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Carlos Eduardo Campos Mendes | TVC Medicina UNINOVE | Campus São Bernardo do Campo 18.08.2021, quarta-feira epidemiologia analítica 1. Observação → É a visualização de um evento que inicia o processo metodológico; 2. Questionamento → É uma dúvida que surge a partir de uma observação do mundo real; 3. Formulação de hipóteses → É a formulação de explicações lógicas que sirvam como possível resposta ao questiona- mento; 4. Experimentação → Testam se as hipóteses são verdadei- ras; 5. Conclusão → Busca a solução, ausência de solução ou in- capacidade de atingir a conclusão para o questionamento com base no evento observado; 6. Divulgação → Como o nome sugere, é a divulgação do tra- balho científico para o público-alvo; 7. Novos questionamentos → Surgem baseados no que se concluiu. • Estuda a distribuição de frequência das doenças e agravos à saúde coletiva; ⤷ Esse estudo é realizado em função de variáveis ligadas a: Pessoa Tempo Lugar Exs.: Sexo, faixa etá- ria... Exs.: Mês, ano, dé- cada. Exs.: Cidade de São Paulo, Brasil... ⟡ Isso possibilita o detalhamento do perfil epide- miológico. ⤷ Além disso, também são utilizadas medidas de ocor- rência como incidência e prevalência, além de coefi- cientes, taxas, índices etc. • Uma coisa que difere o estudo descritivo do analítico é que não há comparação dos dados, apenas uma descrição deles. ⤷ Os estudos descritivos comparam dados absolutos, en- quanto os estudos analíticos utilizam majoritariamente dados relativos. • Prevalência → É a razão entre a frequência e casos (tanto os casos novos quanto os antigos) de uma doença ou agravo e a população em risco de desenvolver essa doença ou agravo; ⤷ A prevalência serve para medir a magnitude de uma doença/condição/exposição na população. ⟡ Essa medida de ocorrência NÃO representa risco. • Incidência → E a frequência com que surgem novos casos de uma doença, num intervalo de tempo. ⤷ São considerados os casos novos de pessoas que ha- viam apresentado a doença até o início do período considerado; ⟡ Assim, o numerador são casos novos no período. ⤷ Portanto, a incidência é uma razão entre o número de novos casos em relação à população susceptível. . P = No de indivíduos com a doença (x 10n) População em risco I = No de indivíduos que desenvol- veram a doença no período (x 10n) População em risco sem a doença no início do período Carlos Eduardo Campos Mendes | TVC Medicina UNINOVE | Campus São Bernardo do Campo • Aborda com mais profundidade as relações entre o estado de saúde e outras variáveis; • Investiga se existe associação entre um fator de exposição (variável preditora) e uma doença ou problema de saúde (desfecho) na população. ⤷ Portanto, o questionamento que surge se é o fator de exposição causa algum desfecho. • Uma mesma exposição pode ter vários defechos: • Diversas exposições podem gerar um mesmo desfecho (desfecho multicausal): • Para realizar o estudo analítico, é necessário dividir os gru- pos em indivíduos expostos ao fator e indivíduos que não são expostos ao fator; ⤷ Por exemplo, o questionamento “Será que as pessoas que fumam tem mais risco de desenvolver CA de pul- mão?” pode possuir os seguintes desfechos: • Será que o grupo de pessoas expostas ao tabagismo tem mais risco de desenvolver CA de Pulmão do que as o grupo de pessoas não expostas? • Razão de prevalência → É a razão entre a prevalência no grupo exposto e a prevalência no grupo não-exposto; ⤷ Portanto, a RP é utilizada quando há associação de prevalência entre grupos. • Risco relativo → É a razão entre a incidência no grupo exposto e a incidência no grupo não-exposto. ⤷ Portanto, o RR é utilizado quando há associação de incidência entre grupos ⤷ Ex.: RR = 15 ÷ 10 RR = 1,5 ou 50% maior chance. • Além disso, existem outras medidas de associação: Hábito tabágico Câncer de pulmão Câncer de bexiga Câncer de laringe Bronquite crônica Doença coronariana Nascimento de baixo peso Outras condições Câncer de pulmão Tabagismo Gazes dos veículos Exposição ocupacional Hereditariedade Muitas outras condições. Fumou. Tem câncer. Não tem câncer. Não fumou. Tem câncer. Não tem cancer. Grupo exposto ao fator: Tem o desfecho. Não tem o desfecho. Grupo não exposto ao fator: Tem o desfecho. Não tem o desfecho. Grupo exposto ao fator: Tem o desfecho. 15% Não tem o desfecho. 85% Grupo não exposto ao fator: Tem o desfecho. 10% Não tem o desfecho. 90% Carlos Eduardo Campos Mendes | TVC Medicina UNINOVE | Campus São Bernardo do Campo ⤷ Odds Ratio; ⤷ Correlação; ⤷ Número necessário para tratar; ⤷ Entre outros. • Se o valor das medidas de associação for: ⤷ Maior que 1 → Associação positiva ou aumento de risco ou chance; ⤷ Igual a 1 → Não há associação; ⟡ Se o 1 estiver no intervalo de confiança, a hipó- tese alternativa poderá ser rejeitada. ⤷ Menor que 1 → Associação negativa ou diminuição de risco ou chance. • A epidemiologia analítica é uma das bases da medicina ba- seada em evidências; • Os estudos clínicos são utilizados para: ⤷ Tomada de decisões; ⤷ Controle de epidemias; ⤷ Avaliação da eficácia de tratamentos; ⤷ Identificação fatores de risco. • Esses fatores podem ser aplicados em nível: ⤷ Nível populacional → Gestores, formuladores de po- líticas, epidemiologistas etc.; ⤷ Nível individual → Profissionais da assistência para pacientes. Artigos de re- visão Ensaios Comentários Estudos de caso ou série de casos Estudos com ani- mais Estudos analíticos Revisões sistemáti- cas • Cabeçalho: ⤷ Título; ⤷ Autores; ⤷ Filiação; ⤷ Resumo; ⤷ Descritores. • Introdução: ⤷ Contexto; ⤷ Justificativa; ⤷ Objetivo: • Métodos: ⤷ Tipo de estudo; ⤷ População do estudo; ⤷ Coleta de dados; ⤷ Análise dos dados; ⤷ Aspectos éticos. • Resultados; • Discussão; • Conclusão/considerações finais.
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