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RELATÓRIO APIACAS ARQUITETOS

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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO 
APIACÁS ARQUITETOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLARA VALENTINA DE JESUS VANZELLA 
YASMIN CARROS PIRES 
8° SEMESTRE B 
 
 
 
 
 
 
 
TAUBATÉ 
11 DE NOVEMBRO DE 2020 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. SOBRE O ESCRITÓRIO .......................................................................... 03 
2. APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS .......................................................... 03 
2.1. RESIDÊNCIA ITAHYE .......................................................................... 03 
2.1.1. INFORMAÇÕES GERAIS ...................................................... 03 
2.1.2. O PROJETO ........................................................................ 04 
2.2. ESTÚDIO MADALENA ....................................................................... 07 
2.2.1. INFORMAÇÕES GERAIS ...................................................... 07 
2.2.2. O PROJETO ........................................................................ 07 
2.3. SESC FRANCA ................................................................................... 11 
2.3.1. INFORMAÇÕES GERAIS ...................................................... 11 
2.3.2. O PROJETO ........................................................................ 11 
2.4. CASA JURANDA ................................................................................ 16 
2.4.1. INFORMAÇÕES GERAIS ...................................................... 16 
2.4.2. O PROJETO ........................................................................ 16 
2.5. BAR MUNDIAL ................................................................................. 19 
2.5.1. INFORMAÇÕES GERAIS ...................................................... 19 
2.5.2. O PROJETO ........................................................................ 19 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 21 
 
 
3 
 
1. SOBRE O ESCRITÓRIO 
Apiacás Arquitetos fundado em 2000, é dirigido pelos arquitetos Anderson Freitas, Pedro Barros 
e Acácia Furuya. Até 2010, contou com a participação de Giancarlo Latorraca. O escritório 
desenvolve projetos nas áreas institucionais, residenciais e comerciais para os setores público e 
privado. 
A preocupação com o resultado final dos projetos levou o escritório a se comprometer com 
todas as etapas de cada trabalho, desde a elaboração do conceito até a execução da obra. Ao 
longo de sua existência, o escritório tem recebido algumas premiações, entre elas, o 1º prêmio 
na categoria de obra construída do Concurso Jovens Arquitetos do IAB-SP, o 2º prêmio no 
Concurso Nacional para o Hotel Complexo Paineiras no Rio de Janeiro, o 3º prêmio no Concurso 
Nacional para a Requalificação e Ampliação do Complexo Teatro Castro Alves em Salvador, o 1º 
prêmio no Concurso SESC Franca, em 2013 e o 2º lugar no Concurso do Centro Cultural, de 
Eventos e Exposições de Paraty. Em 2015, o escritório recebeu o Prêmio de Arquitetura Instituto 
Tomie Ohtake AkzoNobel. 
 
2. APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS 
2.1. RESIDÊNCIA ITAHYE 
2.1.1. INFORMAÇÕES GERAIS 
ARQUITETOS: Apiácas Arquitetos e Brito Antunes Arquitetura; 
ÁREA: 350m²; 
ANO: 2012; 
FOTOGRAFIAS: Leonardo Finotti; 
FABRICANTES: ACFC4 Aquecedores, Lajes Pioli, Life Engenharia, Marcenaria Tronco, Nicom, 
Planeta Ferrugem; 
COLABORADORES: Beatriz Matuck, Caroline Endo, Chloé Morin, Cibele Mion, Francisco Veloso, 
Gabriela Uchida, Julia Borges, Otávio Filho, Thais Pimenta, Yuri Faustinoni; 
CONSTRUÇÃO: Apiacás Arquitetos; 
CIDADE: Santana de Parnaíba. 
4 
 
2.1.2. O PROJETO 
Projetada para ser implantada em um lote de um condomínio na cidade de Santana do Parnaíba, 
foi possível desenvolver o projeto desta casa com a contribuição de seu futuro morador que, de 
uma maneira pouco usual nestas situações, concordou com uma casa que estabelecesse uma 
relação mais franca com a rua. Outro ponto importante e desejado foi a intenção de estabelecer 
um maior contato possível com o terreno. Desta maneira o projeto foi constituído de prismas 
sobrepostos e perpendiculares entre si que, conforme sua orientação, ora estão em contato 
com o terreno, ora conformam pequenos pátios. 
 
