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Os Biomas Brasileiros I - FACULDADE CRUZEIRO DO SUL

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Os Biomas 
Brasileiros
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Cintia VIeira da Silva
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Introdução à Ecologia Vegetal
• Dinâmica de Comunidades
• Sucessão Ecológica
• Ecologia de População
• Principais Conceitos de Ecologia e Recuperação Ambiental
• Biodiversidade Vegetal
 · Compreender as relações que existem entre o meio ambiente e as 
espécies vegetais distribuídas no globo terrestre.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Olá, aluno (a)!
Nesta Unidade, aprenderemos um pouco mais sobre um importante ramo 
da Biologia que estuda a interação entre a natureza e as espécies vegetais, 
denominado Ecologia Vegetal.
Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material 
complementar. Não esqueça: a leitura é um momento oportuno para 
registrar suas dúvidas; por isso, não deixe de registrá-las e transmiti-las ao 
professor-tutor.
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais 
interativo possível, na pasta de atividades, você também encontrará as 
atividades de Avaliação, uma Atividade Reflexiva e a videoaula. Cada material 
disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado, por favor, estude 
todos com atenção!
ORIENTAÇÕES
Introdução à Ecologia Vegetal
UNIDADE Introdução à Ecologia Vegetal
Contextualização
As diferentes formações vegetacionais permitem a ocorrência de espécies 
adaptadas e muitas vezes específicas para determinados ambientes. As características 
físicas, também chamadas de fatores abióticos, são distribuídas em quantidades 
limitadas. Por isso, para cada fitofisionomia, temos um conjunto de características 
que o diferencia dos demais ambientes, sejam eles aquáticos ou terrestres. Para 
compreendermos a importância da vegetação para o equilíbrio do meio ambiente, 
assistiremos ao vídeo sobre os rios voadores.
Globo Ecologia_Rios voadores: https://youtu.be/F6NYhdZwXr8
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Dinâmica de Comunidades
Jacaré açu x Piranha Vermelha - Predadores Implacáveis: https://youtu.be/yDiM6S118Oc
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Se houver aumento da caça de jacarés, a população de piranhas vai aumentar?
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A Ecologia estuda as interações entre os organismos que ocupam o mesmo 
local, no mesmo período de tempo, e como utilizam os recursos disponíveis no 
ambiente. Para conseguir descrever a estrutura de uma comunidade, é preciso 
conhecer a composição e a diversidade de espécies de um determinado ambiente. 
O conjunto de populações forma comunidades que se caracterizam por interações, 
que podem se dar de forma direta ou indireta, e que têm variações nas necessidades 
de recursos, como por exemplo: água, luz solar, nutrientes, etc.
Uma comunidade pode ser definida a partir das características físicas do meio 
e determinar todas as espécies animais e vegetais da área em questão, como por 
exemplo é o que diferencia a fisionomia de deserto, savana ou floresta tropical.
Figura 1 – Deserto: bioma caracterizado por baixa cobertura vegetal, devido às suas características
abióticas – pouca disponibilidade de água, muita luminosidade e alta temperatura
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Introdução à Ecologia Vegetal
Figura 2 – Savana africana: tem como característica a elevada intensidade luminosa, 
alta temperatura, com vegetação formada por árvores esparsas, grande quantidade 
de plantas rasteiras ou herbáceas (ervas) – como gramíneas, por exemplo
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 3 – Floresta Tropical: Possui grande diversidade vegetal, sendo caracterizada por pouca 
intensidade luminosa no interior da mata, presença de árvores altas, onde as copas das árvores 
se unificam (chamado de dossel contínuo) e com grande quantidade de água disponível
Fonte: iStock/Getty Images
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A diversidade de espécies é uma importante medida para poder estruturar as 
comunidades, sendo uma combinação entre o número de espécies, ou seja, a 
riqueza de organismos de um ambiente; quanto à sua equibalidade, que determina 
se uma espécie é comum ou rara – entretanto, para concluir o quanto uma 
espécie é comum ou rara, é preciso conhecer a abundância de indivíduos de uma 
determinada área ou bioma.
Figura 4 – Riqueza de espécies e equabilidade de espécies, abundância
e distribuição de espécies de um determinado ambiente.
