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Parasitas - Helmintos e Intestinais

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Raquel Elisa Ramos 
4BMAD 
- - - - - - - - - - - - Parasitologia Clínica - - - - - - - - - - 
Biossegurança: conjunto de ações para prevenir, minimizar e eliminar riscos. 
• Laboratório de parasito – nível 2, pois o risco é moderado (de infecção). 
• Em geral, o risco coletivo é baixo. 
Coleta e seleção de amostras: 
Amostras fecais – diferentes formas e consistências, podendo ser coletadas frescas ou com 
conservante, não precisando de jejum para serem coletadas. 
• Amostra formada – utilizar penico e depois colocar no frasco. 
o Quantidade: menos de meio frasco. 
o Não pode haver urina na amostra; isso pode infectar/interferir. 
• Amostra aquosa – coletar diretamente no frasco (sugestão). 
o Com crianças pequenas, dá para usar coletor de urina ou fralda. 
• Amostras múltiplas – geralmente a pedido de médicos!!! 
o Nunca coletar mais de uma amostra no mesmo dia. O ideal é coletar três 
amostras (em dias alternados). 
Amostras de urina – diferentes em homens e mulheres. O trichomonas vaginalis só é coletado 
nesse tipo de amostra. 
Swab anal / fita adesiva – para parasitas específicos. 
Coleta de sangue – para doença de chagas e malária. 
• Em casos de suspeita de leishmaniose tegumentar, o ideal é fazer raspagem de lesão. 
Conservação e transporte: 
São feitos de acordo com as orientações laboratoriais, e isso varia regionalmente. A conservação 
pode ser feita em temperatura ambiente ou, quando esta for acima de 35°C, a amostra é 
mantida em geladeiras. 
• A má conservação pode levar à proliferação de bactérias e fungos, sendo que ambos 
interferem na análise. 
• Conservantes – fixam o material biológico (a amostra tem que ser toda submersa). 
Expressão de resultados: importâncias: 
1 – Informação de valores epidemiológicos (importante!!!). 
2 – O laudo deve conter informação tanto de análises micro quanto macroscópicas. 
3 – Eficiência o tratamento deve ser acompanhada e determinada. 
- - - - - - - - - - Exames Parasitológicos - - - - - - - - - 
Protozoários Intestinais. 
São também chamados de exames coproparasitológicos. 
Raquel Elisa Ramos 
4BMAD 
Exame macroscópico: analisar a amostra a olho nu. 
Antecede o exame microscópico, mas não são todos os laboratórios que fazem isso. É 
importante analisar: consistência; odor (mas não é tão aconselhável); cor; presença ou ausência 
de sangue, muco, proglotes ou vermes adultos, etc. 
Estágios morfológicos de protozoários encontrados em fezes: 
Parasitos Amostras 
Trofozoítos Líquidas/pastosas 
Cistos Formadas/semiformadas 
Ovos e larvas Todos os tipos 
 
Técnicas de análise: 
• Observação simples – examinar/revolver com bastão de vidro. 
• Tamisação – lavar a amostra com uma peneira (não é uma técnica muito utilizada). 
Exame microscópico: identificar e diferenciar estruturas dos parasitos. 
Identificar a fase em que o parasito se encontra. Ex: proglote de taenia – existem dois métodos: 
• Ácido acético glacial – associação de sais, calcário e carbonato de cálcio. 
• Tinta da China (nanquim) – corar as ramificações uterinas. 
Análise da lâmina – a leitura deve ser completa. Métodos: 
1. Exame direto a fresco – diluir a amostra com salina para ficar mais fácil de espalhar na 
lâmina; colocar lugol é opcional. É um processo rápido e fácil. 
2. Métodos de concentração – facilitar o encontro dos parasitas; objetivos: 
o Aumentar número de cistos, oocistos, ovos ou larvas na preparação. 
o Eliminar a maioria dos detritos. 
o Apresentar os organismos em um estado inalterado. 
As técnicas de concentração se dividem em: flutuação e sedimentação, sendo que cada uma 
delas possui subdivisões: 
Flutuação simples – diferença de densidade entre estrutura parasitária e o material fecal; as 
estruturas flutuam e os detritos flutuam. 
• Remoção seletiva de ovos e cistos. 
• Não é uma técnica tão empregada. 
• Alta densidade de reagente – danifica paredes dos cistos. 
• Gorduras e óleos também podem flutuar: dificulta a análise. 
• Existem várias técnicas, e o que muda nelas é o reagente. 
Centrifugo-flutuação – imprópria para amostras com grande quantidade de gordura; e a 
diferença dessa técnica para a flutuação simples é que, além de filtrar, precisa centrifugar. 
Técnicas de sedimentação – aumentar o número de amostra parasitária. O problema é que fica 
uma grande quantidade de detritos fecais no sedimento. 
• Hoffman, Pons e Janer são os mais utilizados. 
Raquel Elisa Ramos 
4BMAD 
• Sedimentação espontânea – uso de grande quantidade de material fecal. O diagnóstico 
é seguro e satisfatório e necessita de poucas vidrarias. Porém, ficam muitos detritos 
fecais no sedimento. 
• Centrifugo-sedimentação – são formadas quatro camadas, mas somente a camada 1 é 
analisada: 
1. Sedimento no fundo do tubo contendo parasitos. 
2. Camada de formalina. 
3. Tampão de detritos fecais. 
4. Camada de éter na superfície. 
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Helmintos. 
Quantitativo: Kato e Katz. 
• Avaliar a gravidade da infeção através da contagem de ovos nas fezes do paciente 
infectado. 
• Vantagem – avaliar diretamente a amostra. 
• Desvantagem – não pode ser feita em fezes diarreicas. 
o As diarreias geralmente são causadas por protozoários, enquanto os helmintos 
geralmente deixam as fezes mais compactas. 
Quantitativo: fita adesiva. 
• A coleta deve ser feita pela manhã. 
• Colocar a fita na região perianal e depois levar para análise. 
• O objetivo é recolher, através da parte adesiva de uma fita de celofane, os ovos que 
ficam na região anal, perianal e perineal. 
• O exame é feito para identificar principalmente Enterobius Vermicularis e Taenia sp. 
Quantitativo: isolamento. 
• Geralmente usado para isolar larvas (elas precisam estar vivas). 
• Estrutura morfológica – difere uma larva de outra e são encontradas principalmente 
larvas de Strongyloides Stercoralis. 
• Podem também ser identificados e diagnosticados ovos embrionados e larvas de 
ancilostomídeos. 
• Método de Rugai, Mattos e Brisola – todas de hidrotropismo. 
Quantitativo: culturas. 
• Mais sensível do que os outros métodos e o resultado é melhor. 
• Se baseia no movimento lento da larva sobre o ágar – ela carrega bactérias junto, sendo 
que estas formarão os caminhos por onde a larva passou. 
• A análise precisa ser realizada em fezes frescas, não refrigeradas. 
• As placas são observadas no microscópio para confirmação da presença de organismos.

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