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Anamnese - O que perceber? Quem traz a criança? De que maneira é carregada, vestida ou despida? A forma como o acompanhante trata a criança, o semblante da criança entre outros aspectos. Informações básicas- idade, gênero e etnia (alguma doença na infância ocorrem com maior regularidade em determinadas faixas etárias, com maior frequência em um dos gêneros ou, mais comumente, em algum determinado grupo étnico. - Queixa principal- se a consulta não for de rotina (por que veio à consulta hoje?) - História da doença atual – caso esteja doente. (as vezes na criança maior e no adolescente o motivo da consulta é oculto) - História pregressa: gravidez e parto; história neonatal (icterícia grave, infecções, dificuldades de alimentação e hospitalização prolongada. Uma criança com histórias de acidentes graves e frequentes deverá chamar atenção do profissional. - História do desenvolvimento. - Alergia, medicamentos, imunizações, medicamentos que faz uso *Nunca mentir e não permitir que mintam à criança. Em relação aos procedimentos dolorosos avisar à criança do que vai acontecer. *Os procedimentos desagradáveis ou dolorosos serão deixados para o fim. Em crianças que parece pouco cooperativa, o melhor é realizar primeiro a ausculta cardíaca e pulmonar. Divisão etária e crescimento Divisão etária Neonatal: Do nascimento aos 28 dias Latência “Toddler”: de 29 dias até 1 ano Pré-escolar: de 3 anos até 6 anos Escolar: de 6 anos até 11-12 anos ou puberdade Adolescência: da puberdade até 18 anos a partir de 5 anos até a puberdade: 5 cm/ano Monitorização do crescimento 1 ano: 1semestre: 15 cm / 2 semestre: 15 cm 2 anos: 10 a 12 cm entre 2 e 4 anos: 7cm/ano 4 e 5 anos: 6cm/ ano Avaliação física Abordagem de acordo com idade: 1 a 18 meses: aborde de uma forma tranquila, remova todas as roupas, mantenha no colo do pai ou mãe. 18 meses a 3 anos: abordagem física gradual, permita que a criança fique próximo da mãe, oriente que a mãe retire a roupa da criança. 3 a 6 anos: permita que a criança fique próxima ao familiar, demonstre os equipamentos, peça para que ela tire a roupa; Não expor a criança. 6 a 12 anos: permita que a criança fique perto da mãe, demonstre os equipamentos, peça para que ela tire a roupa, ofereça a criança uma bata. Adolescente- acima de 12 anos: o responsável pode ou não estra presente; local privado para a troca de roupa; explique os procedimentos, forneça um feedback. *Na criança cooperativa pode-se realizar o exame na seguinte ordem: - medidas; - inspecione a pele; - inspecione pés e mãos; - examine pescoço, tórax, coração, Semiologia e Semiotécnica da Criança abdômen, genitália, olhos, nariz, orelhas, boca e faringe. Inspeção / Palpação / Percussão / Ausculta Pele * É igual ao do adulto. Os achados clínicos devem ser analisados sob três aspectos: cor, natureza da lesão e palpação. Importante: observar evidências de traumatismo ou abuso da criança. Obs: em crianças menores deve-se observar a cor da pele em busca de evidência de palidez, pletora, icterícia ou cianose. *Problemas mais frequentes nas crianças: Escabiose, pediculose, tinea capitis, tinea coporis. Cabeça Assimetria, Deformações transitórias, tamanho. Macrocefalia, microcefalia, Craniossinostose, hidrocefalia. Crianças maiores: dimensões e forma da cabeça e anormalidade como edemas, depressão. Geralmente são encontrados pequenos nódulos móveis, indolores e bem delimitados. O formato da cabeça pode variar conforme a característica familiar. Após o nascimento, é comum a cabeça do bebê apresentar pequenas deformações que são devidas à compressão da calota craniana no momento do parto. Volta ao normal de 7 a 10 dias. Inspecione a forma da cabeça, medidas e fontanelas. No primeiro ano de vida, o cérebro alcança metade da dimensão que terá no adulto e termina seu crescimento ao final do 2 ano de vida. A fontanela anterior é maior que a posterior e a que mais demora a fechar. Palpe as suturas na criança (1 a 3 anos) Perímetro cefálico: Varia de 34 cm O PC aumenta cerca de 10/12 cm no primeiro ano. Pescoço Inspecione o tamanho, forma, posição, movimento, músculos, veias e artérias do pescoço. Realize a palpação como no adulto- linfonodos e tireoide. Exame musculoesquelético Observe a marcha (peça para a criança andar para trás e para frente) Inspecione as pernas- joelho varo (arqueamento, até 2,5 anos) joelho valgo (joelho para dentro, fase de desenvolvimento de 3 a 7 anos) Obs: inspecione os sapatos da criança. Tórax Inspecione a forma do tórax- a caixa torácica do bebê tem forma quase circular. Depois do primeiro ano de vida a forma do tórax se modifica, devido a um aumento maior de seu diâmetro transverso em relação ao antero-posterior. Determine a frequência respiratória. Realize palpação e ausculta. Perímetro torácico: varia de 30 – 33 cm. PT: mede e geral cerca de 2cm a menos que o perímetro cefálico. Entre 3 e 6 meses o PC = PT Abdômen É uma das primeiras partes a ser examinada na criança pequena, porque não exige outro instrumento além do estetoscópio, e geralmente é indolor. Inspecione o abdômen- criança pequena: protuberante, criança maior torna-se mais escafóide. Determine se esta abaulado ou planp; presença de massas, lesões. Inspecione o umbigo. Coração: Realizar a ausculta cardíaca como no adulto. Genitália Inspecione a genitália. Verifique no homem: fimose, bolsa escrotal, meato uretral, higienização (risco de câncer peniano). Realize palpação dos testículos. Mulher: área vulvar (erupção, secreção, abuso sexual) Olhos , nariz e orelha Realize inspeção. Verifique a motilidade ocular, coloração das conjuntivas (bulbar e palpebral), esclerótica, estrabismo. Realizar a inspeção do nariz – batimentos das asas do nariz, secreção, ferimento. inspeção do pavilhão auricular- presença de secreção, sujidade, ferimentos, hiperemia. Palpação dos linfonodos, trago Verificar a audição, simetria e dor ao toque. Boca e faringe Inspecionar lábios (lesão, cor), dentes (ausência, cáries) mordida, gengivas, mucosa oral (manchas), língua, faringe (amigdalas) Por volta do 6º mês inicia-se o rompimento dos primeiros dentes, os incisivos centrais inferiores, seguidos pelos superiores, incisivos laterais, primeiros molares, caninos e 2º molares por volta do 24º mês. Responsabilização Cada equipe de saúde é responsável por um conjunto de problemas muito bem delimitados e pelo planejamento e execução de ações capazes de resolvê-los. Resolubilidade Produção de autonomia do usuário; trabalho com prazer. Resposta ao problema de saúde, de forma a garantir ao usuário o acesso ao atendimento com vínculo e responsabilização, com vistas a produção de um cuidado integral.
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