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2537-ESPECIALIZAÇÕES EM RADIOLOGIA - APOSTILA 2020

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1 
 
 
 
 
 
 
 
ESPECIALIZAÇÕES EM 
RADIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
RADIOTERAPIA 
 
Introdução 
A palavra câncer vem do grego karkínos, que quer dizer caranguejo e foi utilizada pela 
primeira vez por Hipócrates, o pai da medicina, que viveu entre 460 e 377 a.C. 
O câncer não é uma doença nova. 
Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm 
em comum o crescimento desordenado de células, que tendem a invadir tecidos e órgãos 
vizinhos. 
 
Câncer e crescimento celular 
 
As células normais que formam os tecidos do corpo humano são capazes de se multiplicar 
por meio de um processo contínuo que é natural. 
A maioria das células normais cresce, multiplica-se e morre de maneira ordenada, 
porém, nem todas as células normais são iguais: 
 algumas nunca se dividem, como os neurônios; 
 outras – as células do tecido epitelial – dividem-se de forma rápida e contínua. 
 
O crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das células normais. 
As células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescendo incontrolavelmente, 
formando outras novas células anormais. 
 
Diversos organismos vivos podem apresentar, em algum momento da vida, anormalidade 
no crescimento celular – as células se dividem de forma rápida, agressiva e incontrolável, 
espalhando-se para outras regiões do corpo – acarretando transtornos funcionais. 
O câncer é um desses transtornos. 
O câncer se caracteriza pela perda do controle da divisão celular e pela capacidade de 
invadir outras estruturas orgânicas. 
 
3 
 
 
Radioterapia 
É um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas 
células aumentem. 
A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos 
usados no tratamento dos tumores. 
A radioterapia se baseia no emprego da radiação para tratamento, utilizando vários tipos 
de energia que podem atingir o local dos tumores ou áreas do corpo onde se alojam as 
enfermidades, com a finalidade de destruir suas células. 
A radiação danifica o material genético da célula do tumor evitando que ela cresça e se 
reproduza. 
As células do câncer crescem e se multiplicam muito mais rapidamente do que as células 
normais que as rodeiam. 
O tratamento se baseia justamente na fase de multiplicação celular. 
A radioterapia pode ser usada para dar alívio ao paciente e melhorar a qualidade de vida, 
diminuir o tamanho dos tumores, diminuir ou estancar hemorragias, ou atuar sobre outros 
sintomas, como dor. 
 
 Quais os possíveis efeitos da radioterapia e o que fazer quando surgirem? 
 
A intensidade dos efeitos da radioterapia depende da dose do tratamento, da parte do 
corpo tratada, da extensão da área radiada, do tipo de radiação e do aparelho utilizado. 
Geralmente aparecem na 3ª semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois 
de terminado o tratamento, podendo durar mais tempo. 
Os efeitos indesejáveis mais freqüentes são: 
Cansaço: o paciente deve diminuir as atividades e descansar nas horas livres. Algumas 
pessoas preferem se afastar do trabalho, outras trabalham menos horas no período de 
tratamento. 
Reação da pele: A pele que recebe radiação poderá coçar, ficar vermelha, irritada, 
queimada ou bronzeada, tornando-se seca e escamosa. 
É importante informar ao médico, durante as consultas de revisão, qualquer das seguintes 
situações: febre igual ou acima de 38°C, dores, assaduras e bolhas, secreção na pele. 
Náuseas e Vômitos: Quando a radioterapia é administrada no abdome ou na região 
pélvica pode provocar náuseas e vômitos durante ou por um curto período de tempo 
após o tratamento. 
 
4 
 
Problemas de Deglutição: A radioterapia do tórax, especificamente na região do 
esôfago, pode causar um desconforto temporário quanto à deglutição. Se necessário, 
o radioterapeuta receitará medicamentos para aliviar esse sintoma. 
Perda de Cabelo: A perda de cabelo é um efeito colateral comum da radioterapia 
na região da cabeça e pescoço. Ao contrário da quimioterapia, a radioterapia só 
causa queda de cabelo na área tratada. 
Diarreia: A diarreia é um efeito colateral comum quando a radioterapia é 
administrada no abdome ou na região pélvica. Geralmente começa alguns dias 
depois do início do tratamento e, gradualmente piora à medida que o tratamento 
continua. 
 
Finalidades da radioterapia 
Tendo-se em vista o aspecto multidisciplinar e multiprofissional do tratamento do câncer, a 
autorização da radioterapia também deverá estar sempre dentro de um planejamento 
terapêutico global, com início e fim previstos. 
 
 Radioterapia Paliativa 
Objetiva o controle local do tumor primário ou de metástase(s), sem influenciar a taxa da 
sobrevida global do paciente. 
Geralmente, a dose aplicada é menor do que a dose máxima permitida para a área. 
 
 Radioterapia Pré-Operatória (RT Prévia, Neoadjuvante ou Citorredutora.) 
É a radioterapia que antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia, para 
reduzir o tumor e facilitar o procedimento operatório. 
 
 Radioterapia Pós-Operatória ou Pós-QT (RT Profilática ou Adjuvante.) 
Segue-se à principal modalidade de tratamento do paciente, com a finalidade de esterilizar 
possíveis focos microscópicos do tumor. 
A dose total não alcança a dose máxima permitida para a área. 
 
 Radioterapia Curativa 
Consiste na principal modalidade de tratamento e visa a cura do paciente. 
A dose utilizada é geralmente a dose máxima que pode ser aplicada na área. 
Pode-se utilizar o termo "curativo" e "exclusivo" no sentido de dose máxima, seja qual for a 
finalidade da radioterapia. 
Deve-se entender como exclusiva a radioterapia de finalidade paliativa, ou curativa, que 
não se associa a outra(s) modalidade(s) terapêutica(s), independentemente de se aplicar a 
dose máxima. 
 
