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Sistema Respiratório Brendha C. B. Martins O grande papel do sistema respiratório é fazer a extração de oxigênio e debelar o CO2 formado no nosso metabolismo, permitindo o sustento de oxigênio para o tecido. Ou seja, realizar a ventilação centrada na troca gasosa - CO2 por O2. Uma função importante, porém não exclusiva do pulmão é o controle do pH, isto pois moléculas como o CO2 que se encontram em meio aquoso, formam H2CO3, que ao liberar os prótons, alteram o equilíbrio ácido-base do indivíduo (pH normal - entre 7,35 e 7,45). Demais funções: Olfato; Reservatório de sangue (pressão sanguínea) e Vocalização (controle expiratório). A traqueia é o limite entre vias aéreas inferiores e posteriores. Do nariz ao bronquíolo terminal são as vias de condução, enquanto dos bronquíolos respiratórios aos alvéolos são as regiões de troca (com maior efetividade quanto mais próximo dos alvéolos). As estruturas propriamente ditas que realizam as trocas gasosas mais efetivas são os alvéolos, porém como nos bronquíolos respiratórios é possível identificar alguns alvéolos (região de maior superfície de contato com os capilares), estes também podem realizar alguma troca gasosa. Segmentação e histologia Inervação Observações.: - Quanto mais aprofundado na árvore brônquica/bronco-pulmonar, há uma maior área/superfície de contato para que o ar possa se distribuir pelos ácinos dos alvéolos. - Alvéolos: circulação inicial capilar (bastante densa) - A demanda respiratória (volume e frequência da respiração) depende da quantidade de O2 utilizada para a produção de CO2 no metabolismo celular. - Carina é a “quina” da traqueia, onde ocorre a divisão em brônquio esquerdo e direito. - Ao aspirar algum objeto, há uma maior probabilidade de encontrá-lo no pulmão direito, devido à menor inclinação do brônquio com relação à carina. - Dos brônquios para os bronquíolos há perda de cartilagem. - Pulmão não faz parte de vias aéreas. - Vias aéreas centrais: Traqueia e brônquio; - Sempre há a presença de algum tipo de muco ou substância hídrica que impede as células de desidratarem pelo fluxo de ar. Para isso é necessário o transporte do Cloreto da região basal para a região luminal da célula. Baixas concentrações de cloreto na região luminal (fibrose cística) traz consequências como a desidratação das células e espessamento do muco, acarretando em processo inflamatório. Mecânica Ventilatória Músculos inspiratórios A inspiração é sempre um processo ativo, que demanda energia para ativação dos neurônios. Neste caso, o músculo mais importante do processo inspiratório é o diafragma, pois possui capacidade de aumentar as dimensões longitudinal, crânio-caudal, ântero-posterior e latero-lateral da caixa torácica. Outros músculos de grande importância são os intercostais externos. Músculos expiratórios A expiração no repouso é um fenômeno passivo, ou seja, não exige consumo de ATP. Para que ela ocorra, é necessário o relaxamento do diafragma e das musculaturas inspiratórias. Para a expiração forçada os músculos acima são necessários, principalmente os intercostais internos e os músculos abdominais. Pleura Estabelece comunicação entre a víscera pulmonar e a parede do tórax. Entre tais, está a cavidade pleural que contém líquido pleural, responsável por permitir que os pulmões deslizem facilmente sob a parede torácica durante os movimentos ventilatórios. Esta camada cobre a parede torácica e a face superior do diafragma. Existem forças opostas agindo na pleura, a tendência natural do pulmão de contração e a tendência da caixa torácica de expansão, provocando um equilíbrio. Dessa forma, surge a pressão intrapleural, cujo valor é sempre menor do que a pressão atmosférica sendo negativa (vácuo). Observações.: - Esternocleidomastoideo é o músculo acessório para forçar a inspiração. - Contração do diafragma (Inspiração) aumenta o diâmetro da caixa torácica e pressiona o abdome, facilitando o influxo de ar. - Relaxamento do diafragma (expiração) diminui o diâmetro da caixa torácica, aumentando a pressão no seu interior, provocando a expulsão do ar. - Caso a cavidade pleural seja aberta, o ar flui para dentro causando um colapso no pulmão (pneumotórax). Não tem mais equilíbrio das forças. Volumes e ventilação Espirometria O espirômetro é o equipamento utilizado para avaliar a função pulmonar, ou seja, volumes e capacidades pulmonares (inspiratórios e expiratórios). Este aparelho apresenta um recipiente oco invertido sobre a água. O volume pulmonar no momento de repouso é chamado de volume corrente, cujo valor é normalmente de 500mL. No entanto, pode-se forçar uma expiração ou inspiração (3000mL), à quantidade de ar inspirada além do volume corrente é dado o nome de volume de reserva inspiratório e a quantidade de ar que pode ser expirado dos pulmões após a expiração basal é chamada de volume de reserva expiratório. Dentro da manobra da espirometria, as capacidades representam a soma de dois ou mais volumes. ● Volume corrente + Volume de reserva inspiratório = Capacidade inspiratória ● Volume corrente + Volume de reserva inspiratório + Volume de reserva expiratório = Capacidade vital ● Volume residual + Volume de reserva expiratório = Capacidade residual funcional ● Volume corrente + Volume de reserva inspiratório = Volume de reserva expiratório + Volume residual = Capacidade pulmonar total Tais capacidades podem servir como indicativos clínicos. A capacidade residual funcional é utilizada como patamar para a ventilação basal, ou seja, sem esforço, a partir dela é adicionado e retirado o volume corrente. Durante a prática de exercício a qualquer nível de atividade, o volume corrente aumenta, isto através da mobilização dos volumes de reserva. Os valores acima apresentados são uma média, podendo sofrer alterações dependendo do gênero, altura, nível de atividade física. Distúrbios/doenças Restritivas (fibrose) - redução da capacidade total. Obstrutiva (enfisema pode ser causada pelo fumo) - aumento da capacidade total e aumento do volume residual. O espaço morto anatômico é constituído pelo volume de ar presente nas vias aéreas (150mL) do total de 500mL de volume corrente na ventilação basal. Este volume nas vias condutoras não sofre nenhuma troca de gases. Ventilação pulmonar (Ventilação-minuto) = Volume corrente X Frequência respiratória Esta ventilação minuto representa a quantidade total de gás que flui para dentro e fora do trato respiratório em 1 minuto, considerando que a frequência respiratória varia entre 12 e 15 ciclos por minuto. Observações: - Volume residual é aquele que permanece no pulmão, não escapa, mas é renovado (em termos de gases) através da respiração. - A posição do indivíduo no espaço altera volume corrente e de reservas por conta da ação da gravidade sobre o conteúdo abdominal. - Aumento da frequência de respiração diminui a captação de oxigênio, ou seja, a ventilação alveolar. A ventilação alveolar é mais eficiente quando há diminuição na frequência de respiração, provocando um aumento na captação de oxigênio. Independente das manobras, a ventilação pulmonar é sempre constante. - Espaço morto alveolar = ar que chega no alvéolo e não realiza troca gasosa. (Espaço morto fisiológico/total = Espaço morto anatômico + Espaço morto alveolar) - Pressão intrapleural = Pressão esofágica - Lei de Boyle trata da variação da pressão em relação ao volume, grandezas inversamente proporcionais.
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