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Lesões reversíveis:Degeneração hialina e doenças de acumulo Referencia Bibliográfica: Robbins e cotran-bases patológicas das doenças 9 ed cap 2:Respostas celulares ao estresse e agressões tóxicas:adaptação lesão e morte Cap6: Doenças do sistema imunológico- Amiloidoses. Patologia bogliolo 9 ed capítulo 5 degenerações e Morte celular. Acúmulo de proteínas Os acúmulos intracelulares de proteína geralmente aparecem como gotículas, vacúolos, ou agregados arredondados e eosinófilos(acidófilos) no citoplasma. À microscopia eletrônica, podem ter aparência amorfa, fibrilar ou cristalina. Em alguns distúrbios, como em certas formas de amiloidose, proteínas anormais se depositam principalmente nos espaços extracelulares. O Excessos de proteínas no meio intracelular possuem diversas causas: Gotículas de reabsorção nos túbulos renais proximais são observadas em doenças renais associadas à perda de proteína na urina (proteinúria). No rim, quantidades mínimas filtradas pelo glomérulo são normalmente reabsorvidas por pinocitose no túbulo proximal. Em distúrbios com extravasamento maciço de proteína através do filtro glomerular há um aumento da reabsorção de proteína dentro das vesículas pinocitóticas, e a proteínaaparece como gotículas hialinas róseas dentro do citoplasma da célula tubular. As proteínas que se acumulam podem ser proteínas normais secretadas que são produzidas em quantidade excessiva, como ocorre em certos plasmócitos envolvidos na síntese ativa de imunoglobulinas. O RE torna-se imensamente distendido, produzindo grandes inclusões eosinófilas homogêneas chamadas de corpúsculos de Russell. Defeito intracelular no transporte e secreção de proteínas fundamentais. Na deficiência de α1-antitripsina, mutações em que há dobramento significativamente lento de proteínas resultam no acúmulo de intermediários parcialmente dobrados, que se agregam no RE do fígado e não são secretados. A deficiência dessa enzima nacirculação causa enfisema( enrijecimento de células dos tecidos prejudicando sua função). Acumulo de proteínas no citoesqueleto. Os acúmulos de filamentos de ceratina e neurofilamentos estão associados com certos tipos de lesão celular. A hialina alcoólica é uma inclusão citoplasmática eosinófila, característica de doença hepática alcoólica, e é composta, predominantemente, de filamentos intermediários de ceratina. Os emaranhados neurofibrilares encontrados no cérebro na doença de Alzheimer contêm neurofilamentos e outras proteínas. Agregação de proteínas anormais. As proteínas anormais ou mal dobradas podem se depositar nos tecidos einterferir com suas funções normais. Os depósitos podem ser intra ou extracelulares, ou ambos, e podemcausar, direta ou indiretamente, alterações patológicas. Certas formas de amiloidose se enquadram nessa categoria de doenças. Esses distúrbios são algumas vezes chamados de proteinopatias ou doenças de agregação de proteína. Degeneração Hialina Intracelulares Consiste no acúmulo de material proteico e acidófilo no interior de células (do grego hyálinos = vidro, pois as primeiras observações feitas em cortes sem coloração mostravam acúmulo de material transparente dentro das células). Em alguns casos, a degeneração resulta da condensação de filamentos intermediários e proteínas associadas que formam corpúsculos no interior das células; em outros, representa acúmulo de material de origem viral; outras vezes, o material hialino depositado é constituído por proteínas endocitadas. Corpúsculo Hialino de Mallory – Denk É encontrado tipicamente em hepatócitos de alcoólatras crônicos sendo formado por filamentos intermediários associados a outras proteínas do citoesqueleto. Além do alcoolismo, é visto também na esteato- hepatite não alcoólica, na cirrose juvenil da Índia e no carcinoma hepatocelular. Etiopatogenese da doença: São corpúsculos que são formados no fígado, e ocorrem com