 Radioterapia Anti-Hemorrágica 
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. 
Tanto pode ser aplicada em dose única como pode ser aplicada diariamente ou, em doses 
diária maiores, semanalmente. 
 
5 
 
Como é de finalidade paliativa, a dose total é menor do que a máxima permitida para a 
área, exceto os casos especificados como “metástase”. 
 
 Radioterapia Anti-Hemorrágica 
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. 
Como é de finalidade paliativa, a dose total é menor do que a máxima permitida para a 
área, aplicada em dose única. 
Se aplicada em dose fracionada, deve ser classificada como radioterapia paliativa. 
 
Radiosensibilidade e radiocurabilidade 
 
A radiossensibilidade celular é o grau e a velocidade de resposta dos tecidos à irradiação. 
A radiossensibilidade está associada à atividade mitótica da célula: por um lado, quanto 
mais indiferenciado e proliferativo o tecido, mais sensível à irradiação e por outro, quanto 
mais diferenciado e estável, mais resistente. 
A resposta tumoral à irradiação depende também do aporte de oxigênio às células 
malignas. 
Devido á sua eletroafinidade o oxigênio liga-se avidamente aos elétrons gerados na 
ionização do DNA, causando danos a esta molécula. 
A presença de quantidades adequadas de oxigênio aumenta sua sensibilidade em 3 
vezes. 
Os tecidos normais tendem a repopular as regiões irradiadas com mais facilidade que os 
tumorais, embora os tumores também o façam. 
Como existem muito mais tecidos sãos do que tumorais nas regiões irradiadas, esta 
característica favorece o tratamento. 
Devido a vários defeitos metabólicos inerentes à sua atividade mitótica das neoplasias a 
regeneração tende a ser menos eficaz para danos sub-letais. 
Tecidos normais tendem a se recuperar entre duas aplicações, desde que haja um intervalo 
de ao menos 4 horas, enquanto que os tumorais tendem a demorar mais ou não o fazem. 
 
Como é feita a radioterapia? 
 
O médico - especialista em radioterapia - limita cuidadosamente a área afetada pelo 
câncer, ea ela dirige o tratamento radioterápico. A aplicação do tratamento pode ser externa 
ou interna. 
O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização 
do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente. 
Para programar o tratamento, é utilizado um aparelho chamado simulador. 
Através de radiografias, o médico delimita a área a ser tratada, marcando a pele com uma 
tinta vermelha. 
Para que a radiação atinja somente a região marcada, em alguns casos pode ser feito um 
molde de gesso ou de plástico, para que o paciente se mantenha na mesmo posição durante 
a aplicação. 
É importante que o paciente permaneça imóvel durante cada sessão de radioterapia pois 
qualquer movimento poderia alterar a área que será tratada. 
 
6 
 
Uma vez que os exames foram concluídos e as imagens obtidas foram transferidas para o 
computador de planejamento, o radioterapeuta e o físico médico se reunirão para planejar o 
tratamento. 
Tudo será planejado para assegurar a dose máxima permissível no tumor (para maximizar 
a eficácia do tratamento), minimizando simultaneamente a dose para os tecidos adjacentes 
normais. 
O planejamento do tratamento dependerá de vários fatores, como: 
 Seu histórico médico. 
 Localização do tumor. 
 Tipo e tamanho do tumor. 
 Resultados de exames de laboratório. 
 Seu estado de saúde geral. 
 
O planejamento deve levar em conta ainda a histologia, as vias de disseminação, os 
efeitos colaterais, a idade e estado geral do paciente, o estádio da doença, o prognóstico e os 
equipamentos disponíveis. 
Atualmente aplicativos computacionais para tratamento de imagens (tomografia 
computadorizada, ressonância nuclear etc.) auxiliam sobremaneira nesta tarefa. 
 
Exames de Imagem para o Planejamento da Radioterapia 
O primeiro passo no desenvolvimento de um plano de tratamento é definir a localização 
das células cancerosas (tumor) e da região de risco (estrutura crítica). 
Em seguida, a intensidade (dose) da radiação é calculada individualmente conforme 
cada paciente. 
Isso geralmente é feito através da criação de uma imagem tridimensional detalhada do 
tumor com uma tomografia computadorizada. 
 
 
Dependendo da localização do tumor, tipo de doença e de outros fatores, podem ser 
solicitados exames adicionais, que podem incluir uma ressonância magnética, uma 
tomografia, ultrassom, ou ocasionalmente uma tomografia por emissão de pósitrons. 
Parâmetros a considerar na decisão do que seria desejável para um plano de 
tratamento: 
 Transmitir uma dose uniformemente letal na região do tumor. 
 Transmitir uma radiação tão pequena quanto possível na estrutura crítica. 
 Obter uma dose total tão pequena quanto possível. 
 
7 
 
 Reduzir a frequência de doses altas fora da região do tumor. 
 Controlar o número de raios utilizados no plano de tratamento. 
 
Com base nestes fatores, será determinada a dose de radiação a ser administrada, 
quais os ângulos adequados para a liberação da dose e o número de sessões necessárias para 
proporcionar o tratamento prescrito. 
Com todo o planejamento pronto e aprovado pelo radioterapeuta, o físico calculará o 
tempo de tratamento para a dose prescrita. 
 
