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Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Júlio Lociks • Rodrigo Regazonni • Fabrício Sarmanho • Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Edgard Antonio Lemos Alves Welma Maia • Júlio César Gabriel 2016 Português • Matemática • Atualidades • Noções de Direito • Legislação Institucional História • Geografia Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. © 2016 Vestcon Editora Ltda. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro- gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas. Título da obra: Polícia Militar do Estado do Pará Soldado – Nível Médio (AP490) (Conforme o Edital nº 001/CFP/PMPA, de 19 de maio de 2016 – Fadesp) Português • Matemática • Atualidades • Noções de Direito Legislação Institucional • História • Geografia Autores: Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Júlio Lociks • Rodrigo Regazonni • Fabrício Sarmanho Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Edgard Antonio Lemos Alves Welma Maia • Júlio César Gabriel GESTÃO DE CONTEÚDOS Welma Maia PRODUÇÃO EDITORIAL Dinalva Fernandes REvISÃO Dinalva Fernandes Érida Cassiano CAPA Lucas Fuschino EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Marcos Aurélio Pereira www.vestcon.com.br Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. PARAbéNS. vOCê ACAbA DE ADqUIRIR Um PRODUTO qUE SERá DECISIvO NA SUA APROvAÇÃO. Com as apostilas da Vestcon Editora, você tem acesso ao conteúdo mais atual e à metodologia mais eficiente. Entenda por que nossas apostilas são líderes de preferência entre os consumidores: • Todos os nossos conteúdos são preparados de acordo com o edital de cada concurso, ou seja, você recebe um conteúdo customizado, direcionado para os seus estudos. • Na folha de rosto, você pode conferir os nomes dos nossos autores. Dessa forma, comprovamos que os textos usados em nossas apostilas são escritos exclusivamente para nós. Qualquer reprodução não autorizada desses textos é considerada cópia ilegal. • O projeto gráfico foi elaborado tendo como objetivo a leitura confortável e a rápida localização dos temas tratados. Além disso, criamos os selos Simulado Diagnóstico e Efetividade Comprovada, que sinalizam ferramentas exclusivas da engenharia didática da Vestcon Editora. 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Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) ..................................................................3 Sinônimos e antônimos ......................................................................................................................................................... 9 Sentido próprio e figurado das palavras ............................................................................................................................... 9 Pontuação ............................................................................................................................................................................ 17 Classes de palavras: substantivo ....................................................................................................................................................................... 24 adjetivo ............................................................................................................................................................................ 26 numeral ............................................................................................................................................................................ 29 pronome ........................................................................................................................................................................... 31 verbo ................................................................................................................................................................................ 38 advérbio ........................................................................................................................................................................... 48 preposição ........................................................................................................................................................................ 48 conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem .................................................................49 Concordância verbal e nominal ........................................................................................................................................... 58 Regência verbal e nominal .................................................................................................................................................. 65 Colocação pronominal ......................................................................................................................................................... 31 Crase ..................................................................................................................................................................................... 69 SUMÁRIO Português PMPA Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 3 P O Rt U g U êS Português Ernani Pimentel / Márcio Wesley Ernani Pimentel COMPREENSÃO E INtERPREtAÇÃO DE tEXtOS Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... InteLeCção (ou CompReenSão)Intelecção significa entendimento, compreensão. Os testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito voltada para o que realmente está escrito. Comandos para Questão de Compreensão O narrador do texto diz que... O texto informa que... Segundo o texto, é correto ou errado dizer que... De acordo com as ideias do texto... Questão 1. Assinale a opção correta em relação ao texto. O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, com ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com a ges tão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional dos recursos hídricos. (http://proagua.ana.gov.br/proagua) a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de- rivados do PROÁGUA/Nacional. b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere- -se a “Banco Mundial” (l. 3). c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/ Nacional promovem o uso racional dos recursos hídricos. e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. gabarito d 5 10 INtERPREtAÇÃO Interpretação significa dedução, inferência, conclusão, ilação. As questões de interpretação não querem saber o que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou deduzir do que está escrito. Comandos para Questão de Interpretação Da leitura do texto, infere-se que... O texto permite deduzir que... Da fala do articulista pode-se concluir que... Depreende-se do texto que... Qual a intenção do narrador quando afirma que... pode-se extrair das ideias e informações do texto que... Questão 1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo: (www.fotolog.com/rosearaujocartum) Infere-se que o humor da tirinha se constrói: a) pois a imagem resgata o valor original do radical que compõe a gíria bombar. b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente no sentido de “bombear”. c) pois reflete o problema da educação no país, em que os alunos só se comunicam por gírias, como é o caso de fessor. d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na norma culta o regionalismo fessô. e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado. gabarito a Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode “deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con- cluir que, por exemplo, ele esteja preo cupado, ou tímido, em função de estar de cabeça baixa. Comandos para Medir Conhecimentos gerais Tendo o texto como referência inicial... Considerando a amplitude do tema abordado no texto... Enfocando o assunto abordado no texto... Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 4 P O Rt U g U êS Questões Texto para os itens de 1 a 11. Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea- nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do Greenpeace mostra que a concentração de material plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se- gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos. Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. 1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das mais conhecidas organizações não governamentais cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na melhoria das condições de vida das populações mais pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no setor secundário da economia. 