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ACOES PSICOPEDAGOGICAS EM UMA PÓS GRADUAÇÃO

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ISSN 2526-5466 
128 
Revista Etos, Lucena-PB, v.1, n.1, p. 128-137, jan./jun. 2017 – http://www.revistaetos.com.br 
AÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS EM UMA PÓS-GRADUAÇÃO NO ESTADO DA 
PARAÍBA, BRASIL: uma realidade institucional 
 
Gil Dutra Furtado¹ 
Cátia Alessandra Câmara Barbosa ² 
Dimítri de Araújo Costa3 
 
¹ Professor Colaborador do PRODEMA/UFPB; Pós-Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente/UFPB; Doutor em 
Psicobiologia/UFRN; Mestre em Manejo de Solo e Água/UFPB; Especialista em Psicopedagogia/UNINTER; 
Engenheiro. Agrônomo/UFPB. E-mail: gdfurtado@hotmail.com. 
² Especialista em Psicopedagogia/UNP-RN; Graduada em Pedagogia/UNP-RN. E-mail: catia.gencati@gmail.com. 
² Doutorando em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFPB, Mestre em Ecologia e Monitoramento 
Ambiental/UFPB, Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas/UFPB. E-mail: costa.researcher@yahoo.com.br. 
 
 
RESUMO 
 
O processo de aprendizagem torna-se significativo quando o novo tema estudado incorpora-se ao 
conhecimento do discente, constituindo significado e notoriedade, quando o mesmo compara com 
seu conhecimento anteriormente aprendido. Nesta perspectiva, a proposta pedagógica é baseada no 
argumento de que por meio das discussões, o conhecimento desenvolve-se coletivamente, 
englobando as relações de aprendizagem, promovendo a reversibilidade no processo de ensino e 
aprendizagem. O presente artigo consiste num relato descritivo da experiência de estágio em uma 
Pós-Graduação da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, realizado a partir da proposta de ensino 
do curso de Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional da UNINTER. Desta forma, 
este trabalho propõe a promoção de momentos de reflexão entre os educadores e funcionários, em 
grupos de trabalho, mostrando aos mesmos que o departamento deve ser um ambiente de construção, 
além de relações equilibradas e harmoniosas, oportunizando aos educandos um desenvolvimento 
seguro de confiança e preparação para um futuro profissional. O trabalho foi realizado num período 
de seis meses, sendo um encontro por mês, no qual foram entrevistados alunos, professores e 
funcionários do departamento procurando entender à origem da falta de entrosamento e os 
consequentes comprometimentos com o ensino aprendizagem da instituição. O grupo apresenta 
indícios de falta de entrosamento e organização. A coordenação tem ajudado muito, viabilizando os 
dados necessários para realizar esta avaliação. O corpo docente tem, na sua maioria, cooperado para 
resolver a situação apresentada. Com o parecer psicopedagógico institucional realizado na Pós-
Graduação, foi constado que o problema não pode ser creditado unicamente aos alunos, pois a 
aprendizagem não é um processo individual, ou seja, não depende só do esforço de quem aprende, 
mas sim de um processo coletivo. 
 
Palavras-Chave: Ensino e Aprendizagem. EOCMEA. Prática de Psicopedagogia Institucional. 
 
doi: 10.33501/revetos.2017.009 
 
 
 
 
EXENSÃO 
PEDAGÓGICA 
mailto:catia.gencati@gmail.com
https://doi.org/10.33501/revetos.2017.009
 
 
ISSN 2526-5466 
129 
Revista Etos, Lucena-PB, v.1, n.1, p. 128-137, jan./jun. 2017 – http://www.revistaetos.com.br 
1 INTRODUÇÃO 
 
