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FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o UF (ultrafiltração): é o movimento de saída de água, oxigênio, hormônios, nutrientes (proteínas) do capilar arterial para os tecidos. Ocorre a nutrição dos tecidos. o AV (absorção venosa): absorção venosa dos produtos indesejáveis (água, CO2 e pequenas moléculas) do metabolismo, volta para o sistema venoso e o sistema linfático auxilia. o AL (absorção linfática): formação da linfa. o O sistema linfático auxilia na absorção dos produtos indesejáveis do metabolismo, capitando moléculas e formando a linfa. o Coletor aferente chega nos linfonodos e filtra a linfa, a linfa filtrada sai pelos coletores eferentes que irão devolver essa linfa filtrada para o sistema venoso (no ângulo venoso). o O que o sistema venoso não da conta de absorver, o sistema linfático absorve, principalmente proteínas e macromoléculas. o Edema: acúmulo de líquido intersticial entre as células e extravascular (fora do vaso), predominantemente aquosa, e não possui alta concentração proteica. Origem venosa. Alteração venosa e reversível. o TIPOS DE EDEMA Localizado: secundário a uma obstrução venosa isolada ou linfática. Por exemplo, um edema de extremidades por insuficiência venosa; um edema vespertino, final do dia o retorno venoso é ruim. Sistêmico: como na insuficiência cardíaca. O sistêmico grave é chamado de anasarca. O edema sistêmico pode ser um sinal de insuficiência cardíaca. o Linfedema: acúmulo de líquido intersticial com alta concentração proteica. Origem linfática. Muitas vezes em fase crônica é difícil reversibilidade. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Teste de digitopressão o Sinal de cacifo o Faz uma pressão na região do linfedema por 5 segundos, se tem a formação de uma reentrância (cacifo), o sinal de godet é positivo. o CLASSIFICAÇÃO EDEMA 0 +: não tem presença de edema. 1 +: sinal de cacifo até 2 mm. 2 +: sinal de cacifo até 4 mm. 3 +: sinal de cacifo até 6 mm. 4+: sinal de cacifo até 8 mm. o Aporte por filtragem é normal e a drenagem linfática é falha, é de origem linfática. Leva a intumescência (aumento do volume) do membro. o “Linfedema é uma condição progressiva caracterizada por quatro componentes: excesso de proteínas no tecido, edema, inflamação crônica e fibrose.” (Casley-Smith, et al, 1985: p. 175) o “... tumefação dos tecidos moles como resultado do acúmulo de fluído intersticial com alta concentração proteíca....” (Marx; Camargo, 2000: p.77) o “Linfedema é uma doença crônica que se caracteriza por acúmulo de líquido intersticial e alterações teciduais decorrentes de insuficiência da drenagem linfática.” (Maffei, p. 1648, 2002) o LINFEDEMA PRIMÁRIO (CONGÊNITO) Precoce: aparece antes dos 15 anos. Tardio: aparece após os 15 anos. Nasce com uma má formação no sistema linfático. o LINFEDEMA SECUNDÁRIO Lesões teciduais (linfangites). Coletor aferente – trás a linfa para o linfonodo. O linfonodo filtra a linfa. Coletor eferente – sai com a linfa filtrada. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL Insuficiência venosa crônica. Linfonodectomia – corte e retirada dos linfonodos. Voluntário. Pós-traumático (queimadura, fraturas expostas). Filariose o Pode ter linforreia quando os linfonodos são retirados. o A retirada de linfonodos acontece em casos de câncer, por exemplo, câncer de mama com metástase para linfonodo e então retira esses linfonodos. o O acúmulo de fluidos extravasculares e extracelulares no membro podem acarretar: Aumento do volume do membro (4 a 5 vezes mais). Tensionamento da pele e risco de rachaduras e infecções – a pele não suporta uma distensão tão acentuada e pode fissurar, tendo porta de entrada para infecções. Rigidez e diminuição na amplitude