2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas- sa a ser visto como um dos principais responsáveis pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o movimento de conscientização das pessoas para que reduzam o consumo desse material. 3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase nada da natureza resta para ser desvendado. 4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor- mes dificuldades naturais próprias da região, envolve a participação cooperativa de vários países, mas os elevados custos do empreendimento impedem que representantes sul-americanos atuem no projeto. 5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas (ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da segurança internacional, também se volta para temas que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio ambiente. gabarito Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. Comandos para Medir Conhecimentos Linguísticos Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens. Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical. Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos da norma culta. 5 10 15 Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama- tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia, sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência... Questões Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens seguintes. 6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís- tico “se” tem valor condicional. 7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma verbal “sabe” (l.2). 8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para a informação original do período, ser substituída por profundas. 9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. 10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos” justifica-se pela regência do termo “impingidas”. 11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente “plástico” (l.11). gabarito Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos. Erros Comuns de Leitura extrapolação ou ampliação A questão abrange mais do que o texto diz. O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es- tavam felizes. A questão diz: Os alunos estavam felizes. Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo que o de “alunos de um único colégio”. Redução ou limitação A questão reduz a amplitude do que diz o texto. O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do jogo. A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do jogo. Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado que o de “muitos”. Contradição A questão diz o contrário do que diz o texto. O texto disse: Maria é educada porque é inteligente. A questão diz: Maria é inteligenteporque é educada. Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica “inteligente”. Desvio ou Deturpação O texto disse: A contratação da funcionária pode ser considerada competente. A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi- derada competente. Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra- tação” e não a “funcionária”. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 5 P O Rt U g U êS Leia o Texto Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom- preensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe- nharam na apresentação de suas obras. [...] Julgue os itens a seguir. 1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten- sas polêmicas. 2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) foi um compositor. 3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) era de origem judaica. 4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central (Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. 5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem passado algumas ou várias décadas desde sua morte é que Mahler acabou por ser admirado artisticamente e deixou de ter sua obra segregada. 6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positiva da obra de Mahler constitui uma unanimidade nacional. 7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação objetiva das informações que o texto traz abertamente, explicitamente. 8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção do texto é resultado de raciocínio aplicado, permitindo captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as implícitas. 9. A aplicação do raciocínio lógico às informações contidas no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor tirar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente. 10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo- mento e as circunstâncias em que foi construído, bem como à finalidade a que se propõe. 11. Segundo opinião dedutível do texto, os críticos que desprezaram o compositor estavam errados. gabarito Comentado 1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in- tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex- to, está claramente expressa nele. 2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor- mação de que “maestros” apresentaram obras dele. 3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo de ”preconceito antissemita” leva à conclu- são de que ele era “de origem judaica”. 4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co- notação diferente (sem vírgula) de “cantor”, “compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes- tro pressupõe erudição, por sua própria for- mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu- zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru- ditos’ se empenham na sua apresentação”. O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não impõe que seja uma “dedução obrigatória”. 5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce da informação de que “foram raros os ma- estros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresenta- ção de suas obras.” 6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as- sunto nacional, mas internacional. Segun- do, não se pode deduzir que haja unanimi- dade, mas uma boa ou grande aceitação. 7. Certo 8. Certo 9. Certo 10. Certo 11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críticos, além de não compreenderem o lado esté- tico do artista, incorreram em preconceito. IDEIA PRINCIPAL E SECUNDÁRIA Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom- preensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha- ram na apresentação de suas obras. Julgue os itens. 12. O parágrafo lido constitui-se de dois períodos, residindo a ideia principal no segundo. 13. A ideia principal está contida no primeiro período, representando o segundo um desenvolvimento das ideias do primeiro. 14. Qual a ideia principal do texto? a) Mahler foi um compositor. b) Mahler tinha origem judaica. c) Mahler compunha música erudita. d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente a partir de algumas décadas após seu falecimento. e) A finalidade do texto é dizer que boa parte da críti- ca foi contrária a Mahler. gabarito Comentado 12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto. 13. Certo 14. d Nesta questão 14, todas as cinco alternativas exprimem informações contidas no texto dado. Contudo, entre as ideias lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, uma gradação de importância. Daí os conceitos de IDEIA CENTRAL OU PRINCIPAL e IDEIAS SECUNDÁRIAS OU PERIFÉ- RICAS. A ideia central ou principal será a responsável pelo TEMA, que não se define por uma só palavra, mas por uma AFIRMAÇÃO. Pode-se dizer que o tema do trecho lido é a valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, secundárias, servem para dar maior compreensão ao texto e propiciar ao leitor uma visão mais detalhada do assunto. COMO ACHAR A IDEIA PRINCIPAL OU O tEMA Tratando-se de texto expositivo, argumentativo, os exa- minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo na prova e precisa responder a uma questão que indaga sobre o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de um texto completo, basta concentrar-se na leitura do último parágrafo. Necessariamente lá está a resposta da questão. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 6 P O Rt U g U êS Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon- tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, em forma de explicação, detalhamento, exemplificação etc.. Essa ideia principal também é conhecida por TÓPICO FRASAL. Mais raramente, pode ser encontrada no final do parágrafo, sob a forma de conclusão das informações ou explanações que a antecedem. Repetindo: a ideia central ou principal de um parágrafo se situa no início ou no final. Nas outras partes, aparecem os argumentos. Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se encontra no último parágrafo, podendo também aparecer no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os parágrafos centrais são reservados às argumentações, que contribuem para dar suporte à principal ideia. INtERtEXtUALIDADE Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí- cita de um texto com outro. Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de- vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares “devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”. Veja a estrofe seguinte: Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá (Oswald de Andrade) E responda C (certo) ou E (errado): ( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias. ( ) A criação de Oswald de Andrade constitui um combate à estética romântica. ( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade. gabarito C, C, C ImpLÍCItoS: pReSSupoStoS e SuBentenDIDoS Implícitos Implícitos constituem informações que não se encontramexteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando apenas sugeridas por um ou outro índice linguístico. É a leitura atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que ficou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas. Pressupostos Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do raciocínio lógico. Ex.: Teresa voltou da Índia. Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve início há mais que dois dias (indiscutível). Subentendidos Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são discutíveis. Ex.: Teresa voltou da Índia. Subentendidos: Teresa gastou muito (discutível, pois pode alguém ter pago tudo); ela é uma felizarda, aproveitou bastante (discutível, porque pode ter ido a trabalho, com pouco dinheiro, e ter ficado hospitalizada o tempo todo). exercícios Assinale C ou E nos parênteses. Na frase Carlos mudará de profissão, 1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco. 2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profissão. 3. ( ) é possível que ele esteja contrariado. 4. ( ) é possível que ele tenha profissão. gabarito 1. E 2. C 3. C 4. E tIPOLOgIA tEXtUAL narração ou história Texto que conta uma história, curtíssima ou longa, tendo personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de estar em desenvolvimento. Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As ações acontecem em sequência) Descrição ou retrato 1. Texto que mostra um ambiente. O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os galhos das árvores e o capim absolutamente parados. 2. Texto que mostra ações simultâneas. Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho- rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no mesmo momento, o tempo está parado) Dissertação ou ideias Texto construído não para contar história ou fazer um retrato, mas para desenvolver um raciocínio. É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de seu próprio medo. Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina, ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito. O tipo DISSERTAÇÃO modernamente vem sendo subs- tituído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou Injunção: • Argumentação: apresenta argumentos na defesa de um ponto de vista: A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por- que detinha maiores recursos para investimento. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 7 P O Rt U g U êS • exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar argumentos: A Bulgária se tornou membro da União Europeia em janeiro de 2007, após dez anos de negociação. • Injunção: orienta o comportamento do receptor: Manuais de utilização de equipamentos. Orientações de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a irrigação do jardim... exercícios Use as letras iniciais das cinco frases seguintes para identificar nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. N. Constitui exemplo de narração. D. Predomina o caráter de descrição. I. Tem como base um parágrafo injuntivo. E. Exemplifica dissertação expositiva. A. Classifica-se como dissertação argumentativa. Atenção para as partes em itálico. Texto 1 (EP). ( ) Quando Clarice se mostrou chateada com algumas es- trias no seio, Rogério prontamente informou: – Tenho solução para isso. – É verdade que você tem? – Claro! – Então me ensina. – Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi- deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su- avemente em movimentos circulares no seio estriado. Vá ao espelho e veja o resultado. – As estrias vão embora? – Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um peitinho a alho e óleo. Texto 2 (EP). ( ) Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari- dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. Teve certeza de que o bicho não estava lá. Texto 3 (EP). ( ) Berenice percebeu que André não lhe estava sendo fiel porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem falar no perfume que o acompanhava quando entrou em casa: o preferido de Isaura. Texto 4. ( ) Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro desviado tenha sido usado por Collor para compra de carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al- guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia Federal na Operação Politeia, um desdobramento da Lava Jato, realizada em 14 de julho. Texto 5. ( ) A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem. As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har- monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu- me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo o tom rosado da pele de Janaína. ( ) Ponha nestes parênteses o número do texto que faz uso do diálogo em sua organização. gabarito Texto 1 (I) Texto 2 (N) Texto 3 (A) Texto 4 (E) Texto 5 (D) Texto 1 FORMALIDADE OU INFORMALIDADE níveis de Fala (tipos de norma) Registro formal ou adloquial No registro formal (adloquial, culto, padrão), as circuns- tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada a um grupo sofisticado de falantes. Tende ao uso da norma culta (também chamada de padrão, ou erudita), que se estuda nas gramáticas normativas. Por favor, entenda que seria importante para nós sua presença. Registro informal ou coloquial A informalidade ou coloquialismo acontece quando o ambiente permite ao emissor uma postura mais à vontade, sem preocupações gramaticais. Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien- ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...) Na informalidade, a língua é usada na forma de cada região, profissão, esporte, gíria, internet... Registro vulgar Normalmente envolve uso de calão ou gíria. Oi, cara, pinta lá no pedaço. Registro de baixo calão É o nível das gírias pesadas e dos palavrões. Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra. Cada texto deve obedecer a um nível de formalidade ou informalidade, com a escolha do vocabulário e de cons- truções frásicas adequada ao público e ao ambiente a que se destina. Variação linguística Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no tempo (compare os escritos da carta de Caminha, de José de Alencar e de hoje), no espaço (veja as diferenças de ex- pressão das várias regiões brasileiras), nas profissões (atente para seus jargões ou expressões características), em grupos de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru- ções frásicas identificadoras: DJs, políticos, cantores de rap, religiosos, surfistas, tatuadores, traficantes, escaladores...) Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidadecivil e criminal. 8 P O Rt U g U êS Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém a sociolinguística substituiu o conceito de certo/errado pelo de adequado/inadequado. Em termos de comunicação, certo é o emissor adequar seu código ao do receptor para se fazer entender bem. Por isso, tanto o “nós vai”, como o “nós vamos” podem ou não estar adequados, dependendo do ambiente ou do grupo de falantes a que se destine. tIPOS DE DISCURSO Discurso Direto Reprodução exata da fala do personagem. Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta. Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.” Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua resposta. Discurso Indireto O narrador traduz a fala do personagem. Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta dele. Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele. Discurso Indireto Livre A fala do personagem se confunde com a do narrador. Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto... Discurso do Narrador É a fala de quem conta a história. Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta. monólogo Fala de um personagem consigo mesmo. Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no que acabei de ver”. Diálogo Conversa entre dois ou mais personagens. – Você devia ser mais suave na sua fala. – Vou tentar. gêNEROS DO DISCURSO, gêNEROS tEXtUAIS Desde os estudos de Bakhtin até os de Koch, chegou-se à percepção de certas sequências relativamente estáveis de enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da vida social, sequências essas definidoras do que se conven- cionou chamar Gêneros do Discurso, adaptáveis à sociedade e seus comportamentos. Gêneros primários São os que se desenvolvem primeiro, realizados em situa- ções de comunicação, no âmbito social cotidiano das relações humanas: diálogo, telefonema, bilhete, carta, piada, oração, comando militar rápido, situações de interação face a face.. Gêneros secundários Referentes a circunstâncias mais complexas, públicas, de interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes de incorporar e transmutar os gêneros primários. Necessitam de instrução formal e aparecem sob a forma de 1. Gêneros literários: provérbios, crônicas, contos, novelas, romances, dramas...; 2. Gêneros oficiais: cartas, ofícios, memorandos, anais, tratados, textos de lei, documentos de escritório...; 3. Gêneros científicos: pesquisas, relatórios, críticas, análises, teses, ensaios... 4. Gêneros Jornalísticos: notícia, matéria, entrevista, charge ... 5. Gêneros outros como dos círculos artísticos, sócio-políticos, retóricos, jurídicos, políticos, publicísticos, esportivos... Eis alguns tipos explorados em provas elaboradas pelo Cespe: Crônica Texto curto dissertativo, comentando fato ou situação do momento. Conto História curta com poucos personagens em torno de um núcleo de ação. novela História mais longa que o conto e que também envolve só um núcleo de ação. Romance História longa e complexa em que os personagens atuam em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de televisão literariamente são romances porque revezam vários núcleos temáticos, revezando também como protagonistas grupos diferentes de personagens. parábola Narrativa que transmite uma mensagem indireta, geral- mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia. Cristo falava por parábolas, como a do Filho Pródigo e a do Joio e do Trigo. Fábula Tipo de parábola curta, em prosa ou verso, que apresenta animais como personagens e que ilustra um ensinamento moral. Famosas são as fábulas de Esopo, como A Raposa e as Uvas, O Lobo e o Cordeiro. Sátira Texto crítico, picante, sarcástico, maledicente, irônico, zombeteiro para criticar instituições, costumes ou ideias. Apólogo Narrativa didática, em prosa ou verso, em que se animam e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo é o texto de Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha. Lenda História com base em informações imaginárias. São len- dários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça... Anedota História curta engraçada ou picante. paródia Imitação artística, jocosa, satírica, bufa; arremedo de outro texto. Vejam-se os segundos textos. Quem com ferro fere com ferro será ferido. Quem confere ferro, com ferro... Penso, logo existo. Penso, logo desisto. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 9 P O Rt U g U êS paráfrase ou frase paralela É um texto criado na tentativa de reproduzir o sentido de outro. É um texto sinônimo, de sentido semelhante. Veja o segundo texto. Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija com a boca de hortelã... (Chico Buarque) Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo com gosto de pasta de dente... Obs.: a paráfrase sempre altera algo no sentido subjetivo do texto. epígrafe Inscrição que antecede um texto (no frontispício de um livro, no início de um capítulo, de um poema, de uma crô- nica...). Título: EPICÉDIO III Epígrafe: À morte apressada de um amigo Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo Quanto apesar de meu letargo, e pejo, Me intentas persuadir, ó sombra muda, Que tudo ignora quem te não estuda. (Cláudio Manuel da Costa) SEMâNtICA Sema É unidade de significado. A palavra “garotas” tem três semas: 1. garot é o radical e significa ser humano em formação; 2. a é desinência e significa feminino; 3. s é desinência e significa plural. monossemia ou unissignificação É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig- nificado. polissemia ou plurissignificação É o fato de uma expressão, no texto, ter múltiplos sig- nificados. Ambiguidade ou anfibologia Significa duplo sentido. Denotação Sentido objetivo da palavra – Teresa é agressiva. Conotação Sentido figurado da palavra – Teresa é um espinho. Campo Semântico Área de abrangência ou de interpenetração de significado(s). Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo semântico do futebol. Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân- tico da música. Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- mântico da aviação. Contexto As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua- lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada um dos sentidos (monossemia) ligado a um determinado contexto. No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa- dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada um desses contextos, a monossemia prevalece. nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po- lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo. nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien- tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi- guidade e a polissemia devem ser evitadas. Sinonímia Existência de palavras ou termos com significados con- vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e luminosidade, branquear e alvejar... Antonímia Existência de palavras ou termos de sentidos opostos: claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio... Homonímia Palavras iguais na escrita ou no som com sentidos dife- rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), cardeal (principal)... paronímia Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e vultuoso... QUALIDADES DO tEXtO Um textobem redigido deve ter algumas qualidades. A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e, também, seu defeito, o oposto. Clareza Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente entendido. Obscuridade é o seu antônimo. Questões O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes o que o fez ficar triste. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e objetiva. 2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude do mau uso do pronome oblíquo “o”. 3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu- ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir a ambos, “o menino” e “seu pai”. 4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade, passando a significar que só o pai ficou triste. 5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção gramatical. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 10 P O Rt U g U êS 6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu- ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste, porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs- tantivo mais distante. gabarito Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados. Coerência Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an- tônimo é ilogicidade, incoerência. Questões I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a uma, mostra-lhe suas qualidades. II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a uma, mostra-lhe seus defeitos. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente. 2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente. 3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos. 4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes. 5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e coerente. 6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por incoerência. gabarito Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos. Concisão Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. O seu oposto é prolixidade. Questões I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e mos apresentou. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informativo. 2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma vírgula e um ponto final). 3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto final). 4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para “e nos apresentou”. 5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e direto, porque representa a fusão de dois pronomes oblíquos átonos (me + os). gabarito Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado. Correção Gramatical Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a medir o conhecimento da norma culta (também chamada de erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a essa norma culta. Questões I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué. II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos. Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada. a) O texto I está correto em relação ao padrão popular regional e errado relativamente ao culto. b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e errado se a referência for o popular regional. gabarito Ambas as afirmações estão corretas. Coesão Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão. COESÃO E CONECtORES Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos coesivos. Coesão gramatical (ou coesão referencial endofórica) Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin- do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe- rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores: nominalização Substantivo que retoma ideia de verbo anteriormente expresso. Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação lhes trouxe euforia. Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro- vados”. pronominalização Pronome retomando ou antecipando substantivo. Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”. Repetição vocabular Repetição de palavra. A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os substantivos “homem” e “mulher”. Sintetização Uso de expressão sintetizadora. Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos- tra o mundo. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 11 P O Rt U g U êS Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte- tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”. Uso de numerais São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber o que fala. Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e “terceira” retomam o cardinal “três”. Uso de advérbios Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar escondida a resposta. Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto de Raquel”. elipse Omissão de termo facilmente identificável. Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos. Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o sujeito “nós” expresso na primeira oração. Sinonímia Palavras ou expressões de sentidos semelhantes. O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte- resse geral. Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex- pressão “discurso”. Hiperonímia Hiperônimo é palavra cujo sentido abrange o de outra(s). Roupa constitui hiperônimo em relação a calça, vestido, paletó, camisa, pijama, saia... Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente. Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os substantivos anteriores. Hiponímia Hipônimo é palavra de sentido incluído no sentido de outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... são hipônimos de brinquedo. Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o Flamengo se pronunciou. Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a palavra “times”. Anáfora chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma algo já dito. O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, com temor. Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” e “cordeiro”. Catáfora Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. Não se esqueça disto: já estamos comprometidos. Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- mos comprometidos”. obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons- titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. DOMíNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO tEXtUAL Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, colocação... Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co- esõesbem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma padrão oficial. Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- sideração os mecanismos de coesão textual? 1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela balia. b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; en- quanto aquele relinchava, esse grasnava e esta balia. 2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. 3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda parte. b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda parte. 4. a) Encontrei o artigo que você falou. b) Encontrei o artigo de que você falou. 5. a) Foi essa a frase que você falou. b) Foi essa a frase de que você falou. 6. a) Era uma situação que ele fugia. b) Era uma situação de que ele fugia. 7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão. b) Estamos diante de um texto a que falta coesão. 8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido o dinheiro. b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon- dido o dinheiro. 9. a) Veja o local onde você chegou. b) Veja o local aonde você chegou. 10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos estão presentes. b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão presentes. gabarito 1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis- tante; esse, para o intermediário; este, para o mais próximo. 2. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai falar; esse, ao que já foi dito. 3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai falar; esse, ao que já foi dito. 4. b (falar de um artigo). 5. a (falar uma frase). 6. b (fugir de algo). 7. b (falta coesão a algo). 8. a (o dinheiro estava escondido no quarto). 9. b (você chegou a um local). 10. b (cujo não vem seguido de artigo). Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 12 P O Rt U g U êS FIgURAS DE LINgUAgEM Figuras de pensamento São as figuras que atuam no campo do significado. Antítese Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem ser agressivos ou não. paradoxo Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de feiura. Ironia Afirmação do contrário – O animal estava limpo, com os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado! Eufemismo Suavização do desagradável – Passou desta para a me- lhor (= morreu). Hipérbole Exagero – Já repeti cem mil vezes. perífrase Substituição de uma expressão mais curta por uma mais longa e pode ser estilisticamente negativa ou positiva, de- pendendo do contexto. Texto: Apoio sinceramente sua decisão. Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações. Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala- vras em vez de uma: titular da presidência (= presidente); a região das mil e uma noites (= Arábia) tropos (uso do Sentido Figurado ou Conotação) Comparação ou Analogia Relação de semelhança explícita sintaticamente. Ele voltou da praia parecendo um peru assado. Teresa está para você, assim como Júlia, para mim. Corria qual uma lebre assustada. Sua voz é igual ao som de panela rachada. metáfora Relação de semelhança subentendida, sem conjunção ou palavra comparativa. Voltou da praia um peru assado. A sua Tereza é a minha Júlia. Correndo, ele era uma lebre assustada. Sua voz era uma panela rachada. metonímia Relação de extensão de significado, não de semelhança. Continente x conteúdo Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não o copo) Origem x produto Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche) Causa x efeito Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda) Autor x obra Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música) Abstrato x concreto Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Veneza) Símbolo x simbolizado A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas) Instrumento x artista O cavaquinho foi a grande atração. (O artista) Parte x todo Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) Catacrese Metáfora estratificada, que já faz parte do uso comum. Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de bule, pé de limão... prosopopeia ou personificação O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras sussurravam aos nossos ouvidos. PONtO DE VIStA DO AUtOR Todo e qualquer autor, ao produzir um texto, falado, cantado ou escrito, seja para descrever uma cena, narrar um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto, mesmo que não o perceba, sua visão de mundo, sua posição política, religiosa, artística, econômica, social etc., além de sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele personagem. A linguística textual levanta com base nos vo- cábulos escolhidos e na organização dos enunciados, o que se denomina Ponto de Vista do Autor. INtENCIONALIDADE Paralelamente ao ponto de vista, o autor também mani- festa uma intencionalidade, ou tendência psicológica, a favor ou contra determinada realidade, personalidade ou atitude, o que se pode deduzir, também, das palavras utilizadas e/ou da organização das frases. Nos cartazes das ruas e da im- prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e “golpe” se opuseram insistentemente: 1) Impeachment sem crime é golpe e 2) Impeachment não é golpe. Por trás de cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem como propósito a sua aprovação. Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas sobre o fato que presenciaram. Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con- trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida, consciente da importância de sua postura no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo e com dificuldade foram separados pelos outros. Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro voou pra cima dele com um soco armado que passou no vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente, segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa, sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois e os separamos. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 13 P O Rt U g U êS exercícios Veja agora como os pontos de vista das duas testemunhas são diferentes, respondendo C ou E para as afirmações seguintes e conferindo suas respostas com as do gabarito. 1 ( ) O fato motivador de ambas as narrativas foi o mes- mo: uma briga entre dois indivíduos. 2 ( ) Ambas as narrativas indicam que as duas testemu- nhas demonstram bom nível de escolaridade pelo domínio do padrão linguístico apresentado. 3 ( ) No trecho “o irmão Antônio, com frieza, gestos con- trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arre- pendida, consciente da importância de sua postura no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras”, a testemunha A descreve psicologica- mente Antônio como frio, calculista e mentiroso. 4 ( ) as expressões “o irmão”, “Madalena arrependida”, “dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos” e a própria repetitividade, refletem repertório reli- gioso ecaracterizam o autor do texto como conviva do mesmo grupo dos demais personagens. 5 ( ) No segundo período a testemunha A indica que Antônio agrediu moralmente com “um esboço de sorriso vitorioso” a Lauro, tendo provocado a briga. 6 ( ) A testemunha A se mostrou imparcial. 7 ( ) Com a descrição psicológica (item 3) e a agressão moral (item 5), pode-se perceber, na testemunha A, a tendência para construir a culpabilidade de Antônio. 8 ( ) A testemunha A narra em 3ª pessoa, como obser- vadora dos acontecimentos. 9 ( ) O tratamento “Seu” usado em “Seu Antônio” e “Seu Lauro” indica pouca intimidade e distanciamento respeitoso da testemunha B. 10. ( ) A linguagem da testemunha B não indica ponto de vista religioso, mas de quem entende ou convive com ambiente de luta (“voou pra cima dele com um soco armado que passou no vazio”, “mais forte e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou”, “dominou completamente”, “montada completa”, “desferir golpe” , “subjugado” ). 11. ( ) Segundo a testemunha B, “Seu Lauro” agrediu duas vezes “Seu Antônio”: uma fisicamente (“voou pra cima dele com um soco armado”) e outra física e moralmente (“uma cusparada no rosto”). 12. ( ) A testemunha B mostrou-se imparcial. 13. ( ) Pode-se perceber na testemunha B a intencionali- dade de culpar “seu Lauro”. 14. ( ) A testemunha B, como narrador de 1ª pessoa (Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois e os separamos), coloca-se na cena como um dos personagens, ou seja, como narrador participante. gabarito 1. V 2. V 3. V 4. V 5. V 6. F 7. V 8. V 9. V 10. V 11. V 12. F 13. V 14. V Conclusão: Pela leitura dos dois textos, percebem-se pontos de vis- ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores. Ponto de vista do narrador A: usa a 3ª pessoa, fala como observador, visão de fora; demonstra bom domínio linguístico; posta-se como integrante de uma irmandade; considera agressor e provocador o “irmão Antônio””. Ponto de vista do narrador B: usa a 1ª pessoa, fala como um dos personagens; demonstra bom domínio linguístico; posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento e pouca intimidade com os envolvidos na briga; considera agressor e provocador o “Seu Lauro”. exercícios Uma das formas de se cobrar paráfrase e conhecimen- tos de redação nas provas são exercícios de reescrita de textos ou trechos, que adaptamos de prova para Auditor- -Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB, com base no seguinte texto: A demanda doméstica depende de vários fatores, e da perspectiva do seu aumento depende a produção industrial. É normal, então, dar atenção especial ao nível do emprego e à evolução da massa salarial real, sem deixar de acompa- nhar as receitas e despesas do governo federal. Enquanto a ligeira retomada da economia norte-americana é acom- panhada por aumento do desemprego, no Brasil o quadro é diferente. Os dados de julho, nas seis principais regiões do País, mostram redução do desemprego de 8,1% para 8%, o que significa a geração de 185 mil postos de trabalho. Essa taxa de desemprego, em julho, é a menor da série desde 2002. Paralelamente, houve melhora na qualidade do emprego, e 142 mil postos foram criados com carteira de trabalho assinada. (O Estado de S. Paulo, Editorial, 21/8/2009) Assinale a opção em que a reescrita de segmento do texto não mantém as informações originais. 1. A demanda doméstica depende de vários fatores, e a produção industrial depende da perspectiva do aumen- to dessa demanda. 2. Essa taxa de desemprego é a menor em julho de 2002. Paralelamente, em 142 mil postos, a carteira de trabalho assinada melhorou a qualidade do emprego já existente. 3. O aumento do desemprego acompanha a ligeira re- tomada da economia norte-americana, enquanto no Brasil o quadro é diferente. 4. Nas seis principais regiões do País, os dados de julho mostram a geração de 185 mil postos de trabalho, o que significa redução do desemprego de 8,1% para 8%. 5. É normal, então, dar atenção especial tanto ao nível do emprego e à evolução da massa salarial real quanto às receitas e despesas do governo federal. Texto 1 (extraído de Natália Petrin in www.estudopratico. com.br/satira-literatura-ant) Assinale C ou E: 6. ( ) O texto mistura linguagem escrita e icônica (letra e imagem visual). 7. ( ) Trata-se de um banner divulgado por meio eletrônico. 8. ( ) Pode-se ver ironia e sátira na mensagem. Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 14 P O Rt U g U êS Texto 2 (Propaganda da BomBril, baseada na Monalisa de Leonardo Da Vinci) Assinale C ou E: 9. ( ) A propaganda é só o quadro maior, pois o menor, com finalidade didática, mostra como é a Mona Lisa, de Miguel Ângelo. 10. ( ) Trata-se de propaganda bimidiática, pois usa duas linguagens, ou dois meios de comunicação: um ver- bal e um não verbal. 11. ( ) A sugestão base dessa mensagem propagandística é a comparação. Texto 3 (Trabalho de Ziraldo, colhido na internet) Assinale C ou E: 12. ( ) Podem-se atribuir ao trabalho do Ziraldo caracte- rísticas de charge. 13. ( ) Trata-se de texto bimidiático, pois usa duas lingua- gens, ou dois meios de comunicação: um verbal e um não verbal. 14. ( ) O recurso comunicativo em que se baseia o texto é o diálogo. Preencha os parênteses das afirmações a seguir, relacionan- do-as aos três últimos textos. (Dilma, Monalisa e Ziraldo) 15. Assim como Manuel Bandeira, quando disse ”O sapo- -tanoeiro,/Parnasiano aguado,/ Diz: - ‘meu cancioneiro/É bem martelado...’, satirizou os poetas tradicionais, nota- -se um exemplo de sátira no texto número ( ). 16. Muito frequente na imprensa, a charge constitui um tipo de ilustração em traços de caricatura, geralmente para criticar ou satirizar personagens ou fatos do cotidiano. Pode-se ver exemplo de charge no texto número ( ). 