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Resumo SAÚDE MENTAL

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REFORMA PSIQUIÁTRICA 
 
A Loucura através dos tempos 
▪ Na Grécia Antiga: pessoa com poderes divinos (comunicava com os                   
deuses). 
▪ Na época Medieval: visão mística. 
▪ Idade Média: expressão das forças da natureza, loucura era exaltada,                   
sentimento de terror e atração. 
 
Surgimento do Hospital 
Idade média: 
⊿ Instituição religiosa, filantrópica, de caridade, assistência aos pobres e                 
desamparados. 
⊿ Nesse hospital se misturavam doentes, loucos, devassos, prostitutas,               
permanece até meados do século XVII como um instrumento que                   
agregava exclusão, assistência e transformação espiritual. Sem a               
participação da função médica (FOUCAULT, 2004). 
⊿ Durante a Idade Média os “loucos” eram vistos como possuídos por                     
demônios [as internações ocorriam para salvar-​lhes a alma] sem                 
pretensão de cura. 
⊿ Até século XVII hospital tinha função filantrópica, de caridade → Após                     
século XVII Hospital assume função de ordem social e política → Surge                       
o Hospital Geral (1656 – França). 
⊿ Internamento funcionava como um mecanismo social para a               
eliminação dos “a-​sociais, para impedir a mendicância, a ociosidade e                   
as desordens. 
⊿ Decreto de fundação do Hospital Geral: designava o hospital aos                   
pobres “de todos os sexos, lugares e idades, de qualquer qualidade de                       
nascimento, e seja qual for sua condição, válidos ou inválidos, doentes                     
ou convalescentes, curáveis ou incuráveis”. 
⊿ Diretor do hospital: exercia poder absoluto sobre toda a população,                   
não apenas sobre os internos. 
⊿ Hospital como Instituição de Caridade → Hospital com funções                 
mais sociais e políticas. 
⊿ Ideais da Revolução Francesa: Igualdade, Liberdade, Fraternidade 
⊿ O internamento dos loucos juntamente com os pobres e ociosos foi                     
uma prática adotada até o final do século XVIII, momento em que                       
houve uma nova interpretação da loucura. 
⊿ Iniciaram denúncias de internações torturadoras de segmentos             
ociosos da sociedade, motivada pelo pensamento político do               
Iluminismo e exigia que se atribuísse somente aos loucos esses locais                     
de internamento.   
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
⊿ Movimento de reforma para que os loucos fossem separados dos                   
outros doentes e recebessem cuidados psiquiátricos.   
⊿ A loucura passa a ser vista com um estatuto médico, sendo a                       
doença mental objeto da psiquiatria →​ Medicalização da loucura 
⊿ Início de uma consciência médica: considerar como doença aquilo                 
que até então era reconhecido apenas como um mal-estar da                   
sociedade (FOUCAULT, 2004). 
⊿ A Psiquiatria surgem com Philippe Pinel → médico, filósofo,                   
matemático e enciclopedista.   
⊿ Pinel busca fazer um ordenamento do espaço hospitalar,               
separando na instituição os diversos internados, como loucos,               
velhos, abandonados e os com demais doenças.   
⊿ Loucos também foram divididos no hospital pelos sintomas               
que apresentavam → ​inicia-se a classificação da população pelos                 
sintomas. 
⊿ A partir de então passa-se a considerar a internação como a primeira                       
condição para a terapêutica da loucura. (CASTEL, 1991).  
Origens da psiquiatria 
● Philippe Pinel → passa-se, a enxergar a loucura com um estatuto                     
médico. 
● Alienação mental = doença mental. 
● Distúrbio das paixões, capaz de produzir desarmonia na mente e na                     
possibilidade do indivíduo perceber a realidade. 
● Alienado = sem Razão, Periculosidade. 
● Philippe Pinel → Tratamento da loucura → ​ISOLAMENTO 
● Isolar a Alienação em seu estado puro. 
● Princípio do Isolamento: 
1. Isolar para conhecer 
2. Observar para conhecer 
3. Conhecer para Administrar 
● Pinel fundou os primeiros hospitais psiquiátricos; 
● Determinou o princípio do isolamento; 
● Instaurou o tratamento moral. 
Espaço asilar específico para esta população: 
- Disciplina rígida. 
- Institucionalização era terapêutica. 
- Família é tomada como causa do adoecimento. 
“Em geral é tão agradável, para um doente, estar no seio da família e aí                             
receber os cuidados e as consolações de uma amizade tenra e indulgente,                       
que enuncio penosamente uma verdade triste, mas constatada pela                 
experiência repetida, qual seja, a absoluta necessidade de confiar os                   
alienados a mãos estrangeiras e de isolá-los de seus parentes”. 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
PINEL apud CASTEL, 1978 
● Tratamento asilar 
Hospital como instituição para alienados: loucos permaneciam             
enclausurados 
5 principais funções do asilo (Esquirol): 
1. Garantir a segurança do louco e sua família; 
2. Liberá-​‐los das influências externas; 
3. Vencer suas resistências pessoais; 
4. Submetê-​los ao regime médico; 
5. Impor-​lhes novos hábitos intelectuais e morais 
Psiquiatria Tradicional (ou organicista/ biológica) - Kraepelin, fim do                 
século XIX 
❏ Objetos da psiquiatria: “corpo” e “doença mental”. 
❏ O saber médico, através da “ciência”, define o diagnóstico e o                     
tratamento. 
❏ Tratamento somente no hospital psiquiátrico: isolamento social e o                 
emprego de técnicas: 
1. Clinoterapia (repouso) e Balneoterapia 
2. Trabalho 
3. Eletroconvulsoterapia 
4. Psicocirurgias (lobotomia) 
5. Insulinoterapia e Malarioterapia 
1841 ​– Criação do Asilo Pedro II. Praia Vermelha, RJ. 
1852 – Inauguração Hospício Pedro II. Obra grandiosa, nos moldes dos asilos                       
europeus. 
1884​ – Inauguração do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Porto Alegre 
 