processos lesivos por estresse oxidativo que esta acontecendo nesse órgão.A degradação do álcool gera um estresse oxidativo dentro da célula.Quando eu tenho a degradação do álcool no fígado e beta oxidação no figado,essas duas vias geram o estresse oxidativo no tecido hepático porque elas geram espécies reativas.Os radicais livres formados se ligam aos filamentos intermediários da celula,quando eles se ligam ele tem uma alteração no dobradmento de proteínas causando a degradação do citoesqueleto da célula,essas proteínas deviam ser degradadas pelo proteasssomo, proteínas mal dobradas.Quando essa via de degradação também esta alterada por estresse oxidativo,as proteínas anormais não vão ser degradadas e vão começar a se acumular na célula e isso vai causar a degeneração hialina do tipo mallory-denke. Pois a proteína acumulada começa a alterar a conformação das células formando os corpúsculos. Corpusculos hialinos de Councilman-Rocha Lima São encontrados em hepatócitos em hepatites virais,principalmente na febre amarela. Etiopatogenese: Acumulo de material viral depositado junto com proteínas do citoesqueleto(proteínas virais junto com as proteínas do citoesqueleto).Acumulo do material viral junto com componentes protéicos no meio intracelular.As nucleoproteínas virais vão se acumulando com célula ainda viva mas a célula já esta entrando no processo de apoptose(corpo apoptótico).Apesar de ser uma lesão e degeneraão do tipo hialina essa lesão é irreversível pois a parir da infeccçao a célula começa a liberar os mediadores pro apoptoticos.Oocrre uma lesão da mitocondria por estresse oxidativo,a mitocndria libera o citocromo C que vai induzir a inflamação e a morte por apoptose. Cerea de zenker e Margarinus - Torres Degeneração hialina que ocorre na musculatura esquelética sendo identificada por aspecto eosinofilico(muito rosa) que apresentam acumulo de proteínas e uma aspecto vitrio quando identificado na lamina assim como outras características de outras degenerações hialinas pois apresentam os mesmos aspectos na lamina. Esse tipo de degeneração hialina é comum na doença de chagas e outras miocardites(Quando a condição acontece na musculatura cardíaca chama-se Margarinus torres) Etiopatogenese: A degeneração hialina de fibras musculares esqueléticas e cardíacas resulta de endotoxinas bacterianas e de agressão por linfócitos T e macrófagos (p. ex., miocardite e miosite chagásicas). Admite-se que o aspecto hialino (acidófilo e homogêneo) seja por desintegração de microfilamentos, o que parece estar relacionado com a ação de IL-1 e TNF-α em células musculares, nas quais induzem grande atividade catabólica (ativação de proteassomos do citosol e outras proteases intracelulares). A degeneração hialina segmentar de miocélulas é compatível com reabsorção e reestruturação dos sarcômeros, mas, se muito extensa, leva a célula à morte (necrose hialina). Ao ML, muitas vezes é difícil distinguir necrose hialina de degeneração hialina acentuada. Os miócitos em apoptose podem também ter aspecto hialino. Corpúsculos de Russel Condição comum nas infecções por leishimaniose. Etiopatogenese:Elas acontecem por um agregado de imunoglobulinas tendendendo a se aglomerar nos plasmocitos devido uma resposta imune ençacerbada,as imunoglobulinas se acumulam no linfócito B,produção de imunoglobuluna em excesso tende a se acumular no RER dos linfócitos B ou plasmocitos. Formando o corpúsculo de Russel e um processo inflamatório em doenças como a leishimaniose. O acúmulo excessivo de imunoglobulinas em plasmócitos forma estruturas intracitoplasmático conhecidas como corpúsculos de Russell, os quais são frequentes em algumas inflamações agudas (p. ex., salmoneloses) ou crônicas (especialmenteleishmaniose tegumentar e osteomielites). Corpúsculos de Negri Ocorre principalmente em infecção por Raiva Inclusão viral citoplasmática encontrada em neuronios,principalmente do hipocampo(células piramidais) e do cerebelo(células de purkinje).