Dois pórticos paralelos entre si são cortados por um volume retangular que está 
implantado no sentido longitudinal ao lote. Esta disposição configura novas situações de 
permanência em um terreno de acentuado declive. 
 
 
5 
 
O volume longitudinal, que na verdade abriga toda a área intima, quartos, lavanderia e 
sala de TV, está conectado em nível com a garagem e possui sua circulação voltada para 
o pátio que dá acesso a área de lazer, piscina e sauna. Sua cobertura determina o nível da 
sala de estar e se estende, em nível, até o passeio público, literalmente como uma rua 
interna. 
 
Já os pórticos perpendiculares ao volume dos quartos abrigam o restante do programa. 
A frente do pórtico marca a entrada como um abrigo para quem chega do passeio público 
e contém a cozinha. Nesta situação desenvolvemos um sistema de brise, que deverá ser 
construído em madeira e terá, além da função de proteção contra radiação solar, o papel 
de preservar, quando necessário, a vida cotidiana da casa. 
 
6 
 
 
O segundo pórtico, em outra extremidade do prisma e ao fundo do lote, contém a sala de 
estar e jantar conectados à cozinha por uma passagem suspensa fechada por vidros. O 
hiato entre o estar e a cozinha conforma um pátio suspenso, voltado para a principal vista 
do condomínio: uma grande área de preservação natural que emoldura a paisagem. 
 
7 
 
2.2. ESTÚDIO MADALENA 
2.2.1. INFORMAÇÕES GERAIS 
ARQUITETOS: Apiácas Arquitetos; 
ÁREA: 250m²; 
ANO: 2014; 
FOTOGRAFIAS: Leonardo Finotti; 
FABRICANTES: Cortesia Concreto, Ferro e Aço Bertin, Lajes Pioli, Quartzolit, Serralheria 
Colombo; 
COLABORADORES: Bárbara Francelin, Marcelo Otsuka, Daniela Andrade, Maria Wolf, Ana Julia 
Chiozza, Leonor Vaz Pinto, Felipe Zorlini, Adriana Domingues, Matheus D’Almeida, Gabriela de 
Moura Campos, Lorran Siqueira, Vitor Costa, Francisco Veloso, Renato Kannebley, Accácio 
Mello; 
ÁREA DO TERRENO: 500m²; 
CIDADE: São Paulo. 
 
2.2.2. O PROJETO 
A intenção principal do projeto foi criar uma praça no térreo, conformado pela extensão do 
passeio público e preservando a vista para a paisagem existente: em um primeiro plano, 
composta por casas de até dois andares, e, ao fundo, prédios altos marcando a ocupação 
característica do bairro de Pinheiros. Tirando o proveito da topografia original do terreno, essa 
praça-belvedere reafirma a vocação do bairro da Vila Madalena como “possuidora/provedora” 
de diversas situações de promenade, capazes de surpreender os pedestres que por ali circulam. 
 
8 
 
O programa que foi exigido pelo cliente contemplava dois programas completamente distintos: 
um espaço destinado à moradia e outro ao trabalho. Como não havia uma predefinição desses 
espaços, obteve a oportunidade de apropriar do terreno em sua capacidade máxima permitida 
pela legislação. Portanto, o edifício desenvolve-se em dois volumes independentes para baixo e 
para cima da praça, cada qual com funções totalmente distintas, e mantendo a cota da rua 
desimpedida, livre de quaisquer obstáculos. 
 
O terreno originalmente apresentava uma declividade acentuada e, a fim de permitir a 
integração de seu térreo com o passeio público, foi proposto um embasamento construído que 
reconfigura a topografia. Por estar abaixo do nível da rua, pode se ocupar o máximo da largura 
(perímetro) do lote, respeitando os recuos necessários. Esse embasamento organiza-se em dois 
espaços em um mesmo nível, interligados por pátios que acompanham o desnível do terreno. 
 