17. Paródia, tipo de criação muito frequente não só na lite- ratura, mas também na internet e na televisão, vem a ser uma releitura irônica, debochada, cômica de outro texto. Pode-se apontar exemplo de paródia no texto número ( ) gabarito 1. Errado, porque mantém as informações do 1º período do texto. 2. Certo, porque contraria o que diz o último período do texto. 3. Errado, porque mantém as informações do 3º período do texto. 4. Errado, porque mantém as informações do 4º período do texto. 5. Errado, porque mantém as informações do 4º período do texto. 6. C 7. C 8. C 9. C 10. C 11. C 12. C 13. C 14. C 15. (1) 16. (3) 17. (2) A seguir, para seu conhecimento de como e em que quan- tidade os assuntos são cobrados, apresentamos duas provas recentes, elaboradas pela Fadesp, a banca que vai examinar você. Considere resolver cada prova de 9 questões em um tem- po máximo de 45 minutos. O gabarito lhe é dado no final. Só o consulte, após haver terminado de resolver a última questão. Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 9. Vida apressada Vocês já repararam que ninguém mais, hoje em dia, tem tempo? Mal levantamos da cama e já estamos atrasados! O dia parece cada vez mais curto. Corremos de ma- nhã até a noite e para tudo temos um horário apertado: falamos rapidamente ao telefone (não podemos perder tempo!), conversamos rapidamente com nossos filhos (não podemos perder tempo!), batucamos impacientes na mesinha do computador porque a conexão vai de- morar trinta segundos (não podemos perder tempo!), enfiamos a comida na boca sem sentir bem o sabor dos alimentos (não podemos perder tempo!), engoli- mos o café e queimamos a língua porque ele demora a esfriar (não podemos perder tempo!), damos uma olhada no jornal, pulando páginas, misturando tudo (não podemos perder tempo!)... Afinal, para que que-remos tempo? Foi observando essa verdadeira obsessão com o tempo que comecei a refletir sobre a importância de se trabalhar esse assunto com os alunos. Porque eles também parecem não ter tempo para mais nada. A agenda de tarefas e compromissos dos nossos alunos é assombrosa! E parece que os pais não podem ver uma brechinha que já inventam alguma atividade, porque seus filhos “não podem perder tempo”! E assim vamos ensinando essa correria aos jovens, que começam a pensar que isso é que é normal. Se virem uma pessoa fazendo as coisas com calma, comendo devagar, lendo um livro página por página, conversando tranquilamen- te... vão pensar que se trata de um extraterrestre. E, no entanto, é preciso mostrar a eles que há uma outra forma de viver. Que certas coisas, para serem prazerosas ou proveitosas, devem ser feitas sem pressa. Conversar em família, por exemplo, é uma delas. Não se pode conversar, trocar confidências, curtir a presença uns dos outros, olhando toda hora para o relógio, com a sensação de “estar perdendo tempo”. 5 10 15 20 25 30 35 Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 15 P O Rt U g U êS Dou aulas de leitura e vejo que um dos obstáculos para a boa compreensão de textos é a pressa com que muitos alunos leem. Parece que fazem uma competição para ver quem termina mais depressa. Por isso, peço que leiam mais devagar, que prestem atenção no que estão lendo, que meditem ou reflitam sobre o tema. Percebo que muitos deles começam a se impacientar — querem acabar logo, não importa a qualidade do trabalho, o importante é chegar logo ao fim... Com es- ses, é preciso um longo trabalho de reeducação. Mas nós, os professores, precisamos dar o exemplo. E não só os professores. Todos aqueles que se relacionam com os alunos precisam mostrar que têm tempo, sim, para conversar e ouvir com calma. É preciso também respeitar os ritmos individuais e não submeter a maio- ria dos alunos ao ritmo dos mais apressados. Na vida, como na escola, nem sempre os mais apressados são os mais eficientes. O tempo é um bem muito precioso. Gastá-lo numa agitação frenética e sem sentido não é uma forma in- teligente de viver. Saibamos reservar tempo para os momentos mais importantes da nossa vida, para que, mais tarde, não venhamos a nos arrepender de não ter dito uma certa palavra, de não ter feito um certo gesto, de não ter tido uma certa conversa, porque não tivemos tempo... Disponível em:<http://www.douglastufano.com.br/ galeria_4.html> Acesso em: 5 dez. 2015. 1. (Fadesp/Pref. Mojuí) O propósito do autor do texto, Douglas Tufano, é a) refletir sobre as diferentes concepções de tempo. b) descrever o ritmo apressado dos alunos menos efi- cientes. c) criticar a obsessão pelo tempo que têm as pessoas hoje. d) contar-nos sua experiência de lidar com a pressa das pessoas. 2. (Fadesp/Pref. Mojuí) A sequência em que as palavras não apresentam relação de sentido com a ideia central do texto é a) pressa, relógio, competição. b) impacientar, depressa, ritmo. c) rapidamente, correria, agitação. d) calma, devagar, tranquilamente. 3. (Fadesp/Pref. Mojuí) O enunciado em que o autor ex- pressa uma comparação é a) “Mas nós, os professores, precisamos dar o exemplo” (l. 48-49). b) “Parece que fazem uma competição para ver quem termina mais depressa” (l. 40-41). c) “Saibamos reservar tempo para os momentos mais importantes da nossa vida” (l. 38-39). d) “Todos aqueles que se relacionam com os alunos precisam mostrar que têm tempo” (l. 49 e 50). 4. (Fadesp/Pref. Mojuí) O enunciado em que não há exem- plo de gestos de “vida apressada” é a) “lendo um livro página por página” (l. 28-29). b) “conversamos rapidamente com nossos filhos” (l. 7). c) “enfiamos a comida na boca sem sentir bem o sabor dos alimentos” (l. 11-12). d) “batucamos impacientes na mesinha do computa- dor porque a conexão vai demorar trinta segundos” (l. 8-9). 5. (Fadesp/Pref. Mojuí) O vocábulo sublinhado não tem a função de retomar um elemento já introduzido no texto em a) “começam a pensar que isso é que é normal” (l. 26-27). 40 45 50 55 60 b) “Com esses, é preciso um longo trabalho de reedu- cação” (l. 46-47). c) “Corremos de manhã até a noite e para tudo temos um horário apertado” (l. 4-5). d) “Gastá-lo numa agitação frenética e sem sentido não é uma forma inteligente de viver” (l. 56-57). 6. (Fadesp/Pref. Mojuí) Em “querem acabar logo, não importa a qualidade do trabalho” (l. 45), o segmento sublinhado poderia ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido do período, por a) ainda que importe. b) tanto quanto importa. c) sem importar-se com. d) importando-se igualmente com. 7. (Fadesp/Pref. Mojuí) A relação lógico-semântica entre as orações está incorretamente indicada em a) “queimamos a língua porque ele demora a esfriar” (l. 13-14) → causa. b) “Corremos de manhã até a noite e para tudo temos um horário apertado” (l. 4.5) → adição. c) “Se virem uma pessoa fazendo as coisas com calma (...), vão pensar que se trata de um extraterrestre” (l. 27-28) → consequência. d) “Saibamos reservar tempo para os momentos mais importantes da nossa vida, para que, mais tarde, não venhamos a nos arrepender” (l. 58-59) → finalidade. 8. (Fadesp/Pref. Mojuí) Leia o período abaixo: Graças __ pressa e __ agitação, __ vida moderna está, já __ um certo tempo, limitada __ prisão das horas. A sequência que completa corretamente as lacunas acima é a) à, a, a, a, à. b) à, à, a, há, à. c) à, à, a, há, a. d) a, a, a, há, à. 9. (Fadesp/Pref. Mojuí) A reformulação proposta para o fragmento de texto transcrito entre aspas apresenta mudança de sentido em a) E não unicamente os professores → “E não só os professores” (l. 48-49). b) Assim que levantamos da cama → “Mal levantamos da cama” (l. 2-3). c) Prontamente inventam uma atividade → “já inven- tam alguma atividade” (l. 24). d) E, nesse meio-tempo, é preciso mostrar a eles → “E, no entanto, é preciso mostrar a eles” (l. 31). Leia com atenção o texto a seguir para responder às questões de 10 a 18. O diamante Fernando Sabino Em 1933 Jovelino, garimpeiro no interior da Bahia, concluiu que ali não havia mais nada a garimpar. Os filhos viviam da mão pra boca, Jovelino já não via jeito de conseguir com que prover o sustento da família. E resolveu se mandar para Goiás, onde Anápolis, a nova terra da promissão, atraía a cobiça dos garimpeiros de tudo quanto era parte, com seus diamantes reluzindo à flor da terra. Jovelino reuniu a filharada, e com a mulher, o genro, dois cunhados, meteu o pé na estrada. Longa era a estrada que levava ao Eldorado de Jovelino: quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo, pernoitando em paióis de fazendas, em 5 10 Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 16 P O Rt U g U êS ranchos de beira caminho, em chiqueiros e currais, onde quer que lhe dessem pasto e pousada. Vai daí Jovelino chegou aos arredores de Anápolis depois de muitas luas e ali se estabeleceu, firme no cabo da enxada, cavando a terra e encontrando pedras que não eram diamantes. Daqui para ali, dali para lá, ano vai, ano vem, Jovelino existia de nômade com seu po- vinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus-dará — e Deus não dava. Quem me conta é o filho do fazendeiro de quem Jovelino se tornou empregado: — Ao fim de dez anos ele concluiu que não en- contraria diamante nenhum, e resolveu voltar com sua família para a Bahia onde a vida, segundo diziam, agora era melhorzinha. Não dava diamantenão, mas o governo prometia emprego seguro a quem quisesse trabalhar. Jovelino reuniu a família e botou pé na estrada, de volta à terra de nascença, onde haveria de morrer. Mais um ano palmilhado palmo a palmo em terra batida, vivendo de favor, Jovelino e sua obrigação, de vez em quando perdendo um, que isso de filho é criação que morre muito. Foi nos idos de 43: — Chegou lá e se instalou no mesmo lugar de onde havia saído. Governo deu emprego não. Plantou sua rocinha e foi se aguentando. Até que um dia. Até que um dia de noite Jovelino teve um sonho. Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa en- xadada certeira, a terra escorreu. A terra escorreu e aos seus olhos brilhou, reluziu, faiscou, resplandeceu um diamante soberbo, deslumbrante como uma imensa estrela no céu — como uma estrela no céu? Como o próprio olho de Deus! Jovelino olhou ao redor de seu sonho e viu que estava em Anápolis, no mesmo sítio em que tinha desenterrado a sua desilusão. E para lá partiu, dia seguinte mesmo, arrastan- do sua cambada. Levou nisso um entreano, repetindo pernoites revividos, tome estrada! Deu por si em terra de novo goiana. Quem me conta é o filho do fazendeiro: — Você precisava de ver o furor com que Jovelino procurou o diamante de seu sonho. A terra de Goiás ficou para sempre revolvida, graças à enxada dele. De vez em quando desmoronava, Jovelino ia ver, não era um diamante, era um calhau. Até que um dia. — Encontrou? — perguntei, já aflito. — Encontrou nada! Empregou-se na fazenda de meu pai, o tempo passou, os filhos crescidos lhe de- ram netos, a mulher já morta e enterrada, livre dos cunhados, os genros bem arranjados na vida. Um deles é coletor em Goiânia. O próprio Jovelino, entrado em anos, era agora um velho sacudido e bem disposto, que tinha mais o que fazer do que cuidar de garimpagens. Mas um dia não resistiu: passou a mão na sua enxada, e sem avisar ninguém, o olhar reluzente de esperança, partiu à pro- cura do impossível, do irreal, do inexistente diamante de seu sonho. SABINO, Fernando. Deixa o Alfredo Falar! Rio de Janeiro, Record, 1979. 10. (Fadesp/Pref Ulianópolis) No texto “O Diamante”, Fer- nando Sabino a) critica a cobiça dos garimpeiros. b) traça o perfil do garimpeiro brasileiro. c) relata o sonho inatingível de um garimpeiro. d) fornece informações sobre o fenômeno da garimpa- gem. 11. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Quanto ao gênero e ao tipo textual, pode-se classificar o texto como um(a) a) editorial argumentativo. 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 b) crônica de caráter narrativo. c) artigo de natureza informativa. d) fábula predominantemente descritiva. 12. (Fadesp/Pref Ulianópolis) O comportamento de Jovelino apresenta, entre outros traços, a) arrogância e soberbia. b) inteligência e perspicácia. c) perseverança e esperança. d) ambição e senso de realidade. 13. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Da leitura do último parágra- fo, pode-se depreender que Jovelino a) voltou ao interior da Bahia. b) morreu sem desistir de seu fito. c) conseguiu finalmente encontrar o que procurava. d) desistiu completamente de cuidar de garimpagem. 14. (Fadesp/Pref Ulianópolis) A passagem do texto em que não há alusão à condição social de Jovelino e sua família é: a) “Comia como podia — e não podia” (l. 20-21). b) “Plantou sua rocinha e foi se aguentando” (l. 37-38). c) “era agora um velho sacudido e bem disposto” (l. 64-65) d) “seu povinho cada vez mais minguando de fome” (l. 19-20). 15. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Em relação ao sistema orto- gráfico e ao uso do sinal indicativo de crase, está correto o que se afirma em: a) o uso da crase em “à flor da terra” e “à procura” é optativo. b) o vocábulo “próprio” é acentuado por ser um oxítono tônico. c) “Anápolis” e “família” seguem a mesma regra de acen- tuação. d) o uso do hífen em “deus-dará” justifica-se por ser palavra composta. 16. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Na oração “quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo” (l. 11-12), a) o sujeito é “um ano”. b) o sujeito é um pronome pessoal. c) há uma concordância ideológica. d) o verbo “consumir” foi empregado impessoalmente. 17. (Fadesp/Pref Ulianópolis) A referência dos vocábulos não está corretamente indicada em a) “onde” (l. 5) → “Goiás” (l. 5). b) “lá” (l. 18) → “rocinha” (l. 38). c) “lá” (l. 36) → “Anápolis” (l. 46). d) “ali” (l. 2) → “no interior da Bahia” (l. 1). 18. (Fadesp/Pref Ulianópolis) Levando-se em consideração as relações de sentido, é verdadeiro afirmar que a) o vocábulo “cambada” (l. 49) é, no texto, sinônimo de “corja, súcia”. b) a expressão “meteu o pé na estrada” (l. 9) significa “ir com toda rapidez”. c) o substantivo “Eldorado” (l. 10) expressa “local pró- digo em riquezas e oportunidade”. d) “palmilhado” e “palmo a palmo” (l. 32) têm o mes- mo sentido: “de forma gradual, aos poucos”. gabarito 1. c 2. d 3. b 4. a 5. c 6. c 7. c 8. b 9. d 10. c 11. b 12. c 13. b 14. c 15. d 16. b 17. b 18. c Este eBook foi adquirido por AURISCENILSON GIL DE ARAUJO - CPF: 608.460.972-49. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 17 P O Rt U g U êS Márcio Wesley PONtUAÇÃO Aspectos Sintáticos, Semânticos, estilísticos – prática Aplicada Vírgula • Separa objeto direto ou indireto antecipado e com pleonástico. Ao injusto, nada lhe devo. • Separa adjunto adverbial longo e deslocado. Antes do início do mês, começam as obras. • Separa predicativo do sujeito deslocado, com verbo intransitivo ou transitivo. Descrente, chorou. Ivo, aflito, pedia explicações. • Separa aposto explicativo. Salvador, minha cidade natal, tem muitas igrejas. • Separa vocativo. Não diga isso, Mariana. • Separa expressões explicativas e corretivas. Falei, quer dizer, explodi! São, aliás, somos felizes. • Separa nome de lugar antes de data. Brasília, 17 de janeiro de 1998. • Entre elementos enumerados. Estão aí Júlio, Carlos, Maria e Sílvia. • Indica verbo oculto. O pai trabalha na capital; a mãe, no interior. • Antes de subordinada substantiva apositiva. Teve um pressentimento, que morreria jovem. • Antes de subordinada adjetiva explicativa. Esta é a minha casa, que recebeu tanta gente. • Separa subordinada adverbial deslocada. Se perder o emprego, vou para outra cidade. • Entre coordenadas assindéticas. Entrou no carro, ligou o rádio, ficou à espera. • Separa conjunção coordenativa deslocada. Não se defende; quer a própria condenação, portanto. • Antes de conjunção coordenativa. Decida logo, pois seu concorrente age rápido. • Antes de e e nem só em oração com sujeito diferente do da anterior. A vida continua, e você não muda. • Antes de mas também, como também (em correlação com não só). Não só reclama, mas também torce contra nós. ponto e vírgula • Para fazer uma pausa maior que a da vírgula e menor que a do ponto. A sala está cheia de móveis; o quadro cheira a mofo. • Separa coordenadas adversativas e conclusivas com conjunção deslocada. Não estuda; não quer, pois, a aprovação. • Separa orações que já tem vírgula no seu interior. Ivo, sozinho, lutava; Ana, sem forças, rezava. • Separa coordenadas que formam um paralelismo ou um contraste. Muitos entendem pouco; poucos entendem muito. • Aparece no final dos itens de uma enumeração. Há duas hipóteses para o seu gesto: a) não conseguiu o emprego; b) saúde da filha pirou. Dois-pontos • Antes de aposto (explicativo ou enumerativo) e de oração apositiva. Tem um sonho: viajar. Leu três itens: “a”, “c” e “i”. • Antes de citações. Ana gritava: “Eu faço tudo!”. • Antes de explicação ou esclarecimento. Sombra e água fresca: as férias começaram. Festa no prédio: o síndico se mudou. • Depois da invocação nas correspondências. Cara amiga: • Depois de exemplo, nota, observação. Nota: aos domingos o preço será maior. • Depois de a
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