 De acordo com Pelizzari et al. (2002), o processo de aprendizagem torna-se significativo 
quando o novo tema estudado incorpora-se ao conhecimento do discente, constituindo significado e 
notoriedade, quando o mesmo compara com seu conhecimento anteriormente aprendido. 
 Nesta perspectiva, a proposta pedagógica é baseada no argumento de que por meio das 
discussões, o conhecimento desenvolve-se coletivamente, englobando as relações de aprendizagem, 
promovendo o feedback no processo de ensino e aprendizagem (CANÁRIO, 2006). 
O departamento da Pós-Graduação em meio ambiente apresentou a queixa de que alunos tem 
procurado a coordenação com problemas com educadores e/ou outros educandos, bem como com o 
secretário, fatos estes que culminam em dificuldades nos momentos de aprendizado do grupo 
académico. Mediante esta informação se faz necessário investigar os aspectos que possam estar 
contribuindo para essa problemática com o objetivo de intervir para que nós enquanto psicopedagogos 
venhamos a contribuir para um melhor funcionamento do departamento. 
A relevância deste trabalho oportuniza aos pós-graduandos o aperfeiçoamento e o 
entrelaçamento do conhecimento teórico com a construção de um exercício profissional no campo de 
atuação da psicopedagogia de cunho institucional. 
O presente artigo consiste num relato descritivo da experiência de estágio em uma Pós-
Graduação da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, realizado a partir da proposta de ensino do 
curso de Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional da UNINTER. Desta forma, este 
trabalho propõe a promoção de momentos de reflexão entre os educadores e funcionários, em grupos 
de trabalho, mostrando aos mesmos que o departamento deve ser um ambiente de construção, além 
de relações equilibradas e harmoniosas, oportunizando aos educandos um desenvolvimento seguro 
de confiança e preparação para um futuro profissional. 
Sugere-se ainda que, por meio de grupos de trabalhos, ocorra atividades com reflexão 
envolvendo os educandos, enfatizando a estes que o ambiente de ensino/aprendizagem deve ser um 
ambiente de construção com relações equilibradas e harmoniosas, abrindo espaço para que todos 
tenham um desenvolvimento seguro, com confiança, e preparação qualificada para um futuro 
proeminente em que cada um se desenvolvera profissional para formar uma sociedade mais 
estruturada. 
Com isto, reconhecer e valorizar todos que compões o ambiente de ensino e aprendizado; 
desenvolver no grupo o ensejo de ajuda mútua; entender o intercambio social como processo de 
 
 
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aprendizado; compartilhar sentimentos positivos; ampliar a afetividade com os demais membros do 
grupo; refletir sobre o sentido da vida; identificar-se com os demais do grupo; perceber as próprias 
dificuldades em grupo; melhorar a compreensão sobre as diversidades do desenvolvimento humano; 
e compreender as mudanças como parte fundamental ao crescimento profissional e pessoal. 
 
 
3. RESULTADOS 
 
3.1 Material e Métodos 
 
O presente trabalho foi desenvolvido em um Programa de Pós-Graduação da UFPB, num 
período de seis meses, sendo um encontro por mês, no qual foram entrevistados alunos, professores 
e funcionários do departamento procurando entender à origem da falta de entrosamento e os 
consequentes comprometimentos com o ensino aprendizagem da instituição. 
Este trabalho tem o intuito de promover um comprometimento com o projeto pedagógico (e.g. 
DEMO, 1988; HOFFMANN, 1993; GINÉ, 1999; FONSECA, 1999; HADJI, 2001). 
Foram desenvolvidas atividades de interação em grupo, mediante atividades lúdicas, 
apropriados ao grupo, com o objetivo de demonstrar os benefícios das ações em equipe, para alcançar 
os objetivos propostos. Além disso, foram realizadas dinâmicas como primeiro momento e folha de 
autógrafo, observando-se as ações utilizadas para concluir as atividades, tendo ao final um momento 
de reflexão sobre as ações realizadas por eles e seus efeitos. 
Os recursos utilizados foram: 1) Humanos; 2) Música; 3) Canetas; 4) Papel sulfite; 5) Lápis; 
6) Local; 7) Slides com tema sobre mudanças para lidar melhor no trabalho e na vida pessoal. 
 Os instrumentos psicopedagógicos utilizados foram: Entrevista Operativa Centrada no 
Modelo Ensino-Aprendizagem (EOCMEA); entrevista com alunos, funcionários e professores; 
realização de dinâmica de grupo; pesquisa histórica com a direção da escola. 
Este trabalho foi autorizado pela coordenação da instituição, e está de acordo com a Resolução 
196/96 do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, 2012). 
 
 
 
 
 
 
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3.1.1 Identificação e Caracterização da Insituição 
 
NOME: Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal 
da Paraíba – UFPB. 
ENDEREÇO: UFPB – Campus I; Bairro Castelo Branco; João Pessoa – PB; CEP: 58051-970. 
COORDENADOR: “X” 
VICE-COORDENADOR: “Y” 
NUMERO DE ALUNOS: 33 doutorandos e 91 mestrandos 
NUMERO DE SALAS: 5 Salas. 
TURNO DE FUNCIONÁRIOS: Manhã e Tarde. 
NÍVEIS DE ENSINO: Mestrado e Doutorado. 
TIPO DE INSTITUIÇÃO: FEDERAL. 
PROPOSTA PEDAGÓGICA: Proposta baseada na construção de cidadãos críticos para uma 
sociedade mais justa e igualitária, com base no processo de ensino e aprendizagem entre o corpo 
docente e discente. 
ESPAÇOS FÍSICOS: A instituição conta com biblioteca, sala de reuniões, secretaria, três salas de 
apresentações/aula, uma copa, duas salas de alunos, além da Coordenação. 
 
