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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 1 Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br METEOROLOGIA AGRÍCOLA Prof. Dr. Marcos Alves de Magalhães Eng. Agrônomo (UFV) Especialista em Desenvolvimento e Gestão Ambiental (UESC) Mestre em Engenharia Agrícola na área de concentração em Tratamento de Resíduos (UFV) Doutor em Engenharia Agrícola na área de concentração em Recursos Hídricos (UFV) Caratinga / MG 2020/2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 2 Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 10ª aula – Trocas de calor, massas de ar e circulação da atmosfera A radiação solar forma ondas eletromagnéticas curtas emitidas pelo Sol sendo a respon- sável pelo aquecimento terrestre. Mas essa energia chega à atmosfera sob diversas formas, ou seja, por radiação de onda curta, radiação de onda longa, calor sensível e calor latente. A maior parte da radiação é absorvida e convertida em calor pela superfície terrestre, e parte é refletida para à atmosfera na forma de raios infravermelhos. Se somássemos todas essas contribuições, teríamos a quantidade total de energia trocada entre a atmosfera e o meio com a qual está em contato (superfície do solo, águas oceânicas, espaço exterior, entre outros), ou seja, a atmosfera recebe ou cede calor do meio que está em contato. Do balanço dessas trocas decorrem as características térmicas fundamentais de cada região. Principalmente no verão, a atmosfera se acha mais “fria” que a superfície sobre os con- tinentes, o que significa que a superfície irá fornecer calor para a atmosfera, aquecendo-a. Neste caso, a superfície age como fonte de calor para a atmosfera. Em outras regiões, entretanto, a atmosfera poderá estar mais aquecida que a superfície; assim, a atmosfera irá perder calor para a superfície. Em tais circunstâncias, haverá a formação de verdadeiros sumidouros de calor. Dependendo da distribuição das fontes e desses sumidouros de calor, as propriedades termodi- nâmicas da atmosfera irão se modificar, e tais modificações provocarão variações no tempo e no clima de um determinado ecossistema. A circulação atmosférica, processo de movimentação do ar ou das massas de ar, é oca- sionado pelas diferenças de pressão e temperatura existentes na atmosfera terrestre. O meca- nismo básico desse fenômeno opera da seguinte forma: o ar mais frio é mais pesado e costuma descer, o ar quente é mais leve e costuma subir, o que propicia a movimentação e formação dos ventos. Além disso, essas movimentações de ar também ocorrem das zonas de alta pressão atmosférica (onde há uma maior quantidade de ar acumulada) para as zonas de baixa pressão atmosférica. Dessa forma, se considerarmos que os raios solares atingem a Terra de forma diferenci- ada ao longo de sua extensão, é possível perceber a dinâmica da movimentação das massas de ar a nível global. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 3 Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br Os principais processos que permitem a movimentação das massas de ar são: radiação, convecção, turbulência e advecção. Preencha as lacunas com os respectivos processos: advec- ção é o processo de transferência de calor devido ao movimento horizontal do ar; convecção é o processo de transferência devido ao movimento vertical do ar; turbulência é o movimento atmosférico que se caracteriza pela mudança da direção e da velocidade do vento; a movimen- tação das massas de ar ocorre em razão do desequilíbrio da radiação recebida pela Terra ao longo de sua extensão. A dinâmica da circulação das massas de ar, associada a outros fatores como as oscila- ções das temperaturas dos oceanos, é responsável por desencadear uma série de fenômenos climáticos sobre as mais diversas regiões do globo terrestre. Quando o ar atmosférico estaciona ou se desloca lentamente por vários dias ou semanas sobre uma extensa região uniforme, tende a adquirir determinadas características que dependem das propriedades da superfície terrestre sob esse ar. Se o ar é mais frio que a superfície, será aquecido e o calor é transferido para cima através de uma camada de vários quilômetros de espessura. Da mesma forma, o ar que estaciona sobre o oceano torna-se gradativamente mais úmido. Existe uma tendência a se manter um equilíbrio calórico e mássico, ou seja, tanto a temperatura como a umidade do ar tendem a ficar em equilíbrio com a superfície referida. Quando o ar possui propriedades semelhantes em uma extensa área denomina-se massa de ar; em cada nível, a temperatura e a umidade têm, aproximadamente, os mesmos valores sobre grandes distâncias horizontais. Em relação as origens das massas de ar para que adquiram propriedades uniformes, é necessário que permaneçam mais ou menos durante certo número de dias sobre uma grande região, cuja superfície tenha, também, características bastante uniformes. Essa região é cha- mada de região de origem da massa de ar. A radiação, a convecção, a turbulência e a advecção fazem com que o ar, gradativamente, adquira propriedades decorrentes da superfície subjacente. Uma maneira de classificar as massas de ar é relacioná-las às suas regiões de origem. Porém, tratando-se de vastas partes do globo, é impossível conservar essa denominação por longo tempo. O ar, ao se deslocar de uma região a outra, pode trocar de propriedades, ou seja, ser seco ou úmido, frio ou quente, e, em consequência, essa designação baseada em sua região de origem se aplica apenas considerando os aspectos da última superfície por onde interagiu a massa de ar. Uma classificação adotada pela literatura tem seu critério baseado na sua região de origem, levando unicamente em consideração a temperatura e a umidade. Supõe-se que as massas de ar tropical (T) e polar (P) são relativamente quentes ou frias, respectivamente. As CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 4 Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br massas de ar marítimo (m) são consideradas úmidas e as continentais (c), secas. Em consequên- cia, quatro tipos de massas de ar podem ser distinguidas: Tropical marítima (Tm); Tropical continental (Tc); Polar marítima (Pm) e Polar continental (Pc). As massas de ar, entretanto, quando deixam as regiões de origem, sofrem modificações. O ar frio que passa sobre uma superfície quente será aquecido por baixo. Inversamente, o ar quente perde calor quando se desloca sobre uma superfície mais fria. Exercício de fixação da aula – responda as questões a seguir: 1. Discuta como se dá a dinâmica de circulação atmosférica? 2. Como são classificadas as massas de ar? 3. Em que consiste um sumidouro de calor? CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 5 Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br Referência Bibliográfica AHRENS, D.C.; HENSON, R. Meteorology Today 12 ed. [S.l.]: Cengage Learning. 587p. 2018. 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