❏ Hospital Psiquiátrico é o principal local de tratamento. 
❏ Manicômio é uma instituição total, um lugar de resistência e trabalho,                     
onde os indivíduos se encontram separados da sociedade vivem em                   
lugar fechado e têm sua vida administrada por uma equipe                   
(GOFFMAN, 2003). 
❏ Manicômio – lugar zero de troca. 
❏ Tutela e internação tem finalidade de subtração das trocas e                   
estabelecer relações de dependência (ROTELLI; DE LEONARDIS;             
MAURI 2001). 
❏ Os sujeitos institucionalizados em hospitais psiquiátricos têm o seu                 
cotidiano marcado pela presença da doença, do sofrimento, com                 
anulação de seus direitos de cidadão, perda da autonomia, restrição                   
em atividades de trabalho, de lazer e nas trocas sociais. 
❏ Sujeitos em sofrimento psíquico ficam restrito a uma instituição com                   
suas regras, privações e limitações. 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
❏ Sujeitos são mantidas longe do contato social e familiar. 
❏ Superlotação dos hospícios. 
❏ Enfatiza as determinações orgânicas dos problemas; 
❏ Tratamento no modo asilar: ​uma ação que intervém em relação a                     
um problema – DOENÇA para perseguir uma solução – CURA. 
❏ O atendimento dos profissionais é marcado pela centralidade da                 
doença, pelo tratamento medicamentoso e pela pouca valorização               
das singularidades dos sujeitos. 
❏ Tratamento asilar oprimiu os sujeitos em sofrimento psíquico, reduziu                 
as suas expectativas e interrompeu seus projetos de vida. 
 
Tentativa de resgatar o potencial terapêutico das instituições               
psiquiátricas → COLÔNIAS DE ALIENADOS → Trabalho TerapêuticoColônia Agrícola Juqueri (RJ)– 1895 → 16.000 internos 
 
Período pós II Guerra Mundial 
Questionamentos acerca do papel do hospício e do saber psiquiátrico 
Críticas: 
1. superlotação dos hospícios; 
2. dificuldade em estabelecer limites da loucura e sanidade; 
3. contra violência aos internos 
REFORMA INTERNA DAS     
INSTITUIÇÕES 
restrita ao âmbito hospitalar 
 
