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1 Doenças Ocupacionais Profa. Elaine Peixoto 2 DOENÇAS OCUPACIONAIS Apresentação da disciplina Prezado aluna e aluno, Estamos iniciando a disciplina Doenças Ocupacionais, que possibilitará um melhor entendimento dos efeitos do não cumprimento da legislação de saúde e segurança para o trabalhador. Você verá que o descuido na prevenção em saúde e segurança resulta em sérios danos ao trabalhador, sendo estes sentidos também pela sua família, pelo seu grupo social e pela sociedade como um todo. Os custos, neste caso, extrapolam os aspectos financeiros. Há doenças para as quais existem tratamentos. No entanto, outras comprometem permanentemente a saúde e integridade do trabalhador, sendo que estas devem ser preservadas por serem um direito do trabalhador e também por se visar à melhoria de sua condição social, conforme estabelecido pela Constituição Federal (CF), Título II, Capítulo II, art. 7º, que determina a obrigatoriedade de redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, segurança e higiene. A CF estabelece também, no Título VIII, Capítulo II, seção II, art. 200, que compete ao sistema único de saúde colaborar na proteção do meio ambiente, incluindo neste o meio ambiente do trabalho. As Doenças Ocupacionais serão apresentadas ao longo da disciplina em seis blocos: Bloco 1 – Doenças Ocupacionais: Visão Geral Bloco 2 – Gestão das Patologias Bloco 3 – Doenças Ocupacionais por Agente Físico Bloco 4 – Doenças Ocupacionais por Agente Químico Bloco 5 – Doenças Ocupacionais por Agente Biológico Bloco 6 – Doenças Ocupacionais por Agente Ergonômico 3 Assim, para compreensão das doenças relacionadas ao trabalho, suas causas, gravidade e ações voltadas à preservação da saúde e integridade do trabalhador, é que iniciamos este estudo! O foco dos profissionais em segurança deve ser atuar na prevenção de acidentes, mas conhecer os possíveis efeitos de acidentes do trabalho e situações a eles equiparados permite estabelecer a prioridade de implementação de medidas de controle, bem como estabelecer tantas medidas quantas forem necessárias até que o risco seja considerado aceitável. Na definição de José da Cunha Tavares, em seu livro Noções de prevenção e controle de perdas em segurança do trabalho, encontramos a seguinte definição: Risco aceitável é aquele que, reduzido a um determinado nível, é tolerado pela empresa. Nossa reflexão é que os possíveis danos relativos aos riscos aceitáveis sejam unicamente materiais, nunca humanos. 1. DOENÇAS OCUPACIONAIS: VISÃO GERAL Apresentação Neste bloco, os temas que serão abordados são: Histórico relativo às Doenças Ocupacionais; Conceitos de Saúde do Trabalhador e Vigilância em Saúde do Trabalhador, e Conceitos de Doença do Trabalho e Doença Profissional. As doenças relacionadas ao trabalho (doença do trabalho e doença profissional) são entendidas como acidente do trabalho, de acordo com o art. 20 da Lei nº 8.213/1991 que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências (BRASIL, 1991). Atuar na prevenção de acidentes, portanto, envolve também atuar na prevenção das doenças do trabalho e profissional. Vamos então conhecer o histórico de doenças ocupacionais? 4 1.1. Doenças Ocupacionais: Histórico As doenças sempre estiveram presentes na vida de trabalhadores e preocuparam de pessoas leigas a estudiosos. Nesse sentido, foram encontrados registros ocorridos antes da era cristã, assim como outros em nossa era. A preocupação com a saúde do trabalhador também se tornou evidente ao longo do tempo, pois alguns estudiosos observaram que a exposição a certos fatores, em determinadas situações de trabalho, promovia certo adoecimento, como foi registrado por Hipócrates, que viveu entre 460 a.C e 375 a.C. Em outra situação, Plínio (23 d.C - 79 d.C.) descreveu soluções de proteção desenvolvidas pelos trabalhadores: membranas de bexiga de carneiro ou panos para proteção contra as poeiras. Georgius Agrícola (1494-1555) e Paracelso (1493-1541) também dedicaram atenção ao adoecimento dos trabalhadores, desenvolvendo e publicando estudos a esse respeito (MORAES, 2014). Em 1700, a publicação do médico Bernardino Ramazzini, De Morbis Artificum Diatriba, caracterizou-se como marco em saúde ocupacional. Essa obra foi traduzida para o português sob o título As