Simulação para o tratamento 
Uma vez determinada a dose a ser administrada, a qualidade da radiação e o tipo de 
equipamento a ser utilizado, a região e o tamanho do campo de irradiação são definidas 
através de imagens de diagnóstico (tomografia e ressonância). 
Físico e médico fazem, na pele do paciente, uma marcação preliminar da área a ser 
irradiada. 
O paciente é levado a um simulador (máquina de raios-X de diagnóstico com as 
mesmas características do aparelho de terapia) e radiografado exatamente na posição em 
que será tratado. 
A partir da radiografia é feita a marcação definitiva do local a ser irradiado. 
 
 
Tratamento 
De acordo com a localização do tumor, a radioterapia é feita de duas formas: 
 
Braquiterapia ou Radioterapia de Contato 
Um dos princípios da radioterapia é tratar o volume tumoral, ou o local onde este se 
encontra, preservando ao máximo as estruturas normais vizinhas. 
 
8 
 
A fonte de radiação é colocada no interior do paciente, na região que deve receber o 
tratamento. 
 
 
 
É possível irradiar-se volumes alvo muito pequenos com uma alta dose, pois conforme 
nos distanciamos do elemento radioativo a dose decai rapidamente, poupando-se portanto as 
estruturas normais vizinhas. 
Pode ser utilizada como um acréscimo de dose local após radioterapia externa, ou como 
um tratamento exclusivo, dependendo da doença. 
 
 
 
Tipos de Braquiterapia 
Por localização da fonte: 
 Intracavitária: ginecológicas (útero, vagina), brônquio, esôfago, ductos biliares; 
 Intersticial : mama, sarcomas de membros, língua, … 
 Superficial : moldes ou placas (pele) 
 
 
Pela duração da braquiterapia: 
▪ Implantes permanentes: fonte é perene no paciente, nele decaindo. 
Normalmente, utilizam-se isótopos de meia vida curta: Iodo-125, Paládio-103, Ouro-198 
▪ Implantes temporários: removidos após o tratamento. 
 
9 
 
Existe um melhor controle da dose no volume alvo, pelo planejamento pós-inserção (Césio-
137, Irídio-192). 
Pela taxa de dose: 
 
Baixa taxa de dose (LDR): geralmente é tratamento único, com liberação da dose ao longo 
de horas ou dias. 
Requer internação e isolamento e a colocação dos aplicadores ou material radioativo 
geralmente é feita sob anestesia ou sedação. 
 
Alta taxa de dose (HDR): o elemento radioativo possui uma alta atividade, e portanto libera 
uma alta dose em um tempo pequeno. 
Com isto, as aplicações são rápidas, e o tempo de tratamento total, muito menor do que 
com a braquiterapia convencional de baixa taxa de dose. 
Geralmente, o tratamento é fracionado e não requer internação nem anestesia. 
 
 
 
 
Teleterapia ou Radioterapia Externa 
A radioterapia externa consiste na aplicação diária de uma dose de radiação, expressa em 
centigray (cGy) ou em gray (Gy), durante um intervalo de tempo pré-determinado, a partir 
de uma fonte de irradiação localizada longe do organismo (teleterapia). 
 
Imobilizadores 
 
São utilizados no planejamento e tratamento diário com objetivo de: 
• Reproduzir o posicionamento; 
• Maior conforto durante o tratamento; 
• Possibilitam a marcação da região a ser tratada. 
 
 
10 
 
Os acessórios mais utilizados na rotina da radioterapia: 
 a) Suportes para cabeça e pescoço. 
 b) Máscaras termoplásticas. 
 c) Retrator de ombros. 
 d) Breast Board. 
 e) Travesseiro para decúbito ventral. , 
 f) Suporte para abdômen. 
 g) Imobilizador pélvico. 
 h) Imobilizador de corpo inteiro. 
 
 
Quando a radioterapia é administrada na região da cabeça e pescoço, é ainda mais 
importante a imobilização. 
Para ajudar nessa imobilização, uma máscara, também denominada de molde, é feita para 
ser usada durante o tratamento. 
 
11 
 
Quando a radioterapia é administrada na região da cabeça e pescoço, é ainda mais 
importante a imobilização. 
Para ajudar nessa imobilização, uma máscara, também denominada de molde, é feita para 
ser usada durante o tratamento. 
 
Uma vez que a máscara esteja pronta, ela é fixada num suporte na mesa de tratamento. 
Isso garante que a cabeça e o pescoço serão mantidos exatamente na posição correta para 
o tratamento. 
O uso da máscara reduz a possibilidade de qualquer movimento durante a administração 
da dose prescrita. 
A máscara é usada apenas durante o processo de planejamento e durante o tratamento. 
A máscara é individual e o paciente usará sempre a mesma máscara. 
Para o correto posicionamento do paciente podem ser usados junto com outros acessórios 
de imobilização como os colchões a vácuo ou os colchões preenchidos com um líquido que 
endurece após alguns minutos. 
Esse colchões são colocados sob o paciente e modelam seu corpo, fazendo com que o 
pacientetenha mais uma referência para que fique deitado corretamente. 
 
São as conhecidas rampas de mama os imobilizadores para mama. 
Permitem que haja reprodutibilidade e conforto durante o tratamento. 
 
12 
 
Tipos de equipamentos de Teleterapia 
Até o ano de 1950, a radioterapia era realizada com aparelhos de Raios-X, a energia 
gerada nesses equipamentos eram de 300 kV, chamados de ortovoltagem. 
 
