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Vestcon - PM-BA (2016) R$ 50,00

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Este eBook foi adquirido por IZAIAS CALIXTO PEREIRA JUNIOR - CPF: 055.811.715-56.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Luzia Pimenta • Júlio Lociks • Rebecca Guimarães 
Júlio César Gabriel • Fabrício Sarmanho • Eduardo Muniz Machado Cavalcanti 
Welma Maia • Edgard Antônio Lemos Alves • Saulo Fontana • Raquel Mendes de 
Sá Ferreira • Gladson Miranda
2016
Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico-Quantitativo • História do Brasil • Geografia 
do Brasil • Atualidades • Noções de Direito Constitucional • Noções de Direitos 
Humanos • Noções de Direito Administrativo • Noções de Direito Penal • Noções 
de Igualdade Racial e de Gênero
“O que é uma apostila preparatória? É uma apostila elaborada antes da 
publicação do edital, com base nos concursos anteriores, ou no último edital, 
para permitir ao aluno antecipar seus estudos. Comece agora a se preparar”.
PREPARATÓRIA
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© 2016 Vestcon Editora Ltda.
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida 
a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da 
editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro-
gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração 
da obra, bem como às suas características gráficas.
Título da obra: Polícia Militar do Estado da Bahia – PMBA – Preparatória
Soldado – Nível Médio
Atualizada até 7-2016 (AP496)
(Baseada no Edital de Abertura de Inscrições - SAEB/1/2012, de 2 de Outubro de 2012 – FCC)
Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico-Quantitativo • História do Brasil • Geografia do Brasil • Atualidades 
Noções de Direito Constitucional • Noções de Direitos Humanos • Noções de Direito Administrativo 
Noções de Direito Penal • Noções de Igualdade Racial e de Gênero
Autores:
Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Luzia Pimenta • Júlio Lociks 
Rebecca Guimarães • Júlio César Gabriel • Fabrício Sarmanho 
Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Welma Maia • Edgard Antônio Lemos Alves 
Saulo Fontana • Raquel Mendes de Sá Ferreira • Gladson Miranda
GESTÃO DE CONTEÚDOS 
Welma Maia
PRODUÇÃO EDITORIAL
Dinalva Fernandes
REVISÃO
Dinalva Fernandes
Érida Cassiano
CAPA
Lucas Fuschino 
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Marcos Aurélio Pereira
www.vestcon.com.br
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Ortografia oficial .................................................................................................................................................................. 17
Acentuação gráfica .............................................................................................................................................................. 26
Flexão nominal e verbal ................................................................................................................................................ 40/50
Pronomes:
emprego, formas de tratamento e colocação .................................................................................................................. 33
Emprego de tempos e modos verbais ................................................................................................................................. 50
Vozes do verbo ..................................................................................................................................................................... 55
Concordância nominal e verbal ..................................................................................................................................... 60/65
Regência nominal e verbal .................................................................................................................................................. 29
Ocorrência de Crase ............................................................................................................................................................. 67
Pontuação ............................................................................................................................................................................ 73
Intelecção de texto ................................................................................................................................................................ 3
Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas) ...........................................................................80
Redação oficial ..................................................................................................................................................................... 88
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
 PMBA
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Língua Portuguesa
Ernani Pimentel / Márcio Wesley / Luzia Pimenta
Ernani Pimentel
IntELECÇÃO DE tEXtOs
Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significatecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em 
português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de 
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de 
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... 
Intelecção significa entendimento, compreensão. Os 
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito 
voltada para o que realmente está escrito.
Comandos para Questão de Compreensão 
O narrador do texto diz que... 
O texto informa que...
segundo o texto, é correto ou errado dizer que...
De acordo com as ideias do texto...
Questão
1. Assinale a opção correta em relação ao texto.
O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur-
sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do 
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O 
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO-
ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, 
com ênfase no fortalecimento institucional de todos os 
atores envolvidos com a ges tão dos recursos hídricos 
no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas 
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, 
ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional 
dos recursos hídricos.
(http://proagua.ana.gov.br/proagua)
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de-
rivados do PROÁGUA/Nacional.
b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere-
-se a “Banco Mundial” (l. 3).
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os 
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos 
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido.
d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/
Nacional promovem o uso racional dos recursos 
hídricos. 
e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do 
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am-
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional.
gabarito 
d
IntERPREtAÇÃO
Interpretação significa dedução, inferência, conclusão, 
ilação. As questões de interpretação não querem saber o 
5
10
que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou 
deduzir do que está escrito.
Comandos para Questão de Interpretação
Da leitura do texto, infere-se que...
O texto permite deduzir que...
Da fala do articulista pode-se concluir que...
Depreende-se do texto que...
Qual a intenção do narrador quando afirma que...
Pode-se extrair das ideias e informações do texto que...
Questão 
1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo:
(www.fotolog.com/rosearaujocartum)
Infere-se que o humor da tirinha se constrói:
a) pois a imagem resgata o valor original do radical que 
compõe a gíria bombar.
b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente 
no sentido de “bombear”.
c) pois reflete o problema da educação no país, em 
que os alunos só se comunicam por gírias, como é 
o caso de fessor.
d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na 
norma culta o regionalismo fessô.
e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.
 
gabarito
a
Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. 
Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode 
“deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque 
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con-
cluir que, por exemplo, ele esteja preo cupado, ou tímido, em 
função de estar de cabeça baixa.
Comandos para Medir Conhecimentos gerais 
 Tendo o texto como referência inicial... 
 Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
 Enfocando o assunto abordado no texto... 
Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de 
vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o 
conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. 
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Questões 
Texto para os itens de 1 a 11.
Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, 
mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas 
regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea-
nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas 
nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais 
frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam 
não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, 
mas a alarmante escalada das agressões impingidas 
aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do 
Greenpeace mostra que a concentração de material 
plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se-
gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 
46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros 
quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que 
a substância já responde por 70% da poluição marinha 
por resíduos sólidos.
Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a 
amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5.
1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das 
mais conhecidas organizações não governamentais 
cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na 
melhoria das condições de vida das populações mais 
pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no 
setor secundário da economia.
2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas-
sa a ser visto como um dos principais responsáveis 
pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o 
movimento de conscientização das pessoas para que 
reduzam o consumo desse material.
3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien-
tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é 
correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase 
nada da natureza resta para ser desvendado.
4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor-
mes dificuldades naturais próprias da região, envolve 
a participação cooperativa de vários países, mas os 
elevados custos do empreendimento impedem que 
representantes sul-americanos atuem no projeto.
5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas 
(ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação 
e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da 
segurança internacional, também se volta para temas 
que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio 
ambiente.
gabarito
Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos.
Comandos para Medir Conhecimentos 
Linguísticos 
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue 
os itens.
Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical.
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos 
da norma culta.
5
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15
Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama-
tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia, 
sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência... 
Questões
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os 
itens seguintes.
6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís-
tico “se” tem valor condicional.
7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões 
mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma 
verbal “sabe” (l.2).
8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para 
a informação original do período, ser substituída por 
profundas.