Todas as espécies ocorrentes numa região estão interligadas, dependem dos 
mesmos recursos, no mesmo espaço de tempo, podendo ocorrer as relações 
classificadas como:
 · Relação intraespecífi ca: quando indivíduos da mesma espécie se relacionam. 
Seja para o bem da comunidade – como por exemplo: plantas que ocorrem 
em manguezais, para se fixarem em um solo instável e constantemente 
banhado por água do mar, desenvolvem adaptação chamada caule escora, 
que auxilia na sua sustentação, e vários indivíduos crescem próximos uns dos 
outros –,esse tipo de relação recebe o nome de harmônica; ou para competir 
por algum recurso, como alimentação, luz, água, reprodução etc. – como 
por exemplo: a planta conhecida popularmente como nogueira-negra, essa 
planta produz substância que impede que suas sementes nasçam próximas 
a ela, embora sejam da mesma espécie, competem entre si para garantir sua 
alimentação –, e essa relação é denominada desarmônica.
 · Relação Interespecífi ca: quando espécies diferentes se relacionam no 
mesmo local e podem disputar pelos mesmos recursos. Essas relações também 
são classificadas como harmônicas – como por exemplo: plantas epífitas e 
árvores – e desarmônicas – quando duas ou mais espécies competem por luz, 
por exemplo, no interior de uma floresta tropical, como há pouca entrada de 
luz, as espécies desenvolvem diferentes adaptações fisiológicas e morfológicas 
para conseguirem obter esse recurso vital para sua sobrevivência.
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UNIDADE Introdução à Ecologia Vegetal
Epífitas: planta que cresce sobre outra planta – frequentemente árvores –, mas que não 
é parasita, ou seja, não absorve nem água, nem luz nem nutrientes de outras plantas. Ex.: 
samambaias, bromélias e orquídeas.
Parasitas: são plantas que se instalam em outras plantas para conseguir os nutrientes 
(seiva) para sua sobrevivência. Ex.: cipó- chumbo (planta chamada de holoparasita, que 
não realiza fotossíntese, pois absorve todos os nutrientes de outras plantas). 
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Sucessão Ecológica
Todas as comunidades estão sofrendo constantes mudanças, algumas são mais 
fáceis de serem percebida – como, por exemplo, regiões de restinga, que estão 
constantemente sendo influenciadas de acordo com as mudanças da maré –, outras 
são menos perceptíveis – como, por exemplo, os desertos, devido à sua baixa 
diversidade. A velocidade com que esses ambientes são alterados varia muito, de 
acordo com as condições ambientais e que tipo de espécies tem nesses ambientes. 
Essas mudanças ocorrem de forma natural, mas, por conta da ação humana, 
têm se tornado muito mais intensas e alterado essas comunidades de maneira muito 
rápida, de forma que elas têm dificuldade para se recuperarem ou, até mesmo, em 
casos mais críticos, não se recuperam mais.
A sucessão ecológica é definida como mudança na composição de espécies 
em comunidades ao longo do tempo, esse processo é resultado de diversos fatores: 
bióticos (seres vivos) e abióticos (agentes químicos e físicos, como água, solo, 
nutrientes, clima, etc.).
Os efeitos dos fatores abióticos podem ser determinados por duas formas: por 
distúrbio, que pode gerar a morte de alguns indivíduos da comunidade, mas ainda 
assim, gerar oportunidades para que outros seres se reproduzam ou nasçam; ou por 
estresse, que é quando algum fator abiótico faz com que a comunidade diminua 
a taxa de crescimento ou mesmo a taxa de reprodução, dando oportunidade para 
outras espécies nascerem ou se reproduzirem.
Exemplo: Banco de sementes no solo de uma floresta tropical. Durante um 
período de tempo, muitas plantas após suas reproduções depositam suas sementes 
no solo, porém, nem todas elas vão germinar rapidamente, elas ficam dormentes 
até que condições ambientais favoreçamseu crescimento – por exemplo: a queda de 
uma árvore abrindo uma clareira ou períodos chuvosos que hidratam as sementes.
É importante saber que no meio ambiente todos os organismos envolvidos são 
igualmente importantes, não somente a vegetação, mas também animais, fungos, 
bactérias, etc.