de movimento dos dedos. Alterações sensitivas. Diminuição da função do membro envolvido. Predisposição a infecções sistêmicas e locais. Redução da autoestima, problemas com a imagem corporal e aceitabilidade social. Alteração das propriedades mecânicas da pele, principalmente elasticidade e viscosidade, que gera dificuldades funcionais. o ESTÁGIO 0 (subclínico): risco de linfedema, sem edema evidente. Muitas vezes tem uma história clínica que pode favorecer esse linfedema ou relato de sensação de peso. o ESTÁGIO 1: reversível Edema depressível. Pouca ou nenhuma fibrose tecidual. Melhora com o repouso noturno. Sinal de Godet positivo. o ESTÁGIO I I: espontaneamente irreversível (terapêutica intensiva). Progressão do edema para o estágio de fibrose. Desaparecimento do sinal de Godet. Não melhora com o repouso noturno. Se o Godet da negativo para um paciente com linfedema importante, o prognóstico é ruim e significa que o linfedema está numa fase muito crônica, tecido muito rígido e muita fibrose. o ESTÁGIO I I I Alteração elefantiásicas do membro. Deformidade e incapacidade funcional. Sinal de Godet negativo. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o AVALIAÇÃO HMA – conhecer a história do paciente é fundamental. Inspeção – caracterizar o tecido (como está a pele). Palpação – alteração na temperatura, sinal de Godet. ADM (goniometria) e força muscular (testes de força). Avaliação funcional. Sensibilidade. Perimetria – marcar os locais que irá medir e colocar a fita um pouco antes da marcação. Sempre fazer nos dois membros para que tenha uma comparação. Volumetria – paciente irá colocar o braço em um recipiente com água, assim que colocar o braço, irá deslocar uma quantidade de água para o outro recipiente, mede o líquido que for deslocado para o outro recipiente. Sempre fazer uma medida comparativa com o membro que não foi afetado. Sinal de Godet. Sinal de Stemmer. Linfocintilografia FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Qualidade de vida. o Força muscular e ADM. o Função o Infecção ▪ Erisipela de repetição – infecção na pele. ▪ Déficit imunológico – sistema linfático é responsável pela produção de linfócitos, então quando tem um linfedema, além do fluxo linfático estar alterado, a imunidade também pode estar comprometida. o Inspeção Aspecto “peau d’orange” – casca de laranja – a pele fica muito distendida e então os poros ficam dilatados, causando esse aspecto. Condições da pele – pele ressecada, linfocistos – descrever as condições teciduais do paciente, observar coloração. Obesidade – paciente obeso tem uma predisposição muito maior para o linfedema, pois tem uma carga muito grande no sistema venoso e linfático. o Avaliação Funcional – alteração funcional Mínima: aumento do volume do membro entre 5% a 10%. Leve: entre 10% a 20%. Moderada: entre 20% a 40%. Severo: maior que 40% OBS: Linfedema bilateral não da para fazer comparativo, então faz o controle e ve se está aumentando. O paciente pode ter limitação funcional mesmo as características do linfedema sendo o oposto. Ex: estágio I I, moderado (20% a 40%), não realiza flexão. o Perimetria Diferença acima de 2 a 3 cm. Membro superior: 5 em 5 cm. Membro inferior: 5 em 5 cm ou 7 em 7 cm. No membro superior é utilizado o epicôndilo lateral como marca e no membro inferior é utilizado a patela como marca. Linfocisto – uma bolha cheia de linfa, viscoso. Linforreia ou linforragia – extravasamento de linfa. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Volumetria Direta: maior ou igual a 300 ml. Indireta: fórmula cone truncado – faz a perimetria, seleciona dois pontos de maior volume e coloca os valores na fórmula. Compara o membro acometido com o membro não acometido. o Sinal de Godet Teste de digitopressão. Feito com a polpa do polegar, faz uma pressão de 2 a 5 segundos e solta. Se formar uma reentrância, o sinal de Godet é positivo. o Teste de Stemmer (Membro Inferior) Preensão do 2º artelho (dedo) do pé. Pinça a pele, geralmente o segundo dedo, se não conseguir fazer a “prega”, o teste é positivo caracterizando linfedema e a presença de fibrose linfoestática. Fibrose linfoestática. Positivo: não faz a prega. o Exames Linfocintilografia – com contraste. Ultrassom. Bioimpedância. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Terapia Complexa Descongestiva ou Terapia Física Complexa – PADRÃO OURO Cuidados com a pele – higiene, hidratação. Drenagem linfática manual (DLM) Terapia compressiva – enfaixamento e malha elástica. Exercícios miolinfocinéticos. o Terapias Complementares Eletroterapia – laser. Angiotron. Linfotaping. Cirurgias – linfovenosas: liga um vaso do sistema linfático diretamente no venoso. o Fase I: fase de redução do volume (2 a 8 semanas) Tratamento intensivo, regressão das alterações teciduais. Cuidados com a pele – orientações. Drenagem linfática manual ou mecânica (angiotron – faz uma pressão constante). Enfaixamento compressivo. Cinesioterapia (miolinfocinéticos). o Fase I I: fase de manutenção Objetiva conservar e otimizar os resultados obtidos. Contenção elástica (meias/braçadeiras). Avaliação periódica, exercícios. SISTEMA LINFÁTICO – revisando o Linfonodos – maior concentração na região axilar e região inguinal. São responsáveis por filtrar a linfa trazida pelos vasos o Vasos Capilares linfáticos (linfático inicial – termo novo): menor calibre Pré coletor Coletor A linfa chega no coletor aferente, é filtrada e saí pelo coletor eferente, é devolvida para o sistema venoso, no ângulo venoso do lado direito e esquerdo. Ducto torácico desemboca no ângulo venoso esquerdo. Ducto linfático direito desemboca no ângulo venoso direito. o Via secundária que auxilia o venoso. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o LINFAGION: é a unidade motora do sistema linfático. É um segmento intervalvular (entre duas válvulas) do coletor, com musculatura que faz a propulsão da linfa. A válvula abre, a contração acontece, a linfa é deslocada, a válvula fecha. Isso acontece num processo contínuo. o Epiderme é avascular, não há presença de vasos. o Na derme tem uma grande concentração de vasos, os capilares linfáticos. o O capilar é muito superficial, então manobras que causam dor está lesando os capilares linfáticos e não fazendo drenagem. o Técnica de compressão manual dos tecidos, que utiliza pressões intermitentes com o objetivo de aumentar o fluxo da circulação linfática. o Compressão/Descompressão. o Diferencial de pressão. o Líquido vai do meio intersticial para vasos linfáticos – linfa (alta concentração proteica). o Direção: centrípeta – em direção aos linfonodos e ao retorno venoso. o Pressão: 40 – 60 mmHg. o Velocidade: lenta, 2 a 3 segundos entre pressão e descompressão. o OBJETIVO Absorção de líquido intersticial (proteínas). Auxilia na eliminação de produtos indesejáveis do metabolismo. Aumenta a produção de linfócitos (defesa/imunidade). Sensação de relaxamento. o Os vasos se intercomunicam, otimizando o processo de drenagem. Existe a anastomose interaxilares anterior e posterior, anastomose axilo-inguinal direita e esquerda apenas na parte anterior do corpo, anastomose interinguinal anterior e posterior. o São vias identificáveis anatomicamente que não se dirigem para a raiz do membro. o Vasos que não vão diretamente para os linfonodos axilares. o Alguns vasos acompanham o trajeto da veia cefálica, indo em direção aos linfonodos supraclaviculares. Outros vasos acompanham o trajeto da veia basílica, indo em direção aos linfonodos escapulares. o Veia cefálica: anterior – linfonodos