Buscar

Módulo 8 - UNIP - Resolução Nº 205, DE 30 Set 1971 (Revogado)

Prévia do material em texto

30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/15
 
 
RESOLUÇÃO Nº 205, DE 30 SET 1971 (REVOGADO)
Adota o Código de Ética Profissional.
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, usando das
atribuições que lhe confere a Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
CONSIDERANDO ser imperativo para a disciplina profissional a adoção do Código
de Ética do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo,
 
RESOLVE:
Art. 1º - Adotar o Código de Ética Profissional do Engenheiro, do Arquiteto e do
Engenheiro Agrônomo, anexo à presente Resolução, elaborado pelas entidades de
classe na forma prevista na letra "n" do Art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966.
Art. 2º - O Código de Ética Profissional do Engenheiro, do Arquiteto e do
Engenheiro Agrônomo, para os efeitos dos Arts. 27, letra "n", 34, letra "d", 45,
46, letra "b" e 72, da Lei nº 5.194/66, obriga a todos os profissionais da
Engenharia, da Arquitetura e Agronomia, e entra em vigor na data de sua
publicação no Diário Oficial da União.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 30 SET 1971.
 
Prof. FAUSTO AITA GAI
Presidente
Engº. NILDO DA SILVA
PEIXOTO
1º Secretário
 
Publicada no D.O.U. de 23 NOV 1971.
 
 
 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO
ENGENHEIRO, DO ARQUITETO E DO
ENGENHEIRO AGRÔNOMO
SÃO DEVERES DOS PROFISSIONAIS DA ENGENHARIA,
DA ARQUITETURA E DA AGRONOMIA:
1º - Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus
conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir à humanidade.
2º - Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a
prática de atos que comprometam a sua dignidade.
3º - Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas.
4º - Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar
legítimos interesses de outros profissionais.
5º - Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam
competição de preços por serviços profissionais.
6º - Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo,
quando Consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido
objeto da consulta.
7º - Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para
com seus clientes e empregadores ou chefes, e com espírito de justiça e eqüidade
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/15
para com os contratantes e empreiteiros.
8º - Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus
empregados ou subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade.
9º - Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da
Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, visando a cumprí-la corretamente e
colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento.
 
 
 