doenças dos trabalhadores. Esse médico introduziu a seguinte pergunta aos trabalhadores doentes: “Que arte exerce?” (RAMAZZINI, 2016, p. 10), conforme apresentação da edição do livro em questão. A publicação permanece atual, pois Ramazzini, considerado o pai da Medicina do Trabalho, relacionou o adoecimento do trabalhador à sua exposição a determinados agentes de risco. Para melhor compreender a contribuição de Ramazzini em relação à saúde-doença dos trabalhadores e à necessidade de atuar na prevenção das doenças relacionadas ao trabalho, leia o artigo A atualidade de Ramazzini, 300 anos depois, de René Mendes. Disponível em: <http://www.saudeetrabalho.com.br/textos-miscelania-6.htm>. Acesso em: jan. 2019. Você também poderá obter a obra de Ramazzini, As doenças dos trabalhadores. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca- http://www.saudeetrabalho.com.br/textos-miscelania-6.htm http://www.saudeetrabalho.com.br/textos-miscelania-6.htm http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2016/6/as-doencas-dos-trabalhadores http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2016/6/as-doencas-dos-trabalhadores 5 digital/publicacao/detalhe/2016/6/as-doencas-dos-trabalhadores>. Acesso em: jan. 2019. Mesmo depois da publicação de Ramazzini, as doenças relacionadas ao trabalho continuaram ocorrendo. Com o advento da Revolução Industrial, o modo de produzir modificou-se, no entanto, as instalações industriais eram improvisadas, não existia atenção à saúde do trabalhador, eram empregadas crianças, a sobrecarga de trabalho era grande, sendo estes alguns dos fatores que contribuíram para o aumento de doenças e acidentes, segundo Moraes (2014). No início do século XIX, em 1802, começavam a aparecer reflexos de mobilizações sociais com redução de jornada de trabalho e idade mínima para o trabalho. Em 1828, a Inglaterra adota a contratação de um médico para visitar os locais de trabalho periodicamente e propor medidas para as situações que expunham o trabalhador a riscos, sendo este exemplo seguido por outros países da Europa até meados do século XX (MORAES, 2014). Em 1833, na Grã-Bretanha, a Factory Act (Lei das Fábricas) surge como legislação que apresenta ações para proteção do trabalhador, em especial às crianças, definindo carga horária de trabalho diária e semanal, restrição de idade para o trabalho noturno, obrigatoriedade de escolas em fábricas para aqueles com menos de 13 anos e idade mínima de 9 anos para o trabalho. A Factory Act surgiu depois de um inquérito conduzido por Michael Sadler, cujo resultado foi de grande impacto na opinião pública (THE NATIONAL ARCHIVES EDUCATION SERVICE). Em 1919, é criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT) para promover a justiça social (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2018). Em 1959, a OIT emite a Recomendação nº 112 – Recomendação para os serviços de saúde ocupacional, que torna obrigatória a existência de serviços de saúde nos locais de trabalho (INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION, 1959). A OIT, em 1999, formalizou o conceito de Trabalho Decente, que é assim caracterizado (OIT, 2018): o conceito de trabalho decente sintetiza a sua missão histórica de promover oportunidades para que homens e mulheres obtenham um trabalho produtivo e de qualidade, em condições de liberdade,equidade, segurança 6 e dignidade humanas, sendo considerado condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. No Brasil existe, desde 2006, a Agenda Nacional do Trabalho Decente, compromisso tripartite que envolve governo, organizações de trabalhadores e empregadores, que junta-se à promoção das “normas internacionais do trabalho, do emprego, da melhoria das condições de trabalho e da ampliação da proteção social” (OIT, 2018). No Brasil, até o final do século XIX, a mão de obra era escrava e a estes trabalhadores não era atribuído qualquer direito. Com a abolição da escravatura e a imigração, houve a formação de mão de obra assalariada composta por homens, mulheres e crianças (CASSIAVILANNI; CRUZ; ABDALA, 2011). Ainda no Brasil, em 1919, o Decreto nº 3.724 incluía as doenças profissionais na definição de acidente do trabalho, mas não considerava as doenças causadas pelas condições de trabalho (BRASIL, 1919). Em 1934, o Decreto nº 24.637 altera