Comunidade Terapêutica (Inglaterra) 
Grupos de discussão envolvendo internos no tratamento 
Psicoterapia Institucional (França) 
Trabalho Terapêutico – no hospital todos deveriam ter 
uma função terapêutica 
EXTENSÃO DA   
PSIQUIATRIA AO ESPAÇO     
PÚBLICO 
Psiquiatria de Setor (França) 
Criados Centros de Saúde Mental, continuidade pós alta 
Psiquiatria Preventiva (EUA) 
Saúde Mental Comunitária – Prevenção e Desospitalização 
DESCONSTRUÇÃO DO 
APARATO PSIQUIÁTRICO 
 
Antipsiquiatria (Inglaterra) 
Conceito de doença mental era rejeitado 
Psiquiatria Democrática (Itália) 
Fechamento de hospícios e criação de serviços             
substitutivos 
 
Psiquiatria Democrática Italiana (ou Psiquiatria de Basaglia) (Franco               
Basaglia, década de 1960) 
❏ Movimento de caráter político iniciado na Itália. 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
❏ Tenta recuperar a complexidade da loucura, pois esta diz respeito ao                     
homem, à sociedade e à família. 
❏ Não nega a existência da doença mental, mas propõe uma forma                     
mais ampla de lidar com a loucura. 
❏ Resgata da cidadania do sujeito em “sofrimento mental” 
 
Criação da Lei 180/1978 – Lei da Reforma Psiquiátrica 
Reforma Psiquiátrica Brasileira → Início no final da década de 1970 
1. Psiquiatria Democrática Italiana 
2. Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental 
3. Redemocratização do país 
4. Reforma Sanitária 
❏ A reforma psiquiátrica brasileira é considerada como um processo                 
histórico de formulação crítica e prática. Possui como objetivos o                   
questionamento e a elaboração de pressupostos de transformação               
do paradigma da psiquiatria (AMARANTE, 1999; 2007)  
❏ Reforma psiquiátrica é o conjunto de iniciativas políticas, sociais,                 
culturais, administrativas e jurídicas que visam transformar a relação                 
da sociedade para com o doente.  
❏ A reforma psiquiátrica que estamos construindo vai das               
transformações na instituição e no poder médico psiquiátrico até as                   
práticas em lidar com os sujeitos em sofrimento psíquico                 
(AMARANTE, 1999). 
❏ Processo em Movimento, que se transforma permanentemente. 
Processo social complexo que se constitui no entrelaçamento de                 
dimensões: 
● Teórico​‐Conceitual.  
Construção de conceitos: 
“Existência-sofrimento” 
Paradigma Estético 
Loucura Como Fenômeno 
Acolhimento 
Cuidado 
Emancipação 
Contratualidade social 
● Técnico​‐Conceitual 
Construção de novos serviços: 
espaços de sociabilidade e de trocas 
produção de saúde e de subjetividades 
● Jurídico-​‐PolítIca 
Progressiva extinção dos manicômios. 
Aprovação de legislações em favor da reforma sanitária e psiquiátrica 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
● Sociocultural 
Construção de práticas sociais: 
transformar o imaginário social relacionado à loucura, a doença mental e a                       
anormalidade 
reconhecimento do sujeito como cidadão 
 
Nise da Silveira (1905 – 1999) 
❏ Corajosa ruptura com métodos de tratamento. Terapia ocupacional               
com internos do Centro Psiquiátrico Pedro II → Instituto Municipal                   
Nise da Silveira. 
❏ Museu de Imagens do Insciente: “A linguagem plástica é uma forma                     
de expressão. Eu não chamo de arte, nem de longe tal pretensão. Não                         
garanto que sejam artistas os trabalhos das pessoas que frequentam                   
os ateliês. Não sou eu quem decide se é arte ou não. A função do                             
trabalho não é artística, é expressiva. Atividade expressiva das                 
emoções, dos conteúdos internos” 
 
Lei Federal Nº 10.216 Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira  
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos                       
mentais, redirecionando o modelo assistencial em saúde mental. 
Política Nacional de Saúde Mental → Rede de Atenção Integral à Saúde                       
Mental. 
❏ A construção de uma REDE comunitária de cuidados é fundamental                   
para a consolidação da Reforma Psiquiátrica. 
❏ Composta por CAPS, SRT, Centros de Convivência, Atenção Básica e                   
Hospitais Gerais → RAPS 
❏ Uma rede se conforma na medida em que são permanentemente                   
articuladas outras instituições, associações, cooperativas e variados             
espaços das cidades → cultura, lazer, esporte, previdência social 
❏ A rede deve estar em movimento permanente,direcionado para os                 
outros espaços da cidade, em busca da emancipação das pessoas em                     
sofrimento psíquico. 
 
