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NEGOCIOS JURÍDICOS
FATOS JURÍDICOS LATO SENSU:
Os fatos jurídicos lato sensu abrangem qualquer fato, procedente da natureza ou do ser humano, 
que potencialmente gera efeitos jurídicos.
FATOS Jurídicos STRICTO SENSU: De um lado, o fato jurídico stricto sensu é qualquer fenômeno da 
natureza que gera repercussão jurídica, como o nascimento, a morte etc. A natureza gera fatos, 
e não atos, no sentido mais estrito da palavra, o que justifica a nomenclatura:
 - Ordinários: quando se cuidam de fenômenos usuais e esperados da natureza, como a chuva, 
o tempo, o nascimento e a morte;
 - Extraordinários: quando se tratar de fenômenos naturais marcados pela excepcionalidade e pela 
imprevisibilidade, como 
NEGÓCIO JURÍDICO: os efeitos jurídicos podem ser negociados pela vontade humana, obedecido os 
limites das normas de ordem pública. A vontade humana pode definir os efeitos jurídicos, de 
acordo com a margem dada pela lei.
ATOS JURÍDICOS STRICTO SENSU: ou atos não negociais, os efeitos jurídicos são preestabelecidos 
pela lei,de maneira que a vontade do indivíduo não pode negociar esses feitos. Não se admite 
termo, condição ou encargo. EXEMPLO: reconhecimento de paternidade.
ESPÉCIES DE ATOS JURÍDICOS STRICTU SENSO: 
 -RECLAMATIVOS: envolvem reclamações ou provocações, como na interpelação pela qual o 
interpelante reclama a constituição do devedor em mora ou indica o objeto que escolheu na 
obrigação alternativa;
COMUNICATIVOS: dizem respeito aos que veiculam uma mera comunicação de uma vontade 
que gera efeitos jurídicos, como a comunicação da escolha da prestação pelo devedor na 
obrigação alternativa;
-
ENUNCIATIVOS: envolvem exteriorização de conhecimento, como na declaração de 
reconhecimento de filiação;
-
MANDAMENTAIS: são declarações de vontade que impõe ou proíbem procedimentos, como a 
exigência de demolição do prédio vizinho na iminência de ruir (art. 1.280, CC) ou o aviso-
prévio de uso temporário da área do vizinho para a realização de obras.
-
COMPÓSITOS: que são atos de vontade que integram uma parte do suporte fático de uma 
situação jurídica, mas que dependem de outras circunstâncias fáticas para a completarem, 
exemplo de ato jurídico compósito é a fixação de domicílio, que depende do ânimo definitivo 
(vontade) e também da residência (dado fático). O adjetivo “compósito” diz respeito a coisas 
caracterizadas pela heterogeneidade de elementos, pela composição por mais de um 
elemento. O ato jurídico compósito é caracterizado por envolver a vontade e um dado fático.
-
ATO-FATO JURÍDICO
Qualquer conduta humana para a qual o Direito não reputa significante a vontade humana por 
força de lei. como se o indivíduo estivesse agindo pelo seu instinto natural, pela natureza.
O que importa é resultado e não a vontade.
Negócios Jurídicos
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021 21:02
 Página 1 de Nova Seção 1 
O que importa é resultado e não a vontade.
EXEMPLO: o caso, por exemplo, da ocupação prevista no art. 1.263 do CC, que é apropriação 
de coisa de ninguém (res nullius) ou de coisa abandonada (res derelicta), como a pesca de um 
peixe ou o assenhoreamento de uma raquete de tênis jogada no lixo.
principal relevância prática do ato-fato jurídico é a de que não se falará em sua invalidade por 
questões relativas à falta de discernimento, a vontade é irrelevante para esses atos. Não se 
poderá invalidar uma compra de cachorro-quente por uma criança por falta de 
representação nem a aquisição de uma coisa abandonada (ocupação):
 - ATOS-FATOS REAIS (MATERIAIS): geram um resultado na realidade concreta e 
material. resultam “circunstâncias fáticas, geralmente irremovíveis”, como a ocupação, 
o achado de tesouro, a descoberta e a especificação.
 - ATOS-FATOS INDENIZATIVOS: correspondem aos atos humanos LÍCITOS que geram o 
dever de indenizar por causar dano ao patrimônio de terceiros. OBS: Não abrangem os ilícitos 
pois esses decorrem da vontade, o que não ocorre nos atos-fatos. 