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No processo de sucessão ecológica, podemos ter diferentes fases de sucessão:
 · Sucessão primária: abrange a colonização de habitats que, por fenômenos 
naturais ou por ação antrópica (humana), perderam sua diversidade. Essa 
fase geralmente ocorre de forma mais lenta, pois as condições ambientais 
são desfavoráveis. As espécies chamadas de colonizadoras geralmente 
conseguem sobreviver em locais onde há falta de recursos, como água, luz, 
solo e nutrientes.
Exemplo: o capim é uma planta colonizadora, por isso quando um terreno 
é limpo ou um jardim é abandonado, a primeira planta a nascer é o capim, 
além de ser base de teia alimentar.
 · Sucessão secundária: é o processo no qual ocorre substituição de 
espécies primárias, por uma vegetação que se assemelha ao habitat 
original do local que sofreu um impacto. Durante essa ação, os recursos 
naturais já estão em condições mais favoráveis e as sementes conseguem 
sobreviver com maior facilidade.
Exemplo: quando um habitat sofre um impacto, o solo fica muito ressecado, 
a temperatura no solo é muito alta, falta água e nutrientes, por isso o capim 
consegue sobreviver. Na sucessão secundária, outras espécies que estão 
com suas sementes depositadas no solo começam a germinar e formar uma 
vegetação com porte maior, mais rica e diversificada, o que consequentemente 
fará o solo reter mais água e nutrientes e a temperatura nele diminuir.
 · Estágio clímax: é quando um ambiente formado por fatores abiótico 
e biótico está em condição de equilíbrio, ou seja, onde haveria poucas 
alterações ou que essa comunidade estivesse em real equilíbrio. Porém, 
essa condição muitas vezes é hipotética, pois, para se manter estável, 
todos os fatores físico-químicos e os seres vivos deveriam estar de 
forma equilibrada. Mesmo assim, todos os habitats sempre buscam esse 
equilíbrio, onde o que é produzido de energia também será o suficiente 
para abastecer todos os seres da teia alimentar.
Figura 5 – Processo de sucessão ecológica, onde espécies pioneiras serão, com o passar do tempo, substituídas
por vegetação de maior porte, até chegar numa situação de equilíbrio, denominada clímax
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UNIDADE Introdução à Ecologia Vegetal
O processo de sucessão ecológica não acontece exclusivamente no ambiente 
terrestre, o mesmo processo é observado no ambiente aquático, seja ele de água 
doce ou salgada. Um lago, por exemplo, pode ser habitado por seres que encontram 
de forma gradativa condições para viver nesse local.
Figura 6 – Sucessão ecológica ocorrendo em lagos, esse processo pode favorecer o surgimento 
de espécies que antes não conseguiriam sobreviver devido aos fatores físicos e químicos do local.
FONTE: acervoescolar.com.br
Explicando Sucessão Ecológica: https://youtu.be/26nuTfI6yZI
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Ecologia de População
As populações são entidades que variam em tamanho no decorrer do tempo e 
do espaço. Essas variações podem ocorrer entre espécies diferentes e até mesmo 
dentro da mesma espécie. Isso se deve pelo fato de que cada indivíduo de uma 
espécie possui a sua história de vida.
Exemplo: em uma plantação de milho, as sementes plantadas de vez podem 
ter tempos diferentes de maturação, pois nesse processo estão envolvidos fatores 
bióticos e abiótico – como chuvas, visita de polinizadores ou de visitantes, tempo de 
dormência das sementes, entre outros. Por isso, a colheita é feita em um período 
e não em apenas um dia.
População: formada por um grupo de indivíduos da mesma espécie que habitam o mesmo 
local e interagem uns com outros
Dormência: período em que uma semente viável demora a germinar, esse período é 
variável em cada espécie. Esse processo decorre da adaptação da espécie para sobreviver 
em um determinado local, estando sujeita às alterações ambientais que possam interferir 
na sua reprodução.
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O que determina a distribuição de uma espécie?
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Todas as populações são dinâmicas, podem sofrer alterações que garantam a 
geração de populações futuras. Os fatores ambientais desempenham importante papel 
na distribuição e frequência de uma população – como por exemplo: disponibilidade 
de água, umidade, concentração salina, temperatura, pH, tipo e disponibilidade de 
nutrientes disponíveis no solo, intensidade luminosa, polinização, etc. 