Ortovoltagem 
Os equipamentos de ortovoltagem, também conhecidos como equipamentos de terapia 
profunda, foram as primeiras máquinas utilizadas em larga escala para tratamentos de 
radioterapia externa. Todos os padrões básicos de doses terapêuticas, fracionamentos, doses 
de tolerância, dosimetria clínica e física e técnicas de localização foram obtidos a partir da 
experiência acumulada com a utilização desses equipamentos. Por isso podemos afirmar que 
a ortovoltagem e a terapia superficial constituíram a base primária sobre a qual foram 
estabelecidos todos os princípios da radioterapia moderna. 
 
 
 
Recentemente (há cerca de 5 anos) algumas companhias resolveram relançar 
equipamentos de ortovoltagem, incorporando aos mesmos algumas novidades e dispositivos 
tecnológicos que não eram disponíveis então. Isso não quer dizer de modo algum que esses 
equipamentos foram relançados no mercado a fim de competir com os aparelhos existentes. 
Acontece que devido ao baixo poder de penetração, simplicidade de funcionamento e 
durabilidade do tubo de raios X, às vezes ainda existem aplicações e utilidades para tais 
máquinas, principalmente em locais onde a instalação de um acelerador linear de media ou 
alta energia com feixes de elétrons não é recomendada. 
 
Funcionamento básico dos equipamentos de Ortovoltagem e Terapia Superficial 
Os equipamentos de ortovoltagem e terapia superficial funcionam exatamente como um 
aparelho de raios x, gerando alta-voltagem de ate 400KV, em alguns casos. 
Eram tratadas lesões de pele ou até cerca de 3cm profundidade, como, por exemplo, a 
irradiação preventiva dos quelóides operados e dos carcinomas basocelulares. 
 
Cobalto 60 
Em 1960 foi introduzido um novo equipamento, com uma unidade de cobalto 60. 
 
13 
 
A energia média produzida é de 1,25 MeV. 
Outro equipamento que também utilizava fonte de radiosótopo foi o aparelho com césio 
137, devido a sua meia-vida de 30 anos, o aparelho com unidade de césio teve sua utilização 
interrompida. 
Fontes de cobalto-60 liberam fótons sob forma de raios γ com energias de 1,17MeV e 
1,33MeV. Estas fontes são seladas, o material esta confinado em cilindro metálico 
duplamente encapsulado. 
 
 
Acelerador Linear 
Nessa evolução outro equipamento foi desenvolvido, o Acelerador Linear (LINAC). 
O Acelerador Linear é um aparelho que utiliza ondas eletromagnéticas de alta frequência 
para acelerar elétrons. 
Estes aparelhos usam microondas para acelerar elétrons a grandes velocidades em um 
tubo com vácuo. 
Numa extremidade do tubo, os elétrons muito velozes chocam-se com um alvo metálico, 
de alto número atômico. 
Na colisão com os núcleos dos átomos do alvo, os elétrons são subitamente desacelerados 
e liberam a energia relativa a esta perda de velocidade. 
Os aceleradores lineares podem gerar fótons de energia muito maior que os do cobalto- 
60. 
Fótons de alta energia liberam menor dose na pele e nos tecidos sadios do paciente. 
Os aceleradores lineares requerem potencial elétrico bastante estável, mais manutenção e 
pessoal mais habilitado para o seu funcionamento. 
 
Novas tecnologias em radioterapia 
 
Objetivos: 
 ▪ Aumentar o escalonamento de dose; 
 ▪ Reduzir cada vez mais o índice de morbidade; 
 ▪ Controle preciso da distribuição da dose; 
 
14 
 
 ▪ Maior precisão na execussão do tratamento; 
 ▪ Maior precisão na definição do alvo (tumor). 
 
IMRT: Radioterapia com feixe de intensidade modulada 
Consiste em moldar o feixe de radiação das composições de campos de um acelerador de 
tal forma a irradiar o tumor exatamente na sua forma, ou muito próximo a isso. 
Utilizam-se pequenos colimadores, dinâmicos, que durante o movimento e liberação do 
feixe de radiação vão abrindo e fechando conforme a necessidade de intensidade de radiação. 
 
 
RTIO: Radioterapia intra-operatória 
Na radioterapia intra-operatória, a radiação é realizada com um aplicador esférico voltado 
para a área onde o risco de recorrência é maior, diretamente no leito tumoral, logo após a 
ressecção do tumor. 
 
 
15 
 
 
MEDICINA NUCLEAR 
 
Introdução 
É uma especialidade médica que utiliza técnicas seguras e indolores para formar imagens 
do corpo e tratar doenças. 
A medicina nuclear tem o objetivo de revelar dados sobre a anatomia e a função dos 
órgãos. 
Os exames de medicina nuclear frequentemente podem detectar precocemente 
anormalidades na função ou estrutura de um órgão no seu corpo. 
É uma especialidade médica relacionada à Imagiologia que se ocupa das técnicas de 
imagem, diagnóstico e terapêutica utilizando partículas ou nuclídeos radioativos. 
 
Radioisótopo: substância radioativa 
+ 
Fármaco: substância química não Radioativa 
= 
Radiofármaco 
 
 
A Medicina Nuclear faz uso da radiação ionizante na forma de compostos radioativos, 
denominados radiofármacos. 
Considerando que a finalidade básica é a investigação funcional, utiliza-se destes 
compostos como traçadores radioativos. 
O mecanismo é bastante simples: é conhecido que diferentes compostos químicos possuem 
diferentes “caminhos” ou afinidades metabólicas, uma vez dentro do corpo humano. 
Desta forma, pode-se escolher e utilizar um determinado composto que possua afinidade 
metabólica com o órgão ou tecido de interesse. 
 