supraclaviculares. o Veia basílica: posterior – linfonodos escapulares o Se o paciente retirou os linfonodos axilar de um lado, quando realizar a drenagem linfática, pode realizar a drenagem para o linfonodo contralateral, usando a anastomose interaxilares, Além disso, pode realizar a drenagem para os linfonodos inguinais, usando a anastomose axilo-inguinal. A drenagem pode ser feita também para os linfonodos supraclaviculares, usando a via derivativa anterior. Para o líquido entrar no capilar linfático, a linfa é conduzida e depois será conduzida pelos coletores FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Se o paciente retirou os linfonodos inguinais de um lado, quando realizar a drenagem linfática, pode realizar a drenagem para o linfonodo inguinal contra lateral, usando a anastomose interinguinal, ativar a cisterna do quilo ou realiza a drenagem para o linfonodo axilar, usando a anastomose axilo-inguinal. o Essas vias derivativas e drenagem linfática para outros linfonodos, são intervenção utilizadas para pacientes que realizaram tratamento cirúrgico. o ESTÍMULO DOS LINFONODOS: manobra de evacuação (ângulo venoso, região axilar, região inguinal). Importante saber se o paciente passou por um processo cirúrgico, saber quais linfonodos foram retirados para que consiga realizar uma drenagem eficiente, sabendo para qual linfonodo a linfa será drenada. o Maior número de vasos linfáticos na região medial, indo para região axilar ou região inguinal. o CAPTAÇÃO: deslizamento, pressão/descompressão. O deslizamento estimula os vasos, conduzindo a linfa dentro do coletor. Em regiões com linfedema importante, realiza a pressão/descompressão para otimizar a entrada da linfa no capilar, passando para o pré coletor e depois para o coletor, e então pode finalizar com os deslizamentos. o As manobras sempre se iniciam próximas dos linfonodos e depois vão se distanciando. Divide entre áreas, começando de proximal para distal. o O vaso linfático é muito fino e delicado, então tem que controlar a pressão, respeitar o ritmo, a velocidade é importante. o Automassagem de drenagem linfática – o paciente pode realizar as manobras de evacuação e capitação da linfa, mas precisam ser bem executadas. o A drenagem linfática pode ser associada aos exercícios metabólicos e exercícios respiratórios, sempre pensando em otimizar o fluxo e o processo de drenagem. o Manter os ganhos que teve com a drenagem linfática. o EFEITOS Aumento da absorção e fluxo linfático. Aumento da pressão tecidual. Aumento da eficácia do bombeamento muscular – quando a musculatura contrai, o fluxo é otimizado. Não permite refluxo da linfa. Os exercícios promovem um estímulo mecânico provocando um amolecimento do linfedema – reduz o linfedema. Estreita o lúmen das veias evitando deste modo uma insuficiência valvular venosa – otimizando o fluxo. A diminuição do calibre venoso causa uma aceleração do fluxo, evitando assim as tromboses. O volume sanguíneo venoso nas extremidades enfaixadas é reduzido. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o SEQUÊNCIA 1. Drenagem linfática manual 2. Hidratação da pele. 3. Malha tubular para proteger a pele. 4. Faixa com material em espuma acolchoada para preencher os espaços anatômicos e modelar a forma do membro. 