Exemplo: as necessidades que um cacto possui do ambiente é diferente das 
necessidades físicas que uma vitória-régia possui. 
Muitas populações vegetais e animais têm diminuído devido às ações humanas, 
como a poluição das águas e do solo, a poluição atmosférica e destruição dos 
próprios habitats para a ampliação da agricultura e pecuária.
Quanto mais abundante for uma espécie, maior será a sua chance de sobreviver; 
inversamente a isso, quanto mais restrita for a sua distribuição, menor será sua 
chance. Espécies de áreas restritas correm o risco de desaparecerem se o habitat 
onde ocorrem não for protegido. 
A distribuição de uma espécie dificilmente ocorrerá em uma área contínua, mas 
geralmente ocorre de forma descontínua dentro da área de ocorrência geográfica.
Exemplo: a distribuição de Evolvulus lithospermoides Mart. var. lithospermoi-
des, erva delicada que ocorre no Cerrado brasileiro, suas sementes são espalhadas 
por uma longa distância, o que faz com que sua distribuição seja fragmentada.
Figura 7 – Mapa de distribuição descontínua de Evolvulus lithospermoides
Mart. var. lithospermoides no Br asil (SILVA, 2013).
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UNIDADE Introdução à Ecologia Vegetal
Principais Conceitos de Ecologia 
e Recuperação Ambiental
 · Recuperação: quando um ambiente retorna às condições originais após um 
impacto ambiental, que pode ter sido realizado por causas naturais ou ação 
humana. Exemplo: a queda de uma árvore no interior de uma mata.
 · Restauração: retorno do ecossistema degradado às condições ambientais 
originais ou pré-existentes. Exemplo: quando um ambiente possui um tipo 
de vegetação que é removida e, posteriormente, será ocupada novamente 
por espécies nativas.
 · Reabilitação: restauração da produtividade da terra, sem a preocupação com 
a similaridade com o ecossistema original, mas de modo que o ecossistema 
criado seja autossustentável. Exemplo: vegetação introduzida para conter 
erosão do solo em área de manancial.
 · Redefinição: conversão de um ecossistema degradado (ou não) num 
ecossistema destinado ao uso distinto do original ou pré-existente. Exemplo: 
transformação de uma área degradada em reservatório hídrico, ou área 
destinada à agricultura ou pecuária.
 · Remediação: aplicação de técnicas ou conjunto de técnicas em uma área 
contaminada, visando à remoção ou contenção dos contaminantes presentes, 
de modo a assegurar uma utilização para a área, com limites aceitáveis de 
riscos aos bens a proteger. Exemplo: introdução de plantas que auxiliam na 
absorção de compostos poluentes como agrotóxicos ou pesticidas.
Os ambientes naturais tendem a possuir uma estabilidade, que regula seu 
funcionamento e auxilia na absorção dos recursos necessários para sua sobrevivência. 
Estabilidade é definida como a propriedade geral dos sistemas mecânicos, elétricos 
e aerodinâmicos, pela qual o sistema retorna ao estado de equilíbrio após sofrer 
uma perturbação. 
Essa perturbação pode ser, por exemplo, a queda de uma árvore no interior 
de uma mata durante uma tempestade. Essa área poderá se recuperar após um 
determinado espaço de tempo. Esse estágio de recuperação vai depender da: 
história evolutiva da espécie; eficiência dos controles internos em superar as pressões 
exercidas por meio externo; disponibilidade de recursos para sua recuperação; e 
complexidade da biodiversidade local. 
Bens a proteger – são considerados bens a proteger: a saúde e o bem-estarda população; a 
fauna e a flora; a qualidade do solo, das águas e do ar; os interesses de proteção à natureza/
paisagem; a ordenação territorial e o planejamento regional e urbano; a segurança e ordem 
pública. Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81).
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Biodiversidade Vegetal
As plantas estão distribuídas em praticamente todos os biomas mundiais, com 
exceção apenas dos polos norte e sul. Podendo ser aquáticas ou terrestres, sendo 
essas últimas ricas em abundância e distribuição de espécies.