9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos 
seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos” 
justifica-se pela regência do termo “impingidas”.
11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente 
“plástico” (l.11).
gabarito
Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.
Erros Comuns de Leitura
Extrapolação ou ampliação
A questão abrange mais do que o texto diz.
O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es-
tavam felizes.
A questão diz: Os alunos estavam felizes.
Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo 
que o de “alunos de um único colégio”.
Redução ou limitação 
A questão reduz a amplitude do que diz o texto.
O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do 
jogo.
A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do 
jogo.
Explicação: o sentido da palavra “alguns”é mais limitado 
que o de “muitos”.
Contradição 
A questão diz o contrário do que diz o texto.
O texto disse: Maria é educada porque é inteligente.
A questão diz: Maria é inteligente porque é educada. 
Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na 
questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica 
“inteligente”.
Desvio ou Deturpação 
O texto disse: A contratação da funcionária pode ser 
considerada competente.
A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi-
derada competente.
Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra-
tação” e não a “funcionária”.
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Leia o Texto
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per-
sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas 
polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
preensão estética e o preconceito antissemita também o 
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe-
nharam na apresentação de suas obras. [...]
Julgue os itens a seguir.
1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten-
sas polêmicas.
2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) 
foi um compositor.
3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) 
era de origem judaica.
4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central 
(Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. 
5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem 
passado algumas ou várias décadas desde sua morte 
é que Mahler acabou por ser admirado artisticamente 
e deixou de ter sua obra segregada. 
6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positiva da 
obra de Mahler constitui uma unanimidade nacional.
7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação 
objetiva das informações que o texto traz abertamente, 
explicitamente. 
8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção 
do texto é resultado de raciocínio aplicado, permitindo 
captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as 
implícitas.
9. A aplicação do raciocínio lógico às informações contidas 
no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor 
tirar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente.
10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo-
mento e as circunstâncias em que foi construído, bem 
como à finalidade a que se propõe. 
11. Segundo opinião dedutível do texto, os críticos que 
desprezaram o compositor estavam errados.
gabarito Comentado
1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in-
tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex-
to, está claramente expressa nele.
2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor-
mação de que “maestros” apresentaram 
obras dele.
3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo 
de ”preconceito antissemita” leva à conclu-
são de que ele era “de origem judaica”.
4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co-
notação diferente (sem vírgula) de “cantor”, 
“compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes-
tro pressupõe erudição, por sua própria for-
mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu-
zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru-
ditos’ se empenham na sua apresentação”. 
O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não 
impõe que seja uma “dedução obrigatória”.
5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce 
da informação de que “foram raros os ma-
estros que, nas décadas que se seguiram à 
sua morte, se empenharam na apresenta-
ção de suas obras.”
6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as-
sunto nacional, mas internacional. Segun-
do, não se pode deduzir que haja unanimi-
dade, mas uma boa ou grande aceitação.
7. Certo
8. Certo
9. Certo
10. Certo
11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críticos, 
além de não compreenderem o lado esté-
tico do artista, incorreram em preconceito.
IDEIA PRInCIPAL E sECunDÁRIA
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per-
sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas 
polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
preensão estética e o preconceito antissemita também o 
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha-
ram na apresentação de suas obras.
Julgue os itens.
12. O parágrafo lido constitui-se de dois períodos, residindo 
a ideia principal no segundo.
13. A ideia principal está contida no primeiro período, 
representando o segundo um desenvolvimento das 
ideias do primeiro.
14. Qual a ideia principal do texto?
a) Mahler foi um compositor.
b) Mahler tinha origem judaica.
c) Mahler compunha música erudita.
d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente 
a partir de algumas décadas após seu falecimento. 
e) A finalidade do texto é dizer que boa parte da críti-
ca foi contrária a Mahler.
gabarito Comentado
12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto.
13. Certo
14. d
Nesta questão 14, todas as cinco alternativas exprimem 
informações contidas no texto dado. Contudo, entre as 
ideias lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, 
uma gradação de importância. Daí os conceitos de IDEIA 
CENTRAL OU PRINCIPAL e IDEIAS SECUNDÁRIAS OU PERIFÉ-
RICAS. A ideia central ou principal será a responsável pelo 
TEMA, que não se define por uma só palavra, mas por uma 
AFIRMAÇÃO. Pode-se dizer que o tema do trecho lido é a 
valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, 
secundárias, servem para dar maior compreensão ao texto 
e propiciar ao leitor uma visão mais detalhada do assunto.
COMO ACHAR A IDEIA PRInCIPAL Ou O tEMA
Tratando-se de texto expositivo, argumentativo, os exa-
minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de 
captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo 
na prova e precisa responder a uma questão que indaga 
sobre o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de 
um texto completo, basta concentrar-se na leitura do último 
parágrafo. Necessariamente lá está a resposta da questão.
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Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon-
tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, 
em forma de explicação, detalhamento, exemplificação etc.. 
Essa ideia principal também é conhecida por TÓPICO FRASAL. 
Mais raramente, pode ser encontrada no final do parágrafo, 
sob a forma de conclusão das informações ou explanações 
que a antecedem. Repetindo: a ideia central ou principal de 
um parágrafo se situa no início ou no final. Nas outras partes, 
aparecem os argumentos.
Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, 
mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se 
encontra no último parágrafo, podendo também aparecer 
no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os 
parágrafos centrais são reservados às argumentações, que 
contribuem para dar suporte à principal ideia.
IntERtEXtuALIDADE
Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí-
cita de um texto com outro. 
Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de-
vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, 
cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares 
“devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”.
Veja a estrofe seguinte:
Minha terra tem palmares 
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
(Oswald de Andrade)
E responda C (certo) ou E (errado):
( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, / 
Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não 
gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias.
( ) A criação de Oswald de Andrade constitui um combate 
à estética romântica.
( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade.
gabaritoC, C, C 
IMPLíCItOs: PREssuPOstOs E suBEntEnDIDOs
Implícitos
Implícitos constituem informações que não se encontram 
exteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando 
apenas sugeridas por um ou outro índice linguístico. É a leitura 
atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que 
ficou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas.
Pressupostos
Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos 
por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis 
de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do 
raciocínio lógico.
Ex.: Teresa voltou da Índia.
Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve 
início há mais que dois dias (indiscutível). 
subentendidos 
Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do 
leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são 
discutíveis.
Ex.: Teresa voltou da Índia.
Subentendidos: Teresa gastou muito (discutível, pois 
pode alguém ter pago tudo); ela é uma felizarda, aproveitou 
bastante (discutível, porque pode ter ido a trabalho, com 
pouco dinheiro, e ter ficado hospitalizada o tempo todo).
Exercícios
Assinale C ou E nos parênteses.
Na frase Carlos mudará de profissão,
1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco.
2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profissão.
3. ( ) é possível que ele esteja contrariado.
4. ( ) é possível que ele tenha profissão.
gabarito
1. E 2. C 3. C 4. E
tIPOLOgIA tEXtuAL
narração ou história
Texto que conta uma história, curtíssima ou longa, tendo 
personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de 
estar em desenvolvimento.
Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As 
ações acontecem em sequência)
Descrição ou retrato 
1. Texto que mostra um ambiente. 
 O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas 
escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os 
galhos das árvores e o capim absolutamente parados.
2. Texto que mostra ações simultâneas.
 Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho-
rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no 
mesmo momento, o tempo está parado)
Dissertação ou ideias 
Texto construído não para contar história ou fazer um 
retrato, mas para desenvolver um raciocínio.
É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de 
seu próprio medo.
Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso 
é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina, 
ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito.
O tipo DISSERTAÇÃO modernamente vem sendo subs-
tituído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou 
Injunção: 
• Argumentação: apresenta argumentos na defesa 
de um ponto de vista:
 A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes 
dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa 
rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por-
que detinha maiores recursos para investimento.
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• Exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar 
argumentos:
 A Bulgária se tornou membro da União Europeia em 
janeiro de 2007, após dez anos de negociação. 
• Injunção: orienta o comportamento do receptor:
 Manuais de utilização de equipamentos. Orientações 
de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a 
irrigação do jardim... 
Exercícios 
Use as letras iniciais das cinco frases seguintes para identificar 
nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. 
N. Constitui exemplo de narração. 
D. Predomina o caráter de descrição. 
I. Tem como base um parágrafo injuntivo. 
E. Exemplifica dissertação expositiva. 
A. Classifica-se como dissertação argumentativa.
Atenção para as partes em itálico.
Texto 1 (EP).
( ) Quando Clarice se mostrou chateada com algumas es-
trias no seio, Rogério prontamente informou: 
 – Tenho solução para isso.
 – É verdade que você tem?
 – Claro!
 – Então me ensina.
 – Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi-
deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a 
casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo 
médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que 
ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável 
ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes 
necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su-
avemente em movimentos circulares no seio estriado. 
Vá ao espelho e veja o resultado. 
 – As estrias vão embora? 
 – Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um 
peitinho a alho e óleo.
Texto 2 (EP).
( ) Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o 
ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a 
cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari-
dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão 
e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. 
Teve certeza de que o bicho não estava lá.
Texto 3 (EP).
( ) Berenice percebeu que André não lhe estava sendo fiel 
porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois 
de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes 
que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou 
primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem 
falar no perfume que o acompanhava quando entrou 
em casa: o preferido de Isaura. 
Texto 4.
( ) Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro 
desviado tenha sido usado por Collor para compra de 
carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al-
guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia 
Federal na Operação Politeia, um desdobramento da 
Lava Jato, realizada em 14 de julho.
Texto 5.
( ) A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem. 
As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas 
oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har-
monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por 
latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu-
me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo 
o tom rosado da pele de Janaína.
( ) Ponha nestes parênteses o número do texto que faz uso 
do diálogo em sua organização.
gabarito
Texto 1 (I)
Texto 2 (N)
Texto 3 (A)
Texto 4 (E)
Texto 5 (D)
Texto 1
níVEIs DE FORMALIDADE/InFORMALIDADE
níveis de Fala (tipos de norma)
Registro formal ou adloquial
No registro formal (adloquial, culto, padrão), as circuns-
tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada 
a um grupo sofisticado de falantes. Tende ao uso da norma 
culta (também chamada de padrão, ou erudita), que se 
estuda nas gramáticas normativas.
Por favor, entenda que seria importante para nós sua 
presença.
Registro informal ou coloquial
A informalidade ou coloquialismo acontece quando o 
ambiente permite ao emissor uma postura mais à vontade, 
sem preocupações gramaticais.
Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien-
ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
Na informalidade, a língua é usada na forma de cada 
região, profissão, esporte, gíria, internet...
Registro vulgar
Normalmente envolve uso de calão ou gíria.
Oi, cara, pinta lá no pedaço. 
Registro de baixo calão
É o nível das gírias pesadas e dos palavrões.
Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra. 
Cada texto deve obedecer a um nível de formalidade 
ou informalidade, com a escolha do vocabulário e de cons-
truções frásicas adequada ao público e ao ambiente a que 
se destina.
Variação linguística
Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no 
tempo (compare os escritos da carta de Caminha, de José 
de Alencar e de hoje), no espaço (veja as diferenças de ex-
pressão das várias regiões brasileiras), nas profissões (atente 
para seus jargões ou expressões características), em grupos 
de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru-
ções frásicas identificadoras: DJs, políticos, cantores de rap, 
religiosos, surfistas, tatuadores, traficantes, escaladores...)
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Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o 
uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém 
a sociolinguística substituiu o conceito de certo/errado pelo 
de adequado/inadequado. Em termos de comunicação, 
certo é o emissor adequar seu código ao do receptor para 
se fazer entender bem. Por isso, tanto o “nós vai”, como o 
“nós vamos” podem ou não estar adequados, dependendo 
do ambiente ou do grupo de falantes a que se destine.
FunÇÕEs DA LInguAgEM
Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, 
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância 
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep-
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual 
elemento está em destaque é definir a função da linguagem.
Função Emotiva (ou Expressiva)
Predomina em importância o emissor e é muito usada 
em textos líricos, amorosos, autobiográficos, testemunhais... 
Constitui uma característica de subjetividade.
Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a 
gente (no sentido de “nós”). 
São índices desta função:
1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. A gente viu 
Mariana chegar. nós vimos Mariana chegar.
2. uso de exclamação – Mariana chegou!
3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou.
Função Conativa (ou Apelativa)
Predomina em importância o receptor e é frequente em 
linguagem de publicidade e de oratória.
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós, 
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa... 
São índices desta função:
1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou?
2. vocativo – Paulo, tu estás correto.
3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná.
Função Referencial (ou Informativa)
Predomina em importância o referente e é empregada 
nos textos científicos, jornalísticos, profissionais – correspon-
dências oficiais, atas... É uma característica de objetividade.
Referente: de que ou de quem se fala, representado por 
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por qual-
quer substantivo ou pronome substantivo de terceira pessoa. 
É índice desta função:
1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. sua 
senhoria chegou. Quem chegou?
Função Fática
Predomina em importância o canal e normalmente 
aparece em trechos pequenos, dentro de outras funções.
Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a 
atenção) que interliga emissor e receptor. 
Usa-se a função fática para:
1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três... 
Alô, alô...
2. prender a atenção do receptor – Bom dia. Como vai? 
Até logo. Certo ou errado?
3. distrair a atenção do receptor –
 Ele: Onde você estava até esta hora?
 Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje 
sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele)
Função Metalinguística
Predomina o assunto “língua”, é o uso da língua para 
falar da própria língua. 
Língua: tipo de código usado na comunicação.
Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re-
dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem.
Função Poética (ou Estética)
Predomina em importância a elaboração da mensagem.
Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o 
que se diz.
As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou 
minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes-
mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos 
diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no 
receptor.
A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela 
sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo 
quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido), 
ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por 
mais de uma dessas ou outras características.
Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no 
texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante. 
No caso de um texto poético ou estético, as demais funções 
ocupam o segundo plano.
tIPOs DE DIsCuRsO
Discurso Direto
Reprodução exata da fala do personagem.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua 
resposta. 