3.1.2 Registro da Queixa 
 
A queixa inicial repassada foi: 
• Falta de entrosamento entre os alunos, nas disciplinas correlatas; 
• Falta de entrosamento entre os alunos e alguns professores; 
• Falta de entrosamento entre alguns alunos, professores e os funcionários. 
 
A partir do relato da queixa feita pela instituição sobre a falta de entrosamento entre alunos, 
professores e funcionários, foi desenvolvido um Diagnóstico Psicopedagógico Institucional com 
intenção de identificar as possíveis causas para o surgimento do sintoma. 
Foi verificado que certos alunos por terem um entendimento mais rápido do conteúdo, passam 
a não contribuir com o aprendizado dos demais, proporcionando um mal-estar em sala de aula e no 
desenvolvimento das ações em grupo e confecção de trabalhos. Outro motivo é o desinteresse por 
certas matérias, que leva ao desequilíbrio da turma. Ainda se observou que devido os alunos serem 
 
 
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compostos por pessoas que já estão em idade produtiva, muitos serem casados e alguns oriundos de 
outros estados e até mesmo de outros países, os fatores sociais, psicológicos, adaptativos dentre outros 
acabam interferindo, em maior ou menor grau, no desenvolvimento das ações de ensino aprendizagem 
em sala de aula. 
Foi constatado também que a postura de certos professores pouco contribui no processo de 
ensino e aprendizado. Dentre as ações dos professores foi apontada a falta de espaço para o diálogo 
na sala de aula, que acaba culminando em desgastes desnecessários entre alunos e professores; a 
intolerância quanto ao comportamento de certos alunos (por perguntarem muito e/ou por levantarem 
muitas questões durante a aula) exteriorizando que os alunos requerem mais informação e orientação 
e que provavelmente os professores não estão bem preparados para a atuação que tem. A falta de 
compromisso com o tempo acordado para as aulas, com os alunos, e dos alunos com os professores. 
Nota-se este fato pelos relatos de aulas transferidas, muitas vezes sem acerto com os alunos para 
estabelecer dia e hora que seja melhor para todos e atrasos e faltas dos alunos, mesmo tendo estes, 
assumido um compromisso com a turma. 
Na sequência, relataram-se certas dificuldades de comunicação com o secretário, tanto de 
alunos como de professores, ou por não estar disponível no momento de expediente para atender as 
requisições de documentos e outros. Outras vezes por não ter o material solicitado para o 
desenvolvimento das aulas e atividades de campo. Também por não ocorrer uma boa comunicação 
entre aluno / secretário e professor / secretário, observa-se desentendimentos e desilusões entre todos. 
O grupo apresenta indícios de falta de entrosamento e organização. A coordenação tem 
ajudado muito, viabilizando os dados necessários para realizar esta avaliação. O corpo docente tem, 
na sua maioria, cooperado para resolver a situação apresentada. Foi observado que alguns professores 
não se organizam plenamente para suas aulas; não proporcionam atividades que desenvolvam a 
interação entre os alunos; as atividades são realizadas sempre da mesma forma. Observa-se o 
despreparo de alguns em liar com o social pessoal e da coletividade. Entre os alunos e os funcionários, 
a falta de entrosamento, pouca comunicação e fatores sociais têm forte influência negativa. 
 
3.2 Registro Descritivo dos Encontros Realizados 
 
01ª 
23/abril 
Visita ao Departamento, realizando contato com secretário e agendando encontro com 
coordenadores. 
02ª 
25/abril 
Visita ao Departamento, realizando reunião explicativa com vice coordenador do 
departamento. 
 