A circulação vertical está estrategicamente instalada em uma das laterais da edificação. Um 
elemento capaz de transitar entre duas situações opostas semobstruir o vazio externo ou os 
espaços construídos internamente. Suspenso por pilotis, o segundo volume é composto por dois 
9 
 
pavimentos com plantas livres – característica comum em todo o projeto – provendo 
flexibilidade na apropriação pelos espaços aos usuários. 
A construção teve o orçamento disponível como premissa principal. Para tanto, seguiu-se o 
método construtivo de uma obra recente do escritório no mesmo bairro: o Bar Mundial foi 
construído em estrutura metálica e painéis de concreto pré-fabricados, o que acelerou o tempo 
de execução da obra. Esse sistema de pré-fabricação com elementos de concreto foi 
desenvolvido pelo escritório com o intuito de subverter o uso de um material largamente 
empregado no Brasil. Frequentemente utilizados para a concretagem de lajes maciças, os 
painéis são aqui utilizados na vedação do edifício, em duplas que dão forma a paredes ocas 
executadas em tiras de 25 cm de largura com altura variável. 
 
O embasamento foi feito em estrutura convencional de concreto tornando-se um muro pré-
condicionado a desempenhar a função de consolidação do terreno. Foram intercalados painéis 
de concreto maciço e painéis ocos, prevalecendo a primeira opção em situações de contato com 
o solo e nas lajes que conformam a praça de acesso. 
O volume suspenso é estruturado em vigas e pilares metálicos, que conferem leveza em sua 
execução. O sistema de painéis ocos é utilizado não somente nas vedações, mas também 
desempenham a função de laje em virtude de sua enorme capacidade de resistência mecânica 
- a laje foi pensada como uma sequência de vigas treliças com banzos (superior e inferior) em 
concreto e em ferro na sua armação interna. 
10 
 
 A construção desse volume suspenso foi feita, portanto, com a maior rapidez, já que não havia 
a necessidade de concretar o miolo da laje. Este aspecto reduz a carga na estrutura metálica e 
o custo final da obra. 
 
A princípio um limitante para este projeto, a condição orçamentária acabou nos motivando a 
investigações de novas alternativas construtivas. Seu êxito consiste na execução de um espaço 
que não exigiu grande investimento e sem desperdício de materiais. 
11 
 
2.3. SESC FRANCA 
2.3.1. INFORMAÇÕES GERAIS 
ARQUITETOS: Apiácas Arquitetos; 
ÁREA: 250m²; 
ANO: 2013; 
COLABORADORES: Alexandre Gervásio, Anderson Freitas, Andrei Barbosa, Barbara 
Francelin, Bruno Salvador, Carlos Ferrata, Cesar Shundi Iwamizu, Daniel Constante, Daniela 
Andrade, Fábio Garrafoli, Fabio Teruia, Francisco Veloso, Henrique Costa, Maíra 
Barros, Marcelo Otsuka, Pedro Barros, Pedro Paredes, Rafael Carvalho e Rafael Goffinet; 
 
CIDADE: Franca. 
 
2.3.2. O PROJETO 
A justaposição de atividades culturais e esportivas presente no programa de necessidades das 
unidades SESC – bem como a qualidade de sua programação e infra-estrutura – suscitam a 
criação de um espaço estimulante e diverso, propício ao desenvolvimento de um olhar atento 
às questões primordiais da disciplina arquitetônica: Arquitetura como lugar de encontro – 
espaço capaz de abrigar o convívio humano e o desenvolvimento de suas atividades, previstas 
ou imprevistas. 
 