É um acumulo de proteínas virais dentro dos neurônios e celulas do sistema nervoso central Gotículas de reabsorção protéica Ocorre principalmente na síndrome nefrótica Degeneração hialina no epitélio tubular renal por endocitose excessiva de proteínas. As proteínas vão passar pelos capilares e vão passar pelos túbulos do nefron( tubulos renais) reabsorvem essa proteína que passou indevidamente pelo glomerulo,as células endocitam essas proteínas que estão passando pelos tubos e formam a reabsorção protéica,ou seja, isso é sintoma de uma síndrome nefrotica e uma proteinuria que esta permitindo a passagem de proteínas que vão ser fagocitadas pelas células dos túbulos renais formando as gotículas protéicas.Ocorre no rim pois eu tenho perda protéica e as células dos túbulos tentam reabsorver essas proteínas Proteínuria- é a perda de proteína na urina característico de uma síndrome nefrotica Síndrome nefrótica- A Síndrome Nefrótica (SN), é um conjunto de sintomas e sinais, que caracterizam uma doença renal, de evolução crônica, que se identifica principalmente pela perda da capacidade dos rins em reter proteínas filtradas na urina. Degeneração mucóide É uma condição na qual a célula esta acumulando dentro dela a proteína mucina produzida pelas células presentes nos epitélios(células caliciformes).Os núcleos das células repletas de mucina são jogados para periferia da célula. Condição clinica: Pacientes fumantes tem uma produção de mucina elevada pelas células do trato respiratório para tentar proteger os tecidos do agente agressivo no caso a fumaça. Além disso,células tumorais também apresentam uma grande quantidade de mucina produzida Portanto: São conhecidas duas condições: (1) hiperprodução de muco por células mucíparas dos tratos digestivo e respiratório, levando-as a se abarrotar de glicoproteínas (mucina), podendo, inclusive, causar morte celular; (2) síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas, as quais, geralmente, extravasam para o interstício e conferem aspecto de tecido mucoide. Transformação Hialina extracelular As transformações hialinas são o acumulo de proteínas hialinas no meio extracelular,diferente das degenerações que são o acumulo de proteínas no meio intracelular Transformação Hialina ou Hialinose Ocorre principalmente em condições de Hipertensão arterial e diabetes melito. A transformação hialina ou hialinose caracteriza-se por depósitos acidófilos no interstício formados por proteínas do plasma que exsudam e se depositam na MEC. É o que ocorre na íntima de pequenas artérias e arteríolas de indivíduos com hipertensão arterial ou diabetes melito O material proteico, originado em parte do plasma, está associado geralmente a lipídeos, razão pela qual se fala em lipo- hialinose. Nos glomérulos renais de pacientes diabéticos e em outras glomerulopatias, o material hialino deposita-se no mesângio, originado, provavelmente, de exsudação plasmática. A hialinização do interstício é uma alteração na qual as fibras colágenas e a substância fundamental tornam-se intensamente acidófilas. As fibras colágenas ficam tumefeitas e mais espessas, porém homogêneas, perdendo o aspecto fibrilar normal. Tal hialinização é encontrada no queloide, em cicatrizes hipertróficas, na esclerose sistêmica progressiva e em muitos tipos de fibrose. Em pacientes hipertensivos ocorre a hialinização das arteríolas causando a arteriosclerose. Relação clinica com a covid-19: Essa condição também acontece no covid quando o vírus adentra ao pulmão o vírus entra na célula e causa a morte celular que vai acontecer umprocesso inflamatório e essa inflamação aumenta a permeabilidade dos vasos devido a grande inflamação(tempestade de ocitocinas) as proteinas vao para o instersticio do pulmao junto com plasma o que passa a acumular liquido proteico no pulmão que mpedem a passagem do oxigênio formando o aspecto devidro fosco do pulmao do