Discurso Indireto
O narrador traduz a fala do personagem.
Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta 
dele.
Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
Discurso Indireto Livre
A fala do personagem se confunde com a do narrador.
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava 
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Discurso do narrador 
É a fala de quem conta a história.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Monólogo
Fala de um personagem consigo mesmo.
Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no 
que acabei de ver”.
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Diálogo
Conversa entre dois ou mais personagens.
– Você devia ser mais suave na sua fala.
– Vou tentar.
gÊnEROs DO DIsCuRsO, gÊnEROs tEXtuAIs
Desde os estudos de Bakhtin até os de Koch, chegou-se 
à percepção de certas sequências relativamente estáveis de 
enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da 
vida social, sequências essas definidoras do que se conven-
cionou chamar Gêneros do Discurso, adaptáveis à sociedade 
e seus comportamentos.
gêneros primários
São os que se desenvolvem primeiro, realizados em situa-
ções de comunicação, no âmbito social cotidiano das relações 
humanas: diálogo, telefonema, bilhete, carta, piada, oração, 
comando militar rápido, situações de interação face a face..
gêneros secundários
Referentes a circunstâncias mais complexas, públicas, de 
interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes 
de incorporar e transmutar os gêneros primários. Necessitam 
de instrução formal e aparecem sob a forma de 1. Gêneros 
literários: provérbios, crônicas, contos, novelas, romances, 
dramas...; 2. Gêneros oficiais: cartas, ofícios, memorandos, 
anais, tratados, textos de lei, documentos de escritório...; 3. 
Gêneros científicos: pesquisas, relatórios, críticas, análises, 
teses, ensaios... 4. Gêneros Jornalísticos: notícia, matéria, 
entrevista, charge ... 5. Gêneros outros como dos círculos 
artísticos, sócio-políticos, retóricos, jurídicos, políticos, 
publicísticos, esportivos...
Eis alguns tipos explorados em provas elaboradas pelo 
Cespe:
Crônica
Texto curto dissertativo, comentando fato ou situação 
do momento.
Conto
História curta com poucos personagens em torno de um 
núcleo de ação.
novela
História mais longa que o conto e que também envolve 
só um núcleo de ação.
Romance
História longa e complexa em que os personagens atuam 
em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de 
televisão literariamente são romances porque revezam vários 
núcleos temáticos, revezando também como protagonistas 
grupos diferentes de personagens.
Parábola
Narrativa que transmite uma mensagem indireta, geral-
mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia.
Cristo falava por parábolas, como a do Filho Pródigo e a 
do Joio e do Trigo.
Fábula
Tipo de parábola curta, em prosa ou verso, que apresenta 
animais como personagens e que ilustra um ensinamento 
moral. Famosas são as fábulas de Esopo, como A Raposa e 
as Uvas, O Lobo e o Cordeiro.
sátira
Texto crítico, picante, sarcástico, maledicente, irônico, 
zombeteiro para criticar instituições, costumes ou ideias.
Apólogo
Narrativa didática, em prosa ou verso, em que se animam 
e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo é o texto de 
Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha.
Lenda
História com base em informações imaginárias. São len-
dários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça...Anedota
História curta engraçada ou picante.
Paródia
Imitação artística, jocosa, satírica, bufa; arremedo de 
outro texto. Vejam-se os segundos textos.
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Quem confere ferro, com ferro...
Penso, logo existo.
Penso, logo desisto.
Paráfrase ou frase paralela
É um texto criado na tentativa de reproduzir o sentido 
de outro. É um texto sinônimo, de sentido semelhante. Veja 
o segundo texto.
Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três 
horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija 
com a boca de hortelã... (Chico Buarque)
Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama 
às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo 
com gosto de pasta de dente...
Obs.: a paráfrase sempre altera algo no sentido subjetivo 
do texto.
Epígrafe
Inscrição que antecede um texto (no frontispício de um 
livro, no início de um capítulo, de um poema, de uma crô-
nica...).
Título: EPICÉDIO III
Epígrafe: À morte apressada de um amigo
 
Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo
 Quanto apesar de meu letargo, e pejo,
 Me intentas persuadir, ó sombra muda,
 Que tudo ignora quem te não estuda.
(Cláudio Manuel da Costa)
sEMÂntICA
sema 
É unidade de significado. A palavra “garotas” tem três 
semas:
1. garot é o radical e significa ser humano em formação;
2. a é desinência e significa feminino;
3. s é desinência e significa plural.
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Monossemia ou unissignificação
É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig-
nificado.
Polissemia ou plurissignificação
É o fato de uma expressão, no texto, ter múltiplos sig-
nificados. 
Ambiguidade ou anfibologia 
Significa duplo sentido.
Denotação
Sentido objetivo da palavra – Teresa é agressiva.
Conotação
Sentido figurado da palavra – Teresa é um espinho.
Campo semântico
Área de abrangência ou de interpenetração de 
significado(s).
Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo 
semântico do futebol.
Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân-
tico da música.
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se-
mântico da aviação.
Contexto
As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua-
lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a 
palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, 
fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) 
e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada 
um dos sentidos (monossemia) ligado a um determinado 
contexto. 
No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa-
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada 
um desses contextos, a monossemia prevalece.
nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po-
lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser 
considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo.
nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien-
tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi-
guidade e a polissemia devem ser evitadas.
sinonímia
Existência de palavras ou termos com significados con-
vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e 
luminosidade, branquear e alvejar...
Antonímia
Existência de palavras ou termos de sentidos opostos: 
claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio...
Homonímia
Palavras iguais na escrita ou no som com sentidos dife-
rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), 
cardeal (principal)...
Paronímia
Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e 
vultuoso...
QuALIDADEs DO tEXtO
Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades. 
A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e, 
também, seu defeito, o oposto.
Clareza
Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente 
entendido. Obscuridade é o seu antônimo.
Questões
O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes 
o que o fez ficar triste.
Assinale C para certo e E para errado.
1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e 
objetiva.
2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude 
do mau uso do pronome oblíquo “o”.
3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu-
ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a 
clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir 
a ambos, “o menino” e “seu pai”.
4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez 
este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade, 
passando a significar que só o pai ficou triste.
5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que 
fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção 
gramatical.
6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que 
fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu-
ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste, 
porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs-
tantivo mais distante.
gabarito
Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
 
Coerência
Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em 
termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an-
tônimo é ilogicidade, incoerência.
Questões
I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a 
uma, mostra-lhe suas qualidades. 
II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a 
uma, mostra-lhe seus defeitos. 
Assinale C para certo e E para errado.
1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente.
2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente.
3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos.
4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes.
5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e 
coerente.
6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por 
incoerência.
gabarito
Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.
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Concisão
Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. 
O seu oposto é prolixidade.
Questões
I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no 
meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. 
II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e 
mos apresentou. 
Assinale C para certo e E para errado.
1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informativo.
2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma 
vírgula e um ponto final).
3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto 
final).
4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para 
“e nos apresentou”.
5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e 
direto, porque representa a fusão de dois pronomes 
oblíquos átonos (me + os).
gabarito
Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado.