O caráter eminentemente público deste programa também estimula a criação de um espaço 
que, apesar de privado, tenha acentuado caráter urbano em seu interior, e que também seja 
elemento indutor do desenvolvimento urbano de seu entorno: Arquitetura como elemento de 
construção da cidade e da paisagem. 
12 
 
Considerando a escala da quadra e as especificidades de seu entorno, decidimos caracterizar 
cada uma das quatro ruas com tratamentos e acessos a programas específicos, evitando a 
construção de ‘fundos’– espaços sem qualidade urbana – em cada uma das divisas que 
delimitam o lote: 
– Acesso de veículos públicos junto à Av. Dr. Ismael Alonso y Alonso; 
– Acessos de serviços e à administração implantados na Rua Dr. Nelson Presotto; 
– Acesso público ao SESC junto à Rua Rio Grande do Sul – criação de praça pública escalonada 
a partir da esquina capaz de criar acessos independentes ao ginásio e ao foyer do Teatro, além 
do acesso público principal; 
– Consolidação da Rua de Serviços junto à divisa do estádio – acesso controlado às 
arquibancadas externas e ao foyer do Teatro, como alternativas de acesso ao conjunto, 
mesmo com a unidade fechada. 
 
A partir do plano de acessos de todo o conjunto, foi posicionado um volume linear ao longo Rua 
Dr Nelson Presotto – destinado às funções administrativas e de serviços – e outro de planta 
quadrada junto à Rua Rio Grande do Sul – desenhado para receber todos os programas públicos. 
Estes dois volumes são construídos com acentuado caráter tectônico – alternando opacidade, 
transparência e translucidez – e contrastam com o caráter estereotômico dos patamares 
definidos por pesados muros de gabiões, ora construídos como arrimos, ora desenhados como 
fechamentos para os estacionamentos e áreas técnicas. 
13 
 
O conjunto é definido pela tensão entre o leve e o pesado, pela contraposição entre os volumes 
de concreto e aço que repousam sobre o embasamento de pedra. 
Ao mesmo tempo em que a volumetria proposta desenha os limites do lote, solucionando as 
especificidades dos programas e seus acessos, os dois blocos principais definem um espaço 
interior descoberto destinado às atividades ao ar livre. 
 
Piscinas, Quadras e áreas de lazer infantil foram posicionados em três patamares criados em 
respeito à topografia, à orientação solar, à vista da paisagem e da cidade que se descortina 
depois do vale e, sobretudo, ao caráter específico de cada uma das atividades previstas. 
Na cota mais alta (112,60) situam-se o campo de futebol society e a quadra poliesportiva, no 
nível intermediário (108.40), uma grande área ajardinada – com bosque e parque infantil – e no 
pavimento abaixo (104.20), sobre o estacionamento, as piscinas descobertas e o solário. 
Cada um dos três patamares que abrigam as atividades ao ar livre são desenhados em 
continuidade aos pisos internos, promovendo uma relação de extensão entre os programas 
posicionados no interior do edifício e o exterior: 
– continuidade entre piscinas cobertas e descobertas; 
– conexão entre área infantil e área de lazer ao ar livre; 
– ligação entre áreas de quadras e salas de ginásticas; 
– continuidade da comedoria e convivência com o exterior. 
14 
 
Mais do que apenas a continuidade física entre o edifício e seu pátio interior, a transparência do 
edifício, mediada por telas metálicas de sombreamento ou por vidros protegidos por beirais, 
revela também a continuidade visual do edifício para o seu entorno, tanto para a área livre 
interna quanto para o espaço público de acesso ou para a cidade. 
Ao invés de fragmentar o projeto em volumes funcionais autônomos, privilegiou-se a 
concentração dos programas públicos em um único volume, valorizando a diversidade e a 
densidade das atividades desenvolvidas no SESC. Tal ação favorece a criação de um espaço 
arquitetônico vibrante de acentuado caráter urbano, tanto pela grande número de atividades 
simultâneas presentes no edifício, quanto pelo convívio natural entre os usuários de diferentes 
faixas etárias ou aqueles interessados por atividades variadas. 
 
