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[Resumo] Sistema respiratório na embriologia - Embriologia

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SISTEMA RESPIRATÓRIO NA EMBRIOLOGIA
Emilly Peres - Fonoaudiologia 2021/1
Os órgãos respiratórios inferiores (laringe, traquéia, brônquios e pulmões) começam a se
formar durante a quarta semana do desenvolvimento.
Primórdio respiratório
O sistema respiratório começa com o
sulco laringotraqueal. Até o final da quarta
semana, esse sulco já terá se projetado
para formar um broto pulmonar
saculiforme. A árvore respiratória irá se
originar logo após esse processo. O
divertículo laringotraqueal logo irá se
separar da faringe primitiva. Entretanto,
ele se mantém em comunicação com esta
através do canal laríngeo primitivo.
Nesse divertículo irá se desenvolver as
pregas traqueoesofágicas, para formar o
septo traqueoesofágicas até o fim da
quinta semana. Esse septo divide a
porção cranial do intestino em uma parte
ventral, chamada de tubo laringotraqueal
(que é o primórdio da laringe, traqueia,
brônquios e pulmões) e uma parte dorsal
(primórdio da orofaringe e do esofago). A
abertura desse tubo se tornará o canal
laríngeo primitivo.
Desenvolvimento da laringe
A partir do endoderma da extremidade
cranial do tubo laringotraqueal se
desenvolve epitélio de revestimento da
laringe. As cartilagens da laringe se
desenvolvem do quarto e sexto pares de
arcos faríngeos. Essas cartilagens por sua
vez se desenvolvem do mesênquima que
se prolifera, produzindo assim um par de
brotos aritenóides.
O epitélio da laringe se prolifera muito
rápido, o que resulta uma oclusão
temporária da luz da laringe. A
recanalização normalmente ocorre por
volta da décima semana Os ventrículos da
laringe são formados durante o processo
de recanalização. Esses recessos são
delimitados por pregas da membrana
mucosa que se tornam as pregas vocais
e pregas vestibulares. Já a epiglote se
desenvolve da parte caudal da eminência
hipofaríngea.
Após isso, os músculos da laringe serão
inervados pelos ramos laríngeos do nervo
vago.
Desenvolvimento da traqueia
O revestimento endodérmico do tubo
laringotraqueal distal à laringe se
diferencia no epitélio e glândulas da
traqueia e no epitélio pulmonar. A
cartilagem, o tecido conjuntivo e os
músculos da traqueia são derivados do
mesênquima esplâncnico que envolve o
tubo laringotraqueal.
-fístula traqueoesofágica: comunicação
anormal entre a traqueia e o esôfago. O
tratamento não cirúrgico envolve o uso de
cânulas orotraqueais ou de
traqueostomia, visando desviar o trânsito
dos líquidos e dos alimentos e obstruir a
fístula, sendo, então, ministrados
alimentos por meio de sondas.
-fenda laringotraqueoesofágica:
anomalia congênita do trato respiratório
caracterizada por uma fenda
interaritenóidea supraglótica (acima das
pregas vocais) com sintomas respiratórios
ligeiros.
-estenose e atresia da traqueia: são
anomalias congênitas incomuns, que
estão geralmente associados com uma
das variedades de FTE. A estenose e a
atresia provavelmente resultam da divisão
desigual do intestino anterior em esôfago
e traqueia.
-divertículo ou brônquio traqueal:
projeção da traqueia, semelhante a um
brônquio, em fundo cego, onde se
crescimento pode findar em um tecido
pulmonar que é aparentemente normal,
resultando na formação do lobo traqueal
do pulmão.
Desenvolvimento dos
brônquios e pulmões
O broto pulmonar visto anteriormente se
divide em duas evaginações, os brotos
brônquicos primários. Junto com o
mesênquima esplâncnico ao redor, os
brotos brônquicos se diferenciam em
brônquio e suas ramificações nos
pulmões. No início da quinta semana, a
conexão de cada broto brônquico com a
traqueia aumenta para formar o primórdio
do brônquio principal. O brônquio principal
subdivide-se em brônquio secundário que
forma os ramos lobares, este se divide em
segmentares, que originam os
intrassegmentares.
● O desenvolvimento dos pulmões é
dividido em quatro estágios: O
pseudoglandular (6 a 16 semanas,
o canalicular (16 a 26 semanas),
saco terminal (26 semanas ao
nascimento) e estágio alveolar (32
semanas até aproximadamente 8
anos de idade).
● Por volta da vigésima a vigésima
segunda semana, o pneumócito
tipo II começa a secretar o
surfactante pulmonar. A deficiência
do surfactante resulta na síndrome
de angústia respiratória ou
doença da membrana hialina.
Os movimentos respiratórios fetais
(MRFs), que podem ser detectados pela
ultrassonografia em tempo real, ocorrem
antes do nascimento, exercendo força
suficiente para causar a aspiração de
algum líquido amniótico pelos pulmões.
-lobo da veia ázigos: se desenvolve
quando o brônquio apical cresce
superiormente, medial ao arco da veia
ázigos, em vez de lateral a ele. Como
resultado, a veia fica na base de uma
fissura no lobo superior, que produz uma
marcação linear na radiografia do pulmão.
-cistos pulmonares congênitos:
resultam de um distúrbio do
desenvolvimento brônquico durante o final
da vida fetal. Acredita-se que os cistos
sejam formados pela dilatação dos
brônquios terminais.
-agenesia pulmonar: ausência dos
pulmões. Resultado da falha do broto
respiratório em se desenvolver. É
compatível com a vida.
-hipoplasia pulmonar: caracterizada por
uma marcante redução do volume
pulmonar e uma hipertrofia do músculo
liso das artérias pulmonares.
-pulmão acessório: sequestro pulmonar.
É incomum. Quase sempre está
localizado na base do pulmão esquerdo e
não é funcional.

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