5. Faixas com curta extensibilidade. Pode ser feito em escama ou em sobreposição 50%. Cuidado com deformidades e saliências ósseas (proteção). o Mantem o enfaixamento para a realização dos exercícios o Linfomiocinético: mobiliza as articulações e grupos musculares de forma centrífuga, iniciando em pescoço e ombros para membro superior e quadril para membro inferior, progredindo para as porções distais do membro, não utilizando aparelhos ou pesos e são realizados lentamente. Os movimentos precisam ser amplos, com pouca carga e movimentos lentos. o Linfedema em membro superior precisa mobilizar a cabeça, ombro, cotovelo, punho e dedos. o Os exercíciosdevem ser realizados após o enfaixamento – otimizar a bomba de retorno. o Alongamento global para minimizar retrações e evitar aderências. o Exercícios ativo-assistido e ativo. o Exercícios em todos os arcos de movimento, mas não devem provocar dor ou fadiga, intensidade progressiva de acordo com a tolerância do paciente. o Evitar carga excessiva. o Priorizar a reeducação postural e respiratória para evitar desequilíbrio ou deformidades. o Os exercícios poderão ser realizados com bastão, bola ou em piscina terapêutica. o Visar sempre exercícios funcionais, para melhorar as AVDs. OBS: quando tem o enfaixamento associado a cinesioterapia (contração muscular), a compressão e o estímulo é maior, melhorando a condução da linfa. o As malhas elásticas irão substituir o enfaixamento numa fase mais tardia. o OBJETIVOS Manter as pressões intersticiais equilibradas. Diminuir e/ou manter e otimizar os resultados. Evitar recidivas do linfedema. o TIPOS DE BRAÇADEIRAS Meias – tornozelo, panturrilha, meia coxa, meia calça, meia calça com cinta. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL Luvas. – fixação torácica ou alça de sutiã, luvas até o punho, até a região metacarpofalangeana com o polegar ou sem o polegar, com punho e dedos. o CLASSES DE COMPRESSÃO: feitas sob medida, durabilidade média de 4 meses. Classe I: de 10 a 15 mmHg – suave. Classe I I: de 15,1 a 20 mmHg – média. Classe I I I: de 20,1 a 36 mmHg – alta compressão Classe IV: maior que 36 mmHg – alta compressão. Para linfedemas de membros inferiores: classe I I I – IV. Para linfedemas de membros superiores: classe I I – I I I. o Automassagem. o Auto enfaixamento. o Evitar umidade nas regiões interdigitais – pode desenvolver infecção fúngica. o Atividades manuais. o Ferimentos – picada de inseto, retirada de cutícula. o Ressecamento de pele – porta de entrada para infecção, a pele tem que estar limpa e hidratada. o Boa higienização. o Sobrecarga de peso. o Banho quente, exposição ao sol, calor da cozinha (forno) – pode causar a recidiva do linfedema por altas temperaturas. o Roupas e acessórios muito apertados. o Produtos que possam desencadear alergias (desodorantes, perfumes). o Alimentação e excesso de peso. o Depilação. o Aparelho conectado a mangueiras pneumáticas por onde passa o ar. o Angiotron – aparelho de pressão positiva. o Pode ser multicompartimental (consegue controlar a pressão em cada compartimento), sequencial ou câmara única. o Atualmente os aparelhos são dotado de diferentes programas que podem ainda ser regulados em pressão, tempo de compressão de cada câmara e o tempo de descompressão. o Precedida da drenagem linfática manual. o Pressões utilizadas: 30 a 40 mmHg. o Não substitui a drenagem linfática manual, é uma opção complementar. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Hipertensão arterial (muito alta). o Descompensação cardiocirculatória – arritmia, cansaço, taquicardia. o Edema sistêmico – suspeitar de problemas sistêmicos mais graves e encaminhar para o médico. o Infecções cutâneas – não realiza a drenagem e não coloca a braçadeira em cima da infecção. o Linfangites (erisipela). o TVP – trombose venosa profunda. o Grandes alterações da sensibilidade – a drenagem não pode ser dolorida, o enfaixamento não pode ser muito compressivo, pois pode ocorrer uma lesão. o Alergias. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Neoplasia – proliferação celular anormal. o Neoplasia Benigna – crescimento das células de maneira localizada e circunscrita, não levam a óbitos, e podem permanecer despercebidas por muito tempo. o Neoplasia Maligna – crescimento muito acelerado, as células se proliferam e invadem outras áreas, em tecidos vizinhos e sofrem metástase. NEOPLASIA - CLASSIFICAÇÃO BENIGNAS MALIGNAS TAXA DE CRESCIMENTO Baixa Alta DIFERENCIAÇÃO Bem diferenciadas Podem ser anaplásicas ATIPIAS CELULARES Raras Frequentes DEGENERAÇÃO Ausente Presente CRESCIMENTO Expansivo Infiltrativo CÁPSULA Presente Ausente LIMITES Definidos Imprecisos EFEITOS Inexpressivos Graves/Letais RECIDIVA Ausente Presente METÁSTASE Ausente Presente FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Conhecido também como carcinoma. o Atinge principalmente mulheres – em homens acontece 1 em cada 125 mulheres. o Tem um alto índice de mortalidade. o Diagnóstico precoce pode facilitar o processo do câncer de mama, porém, um diagnóstico precoce é difícil – por isso é importante o autoexame. o Algumas pessoas têm pouca informação sobre o comportamento biológico. ÁREAS COMUMENTE AFETADAS o Epitélio glandular. o Mesênquima. o Epiderme. o Musculatura próxima – peitoral maior e peitoral menor. o Plexo braquial está próximo também. o Cirurgias de mama e linfonodo pode comprometer a musculatura vizinha, plexo braquial, suprimento arterial, venoso e/ou linfático. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL FATORES DE RISCO Fatores Ambientais e Comportamentais Obesidade e sobrepeso após a menopausa. Sedentarismo. Consumo de bebida alcoólica. Exposição frequente a radiações ionizantes (Raio X). Fatores Genéticos e Hereditários História familiar de câncer de ovário. Vários casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos. História familiar de câncer de mama em homens. Alteração genética, especialmente nos genes BRCA 1 e BRCA 2. Fatores da História Reprodutiva e Hormonal Primeira menstruação (menarca) antes dos 12 anos. Não ter tido filhos. Primeira gravidez depois dos 30 anos. Não ter amamentado. Parar de menstruar (menopausa) antes dos 55 anos. Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona) Ter feito reposição hormonal pós menopausa, principalmente por mais de 5 anos. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Auto exame – aparecimento de um nódulo, tamanho da mama, eritema, aspecto de “casca de laranja”, secreção, deformidades, entre outros. o EXAMES: Mamografia - padrão ouro – classificação BIRADS. Ultrassonografia. Biópsia da lesão. Cintilografia e ressonância magnética. CLASSIFICAÇÃO BIRADS CATEGORIA AVALIAÇÃO RECOMENDAÇÕES 0 Incompleta. Necessita de complemento como compressão localizada, USG ou RM. 1 Negativo. Acompanhamento de rotina, segmento anual. 2 Achados benignos. Acompanhamento anual. 3 Achados provavelmente benignos. Achados provavelmente benignos, seguimento em menos espaço de tempo (6 meses) ou, em casos específicos, investigação citológica ou histológica. 4ª Achados de baixa suspeição. Biopsia. 4B Achados de intermediaria suspeição. Biopsia. 4C Achados de moderada suspeição. Biopsia. 5 Achados de moderada suspeição. Biopsia – conduta adequada. 6 Achados confirmados de malignidade. Conduta adequada. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Alteração no tamanho ou forma da mama. o Vermelhidão ou coceira na mama e/ou arredor do mamilo. o Liberação de líquido pelo mamilo, sem apertar. o Inchaço na axila ou ao redor da clavícula. o Nódulo ou caroço na mama, endurecimento ou enrugamento da pele (casca de laranja). o Inversão súbita do mamilo. o Dor constante na mama ou na axila. LOCAL MAIS ACOMETIDO NOS QUATRO QUADRANTES o Quadrante superior externo – 50% o Quadrante superior interno 15% o Quadrante inferior externo – 11% o Quadrante inferior interno – 6% o Sob o mamilo – 17¨% QSE QSI QIE QII FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Por extensão direta – o tumor se desenvolve dentro do tecido