 
GUIA DO PROFISSIONAL DA ENGENHARIA, DA ARQUITETURA
E DA AGRONOMIA PARA APLICAÇÃO DO CÓDIGO
DE ÉTICA
Art. 1º - Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus
conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir à humanidade.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional:
a) Cooperar para o progresso da coletividade, trazendo seu concurso intelectual e
material para as obras de cultura, ilustração técnica, ciência aplicada e
investigação científica.
b) Despender o máximo de seus esforços no sentido de auxiliar a coletividade na
compreensão correta dos aspectos técnicos e assuntos relativos à profissão e a
seu exercício.
c) Não se expressar publicamente sobre assuntos técnicos sem estar devidamente
capacitado para tal e, quando solicitado a emitir sua opinião, somente fazê-lo com
conhecimento da finalidade da solicitação e se em benefício da coletividade.
Art. 2º - Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem
permitir a prática de atos que comprometam a sua dignidade.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo deve o profissional:
a) Cooperar para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de
informações sobre os seus conhecimentos e tirocínio, e contribuição de trabalho às
associações de classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e científica.
b) Prestigiar as Entidades de Classe, contribuindo, sempre que solicitado, para o
sucesso das suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da
coletividade.
c) Não nomear nem contribuir para que se nomeiem pessoas que não tenham a
necessária habilitação profissional para cargos rigorosamente técnicos.
d) Não se associar a qualquer empreendimento de caráter duvidoso ou que não se
coadune com os princípios da ética.
e) Não aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem
às disposições vigentes, ou ainda que possam prestar-se a malícia ou dolo.
f) Não subscrever, não expedir, nem contribuir para que se expeçam títulos,
diplomas, licenças ou atestados de idoneidade profissional, senão a pessoas que
preencham os requisitos indispensáveis para exercer a profissão.
g) Realizar de maneira digna a publicidade que efetue de sua empresa ou
atividade profissional, impedindo toda e qualquer manifestação que possa
comprometer o conceito de sua profissão ou de colegas.
h) Não utilizar sua posição para obter vantagens pessoais, quando ocupar um
cargo ou função em organização profissional.
Art. 3º - Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra
colegas.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional:
a) Não prejudicar, de maneira falsa ou maliciosa, direta ou indiretamente, a
reputação, a situação ou a atividade de um colega.
b) Não criticar de maneira desleal os trabalhos de outro profissional ou as
determinações do que tenha atribuições superiores.
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/15
c) Não se interpor entre outros profissionais e seus clientes sem ser solicitada sua
intervenção e, nesse caso, evitar, na medida do possível, que se cometa injustiça.
Art. 4º - Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar
legítimos interesses de outros profissionais.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional:
a) Não se aproveitar nem concorrer para que se aproveitem de idéias, planos ou
projetos de autoria de outros profissionais, sem a necessária citação ou
autorização expressa.
b) Não injuriar outro profissional, nem criticar de maneira desprimorosa sua
atuação ou a de entidades de classe.
c) Não substituir profissional em trabalho já iniciado, sem seu conhecimento
prévio.
d) Não solicitar nem pleitear cargo desempenhado por outro profissional.
e) Não procurar suplantar outro profissional depois de ter este tomado
providências para a obtenção de emprego ou serviço.
f) Não tentar obter emprego ou serviço à base de menores salários ou honorários
nem pelo desmerecimento da capacidade alheia.
g) Não rever ou corrigir o trabalho de outro profissional, salvo com o
consentimento deste e sempre após o término de suas funções.
h) Não intervir num projeto em detrimento de outros profissionais que já tenham
atuado ativamente em sua elaboração, tendo presentes os preceitos legais
vigentes.
Art. 5º - Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que
constituam competição por serviços profissionais.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo deve o profissional:
a) Não competir por meio de reduções de remuneração ou qualquer outra forma
de concessão.
b) Não propor serviços com redução de preços, após haver conhecido propostas
de outros profissionais.
c) Manter-se atualizado quanto a tabelas de honorários, salários e dados de custo
recomendados pelos órgãos de Classe competentes e adotá-los como base para
serviços profissionais.
Art. 6º - Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público,
devendo, quando Consultor,limitar seus pareceres às matérias específicas que
tenham sido objeto de consulta.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo deve o profissional:
a) Na qualidade de Consultor, perito ou árbitro independente, agir com absoluta
imparcialidade e não levar em conta nenhuma consideração de ordem pessoal.
b) Quando servir em julgamento, perícia ou comissão técnica, somente expressar
a sua opinião se baseada em conhecimentos adequados e convicção honesta.
c) Não atuar como consultor sem o conhecimento dos profissionais encarregados
diretamente do serviço.
d) Se atuar como consultor em outro país, observar as normas nele vigentes
sobre conduta profissional, ou - no caso da inexistência de normas específicas -
adotar as estabelecidas pela FMOI (Fédération Mondiale des Organisations
d'Ingénieurs).
e) Por serviços prestados em outro país, não utilizar nenhum processo de
promoção, publicidade ou divulgação diverso do que for admitido pelas normas do
referido país.
Art. 7º - Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade
para com seus clientes e empregadores ou chefes, e com o espírito de justiça e
eqüidade para com os contratantes e empreiteiros.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo deve o profissional:
a) Considerar como confidencial toda informação técnica, financeira ou de outra
natureza, que obtenha sobre os interesses de seu cliente ou empregador.
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/15
b) Receber somente de uma única fonte honorários ou compensações pelo mesmo
serviço prestado, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido
consentimento de todas as partes interessadas.
c) Não receber de empreiteiros, fornecedores ou de entidades relacionadas com a
transação em causa, comissões, descontos, serviços ou outro favorecimento, nem
apresentar qualquer proposta nesse sentido.
d) Prevenir seu empregador, colega interessado ou cliente, das conseqüências que
possam advir do não-acolhimento de parecer ou projeto de sua autoria.
e) Não praticar quaisquer atos que possam comprometer a confiança que lhe é
depositada pelo seu cliente ou empregador.
Art. 8º - Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional de seus
empregados ou subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional:
a) Facilitar e estimular a atividade funcional de seus empregados, não criando
obstáculos aos seus anseios de promoção e melhoria.
b) Defender o princípio de fixar para seus subordinados ou empregados, sem
distinção, salários adequados à responsabilidade, à eficiência e ao grau de
perfeição do serviço que executam.
c) Reconhecer e respeitar os direitos de seus empregados ou subordinados no que
concerne às liberdades civis, individuais, políticas, de pensamento e de
associação.
d) Não utilizar sua condição de empregador ou chefe para desrespeitar a
dignidade de subordinado seu, nem para induzir um profissional a infringir
qualquer dispositivo deste Código.
Art. 9º - Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da
Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, visando a cumprí-la corretamente e
colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento.
Em conexão com o cumprimento deste Artigo, deve o profissional:
a) Manter-se em dia com a legislação vigente e procurar difundi-la, a fim de que
seja prestigiado e defendido o legítimo exercício da profissão.
b) Procurar colaborar com os órgãos incumbidos da aplicação da Lei de
regulamentação do exercício profissional e promover, pelo seu voto nas entidades
de classe, a melhor composição daqueles órgãos.
c) Ter sempre presente que as infrações deste Código de Ética serão julgadas
pelas Câmaras Especializadas instituídas nos Conselhos Regionais de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia - CREAs - cabendo recurso para os referidos Conselhos
Regionais e, em última instância, para o CONFEA - Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia - conforme dispõe a legislação vigente.
 