paciente. Transformação mucoide Condição presente em hipotiroidismo e doença reumática A transformação mucoide consiste no aumento da substância fundamental. Com isso, há dissociação das fibras colágenas, que ficam dispersas em fibrilas finas, dando aspecto de tecido mucoso. Na doença reumática, a transformação mucoide do interstício é a lesão mais precoce e parece estar relacionada com a ação de anticorpos ou de imunocomplexos presentes na matriz .No hipotireoidismo (mixedema), o tecido conjuntivo da derme apresenta transformação mucoide por razões inexplicadas. Transformação fibrinoide Condição que ocorre em doenças autoimunes por formação de imunocomplexos(lúpus) e no caso de hipertensão arterial maligna,além de ulceras que geram aumento da permeabilidade vascular. A transformação fibrinoide é a alteração caracterizada pela deposição de material acidófilo semelhante à fibrina. A origem da transformação fibrinoide é variada. Em doenças por imunocomplexos, é comum na parede de vasos e no tecido perivascular e se forma pela deposição de imunocomplexos que ativam o sistema do complemento, o que atrai neutrófilos e aumenta a permeabilidade vascular. Há exsudação de fibrina, e os neutrófilos, ao fagocitarem imunocomplexos ou se estimulados por C5a, exocitam material dos grânulos contendo proteases e glicosidases que digerem o interstício. Componentes do interstício e fibras colágenas parcialmente digeridos misturam-se à fibrina exsudada e formam material com aspecto fibrinoide. Na hipertensão arterial maligna, ocorre transformação fibrinoide da parede vascular, com exsudação de plasma que embebe a parede. As células musculares morrem devido a anóxia, e a fibrina é parcialmente digerida pela plasmina, misturando-se às células necróticas, para formar o material fibrinoide.Na úlcera péptica, há necrose das células epiteliais por ação da secreção cloridopéptica; os restos necróticos misturam-se com a fibrina e passam a constituir o material fibrinoide. Amiloidoses A amiloidose é uma condição associada a diversas doenças hereditárias e inflamatórias nas quais depósitos extracelulares de proteínas fibrilares são responsáveis por dano tecidual e comprometimento funcional. Dessa forma, os depósitos foram chamados de amiloide, um nome que está firmemente enraizado apesar da constatação de que os depósitos não estão relacionados com o amido. O amiloide é depositado no espaço extracelular em vários tecidos e órgãos do corpo em uma variedade de situações clínicas. Como a deposição do amiloide aparece de forma insidiosa e algumas vezes misteriosa, o seu reconhecimento clínico depende da identificação morfológica dessa substância em espécimes de biópsia apropriados. Talvez a mais amplamente utilizada seja a coloração pelo vermelho Congo, que sob a luz comum confere uma cor rósea ou vermelha aos depósitos teciduais, porém muito mais impressionante e específica é a birrefringência verde do amiloide corado quando observado à microscopia polarizante. Propriedade das proteínas amilóides: Apesar de todos os depósitos de amiloide terem aparência e coloração semelhantes, o amiloide não é uma entidade química única. Na verdade, mais de 20 (na última contagem, 23) proteínas diferentes podem se agregar e formar fibrilas com a aparência do amiloide. Existem três formas bioquímicas principais e diversas formas menores, as quais são depositadas por mecanismos patogênicos diferentes. Dessa forma, a amiloidose não deveser considerada uma doença única; pelo contrário, é um grupo de doenças que têm em comum a deposição de proteínas com aspecto semelhante. No centro da semelhança morfológica está a organização física notavelmente uniforme da proteína amiloide, que consideraremos primeiro. Formas mais comuns de amilóide são: • A proteína AL (cadeia leve do amiloide) é composta por cadeias leves de imunoglobulinas completas, fragmentos aminoterminais das cadeias leves, ou por ambos. A maior parte das