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REFORMA PSIQUIÁTRICA A Loucura através dos tempos ▪ Na Grécia Antiga: pessoa com poderes divinos (comunicava com os deuses). ▪ Na época Medieval: visão mística. ▪ Idade Média: expressão das forças da natureza, loucura era exaltada, sentimento de terror e atração. Surgimento do Hospital Idade média: ⊿ Instituição religiosa, filantrópica, de caridade, assistência aos pobres e desamparados. ⊿ Nesse hospital se misturavam doentes, loucos, devassos, prostitutas, permanece até meados do século XVII como um instrumento que agregava exclusão, assistência e transformação espiritual. Sem a participação da função médica (FOUCAULT, 2004). ⊿ Durante a Idade Média os “loucos” eram vistos como possuídos por demônios [as internações ocorriam para salvar-lhes a alma] sem pretensão de cura. ⊿ Até século XVII hospital tinha função filantrópica, de caridade → Após século XVII Hospital assume função de ordem social e política → Surge o Hospital Geral (1656 – França). ⊿ Internamento funcionava como um mecanismo social para a eliminação dos “a-sociais, para impedir a mendicância, a ociosidade e as desordens. ⊿ Decreto de fundação do Hospital Geral: designava o hospital aos pobres “de todos os sexos, lugares e idades, de qualquer qualidade de nascimento, e seja qual for sua condição, válidos ou inválidos, doentes ou convalescentes, curáveis ou incuráveis”. ⊿ Diretor do hospital: exercia poder absoluto sobre toda a população, não apenas sobre os internos. ⊿ Hospital como Instituição de Caridade → Hospital com funções mais sociais e políticas. ⊿ Ideais da Revolução Francesa: Igualdade, Liberdade, Fraternidade ⊿ O internamento dos loucos juntamente com os pobres e ociosos foi uma prática adotada até o final do século XVIII, momento em que houve uma nova interpretação da loucura. ⊿ Iniciaram denúncias de internações torturadoras de segmentos ociosos da sociedade, motivada pelo pensamento político do Iluminismo e exigia que se atribuísse somente aos loucos esses locais de internamento. Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 ⊿ Movimento de reforma para que os loucos fossem separados dos outros doentes e recebessem cuidados psiquiátricos. ⊿ A loucura passa a ser vista com um estatuto médico, sendo a doença mental objeto da psiquiatria → Medicalização da loucura ⊿ Início de uma consciência médica: considerar como doença aquilo que até então era reconhecido apenas como um mal-estar da sociedade (FOUCAULT, 2004). ⊿ A Psiquiatria surgem com Philippe Pinel → médico, filósofo, matemático e enciclopedista. ⊿ Pinel busca fazer um ordenamento do espaço hospitalar, separando na instituição os diversos internados, como loucos, velhos, abandonados e os com demais doenças. ⊿ Loucos também foram divididos no hospital pelos sintomas que apresentavam → inicia-se a classificação da população pelos sintomas. ⊿ A partir de então passa-se a considerar a internação como a primeira condição para a terapêutica da loucura. (CASTEL, 1991). Origens da psiquiatria ● Philippe Pinel → passa-se, a enxergar a loucura com um estatuto médico. ● Alienação mental = doença mental. ● Distúrbio das paixões, capaz de produzir desarmonia na mente e na possibilidade do indivíduo perceber a realidade. ● Alienado = sem Razão, Periculosidade. ● Philippe Pinel → Tratamento da loucura → ISOLAMENTO ● Isolar a Alienação em seu estado puro. ● Princípio do Isolamento: 1. Isolar para conhecer 2. Observar para conhecer 3. Conhecer para Administrar ● Pinel fundou os primeiros hospitais psiquiátricos; ● Determinou o princípio do isolamento; ● Instaurou o tratamento moral. Espaço asilar específico para esta população: - Disciplina rígida. - Institucionalização era terapêutica. - Família é tomada como causa do adoecimento. “Em geral é tão agradável, para um doente, estar no seio da família e aí receber os cuidados e as consolações de uma amizade tenra e indulgente, que enuncio penosamente uma verdade triste, mas constatada pela experiência repetida, qual seja, a absoluta necessidade de confiar os alienados a mãos estrangeiras e de isolá-los de seus parentes”. Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 PINEL apud CASTEL, 1978 ● Tratamento asilar Hospital como instituição para alienados: loucos permaneciam enclausurados 5 principais funções do asilo (Esquirol): 1. Garantir a segurança do louco e sua família; 2. Liberá-‐los das influências externas; 3. Vencer suas resistências pessoais; 4. Submetê-los ao regime médico; 5. Impor-lhes novos hábitos intelectuais e morais Psiquiatria Tradicional (ou organicista/ biológica) - Kraepelin, fim do século XIX ❏ Objetos da psiquiatria: “corpo” e “doença mental”. ❏ O saber médico, através da “ciência”, define o diagnóstico e o tratamento. ❏ Tratamento somente no hospital psiquiátrico: isolamento social e o emprego de técnicas: 1. Clinoterapia (repouso) e Balneoterapia 2. Trabalho 3. Eletroconvulsoterapia 4. Psicocirurgias (lobotomia) 5. Insulinoterapia e Malarioterapia 1841 – Criação do Asilo Pedro II. Praia Vermelha, RJ. 1852 – Inauguração Hospício Pedro II. Obra grandiosa, nos moldes dos asilos europeus. 1884 – Inauguração do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Porto Alegre ❏ Hospital Psiquiátrico é o principal local de tratamento. ❏ Manicômio é uma instituição total, um lugar de resistência e trabalho, onde os indivíduos se encontram separados da sociedade vivem em lugar fechado e têm sua vida administrada por uma equipe (GOFFMAN, 2003). ❏ Manicômio – lugar zero de troca. ❏ Tutela e internação tem finalidade de subtração das trocas e estabelecer relações de dependência (ROTELLI; DE LEONARDIS; MAURI 2001). ❏ Os sujeitos institucionalizados em hospitais psiquiátricos têm o seu cotidiano marcado pela presença da doença, do sofrimento, com anulação de seus direitos de cidadão, perda da autonomia, restrição em atividades de trabalho, de lazer e nas trocas sociais. ❏ Sujeitos em sofrimento psíquico ficam restrito a uma instituição com suas regras, privações e limitações. Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 ❏ Sujeitos são mantidas longe do contato social e familiar. ❏ Superlotação dos hospícios. ❏ Enfatiza as determinações orgânicas dos problemas; ❏ Tratamento no modo asilar: uma ação que intervém em relação a um problema – DOENÇA para perseguir uma solução – CURA. ❏ O atendimento dos profissionais é marcado pela centralidade da doença, pelo tratamento medicamentoso e pela pouca valorização das singularidades dos sujeitos. ❏ Tratamento asilar oprimiu os sujeitos em sofrimento psíquico, reduziu as suas expectativas e interrompeu seus projetos de vida. Tentativa de resgatar o potencial terapêutico das instituições psiquiátricas → COLÔNIAS DE ALIENADOS → Trabalho TerapêuticoColônia Agrícola Juqueri (RJ)– 1895 → 16.000 internos Período pós II Guerra Mundial Questionamentos acerca do papel do hospício e do saber psiquiátrico Críticas: 1. superlotação dos hospícios; 2. dificuldade em estabelecer limites da loucura e sanidade; 3. contra violência aos internos REFORMA INTERNA DAS INSTITUIÇÕES restrita ao âmbito hospitalar Comunidade Terapêutica (Inglaterra) Grupos de discussão envolvendo internos no tratamento Psicoterapia Institucional (França) Trabalho Terapêutico – no hospital todos deveriam ter uma função terapêutica EXTENSÃO DA PSIQUIATRIA AO ESPAÇO PÚBLICO Psiquiatria de Setor (França) Criados Centros de Saúde Mental, continuidade pós alta Psiquiatria Preventiva (EUA) Saúde Mental Comunitária – Prevenção e Desospitalização DESCONSTRUÇÃO DO APARATO PSIQUIÁTRICO Antipsiquiatria (Inglaterra) Conceito de doença mental era rejeitado Psiquiatria Democrática (Itália) Fechamento de hospícios e criação de serviços substitutivos Psiquiatria Democrática Italiana (ou Psiquiatria de Basaglia) (Franco Basaglia, década de 1960) ❏ Movimento de caráter político iniciado na Itália. Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 ❏ Tenta recuperar a complexidade da loucura, pois esta diz respeito ao homem, à sociedade e à família. ❏ Não nega a existência da doença mental, mas propõe uma forma mais ampla de lidar com a loucura. ❏ Resgata da cidadania do sujeito em “sofrimento mental” Criação da Lei 180/1978 – Lei da Reforma Psiquiátrica Reforma Psiquiátrica Brasileira → Início no final da década de 1970 1. Psiquiatria Democrática Italiana 2. Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental 3. Redemocratização do país 4. Reforma Sanitária ❏ A reforma psiquiátrica brasileira é considerada como um processo histórico de formulação crítica e prática. Possui como objetivos o questionamento e a elaboração de pressupostos de transformação do paradigma da psiquiatria (AMARANTE, 1999; 2007) ❏ Reforma psiquiátrica é o conjunto de iniciativas políticas, sociais, culturais, administrativas e jurídicas que visam transformar a relação da sociedade para com o doente. ❏ A reforma psiquiátrica que estamos construindo vai das transformações na instituição e no poder médico psiquiátrico até as práticas em lidar com os sujeitos em sofrimento psíquico (AMARANTE, 1999). ❏ Processo em Movimento, que se transforma permanentemente. Processo social complexo que se constitui no entrelaçamento de dimensões: ● Teórico‐Conceitual. Construção de conceitos: “Existência-sofrimento” Paradigma Estético Loucura Como Fenômeno Acolhimento Cuidado Emancipação Contratualidade social ● Técnico‐Conceitual Construção de novos serviços: espaços de sociabilidade e de trocas produção de saúde e de subjetividades ● Jurídico-‐PolítIca Progressiva extinção dos manicômios. Aprovação de legislações em favor da reforma sanitária e psiquiátrica Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 ● Sociocultural Construção de práticas sociais: transformar o imaginário social relacionado à loucura, a doença mental e a anormalidade reconhecimento do sujeito como cidadão Nise da Silveira (1905 – 1999) ❏ Corajosa ruptura com métodos de tratamento. Terapia ocupacional com internos do Centro Psiquiátrico Pedro II → Instituto Municipal Nise da Silveira. ❏ Museu de Imagens do Insciente: “A linguagem plástica é uma forma de expressão. Eu não chamo de arte, nem de longe tal pretensão. Não garanto que sejam artistas os trabalhos das pessoas que frequentam os ateliês. Não sou eu quem decide se é arte ou não. A função do trabalho não é artística, é expressiva. Atividade expressiva das emoções, dos conteúdos internos” Lei Federal Nº 10.216 Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, redirecionando o modelo assistencial em saúde mental. Política Nacional de Saúde Mental → Rede de Atenção Integral à Saúde Mental. ❏ A construção de uma REDE comunitária de cuidados é fundamental para a consolidação da Reforma Psiquiátrica. ❏ Composta por CAPS, SRT, Centros de Convivência, Atenção Básica e Hospitais Gerais → RAPS ❏ Uma rede se conforma na medida em que são permanentemente articuladas outras instituições, associações, cooperativas e variados espaços das cidades → cultura, lazer, esporte, previdência social ❏ A rede deve estar em movimento permanente,direcionado para os outros espaços da cidade, em busca da emancipação das pessoas em sofrimento psíquico. Modo Asilar X Modo Psicossocial Nas últimas décadas o campo da saúde mental tem se configurado em dois modos básicos, diferentes em torno dos saberes, práticas e dos discursos. Em oposição ao MODO ASILAR → MODO PSICOSSOCIAL → Paradigma que tem por base as práticas da Reforma Psiquiátrica Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 MODO ASILAR MODO PSICOSSOCIAL ● Ênfase no orgânico ● Indivíduo não participante do tratamento; visto como doente ● Intervenções centradas só no indivíduo ● Isolamento familiar e social ● Equipe multiprofissional, mas cuidados fragmentados ● Indivíduo fragmentado: (profissionais não discutem os problemas entre si) ● Hegemonia médica ● Doença: modelo médico ● Hospital psiquiátrico: estrutura fechada ● Organogramas piramidais e verticais com fluxo do ápice para a base ● Estratificações de poder e saber entre profissionais ● Espaço de relação entre “doentes” e“sãos” ● Reprodução das relações verticais do modo capitalista. ● Considera os fatores políticos e biopsicosocioculturais ● Meios: psicoterapias, laborterapias, socioterapias e mais um conjunto de dispositivos de reintegração sociocultural (destaque para as cooperativas de trabalho). ● Indivíduo é o participante principal do seu tratamento ● Indivíduo como pertencente a um grupo familliar e social ● Trabalhos com família e sociedade para mudanças e tratamento ● Diálogo, o cliente fala, (interlocução). ● Ponto de fala e de escuta da população ● Livre trânsito do usuário e da população ● sujeito histórico e social em sofrimento psíquico ● serviços diversificados (HD, RT, CAPS, etc.) ● reabilitação psicossocial ● Territorialização e integralidade Desafios da Reforma Psiquiátrica ❏ Atenção a crise ❏ Inclusão das ações de saúde mental na atenção básica ❏ Ações intersetoriais Legislação em Saúde Mental ● Lei Federal Nº 10.216 Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira Aprovada em 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, redirecionando o modelo assistencial em saúde mental. Direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde – suas necessidades; II - ser tratada