Correção gramatical
Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão 
gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a 
medir o conhecimento da norma culta (também chamada de 
erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem 
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, 
estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a 
essa norma culta.
 
Questões
I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué. 
II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos. 
Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada.
a) O texto I está correto em relação ao padrão popular 
regional e errado relativamente ao culto.
b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e 
errado se a referência for o popular regional.
gabarito
Ambas as afirmações estão corretas.
Coesão
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes 
de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão.
COEsÃO E COnECtOREs 
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partesde um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos 
coesivos. 
Coesão gramatical (ou coesão referencial 
endofórica)
Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin-
do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão 
referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das 
preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe-
rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores:
nominalização
Substantivo que retoma ideia de verbo anteriormente 
expresso.
Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação 
lhes trouxe euforia.
Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro-
vados”.
Pronominalização
Pronome retomando ou antecipando substantivo.
Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”.
Repetição vocabular
Repetição de palavra. 
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. 
Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os 
substantivos “homem” e “mulher”.
sintetização
Uso de expressão sintetizadora.
Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
tra o mundo.
Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte-
tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
uso de numerais 
São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo 
sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber 
o que fala.
Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e 
“terceira” retomam o cardinal “três”.
uso de advérbios 
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar 
escondida a resposta.
Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto 
de Raquel”.
 
Elipse
Omissão de termo facilmente identificável.
Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o 
sujeito “nós” expresso na primeira oração.
sinonímia
Palavras ou expressões de sentidos semelhantes.
O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. 
A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte-
resse geral.
Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex-
pressão “discurso”.
Hiperonímia
Hiperônimo é palavra cujo sentido abrange o de outra(s). 
Roupa constitui hiperônimo em relação a calça, vestido, 
paletó, camisa, pijama, saia...
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Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente.
Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os 
substantivos anteriores.
Hiponímia
Hipônimo é palavra de sentido incluído no sentido de 
outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... 
são hipônimos de brinquedo. 
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o 
Flamengo se pronunciou.
Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a 
palavra “times”.
Anáfora
chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma 
algo já dito.
O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, 
com temor.
Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” 
e “cordeiro”.
Catáfora
Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. 
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos.
Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta-
mos comprometidos”.
Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons-
titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão.
DOMínIO DOs MECAnIsMOs DE COEsÃO 
tEXtuAL
Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos 
outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, 
colocação... 
Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co-
esões bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma 
padrão oficial.
Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con-
sideração os mecanismos de coesão textual?
1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; 
enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela 
balia.
b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; 
enquanto aquele relinchava, esse grasnava e esta 
balia. 
 
2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”.
b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”.
3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda 
parte.
b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda 
parte. 
4. a) Encontrei o artigo que você falou.
b) Encontrei o artigo de que você falou. 
5. a) Foi essa a frase que você falou.
b) Foi essa a frase de que você falou. 
6. a) Era uma situação que ele fugia.
b) Era uma situação de que ele fugia. 
7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão.
b) Estamos diante de um texto a que falta coesão. 
8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido 
o dinheiro.
b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon-
dido o dinheiro.
9. a) Veja o local onde você chegou.
b) Veja o local aonde você chegou.
10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos 
estão presentes.
b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão 
presentes.
gabarito
1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis-
tante; esse, para o intermediário; este, para o mais 
próximo.
2. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se 
vai falar; esse, ao que já foi dito.
3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se 
vai falar; esse, ao que já foi dito.
4. b (falar de um artigo).
5. a (falar uma frase).
6. b (fugir de algo).
7. b (falta coesão a algo).
8. a (o dinheiro estava escondido no quarto).
9. b (você chegou a um local).
10. b (cujo não vem seguido de artigo). 
Questões de provas
As questões de números 1 a 3 referem-se ao texto abaixo.
Como a Folha era o único veículo que mandava repór-
teres da sede em São Paulo para todos os comícios e abria 
generosamente suas páginas para a cobertura da campanha 
das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites nos 
discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Via-
java com os três líderes da campanha em pequenos aviões 
fretados, e, em alguns lugares, dr. Ulysses − era assim que se 
referiam a ele − fazia questão de anunciar minha presença 
no palanque. Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas 
coisas não pegariam bem para um repórter. Àquela altura, 
no entanto, não me importava mais com o limite entre as 
funções do profissional de imprensa e as do militante. Ficava 
até orgulhoso, para falar a verdade.
Cevado pelas negociações de bastidores no Parlamen-
to, em que tudo devia estar acertado antes de a reunião 
começar, o incansável Ulysses, que na Constituinte de 1987 
passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer para 
ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. 
Impunha logo respeito, eu até diria que ele era reverenciado 
aonde quer que chegasse. A campanha das Diretas não tinha 
dono, e por isso crescia a cada dia. Mas, embora ele não ti-
vesse sido nomeado, todos sabiam quem era o comandante.
Meu maior problema, além de arrumar um telefone para 
passar a matéria a tempo de ser publicada, era o medo de 
avião. “Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai”, 
procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito formal de 
falar até em momentos descontraídos. Muitos anos depois, ele 
morreria num acidente de helicóptero, em Angra dos Reis, no 
Rio, e seu corpo desapareceria no mar para sempre.
(Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: 
uma vida de repórter. São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120)
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1. (FCC/TRE-SP) Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas 
coisas não pegariam bem para um repórter. (1º parágrafo)
 Essa afirmação tem como pressuposto a exigência que 
geralmente se faz a um repórter de
a) distanciamento da participação política, ainda que 
por uma boa causa.
b)não envolvimento ou participação nos acontecimen-
tos que está cobrindo.
c) não manifestar sua opinião pessoal a respeito dos 
acontecimentos que cobre.
d) manter uma absoluta imparcialidade diante dos fatos 
sobre os quais escreve.
e) não ficar junto dos líderes, mas dos anônimos que 
são o esteio dos movimentos.
2. (FCC/TRE-SP) A afirmação de que o dr. Ulysses trans-
mudara-se num palanqueiro de primeira (2º parágrafo) 
indica a sua transformação
a) do parlamentar sério e respeitado ao político popu-
lista, que procurava manipular o público por meio 
de sua retórica.
b) de presidente da Constituinte de 1987 ao político 
designado para liderar o movimento que ficou co-
nhecido como Diretas Já!
c) do político que apoiava ações autoritárias ao líder de 
um movimento amplamente aberto e democrático.
d) de um articulador que planejava cuidadosamente 
suas ações a alguém que apenas se deixou levar 
pelos acontecimentos.
e) do negociador que se movimentava fora do alcance 
do público ao político que passou a se dirigir direta-
mente ao povo.
3. (FCC/TRE-SP) O segmento cujo sentido está adequada-
mente expresso em outras palavras é:
a) passei a fazer parte da trupe = iniciei-me nos misté-
rios do grupo hermético
b) era reverenciado aonde quer que chegasse = era 
tratado com condescendência nos lugares onde 
costumava aparecer
c) o único veículo que mandava repórteres = o meio 
exclusivo de comunicação que determinava os jor-
nalistas
d) limite entre as funções do profissional de imprensa 
e as do militante = fronteira entre os ofícios do jor-
nalista e os do ativista
e) jeito formal de falar até em momentos descontraídos 
= modo pernóstico de se expressar mesmo quando 
era leviano
As questões de números 4 a 6 referem-se ao texto abaixo.