proteínas AL analisadas é composta por cadeias leves λ ou seus fragmentos, mas as cadeias κ estão presentes em alguns casos. A proteína fibrilar amiloide do tipo AL é produzida a partir de cadeias leves Ig livres secretadas por uma população monoclonal de plasmócitos, e a sua deposição está associada a certas formas de tumores de plasmócitos • A proteína fibrilar amiloide tipo AA (associada ao amiloide) é derivada de uma única proteína não Ig produzida pelo fígado. Tem um peso molecular de 8.500 e consiste em 76 resíduos de aminoácidos. As fibrilas AA são derivadas por proteólise de um precursor maior (12.000 dáltons) no soro chamado proteína SAA (associada ao amiloide sérico), que é sintetizada no fígado e circula ligada a lipoproteínas de alta densidade. A produção da proteína SAA está aumentada em estados inflamatórios como parte da resposta de fase aguda; portanto, essa forma de amiloidose está associada à inflamação crônica e costuma ser chamada amiloidose secundária. • A proteína β-amiloide (Aβ) constitui o centro das placas cerebrais encontradas na doença de Alzheimer, bem como o amiloide depositado nas paredes dos vasos sanguíneos cerebrais em indivíduos com essa doença. A proteína Aβ é um peptídio de 4.000 dáltons derivado por proteólise de uma glicoproteína transmembrana muito maior, chamada proteína precursora do amiloide. Patogenia e Classificação da amiloidose. A amiloidose resulta da dobradura anormal de proteínas que se tornam insolúveis, agregadas, e se depositam como fribrilas nos tecidos extracelulares.Normalmente, as proteínas dobradas de forma errada são degradadas dentro das células, em proteossomos, ou fora das células, por macrófagos. Parece que na amiloidose esses mecanismos de controle de qualidade falham, resultando no acúmulo de proteínas dobradas de forma errada fora das células. As proteínas que formam o amiloide incluem-se em duas categorias gerais: (1) proteínas normais que têm uma tendência inerente de se dobrar inadequadamente, associar-se e formar fibrilas, e o fazem quando são produzidas em quantidades aumentadas; (2) proteínas mutantes que têm mais propensão ao dobramento errado e subsequente agregação. Os mecanismos de deposição dos diferentes tipos de amiloide são discutidos a seguir, juntamente com a classificação. Amiloidose primaria:distúrbios dos plasmócitos associados com a amiloidose: O amiloide nessa categoria geralmente tem distribuição sistêmica e é do tipo AL. . Em todos os casos, a doença é causada por uma proliferação clonal de plasmócitos que sintetiza uma Ig que tem a tendência de formar amiloide devido às suas propriedades fisioquímicas intrínsecas. A maioria das pessoas com amiloide AL não tem mieloma múltiplo clássico ou qualquer outro tipo de neoplasia de células B manifesta; tais casos têm sido tradicionalmente classificados como amiloidose primária porque seu quadro clínico deriva dos efeitos da deposição do amiloide sem qualquer outra doença associada. Amiloidose sistêmica reativa Os depósitos de amiloide nesse padrão têm distribuição sistêmica e são compostos pela proteína AA. Essa categoria era denominada amiloidose secundária porque é secundária a uma condição inflamatória associada. A tuberculose, a bronquiectasia e a osteomielite crônica já foram consideradas as condições subjacentes mais importantes, mas com o advento da quimioterapia antimicrobiana efetiva, a importância dessas afecções diminuiu. Atualmente é mais comum a amiloidose sistêmica reativa como complicação da artrite reumatoide, outras doenças do tecido conjuntivo, como a espondilite anquilosante, e a doença inflamatória intestinal, particularmente doença de Crohn e colite ulcerativa. Amiloidose Heredofamiliar Foram descritas várias formas familiares de amiloidose. A maioria delas é rara e ocorre em áreas geográficas limitadas. A mais comum e mais bem estudada é uma condição autossômica recessiva chamada febre familiar do