a definição de acidente do trabalho, estabelecendo que deveria haver relação entre trabalho e doença (BRASIL, 1934). Não apenas legislação, mas órgãos voltados à fiscalização das leis trabalhistas foram criados, como o Departamento Nacional do Trabalho (DNT) em 1932, que em 1934 tornou-se a Inspetoria do Trabalho, seção respons el por organi ação, higiene e segurança do trabalho. Em 1938, surge o er iço de igiene Industrial, ligado à Inspetoria do Trabalho, ue em 1 2 tornou-se i isão de igiene e egurança do Trabalho (DHST), em virtude de reforma de Departamento Nacional do Trabalho (MORAES, 2014). Em meados do século XX, em 1943, a crescente industrialização no país resultou em modificações na legislação, sendo criada a Consolidação das Leis do Trabalho (BRASIL, 1943). Apesar de todas essas iniciativas, a quantidade de acidentes continuou aumentando, até que, em 1970, o Brasil atingia o recorde mundial de acidentes do trabalho. A Recomendação nº 112 da OIT, de 1959, foi acatada pelo governo brasileiro que, na década de 1970, tornaram obrigatórios os serviços de segurança e medicina do trabalho para as empresas, tendo definido porte e grau de risco (MORAES, 2014). 7 Em 1972, a Portaria nº 3.237 estabeleceu a obrigatoriedade de serviços médicos e serviços de higiene e segurança para todas as empresas com cem ou mais pessoas (BRASIL, 1972). Em 1977, na CLT foi alterado o Capítulo V do Título II relativo à segurança e medicina do trabalho (BRASIL, 1977). Em 1978, foram publicadas as Normas Regulamentadoras (NR) pela Portaria nº 3.214 e, em 1991, a Lei nº 8.213, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências (BRASIL, 1991), que considera como acidente do trabalho as doenças do trabalho e as doenças profissionais. A partir de então, há publicação de Decretos que identificam e classificam doenças relacionadas ao trabalho e o estabelecimento do Nexo Técnico Epidemiológico, por exemplo. Há ainda o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) estabelecido pela Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976 e o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) que, segundo o Decreto nº 6.957, de 9 de setembro de 2009, reduz ou majora o FAP, conforme desempenho da empresa considerando dados relacionados à ocorrência de acidentes e de doenças (BRASIL, 2009). Vimos, portanto, ações mundiais e nacionais que promovem a legislação que protege os trabalhadores, incluindo os aspectos voltados à preservação e promoção da saúde destes. 1.2. Saúde do trabalhador Sobre saúde do trabalhador, o podcast do Ministério da Saúde indicado neste subtema da disciplina baseia-se, em parte, nos dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde. De acordo com a OPAS, saúde do trabalhador e saúde ocupacional contribuem para desenvolvimento sustentável e socioeconômico, conforme descrito na sequência (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ BRASIL, 2018): Cerca de 45% da população mundial e cerca de 58% da população acima de 10 anos de idade faz parte da força de trabalho. O trabalho desta população sustenta a base econômica e material das sociedades que por outro lado são dependentes da sua capacidade de trabalho. Desta forma, a saúde do http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%206.957-2009?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%206.957-2009?OpenDocument 8 trabalhador e a saúde ocupacional são pré-requisitos cruciais para a produtividade e são de suma importância para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável. De acordo com a OMS, os maiores desafios para a saúde do trabalhador atualmente e no futuro são os problemas de saúde ocupacional ligados com as novas tecnologias de informação e automação, novas substâncias químicas e energias físicas, riscos de saúde associados a novas biotecnologias, transferência de tecnologias perigosas, envelhecimento da população trabalhadora, problemas especiais dos grupos vulneráveis (doenças crônicas e deficientes físicos), incluindo migrantes e desempregados, problemas relacionados com a crescente mobilidade dos trabalhadores e ocorrência de novas doenças ocupacionais de várias origens. A saúde do trabalhador e um ambiente de trabalho saudável são valiosos bens individuais, comunitários e dos países. A saúde ocupacional é uma importante