Modo Asilar X Modo Psicossocial  
Nas últimas décadas o campo da saúde mental tem se configurado em                       
dois modos básicos, diferentes em torno dos saberes, práticas e dos                     
discursos. 
Em oposição ao MODO ASILAR → MODO PSICOSSOCIAL → Paradigma que                     
tem por base as práticas da Reforma Psiquiátrica 
 
 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
MODO ASILAR  MODO PSICOSSOCIAL 
● Ênfase no orgânico 
● Indivíduo não participante do       
tratamento; visto como doente 
● Intervenções centradas só no       
indivíduo 
● Isolamento familiar e social 
● Equipe multiprofissional, mas     
cuidados fragmentados 
● Indivíduo fragmentado:   
(profissionais não discutem os       
problemas entre si) 
● Hegemonia médica 
● Doença: modelo médico 
● Hospital psiquiátrico: estrutura     
fechada 
● Organogramas piramidais e verticais       
com fluxo do ápice para a base 
● Estratificações de poder e saber         
entre profissionais 
● Espaço de relação entre “doentes”         
e“sãos” 
● Reprodução das relações verticais do         
modo capitalista. 
● Considera os fatores políticos e         
biopsicosocioculturais 
● Meios: psicoterapias, laborterapias,     
socioterapias e mais um conjunto de           
dispositivos de reintegração     
sociocultural (destaque para as       
cooperativas de trabalho). 
● Indivíduo é o participante principal         
do seu tratamento 
● Indivíduo como pertencente a um         
grupo familliar e social 
● Trabalhos com família e sociedade         
para mudanças e tratamento 
● Diálogo, o cliente fala, (interlocução). 
● Ponto de fala e de escuta da             
população 
● Livre trânsito do usuário e da           
população 
● sujeito histórico e social em         
sofrimento psíquico 
● serviços diversificados (HD, RT, CAPS,         
etc.) 
● reabilitação psicossocial 
● Territorialização e integralidade 
 