Apesar de todos os programas estarem contidos em um único volume, cada espaço foi 
desenhado de modo a permitir sua utilização com autonomia, respeitando as necessidades 
funcionais de cada atividade e, quando possível, desfrutando da desejável relação visual entre 
setores distintos ou da utilização compartilhada de alguns espaços, a exemplo da caixa cênica 
do teatro que se volta ao ginásio de esportes para atividades específicas ou da área expositiva 
que se conecta à área de convivência posicionada junto à entrada. 
Ao mesmo tempo que os programas são organizados em caixas internas ao volume que define 
o edifício principal, todo o projeto foi pensado a partir do vazio construído. Neste espaço 
negativose situam todos os programas que podem se somar à circulação, potencializando os 
espaços de passagem como espaços de convívio e encontro. 
A ele se somam as circulações abertas – passarelas e escadas – que multiplicam as possibilidades 
de circulação pelo edifício, ao mesmo tempo em que articulam os diversos níveis e programas. 
15 
 
O chão cruza o edifício, criando uma passagem entre o espaço público de acesso e o pátio 
interno do conjunto. Esta passagem cria acesso a diferentes programas, como uma rua que 
acessa a diferentes edifícios. Este chão se acomoda ao terreno, criando patamares em diferentes 
cotas. Em cada cota, um programa. E o teto de um programa é o chão do patamar subsequente. 
Ao fim, existe um teto que cobre tudo e que delimita o vazio.É o limite está dentro e quem está 
fora.É o abrigo que às intempéries, mas para reforçar o caráter público deve trazer atributos do 
espaço exterior. O grelha da cobertura permite modular a luz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2.4. CASA JURANDA 
2.4.1. INFORMAÇÕES GERAIS 
ARQUITETOS: Apiácas Arquitetos; 
ÁREA: 150m²; 
ANO: 2008; 
FOTOGRAFIAS: Pregnolato & Kusuki Estúdio Fotográfico; 
COLABORADORES: Acácia Furuya, Bibiana Ferreira e Pedro Mauger; 
CIDADE: São Paulo. 
 
2.4.2. O PROJETO 
Para o projeto da casa, em um lote urbano com dimensões de 6 x 24 m², localizado na Rua 
Juranda, Vila Beatriz, São Paulo, foram forçados a estabelecer alguns critérios para implantação 
de um programa de aproximadamente 150 m². 
 
Como o terreno possuía um declive acentuado (o fundo do lote está a menos três metros e meio 
em relação à calçada) o programa foi distribuído em meios níveis, separados entre si por um 
vazio de pé direito triplo, onde está localizada a escada de acesso aos pavimentos. Este vazio 
organiza os ambientes da casa: estar e jardim frontal no térreo; 1,20m abaixo, sala de jantar e 
https://www.archdaily.com.br/br/photographer/pregnolato-and-kusuki-estudio-fotografico?ad_name=project-specs&ad_medium=single
17 
 
cozinha que se abrem para um pequeno quintal com deck, forno de pizza e área de serviço. Meio 
nível acima do térreo, dois quartos e um banheiro e, um pavimento acima do estar, uma suíte e 
escritório, separados por uma grande porta de correr que integra os ambientes quando 
desejado. Meio nível acima, já na laje de cobertura dos dois quartos, um deck. 
A casa não possui recuo lateral e é, consequentemente, iluminada e ventilada pela frente e pelos 
fundos. A ideia era fazer uma casa o mais transparente possível, que estabelecesse uma relação 
direta com as áreas externas. Para que isto se tornasse viável, desenhou-se as aberturas, na 
frente e no fundo, no mesmo eixo, com três metros de vão. Quando abertos, os caixilhos correm 
para trás das paredes unindo, sem distinção, os espaços interno e externo. 
 
Procurou-se executar a obra da maneira mais econômica possível. De inicio, tentou evitar ao 
máximo o movimento de terra, que sempre onera o orçamento de qualquer obra. Para isto, 
18 
 
todas as lajes, incluindo as do andar térreo, estão apoiadas na estrutura das paredes laterais da 
casa. A casa é estruturada em concreto moldado no local, com lajes pré-fabricadas em concreto 
aparente. Todas as alvenarias são de blocos de cerâmica revestidos com argamassa caiada de 
branco. Optou-se por fazer toda a infraestrutura no nível mais baixo do terreno - reservatório 
de água, aquecedor e sistema de tratamento de esgoto - aproveitando o desnível natural. 
 