estratégia não somente para garantir a saúde dos trabalhadores, mas também para contribuir positivamente para a produtividade, qualidade dos produtos, motivação e satisfação do trabalho e, portanto, para a melhoria geral na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade como um todo. (RENAST, 2015) No Brasil, desde 2004 é vigente a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, que tem por objetivo reduzir acidentes e doenças que se relacionam ao trabalho por meio de implementação de ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde. A Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005 estabelece suas diretrizes, que abrangem os seguintes aspectos: “atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a estruturação da rede de informações em Saúde do Trabalhador, o apoio a estudos e pesquisas, a capacitação de recursos humanos e a participação da comunidade na gestão dessas ações” (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ BRASIL, 2018). Em 2017, o Ministério da Saúde emitiu a Portaria de Consolidação nº 2, que estabelece normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) havendo, nas Políticas voltadas à Saúde de Segmentos Populacionais, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (BRASIL, 2017). De acordo com o http://portal/arquivos/pdf/proposta_pnst_st_2009.pdf http://portal/arquivos/pdf/proposta_pnst_st_2009.pdf http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2005/GM/GM-1125.htm 9 anexo XV da Portaria de Consolidação nº 2, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora apresenta-se como: Art. 2º. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando à promoção e à proteção da saúde dos trabalhadores e à redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. Art. 3º. Todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo,avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado são sujeitos desta Política. Parágrafo Único. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora alinha-se com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações de saúde do trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-doença. (BRASIL, 2017) Garantindo a atenção integral para a saúde do trabalhador há a RENAST (Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador), composta pelos Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), incluindo também serviços que diagnosticam agravos à saúde relacionados ao trabalho e os registram no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ BRASIL, 2018). Existe, assim, a participação governamental para promover e proteger a saúde do trabalhador, por meio de ação integrada de vários órgãos governamentais envolvendo vários ministérios: Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Previdência Social, caracterizada pela Política Nacional sobre Saúde e Segurança no Trabalho (PNSST) com as seguintes diretrizes (MINISTÉRIO DA SAÚDE; MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL; MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2004, p.11): 10 I - Ampliação das ações, visando à inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoção e proteção da saúde; II - Harmonização das normas e articulação das ações de promoção, proteção e reparação da saúde do trabalhador; III - Precedência das ações de prevenção sobre as de reparação; IV - Estruturação de rede integrada de informações em Saúde do Trabalhador; V - Reestruturação da formação em Saúde do Trabalhador e em segurança no trabalho e incentivo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores responsáveis pela operacionalização da política; VI - Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e Saúde do Trabalhador. Neste subtema, é possível tomar conhecimento de ações governamentais que promovem e protegem a saúde do trabalhador fundamentadas em legislação, ações e estratégias para promover e proteger a saúde de todos os trabalhadores, com ações de prevenção prevalecendo sobre as de reparação. Estas estabelecem diretrizes para atuar em reestruturação em formação em segurança e saúde do trabalhador, em rede integrada de informações relativas à saúde do trabalhador e em estudos e pesquisas nessa área do conhecimento. Tais ações articulam-se para promover a saúde do trabalhador. Podcast: Pausa para Saúde: Saúde do Trabalhador (9 min) Disponível em: <https://bit.ly/2SJiXv9>. Acesso em: jan. 2019. 