16 
 
Este composto é usualmente denominado fármaco. 
A ideia é verificar se este fármaco terá um comportamento metabólico padrão ou se haverá 
uma anomalia neste comportamento, subsidiando desta forma o diagnóstico de patologias 
funcionais. 
Ocorre que este comportamento metabólico do fármaco no interior do corpo humano 
precisa ser identificado ou detectado de alguma maneira, sem ter que recorrer a uma 
intervenção cirúrgica. 
A solução para este problema se dá pela utilização de um isótopo radioativo que, por um 
processo denominado marcação, é “acoplado” ao fármaco. 
Desta associação nasce um novo composto, denominado radiofármaco. 
Como este radiofármaco emite radiação ionizante, sua distribuição no interior do corpo 
pode agora ser identificada através do uso de um sistema de detecção de radiação ionizante. 
Administração 
 
A administração do radiofármaco pode ser: 
- Via oral 
- Via intravenosa 
- Inalação 
 
Logo, a Medicina Nuclear é uma modalidade da Medicina direcionada essencialmente ao 
estudo de anomalias metabólicas e funcionais. 
Sendo uma modalidade que, embora possa envolver procedimentos terapêuticos, tem no 
diagnóstico de patologias funcionais sua principal ação. 
 
O procedimento 
 
Ao paciente é administrado o radiofármaco específico para o estudo de interesse. 
Essa administração pode ser por ingestão, por injeção ou por inalação, conforme o estudo. 
O paciente deve aguardar o tempo necessário até que o radiofármaco seja metabolizado. 
Este tempo varia conforme o estudo de interesse, podendo ser de algumas horas, 
 
 
 
 
17 
 
Decorrido o tempo de espera, o paciente é encaminhado à sala de exames onde as áreas 
de interesse do corpo serão “scaneadas” por um detector de radiação. 
 
 
As informações obtidas pelo detector são transmitidas para um sistema computacional que 
transforma os sinais obtidos em imagens. 
Como o sistema de detecção faz uso de detectores de cintilação, as imagens obtidas são 
usualmente denominadas cintilografias. 
 
Na terapia 
Embora a grande maioria dos procedimentos em Medicina Nuclear tenha finalidade 
diagnóstica, há alguns procedimentos que possuem finalidade terapêutica. 
Nestes casos o objetivo nãoé mais a investigação de anomalias funcionais nas regiões 
metabolizadas pelo radiofármaco, mas sim a ação da própria radiação ionizante emitida pela 
radiofármaco em um órgão ou região de interesse. 
Há procedimentos de uso dos radioisótopos Iodo-131, em tratamentos de patologias da 
tireóide, e do Samário-153 em tratamentos de dores ósseas. 
Radiofármacos, seus respectivos órgãos ou tecidos de estudo e os isótopos radioativos 
associados. 
 
 
 
18 
 
 
 
 
Detectores de radiação 
Sabemos que o ser humano é incapaz de sentir a presença da radiação ionizante. 
Isso ocorre porque nosso organismo não possui nenhum sistema de detecção próprio, tais 
como os sensores de calor e pressão na pele. 
A radiação ionizante interage com o meio transferindo energia para ele. 
Essa transferência de energia se dá, basicamente, por um processo chamado ionização, de 
onde deriva o nome deste tipo de radiação. 
A ionização é o processo pelo qual a radiação ionizante, ao interagir com um átomo do 
meio, consegue arrancar um elétron orbital deste átomo, produzindo um par de íons. 
 
19 
 
 
 
No processo de detecção da radiação ionizante a finalidade pode variar: 
- Posso desejar simplesmente saber se há radiação em um determinado lugar, sem me 
importar muito com a precisão da medida 
- Posso querer detectar a radiação para “construir” uma imagem diagnóstica. 
- Posso querer saber se há contaminação radioativa em um determinado objeto. 
 
Há diferentes tipos de detectores e sistemas de detecção da radiação ionizante: 
Câmara de ionização: O sistema consiste basicamente de um recipiente (câmara), 
construída com material condutor e preenchida por ar, com um eletrodo coletor em seu 
interior. 
 
 
São bastante utilizadas, numa configuração específica denominada detector de poço, em 
instalações de medicina nuclear, para medir o valor da atividade dos radiofármacos que serão 
administrados aos pacientes. 
Estes sistemas de detecção são comumente conhecidos como Curiômetros. 
 
 
20 
 
 
 
Contadores geiger: Os contadores do tipo Geiger-Muller, mais comumente conhecidos 
como contadores Geiger são um tipo de câmara de ionização e seu princípio de detecção é 
o mesmo. 
O gás é pressurizado no interior da câmara, aumentando sua densidade e 
consequentemente aumentando a probabilidade de ionizações em seu interior. 
 
Os contadores do tipo Geiger-Muller são bastante utilizados na área de medicina nuclear, 
para monitoração de áreas e para investigação de contaminação em superfícies. 
 
 
Detectores de cintilação: Estão baseados na propriedade que certas substâncias 
possuem, de produzir uma cintilação, como resultado da interação com a radiação 
ionizante. 
 
