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Alterações quantitativas e qualitativas do Interstício

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Patologia Geral – 16/09/21
Alterações Quantitativas e Qualitativas dos constituintes do Interstício
 É constituída por uma rede complexa de
macromoléculas que preenchem os espaços
intercelulares.
As macromoléculas são:
 Proteínas fibrilares, como:
• Colágeno
• Fibras Elásticas
Proteínas não fibrilares:
• Fibronectina 
• Laminina
• Organizadoras
Glicosaminoglicanos,
Proteoglicanos.
Alterações dos componentes da MEC são
encontradas em diversas doenças. 
É a principal proteína do interstício (25% da
proteína do organismo);
 Formado por três cadeias polipeptídicas, do
tipo cadeia alfa, enroladas de modo
semelhante a uma corda torcida. Apresentam
20 genes responsáveis pela formação de suas
cadeias;
Há 11 tipos de colágenos descritos.
Tipos:
• I, II, III: Fibrilares
• V, XI: Fibras associadas 
• IV, VII: Rede de membranas basais.
• VIII, IX, X, XI: encontrados em
cartilagens
Formação do colágeno:
Sempre é formado quando há necessidade, é
muito simples sua formação. 
A célula recebe uma sinalização para que
inicie a formação do colágeno
Cada molécula de colágeno faz sua
modificação de acordo com sua função.
1. Há a ativação de genes das cadeias alfa,
com síntese de mRNA, que se dirigem
aos ribossomos do retículo
endoplasmático granuloso (REG), onde
serão sintetizadas as cadeias alfas.
2. Formação do pró-colágeno após a
união das 3 pro alfas. 
3. As moléculas de pró-colágeno são
transportadas para o complexo de
Golgi, onde serão glicosiladas e
excretadas ao meio extracelular.
4. No meio extracelular, as moléculas de
pró-colágeno sofrem ação de
peptidases, que clivam os peptídeos
terminais, e se tonal fibras de
colágeno.
5. Essas fibras se associam por ligações
cruzadas, tornando-se fibrilas
colágenas que se organizam em fibras
colágenas.
Componentes da MEC
Colágeno
Componentes da MECComponentes da MECComponentes da MEC
Alterações do colágeno:
• Alteração Genética:
Apresentam alterações que levam a
mutações na:
◦ Estrutura: alterações na molécula
ou na fibra que podem ou não
causar problemas.
◦ Síntese: as enzimas que auxiliam o
processo sintético do colágeno
estão alteradas. Podem gerar
problemas no organismo.
◦ Degradação: as enzimas de
degradação do colágeno estão
alterados. O colágeno e depositado
de forma normal, porém pode
haver o acúmulo ou a redução do
colágeno. 
Essas alterações genéticas são vistas com
problemas na pele, como a ruga, Síndrome de
Ehlers-Danlos (pele estica mais que o normal).
 Levam também a alterações nos vasos
sanguíneos, diminuindo a resistência da
parede vascular.
 