Os modernistas de 1922 nunca se consideraram com-
ponentes de uma escola, nem afirmaram ter postulados 
rigorosos em comum. O que os unificava era um grande de-
sejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem 
os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção 
pessoal e a realidade do país. Por isso, não se cansaram de 
afirmar (sobretudo Mário de Andrade) que a sua contribuição 
maior foi a liberdade de criação e expressão. “Cria o teu ritmo 
livremente”, disse Ronald de Carvalho.
Este conceito é relativo, pois em arte não há originali-
dade absoluta. No Brasil, ele significou principalmente liber-
tação dos modelos acadêmicos, que se haviam consolidado 
entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirma-
ram a sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, 
sintaxe, escolha de temas, a própria maneira de ver o mundo.
Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos 
padrões portugueses, buscando uma expressão mais colo-
quial, próxima do modo de falar brasileiro. Um renovador 
como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome 
oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do sin-
gular, acolhia expressões e palavras da linguagem corrente, 
procurava incorporar à escrita o ritmo da fala e consagrar 
literariamente o vocabulário usual.
Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, 
os modernistas promoveram uma valorização diferente do 
léxico, paralela à renovação dos assuntos. O seu desejo prin-
cipal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária, dar estado 
de literatura aos fatos da civilização moderna.
(Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. 
Presença da literatura brasileira: Modernismo. 
Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, p.11-12)
4. (FCC/TRE-SP) Uma síntese da arte modernista brasileira, 
tal como caracterizada no texto, pode ser formulada a 
partir dos seguintes elementos:
a) liberdade de expressão, estilo coloquial, observação 
da realidade e atenção à vida moderna.
b) convicções comuns, transbordamento da emoção, 
preferência pelo pronome oblíquo e observação da 
realidade.
c) subversão da gramática, estilo coloquial, originali-
dade ilimitada e transbordamento da emoção.
d) liberdade de expressão, padrões portugueses, con-
vicções comuns e preferência pelo pronome oblíquo.
e) valorização do léxico, originalidade ilimitada, sub-
versão da gramática e atenção à vida moderna.
5. (FCC/TRE-SP) O que os unificava era um grande desejo 
de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os 
embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção 
pessoal e a realidade do país. (1º parágrafo)
 O segmento grifado na frase acima sugere que os mo-
dernistas
a) desprezavam a técnica, postulando que todos podem 
ser artistas, ainda que não produzam obras belas.
b) optavam por retratar o feio e o grotesco, fechando 
os olhos a tudo o que fosse belo e harmonioso.
c) buscavam uma arte despojada, recusando-se a uti-
lizar os ornamentos típicos da arte acadêmica.
d) procuravam atingir o nível estético da arte acadêmica 
e produzir obras realistas, mas sem grande beleza.
e) estavam fora da academia e, por isso, não tinham 
como imitar os grandes mestres do passado.
6. (FCC/TRE-SP) A menção a diferentes características do 
estilo de Mário de Andrade, no terceiro parágrafo, cons-
titui argumento que
a) contrapõe a produção literária de Mário, livre em 
todos os aspectos, à de Ronald de Carvalho, para 
quem somente o ritmo deveria ser criado livremente.
b) comprova que em arte não há originalidade absolu-
ta, pois Mário teria apenas imitado o modo de falar 
brasileiro.
c) justifica a afirmação de que os modernistas nunca 
se consideraram componentes de uma escola, pois 
cada autor possuía um estilo único e inconfundível.
d) acaba relativizado, ao final do texto, pela afirmação 
de que a principal aspiração modernista era dar es-
tado de literatura aos fatos da civilização moderna.
e) evidencia a realização do desejo de expressão livre 
dos modernistas, a que se faz referência já no pri-
meiro parágrafo.
 
As questões de números 7 e 8 referem-se ao texto abaixo.
Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta 
popular, expressivo como poucos; mas não é Adoniran nem 
Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um ami-
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go funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor 
admirado. A ideia foi excelente porque um compositor inventa 
antes de mais nada a sua própria personalidade; e porque, 
ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano 
recoberto pela terra e do brasileiro das raízes europeias. Ado-
niran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra 
com a força da imaginação alimentada pelas heranças de fora.
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de ita-
liano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal 
da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra 
radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do 
samba e da canção se aliaram com naturalidade às defor-
mações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira 
Arnesto e assim por diante.
São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aon-
de irá. Mas a cidade que nossa geração conheceu (Adoniran 
é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha provin-
ciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo 
lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de 
gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, 
que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, 
as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar, porque 
graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, 
como o quarto do poeta, também “intacta, boiando no ar”.
A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasi-
leiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo quando 
entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, 
para nos porem no Alto da Mooca, no Brás genérico, no re-
cente Metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato 
não exista, porquequem existe é o mágico Adoniran Barbosa, 
vindo dos carreadores de café para inventar no plano da 
arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela 
e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do 
trenzinho perdido da Cantareira.
(Adaptado de Antonio Candido. textos de intervenção. 
São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213)
7. (FCC/TRE-SP) No primeiro parágrafo, Antonio Candido
a) destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a 
comunidade italiana de São Paulo, na época em que 
a cidade era conhecida como terra da garoa.
b) analisa o contexto histórico em que a obra de Adoni-
ran Barbosa aflorou, emitindo opinião crítica sobre 
a cidade que a acolheu.
c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo 
as características positivas e negativas da época em 
que o autor compunha.
d) fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran 
Barbosa e emite opiniões críticas favoráveis a res-
peito do compositor.
e) critica João Rubinato por ter alterado o seu nome 
tipicamente brasileiro, embora reconheça que o 
pseudônimo escolhido tem maior força poética.
8. Está empregado corretamente o elemento grifado na 
frase:
a) Adoniran Barbosa, a qual primeira tentativa de entrar 
para o rádio foi malsucedida, tornou-se um grande 
sucesso nesse veículo.
b) Em 1935, Adoniran ganhou um concurso com uma 
marchinha carnavalesca, pela qual foi eleita a melhor 
marcha do ano.
c) Nas canções de Adoniran, a linguagem, cujos tra-
ços coloquiais são facilmente percebidos, reproduz 
o modo de falar de certas camadas sociais.
d) Adoniran Barbosa, o qual verdadeiro nome era João 
Rubinato, foi considerado pela crítica o maior sam-
bista paulista.
e) Certas composições de Adoniran, nas quais incluem 
“Trem das onze” e “Saudosa Maloca”, são conheci-
das pela maioria dos brasileiros.
As questões de números 9 e 10 referem-se ao texto abaixo.
Trem das onze
Não posso ficar
nem mais um minuto com você 
Sinto muito amor,
mas não pode ser 
Moro em Jaçanã,
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas 
Só amanhã de manhã.
Além disso, mulher, 
Tem outra coisa, 
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar, 
Sou filho único,
Tenho minha casa pra olhar 
E eu não posso ficar.