 
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03ª 
01/maio 
Visita ao Departamento, realizando reunião explicativa com a coordenadora e vice 
coordenador do departamento, recebendo os documentos assinados e tirando ultimas 
duvidas da coordenação quanto ao proceder psicopedagógico. 
04ª 
05/maio 
Visita inicial as instalações do Departamento, com interação junto ao secretário e outros 
funcionários. 
05ª 
07/maio 
No Departamento, realização de reunião para registrar mais informações sobre a queixa 
com o vice coordenador do departamento. Solicitação de estatuto do departamento, bem 
como outros documentos para a realização da avaliação psicopedagógica. 
06ª 
09/maio 
Na coordenação, realização de reunião com a coordenadora para registrar informações 
sobre a posição dos educadores quanto á queixa. Recepção de alguns documentos para a 
realização da avaliação psicopedagógica. 
07ª 
12/maio 
Desenvolvimento de contatos e entrevistas informais com alguns professores. 
08ª 
14/maio 
Desenvolvimento de contatos e entrevistas formal com professores. 
09ª 
16/maio 
Desenvolvimento de contatos e entrevistas informais com alguns alunos. 
10ª 
19/maio 
Desenvolvimento de contatos e entrevistas formal com alunos. 
11ª 
21/maio 
Visita à sala de aulas para observar o comportamento dos professores e alunos durante as 
aulas. (Professores distintos) 
12ª 
23/maio 
Visita à sala de aulas para observar o comportamento dos professores e alunos durante as 
aulas. (Professores distintos) 
13ª 
27/maio 
Avaliação dos documentos cedidos pelo Departamento com o objetivo de consolidar as 
informações das queixas. 
14ª 
29/maio 
Devolutiva para o Departamento. 
 
3.3 Parecer Psicopedagógico 
 
Com o parecer psicopedagógico institucional realizado na Pós-Graduação, foi constado que o 
problema não pode ser creditado unicamente aos alunos, pois a aprendizagem não é um processo 
individual, ou seja, não depende só do esforço de quem aprende, mas sim de um processo coletivo. 
A relação educador-educando é fundamental. Segundo Fernández (2001) quando aprendemos, 
aprendemos com alguém, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar. É 
neste campo, que se criam as condições para o aprendizado, sejam quais forem os objetos de 
 
 
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conhecimento trabalhados. O bom relacionamento entre os que compõem o departamento, isso inclui 
os funcionários, além dos já citados, também fazem parte importante para o bom desenvolvimento 
das ações promovidas para a educação. 
Os comportamentos dos educadores podem promover uma inadequação do processo de 
transmissão dos seus saberes para os educandos, pois muitos destes acabam sem se aperceber que as 
ferramentas precisas para a transmissão do saber passam pela plasticidade em transformar seus 
conhecimentos para que a maioria se beneficie do conteúdo dos mesmos; no caso, a didática que são 
os preceitos científicos essenciais em sala de aula vindo a tornar-se um diferencial na qualidade 
educacional, pois contribui com o embasamento nas metodologias e estratégiasque se fazem 
necessárias não apenas para os professores que passam a ter mais propriedade em sala, como para os 
alunos que sentirão mais facilidade em lidar com a aprendizagem em seus diferentes aspectos. A 
reflexão dos saberes e das técnicas de comunicação apoiaram aos mesmos na tarefa de tornar mais 
eficiente à comunicação, diminuindo ou excluindo as barreiras existentes entre educadores e 
educandos. 
Neste sentido, verificamos que no mundo da educação, a escola, e neste caso a faculdade, é a 
instituição responsável pelo saber que os sujeitos adquirem. “Portanto, onde o aprendizado é o próprio 
objetivo de um processo que pretende conduzir a um determinado tipo de desenvolvimento, a 
intervenção deliberada é um processo pedagógico privilegiado” (OLIVEIRA, 1995, p. 12). Mas, este 
sujeito deve ter um papel significativo na construção de seu conhecimento, cabendo ao educador 
mediar a produção dos educandos, levando em consideração suas opiniões, procurando metodologias 
de intervenção adequadas e interagindo com os educandos através da linguagem, num processo 
dialógico. 
Nas relações entre os próprios educandos e entre estes e os educadores a ponderação de seus 
papeis em sala de aula e nas atividades inerentes ao processo pedagógico do departamento contribuirá 
para o ajustamento das ações destes, favorecendo ao melhor aproveitamento do processo 
ensino/aprendizagem no qual todos estão envolvidos, pois as ações de cada um, individualmente e/ou 
em grupo, favorece para o engrandecimento das atividades de todo o departamento e é o esperado 
pela coordenação e pelo próprio departamento. 
Os funcionários, incumbidos de ações e tarefas fundamentais para o avanço das ações dos 
educadores e dos educandos, por proporcionar os materiais e equipamentos, documentos e 
informações, dentre outras atividades indispensáveis para todo o departamento, ceram beneficiados 
 
 
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pelas reflexões e ponderações de suas atividades e inter-relacionamento com todo o grupo, 
proporcionando um ambiente ainda mais eficiente e de bom convívio entre todos. 
 