1.3. Vigilância em Saúde do Trabalhador Para a Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador (RENAST), a vigilância em saúde do trabalhador (VISAT) expressa por Minayo, Machado e Pena (2011, p. 79) deve estabelecer uma intervenção e negociação de controle e mudanças no processo de trabalho, em sua base tecnológica ou de organização do trabalho, o que virtualmente poderá eliminar o risco de acidentes e adoecimento relacionado ao trabalho. (MINAYO; MACHADO ; PENA, 2011, p . 79). 11 Segundo Machado (1997), a vigilância em saúde do trabalhador tem como objeto específico a investigação e intervenção na relação entre o processo de trabalho e a saúde. O conceito de vigilância em saúde do trabalhador apresentado por Machado faz-se presente na apresentação sobre o tema realizada pela RENAST, fundamentada na Portaria GM/MS nº 3.252/09: A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um dos componentes do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Visa à promoção da saúde e à redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos. (BRASIL, 2018) Morbimortalidade refere-se à relação entre a quantidade de casos de doenças ou de morte e a quantidade de trabalhadores (população trabalhadora) num dado período. Dessa maneira, a Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) deve atuar de modo contínuo e sistemático para identificar, conhecer, pesquisar e analisar agentes que determinem e condicionem prejuízos à saúde ao ambiente e processos de trabalho, considerando os aspectos organizacionais, sociais, tecnológicos e epidemiológicos para planejar, implementar e avaliar intervenções para eliminar ou controlar tais agentes. Os objetivos da VISAT são: Identificar o perfil de saúde da população trabalhadora, considerando a análise da situação de saúde: a) A caracterização do território, perfil social, econômico e ambiental da população trabalhadora. b) Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los e controlá-los. c) Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, controle e atenuação dos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde, para subsidiar a tomada de decisões das instâncias do SUS e dos órgãos competentes, nas três esferas de governo. d) Utilizar os diversos sistemas de informação para a VISAT. (BRASIL, 2018) 12 Para que os objetivos aqui apresentados sejam alcançados, há o documento denominado Diretrizes de Implantação da Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS, que foi objeto de estudo deste subtema. De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde (2014), esse documento apresenta dados que permitem compreender a Vigilância em Saúde do Trabalhador, como: Conceituação: é componente do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde com o fim de promover a saúde e reduzir a morbimortalidade da população trabalhadora, ao integrar ações que intervenham nos agravos e fatores determinantes originados em processos produtivos e modelos de desenvolvimento. Princípios: estes são pautados no Sistema Único de Saúde, mantendo-se a Vigilância em Saúde do Trabalhador integrada a outras vigilâncias, como a Sanitária, Epidemiológica e Saúde Ambiental, e as redes assistenciais. Os princípios são: o Universalidade o Equidade o Integralidade das ações o Integração interinstitucional o Pluri-institucionalidade o Integração intrainstitucional o Responsabilidade Sanitária o Direito do trabalhador ao conhecimento e à participação o Controle e participação social o Comunicação/publicização o Hierarquização e descentralização o Interdisciplinaridade o Princípio da precaução o Caráter transformador Objetivos: são aqueles já apresentados. O modelo: tem como característica ser intersetorial e participativo. É previsto que as ações sejam coordenadas pelo SUS e articuladas pela RENAST. 