Adoniran Barbosa
9. (FCC/TRE-SP) Se eu perder esse trem, que sai agora às 
onze horas, só ...... pegar outro trem amanhã de manhã.
 A forma verbal que preenche corretamente a lacuna da 
frase acima, em que foram reescritos em prosa alguns 
versos de Adoniran, é:
a) conseguiria.
b) conseguirei.
c) conseguia.
d) consegui.
e) consiga.
10. (FCC/TRE-SP) Sou filho único ...
 O segmento acima expressa, de acordo com o contexto, 
uma
a) consequência.
b) finalidade.
c) oposição.
d) restrição.
e) justificativa.
Para responder às questões de números 11 a 13, considere 
o texto abaixo.
Hoje, quando o mundo está em crise, parece mais im-
portante que nunca aprender um pouco de economia. As 
notícias econômicas agora são o assunto principal em jornais 
e programas de TV. No entanto, será que realmente sabemos 
o que é economia?
A palavra vem do grego oikonomia, que significa “admi-
nistração da casa”, e passou a significar o estudo das maneiras 
de gerir os recursos e, mais especificamente, a produção e 
a permuta de bens e serviços. A economia moderna surgiu 
como disciplina específica no século XVIII, sobretudo com a 
publicação em 1776 de A riqueza das nações, livro escrito 
pelo grande pensador escocês Adam Smith. Contudo, o que 
motivou o interesse no assunto não foram os textos de eco-
nomistas, mas as enormes mudanças na própria economia 
com o advento da Revolução Industrial. Os pensadores mais 
antigos haviam falado da gestão de bens e serviços nas socie-
dades, tratando de questões que surgiram como problemas 
da filosofia moral ou política. Mas, com o surgimento das 
fábricas e da produção de bens em massa, veio uma nova 
era de organização econômica que dava atenção ao todo. Aí 
começou a chamada economia de mercado.
A análise de Smith do novo sistema definiu o padrão, 
com uma explicação abrangente do mercado competitivo. 
Ele afirmou que o mercado é guiado por uma “mão invisível”, 
de modo que as ações racionais de indivíduos interesseiros 
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acabam dando à sociedade exatamente o que ela necessi-
ta. Smith era filósofo, e o tema de seu livro incluía política, 
história, filosofia e antropologia. Depois dele, surgiu uma 
nova geração de pensadores econômicos, que preferiu se 
concentrar totalmente na economia.
(Adaptado de: O livro da economia. Trad. Carlos S. Mendes 
Rosa. São Paulo, Globo, 2013, p. 12-14)
11. (FCC/TRE-SE) De acordo com o texto, é correto afirmar 
que Adam Smith
a) revolucionou os estudos econômicos quando rela-
cionou a gestão de bens e serviços à filosofia.
b) contribuiu para os estudos de economia ao fornecer 
uma análise ampla da economia de mercado.
c) escreveu A riqueza das nações eximindo-se de abor-
dar temas de ordem histórica ou antropológica.
d) foi o primeiro pensador a tratar de assuntos relativos 
à gestão de bens e serviços na sociedade.
e) percebeu que transformações econômicas e trans-
formações sociais ocorrem de modo dissociado.
12. (FCC/TRE-SE) A partir da leitura do texto, conclui-se cor-
retamente que
a) o livro A riqueza das nações, escrito por Adam Smi-
th, despertou nas pessoas o interesse em economia 
durante a Revolução Industrial.
b) o rótulo administração da casa é usado para descre-
ver a economia moderna como um campo de estudo 
restrito ao âmbito doméstico.
c) a expressão mão invisível associa-se ao modo como o 
mercado é comandado por indivíduos preocupados 
em obter vantagens pessoais.
d) a palavra economia surgiu no século XVIII para nome-
ar os recursos oriundos das fábricas e da produção 
de bens em massa.
e) a designação gestão de bens e serviços indica que 
o objeto de estudo da economia foi aos poucos se 
restringindo a questões de ordem moral.
13. (FCC/TRE-SE) A frase escrita corretamente, no que se 
refere à norma-padrão da língua portuguesa, é:
a) São cada vez mais recorrentes as discussões relati-
vas a assuntos econômicos na TV; alguns programas 
conferem ao debate um enfoque sensacionalista.
b) A economia tornou-se tema frequente nos telejor-
nais, que, inclusive, têm seus proprios economistas 
respondendo a perguntas dos expectadores.
c) Conhecer um pouco de questões econômicas permi-
tem que os cidadãos procurem a acessoria adequada 
para poupar e investir seu dinheiro de modo a obtêr 
mais vantagens.
d) A economia está presente na vida prática de todos, 
desde a compra de ítens de consumo diário, como 
alimentos, até a aquizição de um imóvel.
e) Os economistas despensam atenção ao comporta-
mento humano no geral; os valores e as inquietações 
de um indivíduo está latente em seus hábitos de 
consumo.
Considere a tira de André Dahmer para responder à questão 
de número 14.
(Disponível em: www.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/ 
cartunsdiarios/#16/10/2014. Acessado em: 10.09.2015)
14. (FCC/TRE-SE) Ao usar o termo novela, no terceiro qua-
drinho, a personagem
a) demonstra que tem presenciado fatos característicos 
de um noticiário.
b) confessa passar por um período de marasmo, em 
que nada acontece.
c) revela estar plenamente satisfeita com suas experi-
ências de vida.
d) sugere que tem vivido situações complicadas e de 
difícil solução.
e) conclui que sua conduta é irretocável e deveria servir 
de modelo.
Para responder às questões de números 15 e 16, considere 
o texto abaixo.
Cada um no seu tablet: conheça o 
perfil das crianças brasileiras na web
Há tempos a internet não é lugar frequentado apenas 
por adultos. As crianças aprendem a navegar na web antes 
mesmo de amarrar os cadarços. Um levantamento da AVG 
Technologies comprova que 57% dos pequenos de até 5 anossabem usar aplicativos em smartphones, mas só 14% são 
capazes de dar um laço nos cordões dos sapatos.
Além de ter acesso a dispositivos eletrônicos cada vez 
mais cedo, o público infantil tem uma tendência ao uso priva-
tivo da internet. As informações são do relatório mais recente 
da ICT Kids Online Brazil. O estudo foi realizado com pessoas 
de 9 a 16 anos, e indica que meninos e meninas acessam 
a rede principalmente de casa. E o Brasil é onde as crian-
ças mais acessam a internet por dispositivos móveis, como 
smartphones e tablets − um terço delas estão conectadas.
Apesar do amplo acesso à web dentro de casa, a reali-
dade não é a mesma no ambiente escolar. A pesquisa chama 
a atenção para o pouco uso da rede nas escolas brasileiras.