 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 1.002, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2002
 
Adota o Código de Ética Profissional da
Engenharia, da Arquitetura, da
Agronomia, da Geologia, da Geografia e
da Meteorologia e dá outras
providências.
 
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/15
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E
AGRONOMIA - Confea, no uso das atribuições que lhe confere a alínea “f” do
art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e
 
Considerando que o disposto nos arts. 27, alínea “n”, 34, alínea “d”,
45, 46, alínea “b”, 71 e 72, obriga a todos os profissionais do Sistema
Confea/Crea a observância e cumprimento do Código de Ética Profissional da
Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da
Meteorologia;
 
Considerando as mudanças ocorridas nas condições históricas,
econômicas, sociais, políticas e culturais da Sociedade Brasileira, que resultaram
no amplo reordenamento da economia, das organizações empresariais nos
diversos setores, do aparelho do Estado e da Sociedade Civil, condições essas que
têm contribuído para pautar a “ética” como um dos temas centrais da vida
brasileira nas últimas décadas;
 
Considerando que um “código de ética profissional” deve ser
resultante de um pacto profissional, de um acordo crítico coletivo em torno das
condições de convivência e relacionamento que se desenvolve entre as categorias
integrantes de um mesmo sistema profissional, visando uma conduta profissional
cidadã;
 
Considerando a reiterada demanda dos cidadãos-profissionais que
integram o Sistema Confea/Crea, especialmente explicitada através dos
Congressos Estaduais e Nacionais de Profissionais, relacionada à revisão do
“Código de Ética Profissional do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro
Agrônomo” adotado pela Resolução nº 205, de 30 de setembro de 1971;
 
Considerando a deliberação do IV Congresso Nacional de
Profissionais – IV CNP sobre o tema “Ética Profissional”, aprovada por
unanimidade, propondo a revisão do Código de Ética Profissional vigente e
indicando o Colégio de Entidades Nacionais - CDEN para elaboração do novo texto,
 
RESOLVE:
 
Art. 1º Adotar o Código de Ética Profissional da Engenharia, da
Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, anexo à
presente Resolução, elaborado pelas Entidades de Classe Nacionais, através do
CDEN - Colégio de Entidades Nacionais, na forma prevista na alínea "n" do art. 27
da Lei nº 5.194, de 1966.
 
Art. 2º O Código de Ética Profissional, adotado através desta
Resolução, para os efeitos dos arts. 27, alínea "n", 34, alínea "d", 45, 46, alínea
"b", 71 e 72, da Lei nº 5.194, de 1966, obriga a todos os profissionais da
Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da
Meteorologia, em todas as suas modalidades e níveis de formação.
 
Art. 3o O Confea, no prazo de cento e oitenta dias a contar da
publicação desta, deve editar Resolução adotando novo “Manual de Procedimentos
para a condução de processo de infração ao código de Ética Profissional”.
 
Art. 4o Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia, em conjunto, após a publicação desta Resolução, devem
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/15
desenvolver campanha nacional visando a ampla divulgação deste Código de
Ética Profissional, especialmente junto às entidades de classe, instituições de
ensino e profissionais em geral.
 
Art. 5° O Código de Ética Profissional, adotado por esta Resolução,
entra em vigor à partir de 1° de agosto de 2003.
 
Art. 6º Fica revogada a Resolução 205, de 30 de setembro de 1971
e demais disposições em contrário, a partir de 1º de agosto de 2003.
 