Desafios da Reforma Psiquiátrica 
❏ Atenção a crise 
❏ Inclusão das ações de saúde mental na atenção básica 
❏ Ações intersetoriais 
Legislação em Saúde Mental 
● Lei Federal Nº 10.216  
Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira 
Aprovada em 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os                         
direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais,             
redirecionando o modelo assistencial em saúde mental. 
Direitos da pessoa portadora de transtorno mental: 
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde – suas                         
necessidades; 
II - ser tratada com humanidade e respeito - visando alcançar sua                       
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
recuperaçãopela inserção na família, no trabalho e na comunidade; 
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; 
IV - ter garantia de sigilo; 
V - ter direito à presença médica 
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; 
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua                       
doença e de seu tratamento; 
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos                   
invasivos possíveis; 
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de                 
saúde mental. 
● Tipos de internação psiquiátrica: 
internação voluntária: com o consentimento do usuário; 
internação involuntária: sem o consentimento do usuário e a pedido de                     
terceiro; 
internação compulsória: determinada pela Justiça. 
● Portaria N. 224/1992 
Leitos de Atenção Integral 
❏ O estabelecimento de leitos/unidades psiquiátricas em hospital geral               
objetiva oferecer uma retaguarda hospitalar para os casos em que a                     
internação se faça necessária, após esgotadas todas as possibilidades                 
de atendimento em unidades extra-hospitalares e de urgência. 
❏ O número de leitos psiquiátricos em hospital geral não deverá                   
ultrapassar 10% da capacidade instalada do hospital, até um máximo                   
de 30 leitos.  
❏ Deverão, além dos espaços próprios de um hospital geral, ser                   
destinadas salas para trabalho em grupo (terapias, grupo operativo,                 
dentre outros). 
❏ Os pacientes deverão utilizar área externa do hospital para lazer,                   
educação física e atividades socioterápicas. 
❏ Esses leitos devem ofertar o acolhimento integral ao paciente em                   
crise e devem estar articulados com outros dispositivos de referência                   
para o paciente. A tendência é que essa rede de leitos de atenção                         
integral se expanda e substitua a internação em hospitais                 
psiquiátricos convencionais. 
❏ Os leitos de atenção integral em saúde mental são um componente                     
essencial da porta de entrada da rede assistencial e um mecanismo                     
efetivo de garantia de acessibilidade. 
Durante a internação psiquiátrica em Hospital Geral devem ser oferecidas,                   
de acordo com as necessidades de cada usuário, as seguintes atividades: 
a) avaliação médico-psicológica e social; 
b) atendimento individual (medicamentoso, psicoterapia breve, terapia             
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
ocupacional, dentre outros); 
c) atendimento grupal (grupo operativo, psicoterapia em grupo, atividades                 
socioterápicas); 
d) abordagem à família: orientação sobre o diagnóstico, o programa de                     
tratamento, a alta hospitalar e a continuidade do tratamento; 
e) preparação do paciente para a alta hospitalar (referência e                   
contra-referência), visando a prevenção da ocorrência de outras               
internações. 
● PORTARIA Nº 3.088, 23/12/2011 
Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou                     
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool                     
e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial: 
I - Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral; 
II - Promover a vinculação das pessoas com transtornos mentais e com                       
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas                       
famílias aos pontos de atenção; e 
III - Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de                           
saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do                     
acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.. 
Componentes da rede de atenção psicossocial 
Atenção Básica em Saúde 
 Unidade Básica de Saúde e Núcleo de Apoio a Saúde da Família 
 Consultório na Rua e Centros de Convivência e Cultura 
Apoio aos Serviços do componente Atenção Residencial de Caráter                 
Transitório 
Atenção Psicossocial Estratégica 
Centros de Atenção Psicossocial, nas diversas modalidades 
Atenção de Urgência e Emergência 
SAMU 
UPA 24 horas e urgências/pronto socorro e UBS 
Atenção Residencial de Caráter Transitório 
Unidade de Acolhimento e Serviço de Atenção em Regime Residencial 
Atenção Hospitalar 
Enfermaria especializada em Hospital Geral 
Serviços Hospitalar de referência para pessoas em sofrimento (T. Mental,                   
Crack, álcool, drogas)  
Estratégias de Desinstitucionalização 
Serviços Residenciais Terapêuticos e Programa de Volta para Casa 
Estratégias de Reabilitação Psicossocial 
Geração de Trabalho e Renda, Cooperativas sociais 
 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rede em Implantação e Desenvolvimento; 
Desafios: Necessidade de Maior Articulação entre os pontos da Rede,                   
Atenção à Crise, Formação Profissional. 
● Consultório na rua 
Portaria Nº 2.488/2011 e Portaria 122/2011 
❏ As Equipes do Consultório na Rua são multiprofissionais e lidam com                     
os diferentes problemas e necessidades de saúde da população em                   
situação de rua. 
❏ As atividades do CR incluem a busca ativa e o cuidado aos usuários                         
de álcool, crack e outras drogas. 
❏ Devem atuar frente aos diferentes problemas e necessidades de                 
saúde da população em situação de rua, inclusive na busca ativa e                       
cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas. 
❏ Desenvolvem ações compartilhadas e integradas às UBS, CAPS,               
serviços de Urgência e Emergência… 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
❏ Os Consultórios na Rua (CnaR), instituídos pela Política Nacional de                   
Atenção Básica, integram o componente atenção básica da Rede de                   
Atenção Psicossocial e devem atuar frente aos diferentes problemas e                   
necessidades de saúde da população em situação de rua, inclusive na                     
busca ativa e cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas. 
 