(Adaptado de: www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/
tecnologia/2015/09/04/interna_tecnologia,497349/cada-
um-no-seutablet-conheca-o-perfil-das-criancas-
brasileiras-na-we.shtml. Acessado em: 05.09.2015)
15. (FCC/TRE-SE) A frase escrita com clareza e de acordo 
com a norma-padrão da língua portuguesa é:
a) Já faz anos que as crianças vêm usando a internet, 
e é admirável a rapidez com que elas aprendem a 
lidar com os aplicativos que surgem a cada dia.
b) Hoje parecem haver crianças que já nascem com 
uma predisposição para usar os recursos tecnológi-
cos, que lhe atraem desde cedo.
c) Muitos adultos que se mantém alheio à comunicação 
virtual são excluídos do diálogo com os mais novos, 
o que acarreta conflitos intergeracionais.
d) É possível que ocorra alguns desencontros entre as 
gerações, mas muitos jovens estão consciente da 
importância de ajudar os mais velhos a usar as novas 
tecnologias.
e) São úteis, nos dias de hoje, utilizar ferramentas de 
comunicação virtual para se manter bem informado 
e estar próximo de quem mora em lugares distantes.
16. (FCC/TRE-SE) A frase escrita com clareza e correção, 
quanto à norma-padrão da língua portuguesa, é:
a) O público infantil vem se apropriando a dispositivos 
eletrônicos cada vez mais recentemente, e estes têm 
dado preferência do uso privativo da internet.
b) Enquanto muitas crianças demonstram destreza em 
usar aplicativos em celulares, uma pequena porcen-
tagem delas estão aptas a dar um laço nos cordões 
dos sapatos.
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c) O estudo foi direcionado em pessoas de 9 a 16 anos, 
e se propôs de mostrar os hábitos que tais desen-
volveram com a dedicação no uso de dispositivos 
eletrônicos.
d) Muitas crianças brasileiras têm a possibilidade em se 
conectar na internet, um terço às quais já portam de 
dispositivos móveis, que se comunicam com eficácia.
e) Além de averiguar ao comportamento domiciliar de 
adolescentes e crianças diante da internet, a pes-
quisa também deu enfoque no uso que os mesmos 
faziam da rede.
Para responder às questões de números 17 a 19, considere 
o texto abaixo.
Ô de casa!
Acredito que acabei me adaptando a esse mundo mo-
derno. Esse mundo de Facebook, Instagram, WhatsApp. Sinto 
saudade de quê? De um álbum de retratos com as folhas se-
paradas por papel celofane, de um envelope verde e amarelo 
debaixo da porta? Talvez. Mas saudade de rebobinar uma 
fita K-7? Nenhuma.
Custei a me adaptar a algumas coisas: escrever dire-
to no computador, bater fotos sem filme, ter uma agenda 
eletrônica. Mas hoje acho tudo isso o máximo, ao ponto de 
não ter a mínima saudade da minha máquina de escrever 
Remington, dos filmes Ektachrome ou da minha agenda Pom-
bo com capa de couro.
Hoje cedo eu me lembrei da minha mãe à beira do fogão 
separando os marinheiros do arroz e tirando as pedras do 
feijão. Quando a campainha tocava, ela sempre exclamava: 
− Quem será?
O mundo era assim. As pessoas iam à casa das outras 
sem avisar, sem hora nem dia marcado. Chegavam de repen-
te, sem mais nem menos.
Por mais amigo que seja, quem hoje bate na porta do 
outro sem avisar? Há três semanas que estou combinando 
um almoço com um grande amigo. Quando eu posso, ele não 
pode. Quando ele pode, sou eu que não posso. Já trocamos 
uns cinco e-mails e uns dez recados pelo celular. E o almoço 
ainda não aconteceu.
Estou pensando seriamente em sair daqui uma hora 
dessas, chegar à casa dele e tocar a campainha. Se não tiver 
campainha, vou bater palmas e gritar: − Ô de casa!
(Adaptado de: VILLAS, Alberto. Disponível em: www.cartacapi-
tal.com.br/cultura/o-de-casa-8837.html. Acessado em: 05.09.2015)
17. (FCC/TRE-SE) A partir da leitura do texto, conclui-se 
corretamente que, com relação ao mundo moderno, 
o autor demonstra ter
a) um comportamento indiferente, pois os benefícios 
advindos com a modernidade não alteraram sua 
rotina de maneira significativa.
b) uma sensação de frustração, pois esperava que as 
transformações da modernidade fossem tornar sua 
vida profissional mais fácil.
c) uma atitude de empolgação, pois percebe que as 
inovações tecnológicas permitiram um contato mais 
próximo entre as pessoas.
d) um julgamento reprovador, pois considera que al-
guns hábitos são insubstituíveis, como receber cartas 
em envelope debaixo da porta.
e) um sentimento ambivalente, pois aprecia alguns 
avanços tecnológicos, mas se mostra crítico quanto 
ao comportamento das pessoas.
18. (FCC/TRE-SE) É correto afirmar que, na opinião do autor,
a) os amigos deixaram de se comunicar por causa do 
uso excessivo da tecnologia.
b) o diálogo entre amigos e familiares passou a ser me-
nos educado recentemente.
c) os encontros entre amigos se tornaram mais escas-
sos apesar das facilidades da tecnologia.
d) a amizade deveria prescindir do encontro pessoal 
em uma sociedade civilizada.
e) a troca de mensagens por celular e as redes sociais 
ampliam os laços de amizade.
19. (FCC/TRE-SE) A frase em que a correlação entre tempos 
e modos verbais está correta, de acordo com a norma-
-padrão da língua portuguesa, é:
a) Facebook, Instagram, WhatsApp possibilitaram que 
pessoas, nos lugares mais díspares, se comunicarem 
com mais agilidade.
b) Hoje, com a tecnologia digital, podemos ouvir música 
com muito mais praticidade do que quando usáva-
mos fitas K-7.
c) Era comum, em um passado recente, que as pessoas 
prestassem visita aos amigos e parentes sem que 
lhes avisariam com antecedência.
d) Uma visita de cortesia, atualmente, não ocorrerá 
antes que os amigos trocaram vários e-mails e men-
sagens de celular.
e) O autor lembra-se das situações em que sua mãe se 
questionara a respeito de quem poderá estar tocan-
do a campainha para visitá-los.
Atenção: Para responder à questão 20, considere o poema 
de Santo Souza.
Baliza
Cravar a estrela no chão 
e dizer à noite: agora, 
afaste-se a escuridão,
que eu vou chegando com a aurora.
E fazer brotar da terra
− da terra que tudo faz −
não a treva e o ódio da guerra, 
mas a luz e o amor da paz.
Que eu vim traçar nos caminhos 
(em vez de dor e agonia)
a rota livre dos homens 
com as tintas claras do dia.
(Adaptado de: SOUZA, Santo. Disponível em: www.antonio-
miranda.com.br/poesia_brasis/sergipe/santos_souza.html. 
Acessado em: 05.09.2015)
20. (FCC/TRE-SE) No poema, a aurora simboliza
a) o início de um tempo de trégua.
b) a ciência em oposição à arte.
c) o período que antecede uma crise.
d) a exploração inconsequente da terra.
e) a hostilidade entre os povos.
gABARItO
1. b
2. e
3. d
4. a
5. c
6. e
7.d
8. d
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11. b
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Márcio Wesley
ORtOgRAFIA OFICIAL 
O Alfabeto
Com a nova ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras. 
Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
A B C D

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