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Stefany Neves Porto UEMG Bioquímica 1. Uma molécula polar pode ser considerada hidrofílica, hidrofóbica ou anfifílica? Justifique. 2. Uma molécula apolar pode ser considerada hidrofílica, hidrofóbica ou anfifílica? Justifique. 3. Uma molécula anfipática pode ser considerada hidrofílica, hidrofóbica ou anfifílica? Justifique. 4. Meio extracelular com excesso de Na+ é considerado isotônico, hipotônico ou hipertônico? 5. Meio extracelular com excesso de H2O é considerado isotônico, hipotônico ou hipertônico? 6. Meio extracelular com a mesma quantidade de partículas que o meio intracelular é considerado isotônico, hipotônico ou hipertônico? 7. Explique, detalhadamente, o que pode ocorrer com uma célula por estar em um meio hipertônico, ou hipotônico, respectivamente. 2. Casos clínicos Mulher com 63 anos consultou-se com neurologista devido à poliúria. Há cerca de um mês refere-se o desenvolvimento súbito de muita sede e poliúria. Ela necessita urinar, em média, cinco vezes durante a noite. Nesses últimos 3 meses tem sentido mal estar e dores nas costas. Perdeu três quilos de peso nesses últimos 3 meses. Ela também tem uma persistente dor de cabeça frontal associada a náuseas e vômitos de manhã. Relatou que há oito anos submeteu-se a mastectomia devido a câncer em ambas as mamas. Os exames clínicos básicos mostraram-se normais, apenas o fundo do olho acusou papiloedema. Hipótese médica: Diabetes insipidus neurogênica como resultado de metástase secundária no hipotálamo. Justificativa da hipótese: a dor de cabeça persistente, associada a vômito e náuseas são características do aumento da pressão intracranial, confirmada pelo exame clínico da papiloedema. 1. Que alterações de osmolaridade justificam os sintomas de poliúria e polidipsia? Explique detalhadamente essa associação. Homem com 58 anos foi atendido em um hospital apresentando o quadro de choque hipovolêmico, um quadro caracterizado por hipoperfusão tecidual, devido a hipovolemia severa. O paciente em questão havia sofrido um acidente de trânsito e apresentava hemorragia intensa. O médico de plantão sugeriu a aplicação imediata de solução hipertônica de NaCl 7,5%, para expansão de volume sanguíneo, como tratamento inicial. Após a infusão, o pacienta apresentou melhora na pressão arterial e na pressão oncótica. 1. Qual a definição de solução hipertônica? 2. Explique detalhadamente a relação entre a aplicação desse tipo de solução em quadros de hipovolemia. Stefany Neves Porto UEMG Bioquímica 1.Um composto polar interage com outras moléculas por dipolo permanente ou ligações de hidrogênio e apenas se dissolve em compostos polares. A molécula de H2O possui no seu átomo central 4 nuvens eletrônicas e tem 2 átomos de hidrogênio ligados a ele, então ela é polar. Nesse caso, uma molécula polar pode ser considerada hidrofílica (afinidade com a água), já que essa molécula interage com a água. 2.As moléculas apolares não apresentam regiões carregadas capazes de induzir atração de moléculas de água (polares) e, assim, não interagem com água e consequentemente são hidrofóbicas (sem afinidade com a água). 3.Uma molécula anfifílica pode ser considerada hidrofílica (solúvel em meio aquoso) e hidrofóbica (insolúvel em água), já que possui uma parte apolar e uma parte polar. Um exemplo disso são os fosfolipídios da membrana plasmática. 4.O meio extracelular com excesso de Na+ é considerado hipertônico, visto que há grande quantidade de soluto em detrimento da quantidade de solvente, isso faz com que a célula murche, ao perder água para o meio. 5.O meio extracelular com excesso de H2O é hipotônico, visto que há mais solvente em detrimento da quantidade de soluto, o que pode ocasionar a lise celular. 6.O meio extracelular com a mesma quantidade de soluto e solvente é considerado isotônico, visto que não há diferença de concentração de ambos. 7.Se a célula for colocada em um meio hipertônico (solução que apresenta maior quantidade de soluto do que o interior da célula), a célula perderá água por osmose pelo ambiente e irá murchar até morrer. Quando a célula for colocada em um meio hipotônico (solução que apresenta maior quantidade de solvente do que o interior da célula), a célula ganhará água por osmose, ficará túrgida fazendo com que ocorra o seu rompimento (lise). CASOS CLÍNICOS Caso I 1. A poliúria é o aumento na produção e a eliminação diária de grande volume de urina e está frequentemente associada à ingestão elevada de água que é denominada polidipsia. Isso ocorre porque quando se aumenta a ingestão de água, o volume de sangue aumenta causando uma diminuição da osmolaridade do sangue. Essa redução diminui a liberação do hormônio antidiurético (ADH), cuja função no organismo é promover a reabsorção de água nos ductos coletores renais. Com essa redução, haverá uma menor reabsorção de água após a filtração renal e consequentemente maior produção de urina. Stefany Neves Porto UEMG Bioquímica A diabetes insípido (DI) é uma síndrome caracterizada pela incapacidade de concentração do filtrado urinário, com desenvolvimento de urina hipotônica e aumento de volume de urina. Pode ocorrer por deficiência (problemas na síntese, secreção e excreção) do hormônio antidiurético (ADH) ou por resistência à sua ação nos túbulos renais. Quando há deficiência na síntese do ADH, o DI é chamado central, neuro-hipofisário ou neurogênico e quando há resistência à sua ação nos túbulos renais, é dito renal ou nefrogênico. Caso II 1.Solução hipertônica é a solução na qual há mais quantidade de soluto do que solvente, no caso clínico dessa questão, há mais NaCl do que água. Caso uma célula seja colocada nesse meio, ela perderá água para esse meio. 2.Esse tipo de solução é aplicada nos casos de hipovolemia – diminuição do volume sanguíneo- porque aumenta a quantidade de água extracelular por osmose e isso contribui para o aumento do volume plasmático, estimula o aumento da pressão arterial, a eficiência hemodinâmica e a vasodilatação, e nesse caso clínico, para estabilizar o paciente e conter a hemorragia.
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