Problemas na formação óssea são recorrentes
em indivíduos com alteração de colágeno.
• Alteração Adquirida: 
Alterações que interferem na sua
síntese ou na sua degradação.
Resultam de agressões que perturbam
os mecanismos pós-transcricionais.
Exemplos: 
-Escorbuto, com alteração no colágeno tipo
IV, apresentando maior tendência a
hematomas e hemorragias, além de lesões na
mucosa fragilidade capilar e perda dos dentes;
Fibrose, há o aumento da síntese do
colágenos, havendo uma deposição, com
aumento do estroma conjuntivo por
cicatrização ou em processos reacionais.
Dentre os quadros de fibrose, destaca-se a
fibrose hepática e a fibrose cardíaca, que estão
relacionadas a processos inflamatórios;
A fibrose hepática é um bom exemplo. O
fígado é dividido em lóbulos e possui veias em
seu centro lobular. A MEC do fígado apresenta
fibras colágenas, que ao serem lesionadas
necroticamente de forma extensa, perdem a
estruturação normal da matriz que será
ocupada por tecido conjuntivo. 
 Quando há fibrose que chega ao centro
lobular, dificulta a passagem de sangue, o que
diminui a perfusão podendo causar
inflamação e até falência hepática. 
 A fibrose cardíaca também. Ao redor das
fibras cardíacas há deposição de tecido
conjuntivo. 
A hipertrofia cardíaca acontece em processos
como hipertensão arterial, lesões valvares e
estenose que leva o aumento de deposição de
fibras de forma proporcional. 
 Já em quadros patológicos há a hipertrofia
cardíaca que leva a deposição de colágeno,
mas de forma desproporcional, causando
assim fibrose.
 Essa deposição pode ser:
• Difusa: em todo colágeno do
endomísio
• Perivascular: na adventícia da
coronária
• Reparativa
Essas fibroses podem gerar falência cardíaca.
Possuem como principal componente a
elastina, que formam novelos frouxos que
ligam entre si. 
Formação:
Sua produção é feita na célula e sofre
maturação no interstício. 
 Sua grande função é gerar elasticidade em
tecidos.
Alterações na Fibra Elástica:
• Alterações Congênitas: possuem
ligação com problemas em genes. Tem
influência no processo de síntese do
colágeno.
◦ Síntese: causam alterações na
formação das fibras elásticas,
causam problemas ao indivíduo.
Exemplo:
-Síndrome de Marfan: gera
características de alterações na
Fibras Elásticas
formação óssea, apresenta palato
mais profundo, mão e dedos mais
alongados, com aspecto aracnoide e
nascem sem a concavidade dos pés,
no coração pode causar
enrijecimento dos vasos
sanguíneos (esclerose).
• Alterações Adquiridas: estão
associadas a defeito na síntese, ou a
distúrbios mal conhecidos sobre as
fibras já formadas. 
Alterações isoladas da substância
fundamental amorfa são raras. Acontecem
devido a despolimerização de poliglicanos e
proteoglicanos por ação de anticorpos ou de
imunocomplexo.
Exemplos:
Transformação Hialina-Hialinose:
Há acúmulo de proteínas do plasma na MEC,
dando aspecto hialínico róseo e homogêneo.
É uma alteração na qual as fibras colágenas e a
substância fundamental tornam-se
intensamente acidófilas. 
É comum na camada íntima de pequenas
artérias e nos rins, onde há substituição do
glomérulo renal por massa hialínica.
Transformação Mucoide:
Dissociação das fibras colágenas que ficam
dispersas em fibrilas finas, dando aspecto de
tecido mucoso. É comum nas doenças
reumáticas e no hipotireoidismo. 
Transformação Fibrinoide: 
Acumulo de fibrina com deposição de material
acidófilo. Comum na parede de vasos, com
deposições imunocomplexas que desencadeia
em um processo inflamatório o que
permeabiliza o endotélio permitindo a
deposição de fibrinas no espaço. 
Essas fibrinas se mistura a fibras elásticas e
outros componentes do interstício, formando
materiais com aspecto fibrinoide.
Pode ser caracterizada pela deposição, na
MEC, de material proteico fibrilar. As fibras
depositadas apresentam características
químicas e tintoriais.
Depósitos amorfos de material acidófilo no
interstício, comprimindo e hipotrofiando
células adjacentes.
Sua composição é de 90% de proteína amiloide
e 10% componente amiloide.
Na presença de luz polarizada apresenta
coloração amarela e esverdeada. 
São comuns no fígado, nos rins, no baço e no
coração.
Classificação:
• Sistêmica ou Localizada.
• Primária ou Secundária.
Tipos:
• Amiloidose reacional ou secundária
a inflamações crônicas: Acompanha
inflamações crônicas, como
tuberculose, sífilis avançada, artrite
reumatoide, colite ulcerativa e doença
de Crohn.
• Amiloidose sistêmica secundária a
proliferação de plasmócitos: Ocorre
em proliferações monoclonais de
linfócitos B.
• Amiloidose sistêmica de amiloide
tipo AL não associada a proliferação
de plasmócitos. 
• Amiloidose na doença de Alzheimer:
r. Os depósitos formam-se na parede
Alteração da substância 
Fundamental
Amiloidose
de vasos cerebrais ou na matriz
extracelular do tecido nervoso,
fazendo parte das placas senis.
• Amiloidose sistêmica familial da
febre do Mediterrâneo: doença
genética caracterizada por surtos
febris recorrentes, acompanhados de
inflamação em serosas e articulações.
• Amiloidose secundária a
hemodiáliseprolongada: encontrada
em tecidos periarticulares, bainhas de
tendões, cápsula articular e sinóvia. 
• Amiloidose familial hereditária
polineuropática: doença hereditária,
de herança autossômica dominante,
que se caracteriza por depósitos
amiloides em nervos periféricos e
gânglios do sistema nervoso
autônomo. 
• Amiloidose localizada idiopática:
depósitos de proteína amiloide
restritos a um único órgão, às vezes
formando lesões tumorais visíveis
macroscopicamente. 
 
• Amiloidose associada a neoplasias
endócrinas. 
• Amiloidose senil: ocorre no coração,
e no cérebro, ocorrem em placas senis,
semelhantes às da doença de
Alzheimer.

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