de origem, um tecido próximo. o Por disseminação metastática – por via linfática e venosa; os órgãos mais comumente envolvidos pelas metástases são: linfonodos regionais, pele, osso,fígado, pulmão e cérebro. o Carcinoma invasivo Carcinoma ductal invasivo (CDI) – atinge o ducto da mama Carcinoma lobular invasivo (CLI) – atinge o lóbulo da mama o Carcinoma não invasivo (in situ – IS) Carcinoma ductal não invasivo (CDis). Carcinoma lobular não invasivo (CLis). o Carcinoma em mama masculina – raro, 1:125 o Estágio 0: células cancerígenas estão contidas no local – in situs. Detectado com facilidade e chance de cura aproximadamente de 100%. o Estágio 1: tumor invade a região local, áreas ao redor. Tumor mede menos que 2 cm e não acomete glândulas linfáticas da região. TRATAMENTO: cirurgia para retirada do tumor e radioterapia. o Estágio 2: nódulo mede de 2 a 5 cm e já atinge linfonodos. TRATAMENTO: cirurgia para retirada do tumor, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia. o Estágio 3: tumor mede mais que 5 cm. Disseminação para vários linfonodos próximos e pode atingir músculos e pele. TRATAMENTO: cirurgia para retirada de tumor, radioterapia e/ou quimioterapia. o Estágio 4: tumor de qualquer tamanho com metástase. Glândulas linfáticas comprometidas, pode atingir ossos e pulmão. TRATAMENTO: hormonioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo. o Terapia Alvo: é projetada para bloquear o crescimento e disseminação das células cancerígenas. Invade outros tecidos FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Classificação dos tumores malignos. o O sistema TNM para descrever a extensão anatômica tem por base a avaliação de três componentes. T – na extensão do tumor primário. N – na ausência ou presença de linfonodos regionais. M – na ausência ou presença de metástase à distância. o REGRAS GERAIS DO SISTEMA TNM o T – tumor primário Tx – inconclusivo - não deu pra ver se é benigno ou maligno. Tis – tumor in situ. T0 – não tem tumor. T1 T2 T3 T4 o N – nodo (linfonodo). Nx – não foi possível detectar se o linfonodo foi acometido ou não. N0 – não foi acometido. N1 N2 N3 Quanto maior o número, maior o tamanho do tumor. Quanto maior o número, maior a quantidade de linfonodos acometidos. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o M – metástase (à distância). Mx – não foi possível ver se tem metástase ou não. M0 - não tem metástase. M1 – tem metástase e específica qual o local. o Terapia local: visa tratar um tumor no local, sem afetar o resto do corpo. Ex: cirurgia e radioterapia. o Terapia sistêmica: refere-se s drogas que podem ser administradas por via oral, ou diretamente na corrente sanguínea para atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo. Ex: quimioterapia, terapia hormonal e terapia alvo (é projetada para bloquear o crescimento e disseminação das células cancerígenas. As terapias alvo as vezes agem mesmo quando os medicamentos quimioterápicos não respondem). o Radioterapia: evitar recidiva do câncer de mama, auxiliar no tratamento conservador, tratamento simples e rápido, indolor e é invisível. O paciente não sente nenhum incomodo durante a aplicação. A aplicação dura de 10 a 15 minutos. EFEITOS COLATERAIS: radiodermite (queimadura), ressecamento, vermelhidão com ardência no local, descamação seca, prurido, fadiga. o Quimioterapia: o paciente recebe medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais, pode ser administrada via oral ou intravenosa, tendo período de descanso para que o corpo possa se recuperar. TIPOS Curativa: controle completo do tumor, como nos casos de leucemias agudas, carcinomas de testículo. Adjuvante: faz depois da cirurgia. Quando se segue a cirurgia curativa, destruir as células residuais locais diminuindo a incidência