13 Estratégias: são ações para se alcançar determinado fim; aplicáveis ao conjunto do SUS, considerando as características de cada Município, Região e Estado. As estratégias devem considerar as estruturas existentes de Saúde do Trabalhador, adotando os seguintes critérios: o Priorização social o Critério epidemiológico o Abordagem Territorial o Ramo de atividade econômica o Abordagem por cadeias produtivas o Prioridades institucionais o Interação entre estratégias O documento ainda apresenta os seguintes tópicos: Complexidade da VISAT em rede, que refere-se às possíveis articulações entre instâncias executoras do SUS, conexões com instituições além do sistema de saúde; Inspeção sanitária, que configura-se por observação direta do processo de trabalho, entrevistas com trabalhadores e análise de documentos; Atribuições da VISAT, que apresenta as ações a serem realizadas para o alcance dos objetivos; Atribuições dos Profissionais da VISAT, que estabelece os profissionais da Vigilância em Saúde dos Centros de Referência em Saúdedo Trabalhador para cumprimento das ações previstas e Atribuições da rede assistencial em cooperação com a Vigilância em Saúde, que estabelece o que integra Atenção Primária e Média e Alta Complexidade ‒ Urgências e Emergências, Serviços Hospitalares e de Especialidades. Podemos, assim, verificar que a vigilância em saúde do trabalhador é mais que apenas preocupação com a saúde do trabalhador, mas configura-se como ação governamental para promover a saúde do trabalhador e reduzir a morbimortalidade da população trabalhadora. Texto: Diretrizes de implantação da Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS Disponível em: <https://bit.ly/2XbRWin>. Acesso em: jan. 2019. 14 1.4. Doença Profissional x Doença do Trabalho De acordo com a Lei nº 8.213 de 1991, doença profissional e doença do trabalho são consideradas acidente do trabalho, apresentando as seguintes definições: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. (BRASIL, 1991) Assim, a doença profissional é desencadeada por característica peculiar à atividade de trabalho. Um exemplo é o saturnismo, que ocorre por manuseio de chumbo. A doença do trabalho ocorre em virtude das condições em que o trabalho é realizado. Um exemplo são problemas lombares decorrentes de transporte manual de cargas. Quando o tema se trata de doenças ocupacionais, surge a expressão “nexo causal”, que é o vínculo, a ligação com o trabalho, que resulta em doença profissional ou doença do trabalho. Estas precisam ser corretamente identificadas em virtude de benefícios previdenciários que, para doenças profissionais ou do trabalho, correspondem ao auxílio-doença acidentário. A expressão “prevenção” é bastante utilizada em segurança do trabalho como indicação de ação que acontece antecipadamente para evitar a ocorrência de um acidente. Segundo Moraes (2014), a prevenção de doenças é classificada em três fases: Prevenção primária, que corresponde à educação para adoção de hábitos de vida saudáveis; com ações de imunização para impedir a ocorrência de doenças e remover suas causas; promoção da saúde ou intervenção sobre fatores sociais e ambientais. Prevenção secundária, que estimula ações para deter a doença em estágio precoce e realizar tratamento enquanto está ainda assintomática, para inibir a progressão da doença. Prevenção terciária, que ocorre quando a doença já está instalada e a ação implica reduzir as possíveis complicações; a recuperação envolve 15 superar limitações decorrentes de doenças e agir na reinserção do doente na sociedade. Dentre as diferentes classificações de prevenção, a melhor para o trabalhador, empresa, comunidade e sociedade é a prevenção primária, pois, eliminando as possíveis causas de doenças, atua na promoção da saúde do trabalhador. 1.5. Controle da Saúde Ocupacional do Trabalhador O artigo indicado neste subtema apresenta análise de ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador, realizadas por equipes de Saúde da Família, de acordo com a percepção de enfermeiros e médicos do município de João Pessoa. Este estudo, que teve a participação de 179 profissionais, mostrou que as ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador não integram o cotidiano de trabalho das equipes, pois ações nesse sentido são conduzidas apenas por parte desses profissionais. Relatos de apoio às equipes de Saúde da Família pela Vigilância em Saúde do trabalhador totalizam 32% dos casos. Menor ainda foi a participação relatada em processos de qualificação em saúde do trabalhador, apontada por 24% dos profissionais. Os autores concluem haver necessidade de fortalecer e ampliar processos de educação permanente, bem como de apoio às equipes. Embora seja estudo voltado a um