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1 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Pneumoconioses São patologias resultantes da deposição de partículas sólidas no parênquima pulmonar, levando a um quadro de fibrose, ou seja, ao endurecimento intersticial do tecido pulmonar. As Pneumoconioses mais importantes são aquelas causadas pela poeira de sílica, configurando a doença conhecida como Silicose, e aquelas causadas pelo asbesto, configurando a Asbestose. Epidemiologia: Fisiopatologia Para que ocorra pneumoconiose é necessário que o material particulado seja inalado e atinja as VAI (vias aéreas inferiores), em quantidade capaz de superar os mecanismos de depuração: o transporte mucociliar, transporte linfático (conhecidos como clearence) e a fagocitose pelos macrófagos ́ As reações pulmonares à deposição de poeiras inorgânicas no pulmão vão depender das características físico-químicas do aerossol (como por exemplo: partículas menores e recém-fraturadas de sílica, fibras mais finas e longas, no caso do asbesto, são mais lesivas) da dose (que depende, entre outros, da concentração no ar inalado, do volume/minuto e do tempo de exposição), presença de outras poeiras. Classificações Pneumoconioses não-fibrogênicas Caracterizam-se, do ponto de vista histopatológico, por lesão de tipo macular com deposição intersticial peribronquiolar de partículas, fagocitadas ou não, com nenhum ou discreto grau de desarranjo estrutural, além de leve infiltrado inflamatório ao redor, com ausência ou discreta proliferação fibroblástica e de fibrose. Exemplos: siderose, baritose, estanose, pneumoconiose por carvão vegetal, rocha fosfática ́ Principais características: Os sintomas respiratórios são poucos, sendo a dispneia aos esforços o mais comum Pneumoconioses fibrogênicas Como o termo diz são as reações pulmonares à inalação de material particulado que leva à fibrose intersticial do parênquima pulmonar Silicose aguda (subtipo das fibrogênicas) Se manifesta após meses ou poucos anos de exposição Ocupações de risco: Operações de jateamento com areia, moagem de pedra Características É uma forma rara da doença, ocorrendo em situações de exposições maciças à sílica livre, por períodos que variam de poucas semanas até quatro ou cinco anos, evoluindo rapidamente para a letalidade. 2 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Silicose crônica Pneumoconiose causada pela inalação de sílica livre cristalina que se manifesta após longo período de exposição, habitualmente superior a dez anos. Ocupações de risco Mineração subterrânea e de superfície, corte de pedras; britagem; moagem... Principais características A dispneiá aos esforços é o principal sintoma e o exame físico, na maioria das vezes, não mostra alterações significativas no aparelho respiratório. Expressa-se radiologicamente por meio de: Opacidades nodulares que se iniciam nas zonas superiores. Asbestose Definição Pneumoconiose resulta da exposição inalatória a poeiras contendo fibras de asbesto. Ocupações de risco Trabalhadores em mineração e transformação de asbesto (fabricação de produtos de cimento-amianto, materiais de fricção, tecidos incombustíveis com amianto... Principais características Dispneia aos esforços e tosse seca que pode evoluir para dispneiá ao repouso, hipoxemia e cor pulmonale. As alterações radiológicas Presença de opacidades irregulares, predominando nos campos inferiores, e, com frequência placas pleurais associadas. Pneumonites por hipersensibilidade Definição A pneumonite por hipersensibilidade (PH) não é uma pneumoconiose propriamente dita. É um grupo de doenças pulmonares resultantes da sensibilização por exposições recorrentes a inalações de partículas antigênicas. Ocupações de risco: Trabalhadores em criação de animais, processos de transporte, carregamento, descarregamento e Armazenagem agrícola... Principais características Os surtos agudos normalmente são acompanhados de febre, tosse e dispneia. Na fase crônica os principais sintomas são dispneia aos esforços e tosse seca. Diagnostico Historia ocupacional Historia clinica detalhada Métodos de imagem o TC de tórax Biopsia pulmonar Provas funcionais Tratamento Monitoramento da oxemia Não há indicação de corticoterapia nas pneumoconioses fibrinogênias, mesmo nos casos com evolução progressiva Nos casos de pneumoconioses não fibrinogênias, o afastamento pode reduzir a intensidade dos sintomas e opacidades radiográficas A corticoterapia só está indicada nas pneumonites por hipersensibilidade 3 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Notificação Todos os casos de pneumoconioses são passiveis de notificação compulsória Notificar a previdência social por meio da emissão do CAT ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ Ministério da Saúde. Portaria n. 95, de 26 de janeiro de 2001. Norma Operacional da NOAS-SUS 01/2001.
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