com humanidade e respeito - visando alcançar sua Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 recuperaçãopela inserção na família, no trabalho e na comunidade; III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; IV - ter garantia de sigilo; V - ter direito à presença médica VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. ● Tipos de internação psiquiátrica: internação voluntária: com o consentimento do usuário; internação involuntária: sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; internação compulsória: determinada pela Justiça. ● Portaria N. 224/1992 Leitos de Atenção Integral ❏ O estabelecimento de leitos/unidades psiquiátricas em hospital geral objetiva oferecer uma retaguarda hospitalar para os casos em que a internação se faça necessária, após esgotadas todas as possibilidades de atendimento em unidades extra-hospitalares e de urgência. ❏ O número de leitos psiquiátricos em hospital geral não deverá ultrapassar 10% da capacidade instalada do hospital, até um máximo de 30 leitos. ❏ Deverão, além dos espaços próprios de um hospital geral, ser destinadas salas para trabalho em grupo (terapias, grupo operativo, dentre outros). ❏ Os pacientes deverão utilizar área externa do hospital para lazer, educação física e atividades socioterápicas. ❏ Esses leitos devem ofertar o acolhimento integral ao paciente em crise e devem estar articulados com outros dispositivos de referência para o paciente. A tendência é que essa rede de leitos de atenção integral se expanda e substitua a internação em hospitais psiquiátricos convencionais. ❏ Os leitos de atenção integral em saúde mental são um componente essencial da porta de entrada da rede assistencial e um mecanismo efetivo de garantia de acessibilidade. Durante a internação psiquiátrica em Hospital Geral devem ser oferecidas, de acordo com as necessidades de cada usuário, as seguintes atividades: a) avaliação médico-psicológica e social; b) atendimento individual (medicamentoso, psicoterapia breve, terapia Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 ocupacional, dentre outros); c) atendimento grupal (grupo operativo, psicoterapia em grupo, atividades socioterápicas); d) abordagem à família: orientação sobre o diagnóstico, o programa de tratamento, a alta hospitalar e a continuidade do tratamento; e) preparação do paciente para a alta hospitalar (referência e contra-referência), visando a prevenção da ocorrência de outras internações. ● PORTARIA Nº 3.088, 23/12/2011 Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial: I - Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral; II - Promover a vinculação das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção; e III - Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.. Componentes da rede de atenção psicossocial Atenção Básica em Saúde Unidade Básica de Saúde e Núcleo de Apoio a Saúde da Família Consultório na Rua e Centros de Convivência e Cultura Apoio aos Serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório Atenção Psicossocial Estratégica Centros de Atenção Psicossocial, nas diversas modalidades Atenção de Urgência e Emergência SAMU UPA 24 horas e urgências/pronto socorro e UBS Atenção Residencial de Caráter Transitório Unidade de Acolhimento e Serviço de Atenção em Regime Residencial Atenção Hospitalar Enfermaria especializada em Hospital Geral Serviços Hospitalar de referência para pessoas em sofrimento (T. Mental, Crack, álcool, drogas) Estratégias de Desinstitucionalização Serviços Residenciais Terapêuticos e Programa de Volta para Casa Estratégias de Reabilitação Psicossocial Geração de Trabalho e Renda, Cooperativas sociais Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 Rede em Implantação e Desenvolvimento; Desafios: Necessidade de Maior Articulação entre os pontos da Rede, Atenção à Crise, Formação Profissional. ● Consultório na rua Portaria Nº 2.488/2011 e Portaria 122/2011 ❏ As Equipes do Consultório na Rua são multiprofissionais e lidam com os diferentes problemas e necessidades de saúde da população em situação de rua. ❏ As atividades do CR incluem a busca ativa e o cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas. ❏ Devem atuar frente aos diferentes problemas e necessidades de saúde da população em situação de rua, inclusive na busca ativa e cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas. ❏ Desenvolvem ações compartilhadas e integradas às