 
Brasília, 26 de novembro de 2002.Eng. Wilson Lang
Presidente
 
 
 
 
 
 
 
Publicada no D.O.U de 12 de dezembro de 2002 – Seção 1, pág. 359/360
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA
 
TÍTULO
 
1. PROCLAMAÇÃO
2. PREÂMBULO
3. DA IDENTIDADE DAS PROFISSÕES E DOS PROFISSIONAIS
4. DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS
5. DOS DEVERES
6. DAS CONDUTAS VEDADAS
7. DOS DIREITOS
8. DA INFRAÇÃO ÉTICA
 
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/15
 
 
TÍTULO
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DA ENGENHARIA, DA
ARQUITETURA, DA AGRONOMIA, DA GEOLOGIA, DA
GEOGRAFIA E DA METEOROLOGIA
 
1. PROCLAMAÇÃO
As Entidades Nacionais representativas dos profissionais
da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da
Geografia e da Meteorologia pactuam e proclamam o presente
Código de Ética Profissional.
 
2. PREÂMBULO.
Art. 1º O Código de Ética Profissional enuncia os
fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta
prática das profissões da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia,
da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona direitos e
deveres correlatos de seus profissionais.
 
Art. 2º Os preceitos deste Código de Ética Profissional
têm alcance sobre os profissionais em geral, quaisquer que sejam
seus níveis de formação, modalidades ou especializações.
 
Art. 3º As modalidades e especializações profissionais
poderão estabelecer, em consonância com este Código de Ética
Profissional, preceitos próprios de conduta atinentes às suas
peculiaridades e especificidades.
 
3. DA IDENTIDADE DAS PROFISSÕES E DOS
PROFISSIONAIS
 
Art. 4º As profissões são caracterizadas por seus perfis
próprios, pelo saber científico e tecnológico que incorporam, pelas
expressões artísticas que utilizam e pelos resultados sociais,
econômicos e ambientais do trabalho que realizam.
 
Art. 5º Os profissionais são os detentores do saber
especializado de suas profissões e os sujeitos pró-ativos do
desenvolvimento.
 
Art. 6º O objetivo das profissões e a ação dos
profissionais voltam-se para o bem-estar e o desenvolvimento do
homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões: como
indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação e humanidade; nas
suas raízes históricas, nas gerações atual e futura.
 
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/15
 
Art. 7o As entidades, instituições e conselhos
integrantes da organização profissional são igualmente permeados
pelos preceitos éticos das profissões e participantes solidários em sua
permanente construção, adoção, divulgação, preservação e aplicação.
 
4. DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS.
Art. 8º A prática da profissão é fundada nos seguintes
princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:
 
Do objetivo da profissão:
I - A profissão é bem social da humanidade e o
profissional é o agente capaz de exercê-la, tendo como objetivos
maiores a preservação e o desenvolvimento harmônico do ser
humano, de seu ambiente e de seus valores;
Da natureza da profissão:
II – A profissão é bem cultural da humanidade
construído permanentemente pelos conhecimentos técnicos e
científicos e pela criação artística, manifestando-se pela prática
tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida do
homem;
Da honradez da profissão:
III - A profissão é alto título de honra e sua prática
exige conduta honesta, digna e cidadã;
Da eficácia profissional:
IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento
responsável e competente dos compromissos profissionais, munindo-
se de técnicas adequadas, assegurando os resultados propostos e a
qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a
segurança nos seus procedimentos;
 
Do relacionamento profissional:
V - A profissão é praticada através do relacionamento
honesto, justo e com espírito progressista dos profissionais para com
os gestores, ordenadores, destinatários, beneficiários e colaboradores
de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os profissionais
e com lealdade na competição;
Da intervenção profissional sobre o meio:
VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do
desenvolvimento sustentável na intervenção sobre os ambientes
natural e construído e da incolumidade das pessoas, de seus bens e
de seus valores;
Da liberdade e segurança profissionais:
VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados,
sendo a segurança de sua prática de interesse coletivo.
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/15
 
 
5. DOS DEVERES.
Art. 9º No exercício da profissão são deveres do
profissional:
 I – ante o ser humano e seus valores:
a) oferecer seu saber para o bem da humanidade;
b) harmonizar os interesses pessoais aos coletivos;
c) contribuir para a preservação da incolumidade
pública;
d) divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e
tecnológicos inerentes à profissão;
 
 II – ante à profissão:
a) identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão;
b) conservar e desenvolver a cultura da profissão;
c) preservar o bom conceito e o apreço social da
profissão;
d) desempenhar sua profissão ou função nos limites
de suas atribuições e de sua capacidade pessoal de
realização;
e) empenhar-se junto aos organismos profissionais no
sentido da consolidação da cidadania e da solidariedade
profissional e da coibição das transgressões éticas.
 