3.3.1 Informe Psicopedagógico Institucional 
 
Com o intuito de minimizar ou superar os fatores que desencadearam essa situação, faz-se 
necessária uma intervenção psicopedagógica nos seguintes níveis: 
• Envolver o departamento como todo, mediante atividades reflexivas, visando resgatar valores, 
ampliar a importância da participação de todos, valorização dos educandos, educadores e 
funcionários; 
• Oferecer apoio imediato aos alunos, objetivando discussões e palestras sobre a importância 
dos profissionais que ali estão sendo formados em relação às suas responsabilidades como 
profissionais; 
• Também aos educandos e funcionários, proporcionar apoio imediato, mediante discussões e 
palestras, para estimular estes ao bom desenvolvimento das ações acadêmicas entre os 
mesmos e os alunos, visando melhor entrosamento entre o grupo. 
• Oferecer apoio pedagógico que possa trabalhar o educador em suas dificuldades na docência 
em relação ao que se refere a planejamento e a didática em sala de aula. 
 
É necessário também que a partir dessas ações, os grupos sejam valorizados, proporcionando 
o bem-estar de todos os envolvidos. Para tal, estamos encaminhando uma Proposta de Intervenção 
Psicopedagógica, afim de que haja uma reflexão sobre a situação. 
 
3.4 Devolutiva ao Departamento 
 
A devolutiva foi entregue aos coordenadores da Pós-Graduação. Foram prestados 
esclarecimentos a respeito das atividades e serem desenvolvidas para que ocorra a superação das 
dificuldades apresentadas pelo departamento, i.e. falta de entrosamento entre alunos, professores e 
funcionários. 
 
 
 
 
 
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalho consolida-se na tentativa de colaborar no aprendizado acerca da prática 
da psicopedagógica institucional. Sendo assim, com a realização deste trabalho foi fornecido uma 
base para observar o funcionamento global do departamento e assim interferir de modo a auxiliar a 
união dos diferentes grupos que dela fazem parte, oportunizando a realização de um trabalho mais 
eficaz. 
Diante deste, percebe-se que esta participação de todos (educadores, educandos e 
funcionários), é um grande desafio. É preciso que todos continuem a procurar a parceria com o 
compromisso, com o fim de superar as dificuldades existentes nessa relação. 
Assim, nesta relação devem-se criar possibilidades para uma relação dialógica, crítica e 
libertadora a fim de se fazer mais visível a participação de todos no processo de ensino/aprendizado 
de qualidade. 
Docentes, discentes e funcionários, enquanto parte do processo de promover o 
ensino/aprendizado, bem como protagonista na resolução das dificuldades, devem obter orientações 
específicas para que desenvolvam um trabalho consciente e que promova o sucesso de todos os 
envolvidos no processo. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CANÁRIO, Rui. O Prazer de Aprender. Pátio – Revista Pedagógica, Porto Alegre, v. 10, n. 39, p. 
8-11, 2006. 
 
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução nº 196/96 versão 2012. Comissão Nacional de 
Ética em Pesquisa. 2012. Disponível em: < 
http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/aquivos/resolucoes/23_out_versao_final_196_E
NCEP2012.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2017. 
 
DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. 2 ed. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1988. 
 
FERNÁNDEZ, Alicia. O Saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. 
Porto Alegre: Artmed, 2001. 
 
FONSECA, Vitor da. Avaliação psicopedagógica Dinâmica. Mimeo, 1999. 
 
 
 
ISSN 2526-5466 
137 
Revista Etos, Lucena-PB, v.1, n.1, p. 128-137, jan./jun. 2017 – http://www.revistaetos.com.br 
GINÉ, Climent. La evaluación psicopedagógica. In: Desarrollo Psicológico y Educación. 
Transtornos del desarrollo y necessidades educativas especiales. Madrid: Alianza Editorial, S.A., 
1999. 
 
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 
Porto Alegre: Mediação, 1993. 
 
HADJI, C. Avaliação Desmistificada. Tradução Patrícia C. Ramos. Porto Alegre: Artmed Editora, 
2001. 
 
OLIVEIRA, Marta Kohl de. O Pensamento de Vygotsky como fonte de reflexão sobre a educação. 
Cadernos CEDES (UNICAMP), Campinas, v. 35, p. 9-14, 1995. 
 
PELIZZARI, Adriana; KRIEGL, Maria de Lurdes; BARON, Márcia Pirirh; FINCK, Nelcy Terezinha 
Lubi; DOROCINSKI, Solange Inês. Teoria da Aprendizagem Significativa segundo Ausubel. 
Revista PEC, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 37-42, 2001/2002.

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