1.
São excepcionais, pois fogem à regra de que só há dever de indenizar danos oriundos de 
ilicitudes e, por isso, exigem regra jurídica expressa (lei ou princípio jurídico) impondo o dever 
de indenizar. EXEMPLOS: dever de indenizar terceiros lesionados no caso de não terem 
causado o fato ensejador de legítima defesa. Passagem forçada, que, embora seja permitida 
em lei, acarreta o dever de o titular do imóvel encravado indenizar o titular do imóvel 
vizinho,
2.
 - ATOS-FATOS CADUCIFICANTES: implicam a extinção de direitos ou de pretensões pelo 
tempo – a caducidade –, a exemplo da prescrição, decadência e preclusão.
Planos dos Fatos Jurídicos
Fatos Jurídicos possuem três planos: o da existência, o da validade e o da eficácia. Essa teoria 
é conhecida também como “Escada Ponteana”.
Para que um fato da vida tenha repercussão jurídica e, portanto, possa ser tido por jurídico, 
ele precisa atravessar esses três planos, atendendo aos requisitos legais de cada um deles.
EXISTÊNCIA: Relevância no mundo jurídico.
VALIDADE: Se o ato é ou não é compatível com o mundo jurídico. Um contrato de encomenda 
de assassinato existe no mundo jurídico, mas não é validado pelo nosso ordenamento.
Há dois graus de invalidade: a nulidade e a anulabilidade. A Nulidade impede a entrada do 
ato jurídico no plano da eficácia, ao passo que a anulabilidade permite esse ingresso sob a 
ameaça de, mediante provocação do interessado, essa eficácia ser cassada diante da 
declaração posterior de anulação. 
EFICÁCIA: aptidão do fato jurídico para irradiar efeitos jurídicos. Em metáfora, um fato 
jurídico existente e válido, mas ineficaz, é como uma lâmpada apaga: não irradia raios 
luminosos.
NEGÓCIO JURÍDICO: 
ELEMENTOS ESSENCIAIS: Obrigatórios/indispensáveis para o negócio jurídico: Declaração de 
vontade, preço, coisa, consentimento.
ELEMENTOS NATURAIS: Decorrem da natureza do negócio jurídico. Não precisam ser 
expressos. EXEMPLO: A transferência de propriedade do bem em um negócio de compra e 
venda.
ELEMENTOS ACIDENTAIS: Não são obrigatórias, sua presença é facultativa: Termo condição e 
encargo.
TERMO: é evento futuro e certo que influi na eficácia do negócio jurídico. É um momento em 
que começa ou extingue a eficácia do negócio jurídico. EX: doar o imóvel após a morte do 
seu pai.
 Página 2 de Nova Seção 1 
seu pai.
CONDIÇÃO: evento futuro e incerto que influi na eficácia de um negócio jurídico. O direito 
sujeito a condição suspensiva ou resolutiva é um direito eventual, pois os seus efeitos estão 
na dependência do eventual implemento de fato incerto. Esse direito eventual, todavia, 
é direito adquirido e, por isso, é protegido diante de leis posteriores, que devem respeitá-lo 
(art. 6º, § 2º, LINDB).
O direito eventual autoriza o seu titular a praticar atos destinados a conservar o bem, mesmo 
no caso de condição suspensiva (art. 125, CC).
ENCARGO: o modo ou o ônus é uma obrigação imposta a uma liberalidade. NÃO É UMA 
CONTRAPRESTAÇÃO!! Se dou um carro para alguém impondo-lhe o encargo de levar meu 
filho para escola durante 10 anos, aí eu terei uma doação com encargo. Se, porém, eu 
contrato alguém para levar meu filho à escola durante 10 anos e, como pagamento, eu lhe 
entrego um carro, aí eu terei um contrato oneroso de transporte. 
RESERVA MENTAL
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva 
mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
Reserva mental é o pensamento do declarante da vontade de não querer o que declarou. Isso 
costuma acontecer quando o declarante quer enganar os destinatários, como na hipótese de 
um escritor, com o objetivo de enganar o público, anuncia que doará a uma entidade carente 
todos lucros havidos com a venda do seu livro. O fato de, na sua mente, haver uma reserva 
mental é irrelevante: ele terá de cumprir o que prometeu. 
 Página 3 de Nova Seção 1

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