 III - nas relações com os clientes, empregadores e
colaboradores:
a) dispensar tratamento justo a terceiros, observando
o princípio da eqüidade;
b) resguardar o sigilo profissional quando do interesse
de seu cliente ou empregador, salvo em havendo a
obrigação legal da divulgação ou da informação;
c) fornecer informação certa, precisa e objetiva em
publicidade e propaganda pessoal;
d) atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos
arbitrais e periciais;
e) considerar o direito de escolha do destinatário dos
serviços, ofertando-lhe, sempre que possível,
alternativas viáveis e adequadas às demandas em suas
propostas;
f) alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos
às prescrições técnicas e as conseqüências presumíveis
de sua inobservância,
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/15
g) adequar sua forma de expressão técnica às
necessidades do cliente e às normas vigentes aplicáveis;
 
 IV - nas relações com os demais profissionais:
a) Atuar com lealdade no mercado de trabalho,
observando o princípio da igualdade de condições;
b) Manter-se informado sobre as normas que
regulamentam o exercício da profissão;
c) Preservar e defender os direitos profissionais;
 
V – Ante ao meio:
a) Orientar o exercício das atividades profissionais
pelos preceitos do desenvolvimento sustentável;
b) Atender, quando da elaboração de projetos,
execução de obras ou criação de novos produtos, aos
princípios e recomendações de conservação de energia e
de minimização dos impactos ambientais;
c) Considerar em todos os planos, projetos e serviços
as diretrizes e disposições concernentes à preservação e
ao desenvolvimento dos patrimônios sócio-cultural e
ambiental.
 
 
6. DAS CONDUTAS VEDADAS.
Art. 10. No exercício da profissão, são condutas vedadas
ao profissional:
 I - ante ao ser humano e a seus valores:
a) Descumprir voluntária e injustificadamente com os
deveres do ofício;
b) Usar de privilégio profissional ou faculdade
decorrente de função de forma abusiva, para fins
discriminatóriosou para auferir vantagens pessoais.
c) Prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição
técnica ou qualquer ato profissional que possa resultar
em dano às pessoas ou a seus bens patrimoniais;
 
 II – ante à profissão:
a) Aceitar trabalho, contrato, emprego, função ou
tarefa para os quais não tenha efetiva qualificação;
b) Utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de
exclusividade de direito profissional;
c) Omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que
transgrida a ética profissional;
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/15
 
 
 
 III - nas relações com os clientes, empregadores e
colaboradores:
a) formular proposta de salários inferiores ao
mínimo profissional legal;
b) apresentar proposta de honorários com valores
vis ou extorsivos ou desrespeitando tabelas de
honorários mínimos aplicáveis;
c) usar de artifícios ou expedientes enganosos para
a obtenção de vantagens indevidas, ganhos marginais
ou conquista de contratos;
d) usar de artifícios ou expedientes enganosos que
impeçam o legítimo acesso dos colaboradores às
devidas promoções ou ao desenvolvimento profissional;
e) descuidar com as medidas de segurança e saúde
do trabalho sob sua coordenação;
f) suspender serviços contratados, de forma
injustificada e sem prévia comunicação;
g) impor ritmo de trabalho excessivo ou, exercer
pressão psicológica ou assédio moral sobre os
colaboradores;
 
 IV - nas relações com os demais profissionais:
a) intervir em trabalho de outro profissional sem a
devida autorização de seu titular, salvo no exercício do
dever legal;
b) referir-se preconceituosamente a outro profissional
ou profissão;
c) agir discriminatoriamente em detrimento de outro
profissional ou profissão;
d) atentar contra a liberdade do exercício da profissão
ou contra os direitos de outro profissional;
 V – ante ao meio:
a) prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição
técnica ou qualquer ato profissional que possa resultar
em dano ao ambiente natural, à saúde humana ou ao
patrimônio cultural.
 