UBS, CAPS, serviços de Urgência e Emergência… Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 ❏ Os Consultórios na Rua (CnaR), instituídos pela Política Nacional de Atenção Básica, integram o componente atenção básica da Rede de Atenção Psicossocial e devem atuar frente aos diferentes problemas e necessidades de saúde da população em situação de rua, inclusive na busca ativa e cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas. Modalidades MODALIDADE I - 4 profissionais (2 nível superior + 2 nível médio) MODALIDADE II - 6 profissionais (3 nível superior + 3 nível médio) MODALIDADE III - modalidade II + profissional médico Motivos de saída para a rua Alcoolismo/drogas - 35,5% Desemprego - 29,8% Desavenças familiares - 29,1% Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 ● Centro de Atenção Psicossocial CAPS - Portaria N. 336/ 2002 ❏ Serviços substitutivos - serviços ambulatoriais de atenção diária, para atendimento a sujeitos com transtornos mentais severos e persistentes; ❏ Ações centradas no acolhimento, no vínculo e na responsabilização de cada membro da equipe; ❏ Atendimento ambulatorial: intensivo, semi-intensivo e não intensivo; ❏ Articulação de equipe multiprofissional; ❏ Principal objetivo: possibilitar a Reabilitação Psicossocial dos usuários, visando promover o exercício da cidadania, maior grau de autonomia possível e interação social. ❏ Diversas modalidades. Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 ● PORTARIA Nº 2.841/ 2010 Institui o CAPS AD III. ● PORTARIA Nº 130, DE 26 DE JANEIRO DE 2012 Redefine o CAPS III ❏ Proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras drogas, com funcionamento nas 24 horas do dia. ❏ A permanência de um mesmo pacienteno acolhimento noturno do CAPS AD III fica limitada a 14 dias ❏ Estrutura física: mínimo 8 e máximo 12 leitos de acolhimento noturno Implantação: I - CAPS AD III Novo; II - CAPS AD III Qualificado. ❏ CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO População mínima de 200.000 habitantes no município; ou em Município polo regional ❏ ATENÇÃO INTEGRAL AO USUÁRIO: trabalhar de portas abertas, com plantões diários de acolhimento atendimento individual Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020 oferta de medicação assistida e dispensada; atendimento em grupos e oficinas terapêuticas; visitas e atendimentos domiciliares; atendimento à família, individual e em grupo; atividades de reabilitação psicossocial (autonomia, escola, cultura, dinheiro, autocuidado, manejo de medicação, trabalho, redes sociais) estimular o protagonismo dos usuários e familiares, promovendo atividades participativas e de controle social; fornecimento de refeição diária. ● Serviço Residencial Terapêutico Portaria N. 106 de 11 de fevereiro de 2000 ❏ Alternativa de moradia para pessoas com transtornos mentais que não contam com suporte familiar e social adequados - institucionalizadas ❏ casas localizadas no espaço urbano para responder às necessidades de moradia de portadores de transtornos mentais graves, egressos de hospitais psiquiátricos, hospitais de custódia ou em situação de vulnerabilidade. De 1 até no máximo 8 usuários. Funções de um SRT a. garantir assistência aos portadores de transtornos mentais com grave dependência institucional que não tenham possibilidade de desfrutar de inteira autonomia social e não possuam vínculos familiares e de moradia; b. atuar como unidade de suporte destinada, prioritariamente, aos portadores de transtornos mentais submetidos a tratamento psiquiátrico em regime hospitalar prolongado; c. promover a reinserção desta clientela à vida comunitária Assistência e supervisão das atividades: SRT deve estar vinculado a um serviço ambulatorial especializado em saúde mental. Deve apresentar estrutura física situada fora dos limites de unidades hospitalares gerais ou especializadas. ● Lei Nº10.708/2003 Programa De Volta para Casa ❏ Reintegrar socialmente as pessoas com transtorno mental, egressas de longas internações. ❏ Consiste no pagamento de um auxílio-reabilitação psicossocial pelo período de um ano. ❏ Beneficiários: pessoas com transtorno mental egressas de internações em hospital psiquiátrico, por dois anos ou mais que não necessitam mais dos cuidados destas instituições. ❏ Auxílio-reabilitação psicossocial Reajustado pela Portaria N. 1511/2013: R$ 420,00 Lahanna Ribeiro Enfermagem - AD2020
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