Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CENTRO UNIVERSITARIO JORGE AMADO ERISMAR ROCHA BRANDÃO SOCIOLOGIA FEIRA DE SANTANA (BA) 2021 2 ERISMAR ROCHA BRANDÃO SOCIOLOGIA Trabalho apresentado a disciplina Sociologia do curso Administração do Centro universitário Jorge Amado, como requisito parcial para aprovação no 7º semestre. Sob orientação da Professora, Isabelle Pedreira. FEIRA DE SANTANA (BA) 2021 3 Karl Heinrich Marx (1818-1883) marcou como um corte de navalha o pensamento ocidental do século XIX. Seu objeto de pesquisa fundamental, para não dizer o único, foi a sociedade capitalista de seu tempo. Ele olhou à sua volta e percebeu que, para além dos sinais aparentes de miséria e sofrimento das classes trabalhadoras — esses qualquer um que caminhasse pelas ruas das grandes cidades industriais podia ver — havia um processo histórico em curso que, enquanto levava a burguesia à condição de classe dominante, expropriava dos trabalhadores manuais seus instrumentos de produção e seus saberes, transmitidos com zelo de geração para geração através dos séculos, ao tempo da velha ordem feudal. Perceber este ponto talvez seja o grande diferencial da sociologia de Marx. Marx e Engels acreditam que os seres humanos, tão logo começaram a produzir seus meios materiais de vida (o que os distingue dos animais), tornaram-se dependentes das condições materiais dessa produção. Essa concepção materialista da história humana permitiria compreender como as relações dos indivíduos entre si e suas formas de propriedade se alteraram à medida que foram se desenvolvendo forças produtivas novas e mais poderosas. Teríamos, assim, uma interconexão da estrutura social e política com o modo de produção. As idéias e representações estariam, para Marx e Engels, entrelaçadas na atividade e no intercâmbio material do homem, e seriam por elas determinadas. Daí a definição de ideologia de Marx e Engels como representação invertida da realidade: nela “os homens e suas relações nos aparecem de cabeça para baixo como em uma câmera escura”.* Para além de um instrumento de conhecimento da realidade, a percepção do verdadeiro caráter de dominação da ideologia deveria levar também à sua superação. Em 1845, escrevendo contra Feuerbach, Marx afirmou: “Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo diferentemente, cabe transformá-lo.” O segundo texto, sobre o caráter fetichista da mercadoria, foi extraído do primeiro livro de O capital (1867), a obra mais importante de Marx. Nessa passagem, ele trata da aparência de autonomia que as coisas assumem na economia capitalista. A idéia religiosa de “fetiche” – objeto ao qual se atribuem poderes sobrenaturais e se presta culto – serve de metáfora para a análise da mercadoria no modo de produção capitalista. A ilusão da mercadoria consistiria em fazer desaparecer as relações sociais de produção objetiva, que ressurgiriam como mercadorias autônomas que são adquiridas por consumidores “históricos”. Desse modo, as relações de produção dissolvem-se em 4 relações de mercado, e as coisas parecem possuir as qualidades daqueles que realmente as produziram, passando a exercer um fascínio e dominação sobre eles. Na interpretação de Marx, essa inversão do sujeito em objeto que ocorre em uma “economia de mercado” deve-se à alienação resultante da separação dos produtores em relação aos frutos de seu trabalho. MARX, ENGELS E A CRÍTICA DO CAPITALISMO Em seu lugar, poder-se-á no máximo colocar uma síntese dos resultados mais gerais que é possível abstrair do estudo do desenvolvimento histórico dos homens. Essas abstrações, tomadas em si mesmas, desvinculadas da história real, não têm absolutamente nenhum valor. Podem quando muito servir para a classificação mais fácil da matéria histórica, para indicar a sucessão de suas estratificações particulares. Mas não dão de modo algum, como a filosofia, uma receita, um esquema segundo o qual se possam ordenar as épocas históricas. Ao contrário, a dificuldade só começa quando nos pomos a estudar e a classificar essa matéria, quer se trate de uma época passada ou do tempo presente, e a analisá-la realmente” 5 À primeira vista, uma mercadoria parece uma coisa óbvia, trivial. De sua análise resultou que ela é uma coisa muito complicada, cheia de sutileza metafísica e de caprichos teológicos. Como valor de uso, nada há de misterioso nela, tanto se eu a considerar do ponto de vista de que, por suas propriedades, ela satisfaz necessidades humanas, quanto de que ela adquire essas propriedades apenas como produto do trabalho humano. É claro que, por sua atividade, o homem modifica as formas das matérias naturais em modos úteis a ele. A forma da madeira, por exemplo, é modificada quando dela se faz uma mesa. Nem por isso a mesa deixa de ser madeira, uma ordinária coisa sensível. Mas assim que ela irrompe como mercadoria, transforma-se em uma coisa sensível. Ela só mantém os pés no chão, mas se defronta de cabeça para baixo com todas as outras mercadorias e desenvolve em sua cabeça de madeira cismas muito mais prodigiosas do que se começasse a dançar voluntariamente. O caráter místico da mercadoria não surge, portanto, do seu valor de uso. Tampouco surge do conteúdo das determinações de valor. Pois, primeiro, por mais diversos que possam ser os trabalhos úteis ou atividades produtivas, é uma verdade fisiológica serem eles funções do organismo humano e cada uma de tais funções, seja qual for seu conteúdo e sua forma, ser dispêndio essencial de cérebro, nervo, músculo, sentidos etc. Segundo, quanto ao que está no fundamento da determinação da grandeza de valor, a duração daquele dispêndio ou a quantidade de trabalho, a quantidade é distinguível da qualidade até pelos sentidos. Sob todas as condições, o tempo de trabalho que custa a produção dos meios de vida deve interessar às pessoas, embora não de modo igual em níveis 6 de desenvolvimento diversos. Por fim, tão logo as pessoas trabalhem umas para as outras de um modo qualquer, seu trabalho adquire uma forma social. (RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da educação. Ano, 2000). O capitalismo vem sofrendo modificações desde a Revolução Industrial até hoje. No início do século XX, algumas empresas se uniram para controlar preços e matérias-primas impedindo que outras empresas menores tenham a chance de competir no mercado. A união de grandes empresas trouxe prejuízo para as pequenas empresas que não conseguem competir no mercado nas mesmas condições. Ou acabam sendo “devoradas” pelos gigantes ou conseguem apenas uma parcela muito pequena no mercado. Visando sempre o lucro e o progresso, grandes empresas passaram a valorizar seus empregados oferecendo-lhes benefícios no intuito de conseguir extrair deles a vontade de trabalhar. De modo, essa vontade e dedicação ao trabalho levará o empregado a desempenhar o serviço com mais capricho e alegria, contribuindo para o sucesso da empresa. (Cristiana Gomes/ Capitalismo, ano 2018). 7 REFERÊNCIAS; RODRIGUES, Alberto Tosi. Titulo. Sociedade, educação e emancipação, ANO, 2000 Disponível em http://vejasociologia.blogspot.com/p/sociedade-educacao-e- emancipacao-esta.html Acesso em: 19 de agosto de 2021. Santos Lima, Evellyn Caroline.Titulo. Capitalismo, ANO, 2018 Disponível em https://www.infoescola.com/economia/capitalismo/ Acesso em: 19 de agosto de 2021.. http://vejasociologia.blogspot.com/p/sociedade-educacao-e-emancipacao-esta.html http://vejasociologia.blogspot.com/p/sociedade-educacao-e-emancipacao-esta.html https://www.infoescola.com/economia/capitalismo/
Compartilhar