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Beatriz Figueiredo Santos ZONAS DE PENDLENTON - PRÓTESE TOTAL Antiga (1928) -> divisão em 5 áreas; áreas que podemos pressionar e outras que não. Atual -> continua com áreas que podemos e que não podemos pressionar MAXILA 1. Zona Principal de Suporte: parte posterior da maxila 2. Zona de Suporte Secundário: face vestibular anterior e posterior, e região posterior do palato duro, pois mucosa recebe pressão fácil e tem poucos vasos e poucos nervos 3. Zona de Vedamento Periférico: fundo de saco; ajuda na fala, evitando entrada do ar; prótese deve estar um milímetro nessa região; vedamento posterior no limite do palato duro e do mole (parte que recua quando falamos a letra “A”) 4. Zona de Alívio: apoiamos a prótese, mas não podemos pressionar; região do rebordo de canino a canino, engloba as rugosidades palatinas e um pouco da rafe (osso muito frágil, muito esponjoso). Tórus já compromete a adaptação, mas entra na zona de alívio também Osso mandibular: é ímpar, simétrico e em forma de ferradura; localizasse na porção anterior e inferior da face; apresenta duas camadas, a cortical (boa, bom suporte) e a esponjosa; forame mentoniano, canal mandibular; corpo com duas faces, uma interna e uma externa; presença dos ramos e, em cada um, a presença dos processos coronoide e condilar; sínfise bem compacta, boa para implantes O forame mentoniano “muda de lugar” com a reabsorção, é uma área muito sensível e o nervo pode ficar comprimido com a prótese, causando parestesia no lábio. Também é possível estar tão superficial que é doloroso até o exame, para o paciente. A linha oblíqua externa é o fundo de saco em que apoiamos as nossas próteses. A chanfradura sigmoide fica mais rasa. O côndilo remodela. A apófise coronoide tem a inserção do músculo temporal, que é responsável pela retrusão da mandíbula. A linha milo-hioidea tem a inserção do milo-hioideo, que forma 2/3 do assoalho bucal. Apófises geni com inserção do genio-hiodeo e genioglosso que levantaram a língua e a prótese. Apófise coronoide. Reabsorção osso mandibular: às custas de ambas as tábuas, tornando-se baixa e fina, não vai para frente ou para trás, mas mantendo o formato original do arco, diferentemente da maxila; é mais fácil saber onde os dentes irão se localizar Rebordo residual: a crista estreita e afina; há redução verticalmente e afina vestíbulo- lingualmente A área total aproveitável é menor na mandíbula que na maxila. Suporte da prótese inferior é muito menor e às vezes é necessário implante nas sínfises como apoio adicional. Tem que procurar uma área para suporte/apoio no modelo de gesso. MANDÍBULA 1. Zona Principal de Suporte: ELA FALA QUE ANTES O APOIO ERA NUMA REGIÃO AMARELINHA DA FIGURA ... hoje, sabe-se que é apenas nas vertentes posteriores, como uma sela de cavalo, sendo o maior suporte atrás 2. Zona de Suporte Secundário: região anterior (quando tem) na lingual ou vestibular, mas não conta muito com ele porque reabsorve muito rapidamente 3. Zona de Vedamento/Selamento Periférico: selamento interno e externo, vedamento posterior; área arredondada no final do rebordo (remanescente do rebordo alveolar, que se chama papila periforme, é coberta pela mucosa; pode existir ou não) 4. Zona de Alívio: toda a crista do rebordo; podemos apoiar, apenas Músculos: importante papel na retenção das próteses totais e na normalização das funções; mudam de posição irreversivelmente quando da perda óssea, são fibras que se estendem numa forma anatômica, quando o osso perde altura, eles começam a se anastomisar um por cima do outro e a exercer funções desordenadas. Da mastigação: masseter (músculo de força, mesmo perdendo a força com a perda dentária); temporal (retrusão; fibra da região do trígono vai para o meio dos molares e temos que terminar a prótese antes, para não levantar a prótese); pterigoideo externo e interno (compressão da bochecha e dor = problema na atividade de mastigação). Milo-hioideo: forma 2/3 do assoalho e insere-se muito próximo quando da reabsorção, mas uma parte posterior da mandíbula vai parar a inserção dele, por isso que distendemos para trás, evitando a ação grande do músculo. Da língua: genioglosso (insere-se na apófise geni e no freio lingual, devendo fazermos um contorno cuidadoso e testar os movimentos da língua para não interferir na prótese). Da face: Controladores do bolo alimentar: músculos da língua, do palato mole, bucinador (aperta as bochechas para controle do bolo alimentar), orbiculares (também controla a posição do bolo alimentar); modelam o bolo para deglutição; ficam bem flácidos com a perda de dentes, perdem o suporte, e o paciente pode reclamar de morder as bochechas, mas é normal e podemos indicar alguns exercícios para tonificar a musculatura. Modíolo: interessa por causa dos pacientes da 3ª idade e dos que têm fibrose cística, por exemplo (comorbidades com característica de endurecimento dos músculos); anastomosa quando perde dentes; melhora com fisioterapia. Moldeira precisa ser rodada para entrar na boca do paciente, pois anastomoses dos músculos podem atrapalhar a abertura da boca. Precisamos de harmonia entre os músculos. Referências: TURANO, J.D.; TURANO, L.M. Fundamentos da Prótese Total. 8ª ed. São Paulo: Quintessence, 2007.