Mediterrâneo. Esta é uma síndrome “autoinflamatória” associada à produção excessiva da citocina IL-1 como resposta a estímulos inflamatórios. Ela caracteriza-se clinicamente por ataques de febre acompanhados pela inflamação de superfícies serosas, incluindo o peritônio, a pleura e a membrana sinovial. Amiloidose associada à hemodiálise Os pacientes em hemodiálise para insuficiência renal por longos períodos podem desenvolver amiloidose em decorrência da deposição de β 2- microglobulina. Essa proteína está presente em altas concentrações no soro das pessoas com doença renal, e no passado era retida na circulação porque não podia ser filtrada através das membranas de diálise. Os pacientes às vezes se apresentavam com síndrome do túnel do carpo em razão da deposição da β 2-microglobulina. Com os novos filtros de diálise, a incidência dessa complicação caiu substancialmente. Amiloidose localizada Algumas vezes, os depósitos de amiloide são limitados a um único órgão ou tecido, sem envolvimento de qualquer outro local do corpo. Os depósitos podem produzir massas nodulares macroscopicamente detectáveis ou ser evidentes somente ao exame microscópico. Os depósitos nodulares de amiloide são mais frequentemente encontrados no pulmão, laringe, pele, bexiga, língua e na região em torno do olho. Frequentemente, há infiltrados de linfócitos e plasmócitos na periferia dessas massas de amiloide. Pelo menos em alguns casos, o amiloide consiste em proteína AL e pode, portanto, representar uma forma localizada de amiloide derivado de plasmócitos. Amiloidose endócrina Depósitos microscópicos localizados de amiloide podem ser encontrados em certas neoplasias endócrinas, como o carcinoma medular da tireoide, neoplasias das ilhotas do pâncreas, feocromocitomas e carcinomas indiferenciados do estômago, e nas ilhotas de Langerhans em indivíduos com diabetes melito tipo 2. Nessas situações, as proteínas amiloidogênicas parecem ser derivadas de hormônios polipeptídicos (p. ex., carcinoma medular) ou de proteínas peculiares (p. ex., polipeptídio amiloide das ilhotas do pâncreas). Nos carcinomas medulares da tireoide, a presença do amiloide é uma característica essencial para o diagnóstico. Amiloidose do envelhecimento Várias formas bem documentadas de deposição de amiloide ocorrem com o envelhecimento. A amiloidose sistêmica senil refere-se à deposição sistêmica de amiloide nos pacientes idosos (geralmente na 8a e 9a décadas de vida). Em razão do envolvimento predominante e disfunção relacionada do coração, essa forma era previamente chamada de amiloidose cardíaca senil. Os pacientes sintomáticos apresentam uma cardiomiopatia restritiva e Arritmias. O amiloide, nessa forma, é derivado da TTR normal. Além da amiloidose sistêmica senil esporádica, também foi reconhecida uma outra forma, que afeta predominantemente o coração, e resulta da deposição de uma forma mutante de TTR. Aproximadamente 4% da população negra nos Estados Unidos expressa essa forma mutante da TTR, e a cardiomiopatia foi identificada em pacientes homozigóticos e heterozigóticos. Não se sabe qual é a prevalência precisa dos pacientes com essa mutação que desenvolvem doença cardíaca clinicamente manifesta. Caso clínicoA)Um senhor de 45 anos de idade, segurança de casa noturna, etilista, vem sendo acompanhado na UBS após ser detectado ao exame de laboratorial um quadro de insuficiência hepática. Os exames de imagem mostram estrutura hepática irregular e com ecogenicidade alterada. 1)Quais os corpúsculos que provavelmente seriam encontrados em maior freqüência? Como o paciente em questão faz uso de álcool durante um longo período de tempo que causou um estresse oxidativo crônico que levou a formação dos corpúsculos de malory denke que são conseqüência da lesão de proteínas do citoesqueleto e formação de proteínas mal dobradas que se acumulam no meio intracelular causando a lesão.
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