21 
 
Há certos materiais cuja estrutura se apresenta na forma de uma rede cristalina e que são 
comumente chamados de cristais. 
A radiação ionizante, quando interage com estes materiais, pode ceder energia para seus 
elétrons, promovendo o deslocamento destes dentro da estrutura cristalina. 
Este processo é denominado excitação. 
Entretanto, estes elétrons naturalmente tendem a retornar para sua posição original e, 
neste processo, emitem o excedente de energia adquirido, na forma de luz. 
Este processo de emissão de luz é denominado cintilação ou luminescência. 
Desta forma, a quantidade de cintilações emitidas está associada com a quantidade de 
interações da radiação ionizante com o cristal. 
Sistemas que permitam medir estas cintilações podem então ser utilizados como sistemas 
detectores de radiação ionizante. 
Para medir as cintilações, os sistemas devem fazer uso de dispositivos capazes de detectar 
essa luz. 
Estes dispositivos são denominados tubos fotomultiplicadores e são acoplados aos 
cristais nos sistemas de detecção. 
A luz detectada pelos fotomultiplicadores é transformada numa corrente elétrica que é 
amplificada e enviada para o sistema de leitura. 
Conforme a finalidade do sistema, o resultado pode ser a medida do nível de radiação em 
um determinado ponto ou mesmo uma imagem de captação de um radiofármaco utilizado em 
medicina nuclear. 
As imagens geradas em medicina nuclear, a partir da detecção de cintilações, são 
comumente chamadas de cintilografias. 
Os detectores de cintilação são largamente utilizados em medicina nuclear, sendo 
indispensáveis nos sistemas utilizados para obtenção de imagens. 
As gamma câmaras são sistemas que empregam grandes cristais e permitem efetuar uma 
“varredura” sobre a região de interesse do corpo do paciente 
 
 
 
22 
 
Formação de imagens 
O objetivo é detectar a radioatividade emitida pelo paciente de forma a permitir a 
localização espacial e temporal, necessária para criação da imagem. 
Na cintilografia, o método de obtenção da imagem tomográfica chama-se SPECT 
(tomografia computadorizada de emissão de fótonúnico), assim como o equipamento capaz 
desse procedimento também pode ser chamado de SPECT (tomógrafo computadorizado de 
emissão de fóton único). 
Diz-se fóton único em SPECT em contraste com tomografia de emissão de pósitrons (PET – 
positron emission tomography) que utiliza dois fótons para posicionamento do evento 
radioativo. 
Os sistemas SPECT se baseiam no sistema de detecção de Gama Câmaras, sendo que uma 
Gama Câmara montada em um gantry rotacional é suficiente para obter os dados necessários 
para uma imagem tomográfica. 
As imagens obtidas pelos sistemas SPECT consistem em um conjunto de imagens planas 
que descrevem a distribuição da radioatividade no paciente. 
Os cortes tomográficos transaxiais são obtidos a partir de técnicas de reconstrução 
tomográfica. 
 
Tomografia por emissão de pósitrons 
Na PET, uma substância que o corpo usa (metaboliza), como glicose ou oxigênio, é 
radiomarcada com um radionuclídeo, que é um átomo que libera partículas com carga 
positiva de radiação, chamadas pósitrons. 
A combinação dessa substância e do radionuclídeo é chamada de rastreador radioativo. 
O rastreador se acumula em tecidos específicos do corpo. 
Geralmente, quanto mais ativo for o tecido (por exemplo, quanto mais glicose ou oxigênio 
ele utilizar), mais o rastreador se acumula e mais a radiação aparece. 
aparelho de PET contém vários anéis de detectores que registram a radiação liberada. 
 Os dados são registrados de vários ângulos diferentes. Com esses dados, os computadores 
produzem uma série de imagens coloridas bidimensionais que parecem fatias do corpo 
(chamadas tomógrafos). 
Os dados podem ser usados para construir imagens tridimensionais. 
As imagens mostram os diferentes níveis de atividade em diferentes intensidades de cores. 
Assim, a PET pode fornecer informações sobre o funcionamento de um tecido e pode 
identificar tecidos anormais, que podem ser mais ou menos ativos que os tecidos normais. 
No entanto, a PET não exibe detalhes anatômicos e estruturais de tecidos e órgãos tão bem 
quanto a tomografia computadorizada ou imagem por ressonância magnética (IRM). 
 
 
RADIOLOGIA INDUSTRIAL 
 
Introdução 
A Radiologia Industrial é a área onde se utiliza as radiações ionizantes para aplicações não 
médicas. 
A Radiologia Industrial inspeciona materiais, sem destruí-los nem alterar suas propriedades 
e características (END). 
 
23 
 
A irradiação de materiais, o controle de processos, a avaliação da viabilidade de poços de 
petróleo, o transporte de material radioativo, reatores nucleares e a segurança radiológica 
da sociedade. 
Seu uso também é comum na eliminação de bactérias presentes em alimentos, 
cosméticos, embalagens, produtos farmacêuticos e hospitalares. 
As técnicas também podem acelerar a formação de pedras preciosas sintéticas. 
Na indústria do papel, a radiologia industrial garante que todas as folhas tenham a mesma 
gramatura e formato. 
 É Utilizado também em Museus e bibliotecas para preservação de livros antigos. 
As funções do profissional inclui tarefas como a instalação e inspeçãode equipamentos de 
proteção radiológica, o acompanhamento das regras de segurança, planejamento, 
implementação e supervisão do uso dos equipamentos e das atividades dos operadores 
(IOE). 
 
Inspeção corporal 
Equipamentos de radioinspeção corporal, os chamados bodyscan, são aqueles que podem 
detectar objetos metálicos e não metálicos escondidos no corpo de uma pessoa através dos 
raios X. 
 
 
Inspeção de cargas e contêineres 
A inspeção de cargas e contêineres são aplicados em estradas, divisas, fronteiras, portos e 
visa evitar que armas, drogas ou mercadorias falsas e irregulares entrem e circulem pelo 
país. Nos últimos anos, esse tipo de inspeção tem recebido grande investimento, 
principalmente pelo seu auxílio na área de segurança pública. 
 
