melito, hipertensão arterial, se é tabagista (quanto tempo fuma e quantos cigarros usa por dia), se é ou foi sedentário e/ou obeso, se tem história de dislipidemias, se está em uma idade de risco (40 homens, 45 mulheres), se vive estressado, anotar uso de anticoncepcionais hormonais e reposição hormonal, se já teve ou é anêmico, se fez ou faz uso de álcool (quantidade que bebe e duração), hipertireoidismo - Perguntar se o paciente visitou ou reside em áreas endêmicas da Doença de Chagas - Se houve casos de febre reumática na família - Medicamentos utilizados em casa (doses, horários, uso regular ou irregular) >> OBSERVAÇÃO: ATENTAR-SE A DOR PRECORDIAL, DOR NO BRAÇO ESQUERDO E DOR NO ESTÔMAGO! EXAME FÍSICO INSPEÇÃO → Exame Geral • Verificar postura, conforto, posição, inquietação, desconforto respiratório, cansaço, deambulação • SSVV – obtenção (verificar pulsação periférica também em MMII) • Dados antropométricos >> Temperatura, respiração, PA, pulso, FC, peso e volume da diurese fornecem informações importantes para a avaliação do funcionamento cardiovascular. Gordura acumulada na cintura é a visceral e é responsável por produzir hormônios que alteram a circulação e a inflamação, além de aumentar a resistência à insulina e o aparecimento de aterosclerose. Risco cardiovascular e circunferência abdominal: Homens > a 94cm Mulheres > 80 cm Relação cintura-quadril: Homens > 0,90 Mulheres > 0,85 • Avaliar tipo morfológico • Nível de consciência • Condições da pele e mucosas • Perfusão periférica • Presença de estase jugular e edemas • Fadiga • Alterações no sono • Ascite • Membros → Exame específico do tórax • Observar o Ictus cordis – pulso apical • Observar pulsações epigástricas e supraesternais – visualizadas em indivíduos normais – se muito acentuada por apresentar hipertrofia ventricular direita (pulsação epigástrica) e hipertensão arterial, aneurisma da aorta ou síndroma hipercinética (pulsação supraesternal) PALPAÇÃO • Pode ser feita justamente com a inspeção cardíaca • Palpação do Ictus Cordis • Presença de frêmitos • Palpação das pulsações epigástricas e supraesternais PERCUSSÃO • Feita para identificar visceromegalias no abdome • Ascite • Baço • Fígado • Rins AUSCULTA • Sons cardíacos – bulhas cardíacas B1 > fechamento das valvas AV, início da sístole, utiliza-se diafragma do estetoscópio (tum) B2 > fechamento das valvas semilunares, fim da sístole (tá) • Locais da ausculta cardíaca: a. Área aórtica: 2º espaço intercostal direito b. Área pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo c. 2º área pulmonar: 3º espaço intercostal esquerdo d. Área tricúspide: 4º espaço intercostal esquerdo e. Área mitral – apical: 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular. • Posições para ausculta cardíaca - Sentado - Decúbito dorsal - Decúbito lateral esquerdo Sistema Vascular • Aferição da pressão sanguínea e pulso Alterações do pulso ou sinais de comprometimento vascular (diminuição da perfusão e alterações na cor e temperatura), verificar PA nos MMII >> Alteração da PA entre MMSS e MMII – sugestivo de aneurisma de aorta. ARTÉRIA CARÓTIDA →Oferece importantes informações sobre a função cardíaca. É localizada centralmente ao coração e então a pressão corresponde a da aorta. ▪ Palpe a artéria carótida lateralmente ao m. esternocleidomastóideo. Evite compressão excessiva, pois a estimulação vagal pode desacelerar a frequência cardíaca. ▪ Palpe uma de cada vez para evitar comprometer o fluxo sanguíneo arterial para o cérebro ▪ Os achados devem ser iguais bilateralmente AUSCULTA DA ARTÉRIA CARÓTIDA ▪ Pescoço em posição neutra ▪ Aplique a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria carótida em 3 níveis: 1 – no ângulo da mandíbula 2 – na área cervical média 3 – na base do pescoço >> Evite compressão pois isso poderia criar um sopro artificial e comprometer a circulação se a artéria já estiver estreitada pela asteosclerose. >> Normalmente há ausência de sopro. VEIAS JUGULARES Interna e externa drenam bilateralmente da cabeça e do pescoço. Elas refletem a pressão no átrio direito indicando através da pressão venosa central (PVC). - Artérias e veias periféricas - Sistema linfático
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