 
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/15
7. DOS DIREITOS
Art. 11. São reconhecidos os direitos coletivos
universais inerentes às profissões, suas modalidades e
especializações, destacadamente:
a) à livre associação e organização em corporações
profissionais;
b) ao gozo da exclusividade do exercício profissional;
c) ao reconhecimento legal;
d) à representação institucional.
Art. 12. São reconhecidos os direitos individuais
universais inerentes aos profissionais, facultados para o pleno
exercício de sua profissão, destacadamente:
a) à liberdade de escolha de especialização;
b) à liberdade de escolha de métodos,
procedimentos e formas de expressão;
c) ao uso do título profissional;
d) à exclusividade do ato de ofício a que se
dedicar;
e) à justa remuneração proporcional à sua
capacidade e dedicação e aos graus de complexidade,
risco, experiência e especialização requeridos por sua
tarefa;
f) ao provimento de meios e condições de trabalho
dignos, eficazes e seguros;
g) à recusa ou interrupção de trabalho, contrato,
emprego, função ou tarefa quando julgar incompatível
com sua titulação, capacidade ou dignidade pessoais;
h) à proteção do seu título, de seus contratos e de
seu trabalho;
i) à proteção da propriedade intelectual sobre sua
criação;
j) à competição honesta no mercado de trabalho;
k) à liberdade de associar-se a corporações
profissionais;
l) à propriedade de seu acervo técnico
profissional.
 
8. DA INFRAÇÃO ÉTICA
Art. 13. Constitui-se infração ética todo ato cometido
pelo profissional que atente contra os princípios éticos, descumpra os
deveres do ofício, pratique condutas expressamente vedadas ou lese
direitos reconhecidos de outrem.
Art. 14. A tipificação da infração ética para efeito de
processo disciplinar será estabelecida, a partir das disposições deste
Código de Ética Profissional, na forma que a lei determinar.
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/15
 
 
 
 
 
 
Exercício 1:
Os trechos apresentados abaixo são conexos ao caput de um artigo do código de ética do engenheiro,
correspondente à alternativa:
 I. Não competir por meio de reduções de remuneração ou qualquer outra
forma de concessão.
 II. Não propor serviços com redução de preços, após haver conhecido
propostas de outros profissionais.
 III. Manter-se atualizado quanto a tabelas de honorários, salários e dados de
custo recomendados pelos órgãos de Classe competentes e adotá-los como base para serviços profissionais.
 
A)
Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo, quando
Consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido objeto de
consulta.
B)
Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam competição por serviços profissionais.
C)
Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para com seus
clientes e empregadores ou chefes, e com o espírito de justiça e eqüidade para com os
contratantes e empreiteiros.
D)
Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional de seus empregados ou subordinados e tratá-los com
retidão, justiça e humanidade.
E)
Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas.
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/15
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Exercício 2:
Analise as afirmações:
 I. Não se expressar publicamente sobre assuntos técnicos sem
estar devidamente capacitado para tal e, quando solicitado a emitir sua opinião,
somente fazê-lo com conhecimento da finalidade da solicitação e se em benefício
da coletividade.
 II. O profissional deve se interpor entre outros profissionais e
seus clientes sem ser solicitada sua intervenção e, nesse caso, evitar, na medida
do possível, que se cometa injustiça.
 III. Facilitar e estimular a atividade funcional de seus
empregados, não criando obstáculos aos seus anseios de promoção e melhoria.
Em respeito à ética, verifique:
A)
Todas estão corretas
B)
Todas estão incorretas
C)
Apenas I é correta
D)
Apenas II é incorreta
E)
Apenas III é incorreta
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Exercício 3:
30/09/2021 11:07 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/15
Em respeito à ética, verifique as afirmativas:
 I. Não se aproveitar nem concorrer para que se aproveitem de idéias, planos ou
projetos de autoria de outros profissionais, sem a necessária citação ou
autorização expressa.
 II. Não injuriar outro profissional, nem criticar de maneira desprimorosa sua atuação
ou a de entidades de classe.
 III. Substituir profissional em trabalho jáiniciado, sem seu conhecimento prévio.
 IV. Não solicitar nem pleitear cargo desempenhado por outro profissional.
 V. Procurar suplantar outro profissional depois de ter este tomado providências para
a obtenção de emprego ou serviço.
 VI. Não tentar obter emprego ou serviço à base de menores salários ou honorários
nem pelo desmerecimento da capacidade alheia.
 VII. Pode e deve, ser revisto ou corrigido o trabalho de outro profissional, mesmo sem
o consentimento deste e sempre após o término de suas funções.
A)
Todas estão corretas
B)
Todas estão incorretas
C)
 III, V e VII estão incorretas
D)
Apenas I e II estão corretas
E)
 Apenas IV e VI estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)

Continue navegando