O reino vegetal possui grande importância na natureza, pois desempenha diversas 
funções como: fotossíntese (que é a conversão de energia luminosa em energia 
química), que será vital na produção de oxigênio no meio aquático e terrestre; é 
base da teia alimentar (fonte de nutrientes para os seres herbívoros); protege os 
mananciais (pois auxilia na filtração e conservação da água); evita erosão no solo; 
serve como abrigo para toda a fauna mundial; entre outros. A biodiversidade vegetal 
está em cinco grandes grupos, de acordo com suas características morfológicas e 
anatômicas:
 · Algas – são plantas aquáticas, podendo ocorrer em água doce ou salgada. 
Podem ser unicelulares ou pluricelulares, com grande variedade morfológica. 
Servem como abrigo e alimento para muitos animais, produzem grandes 
quantidades de oxigênio; 
 · Briófi tas – ocorrem em ambientes terrestres, sempre em locais úmidos e 
muito sombreados. Possui cerca de 3 cm de comprimento. Não possuem 
vasos condutores (chamados de xilema e floema, que fazem transporte de 
água e nutrientes, respectivamente, dentro da planta) e, por isso, o transporte 
de água e nutrientes é feito através de osmose (célula a célula). São sensíveis 
à poluição atmosférica, podendo ser utilizadas como bioindicadores. São 
conhecidas popularmente como musgos;
 · Pteridófi tas – estão distribuídas no ambiente terrestre, em bordas ou interiores 
de matas. São terrestres ou epífitas. Podem ter desde poucos centímetros até 
15 metros de altura. Possuem vasos condutores que realizam o transporte de 
água e nutrientes na planta. Sua reprodução ocorre na folha, em estruturas 
chamadas de soros. Dentro desse grupo, podemos encontrar a samambaia e 
samambaia-açú (de onde era extraído o caule, para a produção de xaxim);
 · Gimnospermas – são Plantas terrestres que estão amplamente distribuídas 
em diversos biomas, possuindo espécies nativas e exóticas (que foram trazidas 
de outros biomas). Elas podem ser arbustos, mas principalmente árvores. Não 
possuem flores e sua reprodução ocorre numa estrutura chamada de estróbilos. 
A dispersão de seus grãos de pólen e a sua polinização é realizada pelo vento, 
por isso recebeu o nome de Gimnosperma, que significa “semente nua”;
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UNIDADE Introdução à Ecologia Vegetal
 · Angiospermas – receberam esse nome porque possuem seus óvulos (células 
reprodutivas) envolvidos pelo ovário das flores e suas sementes protegidas 
dentro de frutos. São o maior grupo de plantas e estão distribuídas nos mais 
diversificados biomas. Possuem grande variação morfológica, podendo 
ser ervas, arbustos, árvores ou lianas. Ocorrem em ambientes aquáticos e 
terrestres. Possuem vasos condutores, por isso seu tamanho é muito variado, 
podendo ter de poucos centímetros a 50m de altura. As flores apresentam 
forma variada, as colorações podem ser diversas como: brancas, rosas, 
vermelhas, amarelas, lilases, roxas, azuis ou verdes. Algumas angiospermas 
podem produzir odores que atraem seus polinizadores. Os frutos podem ser 
do tipo seco ou carnoso e muitos servem como alimentos a animais que 
auxiliam na dispersão das sementes.
Figura 8 – Diversidade vegetal formada por angiospermas, com sua variedade de cores e formas
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Ecologia de indivíduos a ecossistemas
BEGON, M. et al. Ecologia de indivíduos a ecossistemas. 4. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2007. 752p.
A Floresta Amazônica nas mudanças globais
FEARNSIDE, P.M. A Floresta Amazônica nas mudanças globais. 2. ed. Manaus: 
INPA, 2009. 144p.
Ecologia Vegetal
FOX, G.A. et al. Ecologia Vegetal. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 574p.
Fundamentos em Ecologia
TOWNSEND, Colin R.; BEGON, Michael; HARPER, L. Fundamentos em Ecologia. 
3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
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UNIDADE Introdução à Ecologia Vegetal
Referências
CAIN, M.L. et al. Ecologia. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
KAGEYAMA, P. Y. Restauração ecológica de ecossistemas naturais. Botucatu: 
FEPAF, 2003.
ODUM, E.P.; BARRET, G.W. Fundamentos em Ecologia. São Paulo: Thomson 
Learning, 2007.
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 830p
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