único município, há no país em torno de 5.500 municípios, podendo a situação relatada no artigo se repetir nos demais, ou não. Os autores afirmam que um ponto importante com relação à saúde dos trabalhadores é considerar o trabalho como determinante no processo saúde-doença e, dessa maneira, torna-se indispensável o conhecimento, por parte das equipes de saúde, sobre o trabalho ou a ocupação do trabalhador sendo esses dados incorporados às ações de promoção, vigilância e proteção, assistência e reabilitação, da rede de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). A relação entre trabalho e doença já esteve presente em outras situações ao longo da história, como quando Ramazzini questionava os trabalhadores doentes sobre sua ocupação. O artigo ainda aponta os motivos pelos quais a Vigilância em Saúde do Trabalhador deve ser adotada, sua fundamentação, as articulações necessárias, além da 16 necessidade de definição de estratégias de suporte técnico, pedagógico e institucional para as equipes de Saúde da Família para que a atenção à saúde dos trabalhadores possa efetivamente ser realizada, considerando apoio, dificuldades e oportunidades enfrentadas pelas equipes do município de João Pessoa, na Paraíba. Artigo: Vigilância em Saúde do Trabalhador na Atenção Básica: aprendizagens com as equipes de Saúde da Família de João Pessoa, Paraíba, Brasil Disponível em: <https://bit.ly/2TPYdOK>. Acesso em: jan. 2019. Conclusão Neste bloco, abordamos o histórico de doenças ocupacionais, apresentando registros efetuados por estudiosos e ações empreendidas pelo mundo e no Brasil para, além de identificar doenças ocupacionais, prevenir a ocorrência destas. As ações referem-se a normas trabalhistas internacionais e legislação vigente no país que visa a promover e preservar a saúde e integridade do trabalhador. No Brasil, a saúde do trabalhador é objeto da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que é parte do conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, existindo estrutura concebida para o cumprimento das diretrizes da referida política. O Sistema Nacional de Vigilância em Saúde tem como componente a Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) para promover a saúde e reduzir a morbimortalidade da população trabalhadora, atuando com integração de ações que venham a intervir nos agravos e nos fatores contributivos presentes nos modelos de desenvolvimento e em processos produtivos. Foram apresentados os conceitos legais de doença profissional, que é aquela produzida por realização do trabalho peculiar a determinada atividade, e de doença do trabalho, que é aquela que ocorre devido às condições especiais em que o trabalho é executado, devendo haver relação direta com este. Por fim, indicamos a leitura de um artigo que analisou ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador, conforme a percepção de médicos e enfermeiros no município de João Pessoa. Os autores apresentaram pontos positivos relacionados à Vigilância em Saúde 17 do Trabalhador e os pontos que precisam ser corrigidos ou melhorados, segundo os profissionais envolvidos na pesquisa, para que as equipes dedicadas à Saúde da Família possam efetivamente dar atenção à saúde dos trabalhadores. Referências Bibliográficas BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, de 5 de outubro de 1988. 1. ed. Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: Janeiro/2018. BRASIL. Decreto nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919. Regula as obrigações resultantes dos acidentes no trabalho. Seção 1, p. 1013-1013. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1910-1919/decreto-3724-15-janeiro-1919-571001-publicacaooriginal-94096-pl.html>. Acesso em: Janeiro/2018. BRASIL. Decreto nº 6.957, de 9 de setembro de 2009. Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, no tocante à aplicação, acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário de Prevenção - FAP. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2009/Decreto/D6957.htm>. Acesso em: jan. 2018. BRASIL. Decreto nº 24.637, de 10 de julho de 1934. Estabelece sob novos moldes as obrigações resultantes dos acidentes do trabalho e dá outras providências. Rio de Janeiro: Diário Oficial da União, 12 jul. 1934. 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