 
24 
 
 
 
Perfilagem de poços de petróleo 
No setor petrolífero, as técnicas nucleares são utilizadas na perfilagem de poços de 
petróleo que consiste na medida e registro contínuo de determinados parâmetros ao longo 
das paredes de um poço. 
É utilizado uma sonda de medição que é introduzida progressivamente na perfuração, 
ajudando a determinar a localização, quantidade e produtividade de óleo e gás do poço. 
 
 
Reatores nucleares 
Usina nuclear é uma instalação industrial empregada para produzir eletricidade a partir de 
energia nuclear. Caracteriza-se pelo uso de materiais radioativos que produzem calor como 
resultado de uma reação nuclear. 
 
 
25 
 
 
 
 
Medidores nucleares 
São dispositivos que usam fontes de radiação associadas a um detector, que permite por 
atenuação ou espalhamento da radiação, saber se o material medido está ou não presente 
no nível pré-estabelecido. 
 
O profissional poderá atuar em diversas áreas, dentre elas: 
setor alimentício, bebidas, cimenteiras, concreto, embalagens, fertilizantes, metalúrgico, 
mineração, papel e celulose, etc. 
 
 
 
26 
 
Radiografia industrial 
A radiografia industrial é uma poderosa ferramenta de controle de qualidade nas indústrias 
automotivas, indústrias navais, industrias siderúrgicas, aviação e materiais bélicos, como 
explosivos. 
 
 
A radiografia é um método usado para inspeção nos Ensaios Não Destrutivos (END) que 
baseia-se na absorção diferenciada da radiação ionizante na peça que está sendo 
inspecionada. 
Devido às diferenças na densidade e variações na espessura do material, ou mesmo 
diferenças nas características de absorção causadas por variações na composição do 
material, diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação 
penetrante. 
A radiografia industrial é então usada para detectar variação de uma região de um 
determinado material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade comparada 
com uma região vizinha. 
 
27 
 
 
Equipamentos emissores de raios-x 
Os Raios X são produzidos em ampolas especiais. Os tamanhos das ampolas ou tubos são 
em função da tensão máxima de operação do aparelho. 
 
 
 
Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois componentes: o 
painel de controle e o cabeçote, ou unidade geradora. 
 
 
28 
 
 
 
 
O painel de controle consiste em uma caixa onde estão alojados todos os controles, 
indicadores, chaves e medidores, além de conter todo o equipamento do circuito gerador 
de alta voltagem. E através do painel de controle que se fazem os ajustes de voltagem e 
amperagem, além de comando de acionamento do aparelho. 
No cabeçote está alojada a ampola e os dispositivos de refrigeração. 
A conexão entre o painel de controle e o cabeçote se faz através de cabos especiais 
de alta tensão. 
 
 
29 
 
 
 
 
Equipamentos emissores de raios gama (gamagrafia) 
A gamagrafia é a radiografia feita com raios gama, as fontes usadas requerem cuidados 
especiais de segurança pois emitem radiação, constantemente. 
 
É necessário um equipamento que forneça uma blindagem, contra as radiações emitidas da 
fonte quando a mesma não está sendo usada. 
 É necessário dotar essa blindagem de um sistema que permita retirar a fonte de seu 
interior, para que a radiografia seja feita. Esse equipamento denomina-se Irradiador. 
 Componentes fundamentais: 
 
30 
 
• Blindagem 
• Fonte radioativa 
• Dispositivos para expor a fonte radiativa 
 
 
 
 
Cada blindagem é dimensionada para conter um elemento radiativo específico, com uma 
certa atividade máxima determinada. 
O material utilizado é chumbo ou urânio exaurido que em função de seu alto número 
atômico possibilita blindagens eficientes com volumes reduzidos. 
As fontes radioativas para uso industrial, são encapsuladas em material austenítico, de 
maneira tal que não há dispersão ou fuga do material radioativo para o exterior. 
Um dispositivo de contenção, transporte e fixação por meio do qual a cápsula que contém a 
fonte selada, está solidamente fixada em uma ponta de uma cabo de aço flexível, e na outra 
ponta um engate, que permite o uso e manipulação da fonte, é denominado de “porta 
fonte”. 
 
 
31 
 
 
 
Entre os isótopos radioativos, o irídio, por ser metálico, pode ser fornecido em forma de 
pastilha, enquanto que o césio só é fornecido em pó. 
Isso faz com que a preferência recaia sobre o irídio, quando comparado ao césio. 
As principais radioativas que podem ser utilizadas em gamagrafia: 
 
 
 
Dispositivos usados para se expor a fonte: 
É o tubo por onde será conduzida a fonte radioativa da blindagem até o ponto determinado 
para irradiação. Os comandos permitem o acionamento e o controle da fonte. 
Os comandos permitem o acionamento e o controle da fonte. 
 
 
O controle pode ser elétrico, pneumático ou, como é mais comum, manual. 
Por meio desses acionamentos, leva-se a fonte radioativa para fora da blindagem, pelo 
mangote, expondo-a no local a ser realizado o ensaio. Após o tempo de exposição, a fonte é 
recolhida novamente à blindagem. 
 
 
32 
 
 
 
 
 
É obrigatória a verificação dos engates da fonte radioativa e do cabo, com a utilização de 
gabarito antes do início dos trabalhos, na presença do profissional de segurança. Após a 
verificação da área de isolamento esse autoriza o início dos trabalhos. 
As conexões do cabo de comando e do porta fonte sofrem desgaste pelo uso e portanto 
requerem testes frequentes para verificar se estão em condições adequadas para operação. 
 Assim devem ser utilizados gabaritos de teste que são fornecidos pelos fabricantes 
dos irradiadores. 
 
33 
 
 
 
Comparando a Gamagrafia e a Radiografia industrial, a única característica que apresentam 
em comum é o fato de permitirem ao operador trabalhar sempre a uma distância segura da 
fonte, sem se expor ao feixe direto de radiação. 
 