Todos os caixilhos são de cantoneiras de ferro que contêm vidro ou madeira (portas e 
venezianas). A escada tem como resultado as premissas já mencionadas: a transparência e o 
baixo custo. Desta maneira ela foi executada como uma estrutura mista de ferro e madeira, duas 
chapas metálicas com oito milímetros de espessura e dez centímetros de altura que trabalham 
como vigas laterais solidarizadas pelos degraus de madeira. 
Em síntese, é um projeto que procura dimensionar o estritamente necessário para as áreas dos 
quartos e banheiros, para que os espaços de convívio fossem mais generosos dentro deste 
exíguo lote, incentivando o convívio coletivo, de preferência com os amigos. 
 
 
 
19 
 
2.5. BAR MUNDIAL 
2.5.1. INFORMAÇÕES GERAIS 
ARQUITETOS: Apiácas Arquitetos; 
ÁREA: 300m²; 
ANO: 2013; 
FOTOGRAFIAS: Leonardo Finotti; 
COLABORADORES: Accácio Mello, Bárbara Francelin, Daniela Santana, Fábio Teruia, Francisco 
Veloso, Gabriela Campos, Leonar Vaz Pinto, Marcelo Otsuka, Maria Wolf, Otávio Filho e Pedro 
Paredes; 
CIDADE: São Paulo. 
 
2.5.2. O PROJETO 
A necessidade de uma obra construída em tempo rápido nos levou a desenvolver este projeto 
com componentes pré-fabricados. Para isto, trabalhamos com a estrutura metálica e painéis de 
concreto, armados com treliça metálica, tanto nas lajes quanto nas paredes de fechamento. 
 
 
Outro ponto importante para este projeto, considerando o programa, um bar, levou em 
consideração a privilegiada situação de esquina, Patizal com a Girassol na Vila Madalena, para 
criar distintas situações de acessos, sendo para Girassol uma pequena praça e para Patizal uma 
pequena varanda. 
20 
 
 
Internamente, a área destinada às mesas se adaptam aos níveis dos acessos, que variam meio 
pé direito. Assim todos os demais pavimentos, cozinha e varanda superior se articulam em meio 
nível permitindo que o frequentador tenha sempre a visão totalizante do ambiente. 
A intenção de assumir uma atmosfera com materiais que contrastassem, inseridos no ambiente 
de acordo com sua característica e melhor desempenho. Paredes em concreto e piso de madeira 
cumprem essa função. 
 
O mobiliário também foi resultado da 
mesma intenção projetual. Por isso, além 
das estantes e aparadores, mobiliários de 
apoio, cadeiras e bancos foram 
desenhados e desenvolvidos pela 
arquitetura. 
 
 
 
 
 
21 
 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
https://www.archdaily.com.br/br/761728/bar-mundial-apiacas-
arquitetos?ad_medium=widget&ad_name=more-from-office-article-show 
https://concursosdeprojeto.org/2013/04/15/concurso-sesc-franca-1o-lugar/ 
https://www.archdaily.com.br/br/01-375/casa-juranda-apiacas-
arquitetos?ad_medium=office_landing&ad_name=article 
https://apiacasarquitetos.com.br/ 
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/escritorio-de-arquitetura/a-p/apiacas-
arquitetos/113400/ 
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/apiacas-arquitetos_/estudio-
madalena/3642 
 
https://www.archdaily.com.br/br/761728/bar-mundial-apiacas-arquitetos?ad_medium=widget&ad_name=more-from-office-article-show
https://www.archdaily.com.br/br/761728/bar-mundial-apiacas-arquitetos?ad_medium=widget&ad_name=more-from-office-article-show
https://concursosdeprojeto.org/2013/04/15/concurso-sesc-franca-1o-lugar/
https://www.archdaily.com.br/br/01-375/casa-juranda-apiacas-arquitetos?ad_medium=office_landing&ad_name=article
https://www.archdaily.com.br/br/01-375/casa-juranda-apiacas-arquitetos?ad_medium=office_landing&ad_name=article
https://apiacasarquitetos.com.br/
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/escritorio-de-arquitetura/a-p/apiacas-arquitetos/113400/
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/escritorio-de-arquitetura/a-p/apiacas-arquitetos/113400/
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/apiacas-arquitetos_/estudio-madalena/3642
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/apiacas-arquitetos_/estudio-madalena/3642

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