Modalidades 
MODALIDADE I - 4 profissionais (2 nível superior + 2 nível médio) 
MODALIDADE II - 6 profissionais (3 nível superior + 3 nível médio) 
MODALIDADE III - modalidade II + profissional médico 
Motivos de saída para a rua 
Alcoolismo/drogas - 35,5% 
Desemprego - 29,8% 
Desavenças familiares - 29,1% 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
 
● Centro de Atenção Psicossocial 
CAPS - Portaria N. 336/ 2002 
❏ Serviços substitutivos - serviços ambulatoriais de atenção diária, para                 
atendimento a sujeitos com transtornos mentais severos e               
persistentes; 
❏ Ações centradas no acolhimento, no vínculo e na responsabilização                 
de cada membro da equipe; 
❏ Atendimento ambulatorial: intensivo, semi-intensivo e não intensivo; 
❏ Articulação de equipe multiprofissional; 
❏ Principal objetivo: possibilitar a Reabilitação Psicossocial dos usuários,               
visando promover o exercício da cidadania, maior grau de autonomia                   
possível e interação social. 
❏ Diversas modalidades. 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
● PORTARIA Nº 2.841/ 2010  
Institui o CAPS AD III. 
 
● PORTARIA Nº 130, DE 26 DE JANEIRO DE 2012 
Redefine o CAPS III  
❏ Proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com                 
necessidades relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras                 
drogas, com funcionamento nas 24 horas do dia. 
❏ A permanência de um mesmo pacienteno acolhimento noturno do                   
CAPS AD III fica limitada a 14 dias 
❏ Estrutura física: 
mínimo 8 e máximo 12 leitos de acolhimento noturno 
Implantação:  
I - CAPS AD III Novo;  
II - CAPS AD III Qualificado. 
❏ CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO 
População mínima de 200.000 habitantes no município; ou em                 
Município polo regional 
❏ ATENÇÃO INTEGRAL AO USUÁRIO: 
trabalhar de portas abertas, com plantões diários de acolhimento 
atendimento individual 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020 
oferta de medicação assistida e dispensada; 
atendimento em grupos e oficinas terapêuticas; 
visitas e atendimentos domiciliares; 
atendimento à família, individual e em grupo; 
atividades de reabilitação psicossocial (autonomia, escola, cultura,             
dinheiro, 
autocuidado, manejo de medicação, trabalho, redes sociais) 
estimular o protagonismo dos usuários e familiares, promovendo               
atividades participativas e de controle social; 
fornecimento de refeição diária. 
● Serviço Residencial Terapêutico 
Portaria N. 106 de 11 de fevereiro de 2000 
❏ Alternativa de moradia para pessoas com transtornos mentais que                 
não contam com suporte familiar e social adequados -                 
institucionalizadas  
❏ casas localizadas no espaço urbano para responder às necessidades                 
de moradia de portadores de transtornos mentais graves, egressos de                   
hospitais psiquiátricos, hospitais de custódia ou em situação de                 
vulnerabilidade. De 1 até no máximo 8 usuários. 
Funções de um SRT 
a. garantir assistência aos portadores de transtornos mentais com grave                   
dependência institucional que não tenham possibilidade de desfrutar de                 
inteira autonomia social e não possuam vínculos familiares e de moradia; 
b. atuar como unidade de suporte destinada, prioritariamente, aos                 
portadores de transtornos mentais submetidos a tratamento psiquiátrico               
em regime hospitalar prolongado; 
c. promover a reinserção desta clientela à vida comunitária Assistência e                     
supervisão das atividades: SRT deve estar vinculado a um serviço                   
ambulatorial especializado em saúde mental. 
Deve apresentar estrutura física situada fora dos limites de unidades                   
hospitalares gerais ou especializadas. 
● Lei Nº10.708/2003 
Programa De Volta para Casa  
❏ Reintegrar socialmente as pessoas com transtorno mental, egressas               
de longas internações. 
❏ Consiste no pagamento de um auxílio-reabilitação psicossocial pelo               
período de um ano. 
❏ Beneficiários: pessoas com transtorno mental egressas de             
internações em hospital psiquiátrico, por dois anos ou mais que não                     
necessitam mais dos cuidados destas instituições. 
❏ Auxílio-reabilitação psicossocial Reajustado pela Portaria N. 1511/2013:             
R$ 420,00 
Lahanna Ribeiro  
Enfermagem - AD2020

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