Instrumentação e dosimetria 
A percepção da radiação, seja qualitativa ou quantitativa, só pode ser realizada com a 
ajuda de materiais ou instrumentos capazes de captar e registrar sua presença. 
Dispositivos que indicam a presença de energia nuclear, transformando um tipo de 
informação (radiação) em outro (sinal elétrico ou luminoso). 
Uma forma que permite detectar as radiações, e medir sua intensidade, são os detectores 
eletrônicos conhecidos como os Geiger-Muller, Câmara de Ionização, Contadores 
Proporcionais ou Cintiladores. 
Geralmente a detecção é efetuada no detector, porém associado a um sistema de registro 
eletrônico, capaz de “contar” cada sinal (ionização) provocado pela passagem da radiação 
pelo mesmo. 
 
Geiger-Muller 
É constituído de um tubo e de um sistema de amplificação e de registro do sinal. 
 O tubo é constituído por uma câmara metálica cilíndrica com um fino fio metálico em seu 
eixo. 
A câmara é preenchida por um gás de baixa pressão. 
 Quando a radiação ionizante penetra no tubo, o gás é ionizado e os elétrons liberados vão 
em direção ao fio metálico. 
 Esse sinal elétrico é amplificado, registrado e traduzido em uma indicação visual ou 
sonora. 
 
 
34 
 
A característicada qualidade principal dos detectores Geiger Muller (GM) é que são muito 
sensíveis às radiações. 
A principal desvantagem é que não diferenciam os tipos de radiações que neles chegam, 
somente registram o valor de contagens total. 
 
Quando o detector é colocado num campo de radiação superior à capacidade de medição, 
ocorre a saturação do detector (excesso de ionização no interior da câmara), e o sistema de 
monitoração fica inoperante. 
 
São exemplos de detectores de radiação que utilizam o G.M: 
- monitores de área 
- detectores portáteis de radiação 
- detector sonoro (Bip) 
 
 
 
35 
 
Câmaras de Ionização: 
Os detectores a gás caracterizam-se por utilizarem um gás como material que sofre 
ionização pelas partículas carregadas. 
É um detector de partículas ionizadas que detecta a passagem de uma partícula medindo a 
carga total dos elétrons dos íons produzidos quando da ionização do meio gasoso pela 
partícula. 
 
 
 
O gás quando ionizado pela radiação, origina uma corrente que é proporcional ao numero 
de moléculas ionizadas e que é posteriormente amplificado. 
As câmaras de ionização conseguem detectar diferentes tipos de radiação. 
São exemplos de detectores de radiação que utilizam a câmara de ionização: 
∙ Dosímetros de bolso de leitura direta (canetas dosimétricas) 
∙ Monitores de áreas, em instalações nucleares 
 
 
 
36 
 
Monitoração da radiação 
 
Os instrumentos para medição de radiação podem ser classificados em dois grandes grupos 
ou categorias: 
Os medidores individuais e os medidores de área. 
Medidores individuais 
São instrumentos que medem a quantidade de radiação recebida em determinado período 
e tempo. 
São feitos para serem utilizados por pessoas diretamente envolvidas nas atividades que 
envolvam radiações ionizantes, medindo os níveis de exposição do seu usuário. 
 
Filmes Dosimétricos 
O filme dosimétrico é constituído essencialmente de material radiofotossensível, 
semelhante ao filme usado nas radiografias dentárias, com a região inferior coberta por 
placas metálicas finas. 
Estas placas, normalmente duas, funcionam como filtros para radiação, quando sofre ação 
da radiação, o filme torna-se enegrecido. Todo este conjunto é acondicionado em um estojo 
e PVC. 
É realizada a conferência do grau de enegrecimento do filme (densidade ótica) e a dose 
recebida. 
 
 
Dosímetros Termoluninescentes 
 
37 
 
São constituídos de cristais de fluoreto de lítio (LiF) que apresentam o fenômeno da 
luminescência quando aquecidos após terem sido irradiados. 
Os TLD's, devido às suas reduzidas dimensões, são utilizados em forma de anéis e 
pulseiras para medir dose nas mãos e dedos. 
A luz emitida pelos TLD's é proporcional à radiação recebida. 
 
 
 
Canetas Dosimétricas 
Dosímetro de bolso que é uma pequena câmara de ionização em forma de caneta, utilizada 
como monitor pessoal para determinar a quantidade total de radiação recebida durante um 
certo intervalo de tempo. 
 
 
Medidores de bolso 
Os sinais de saída do detector de radiação, são coletados e quando um valor 
predeterminado foi atingido, a carga coletada é descarregada para um contador eletrônico, 
que é visualizado em um amostrador digital. 
 
Alarmes de bolso (Bip) 
Similar aos detectores de bolso, porem não são capazes de indicar valores de exposição. 
Medem apenas a intensidade de campo. 
 
 
38 
 
Monitor corporal 
Utilizado para detectar presença de material radioativo em todo o corpo. 
 
Medidores/Monitores de área 
A forma mais comum de monitoramento ambiental para radiação é a colocação de 
dispositivos de monitoramento da radiação em vários locais ao redor do local que esta sendo 
monitorado. 
 
 
 
 
São normalmente utilizados em instalações radioativas permanentes e geralmente 
empregam Tubos Geiger como detectores de radiação. 
Sempre que a radiação atingir os valores pré-ajustados, a lâmpada vermelha montada na 
sua face superior se acenderá, mantendo-se nesta condição até que os níveis de radiação 
retornem aos valores normais esperados.

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