de metástases a distância. Neoadjuvante: feita antes da cirurgia e/ou radioterapia para tentar conter o crescimento do tumor. Paliativa: não tem finalidade de cura, usada para melhorar a qualidade de vida do paciente. É o caso da quimioterapia indicada para carcinoma indiferenciado de células pequenas do pulmão. o A quimioterapia e a radioterapia não afetam apenas as células neoplásicas, mas também outras células com hiperplasia. Ex: cabelo. EFEITOS COLATERAIS: perda de cabelo, feridas na boca, aftas e diarreias, cólicas abdominais, perda ou aumento do apetite, náuseas e vômito, infecções, hematomas ou hemorragias, neuropatia, algia (dor), formigamento nas mãos e nos pés, problemas cardíacos, mal estar ou cansaço, fadiga, aumento da sensibilidade da pele ao sol. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL PRECOCE (de 0 a 3 dias) IMEDIATOS (de 7 a 21 dias) TARDIOS (meses) ULTRA-TARDIOS (meses ou anos) ▪ Náuseas ▪ Vômitos ▪ Mal estar ▪ Adinamia ▪ Artralgias ▪ Agitação ▪ Exantemas ▪ Flebites ▪ Mielossupressão granulocitopenia plaquetopenia anemia ▪ Mucosites ▪ Cistites hemorrágica devida à ciclofosfamida ▪ Imunossupressão ▪ Potencialização dos efeitos das radiações devida à actinomicina D, à adriamicina e ao 5-fluoracil ▪ Miocardiopatia devida aos antracíclos e outros ▪ Hiperpigmentação e esclerodermia causadas pela bleomicina ▪ Alopecia ▪ Pneumonite devido à bleomicina ▪ Imunossupressão ▪ Neurotoxidade causada pela vincristina, pela vimblastina e pela cisplatina ▪ Nefrotoxidade devida à cisplatina ▪ Infertilidade ▪ Carcinogênese ▪ Mutagênese ▪ Distúrbio do crescimento em crianças ▪ Sequelas no sistema nervoso central ▪ Fibrose/cirrose hepática devida ao metotrexato o Hormonioterapia: injeção de vários hormônios na tentativa de conter a disseminação. o Cirurgia conservadora Tumorectomia: corte e retirada do tumor, com margem de segurança. Deve ser associada ao esvaziamento axilar (pode ou não ter o esvaziamento). Como em toda cirurgia conservadora, a radioterapia é parte integrante do tratamento. Remoção de tumor com até 1 cm + linfonodectomia. Quadrantectomia: consiste na retirada do tumor quadrante onde se localiza o tumor, com margens de segurança. A Quadrantectomia complementada pelo esvaziamento axilar e pela radioterapia pós operatória, tem-se mostrado ótima opção de tratamento. Remoção de tumor de 2 a 3 cm e margem de segurança de 2 a 2,5 cm + linfonodectomia. o Mastectomia: retirada total ou parcial da mama, associada ou não ao esvaziamento axilar. Mastectomia Simples: retirada apenas da glândula mamaria. Mastectomia Radical de Halsted: retirada da mama, do músculo peito maior e peitoral menor, e esvaziamento axilar radical (todos os linfonodos). Mastectomia Radical Modificada Madden (mioconservadora): remoção da glândula mamária, juntamente com a aponeurose anterior e posterior do musculo peitoral maior e no esvaziamento axilar parcial ou total e linfonodos interpeitorais, sendo preservados os músculos peitoral maior e peitoral menor. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL Mastectomia Radical Modificada de Patey (mioconservadora): remoção da glândula mamária e músculo peitoral menos com esvaziamento axilar radical, linfonodos interpeitorais, aponeurose anterior e posterior do músculo peitoral maior. Preserva o músculo peitoral maior. o Linfonodo sentinela: primeiro linfonodo responsável pela drenagem do tumor. Injeta um contraste, identifica quem é o linfonodo sentinela e retira, vai para análise (biópsia) e se tiver metástase retira todos os outros linfonodos. Nos casos em que o linfonodo sentinela é positivo, é realizado o esvaziamento axilar. Se negativo, a paciente é poupada da dissecção axilar, evitando, dessa maneira, a grande morbidade desse procedimento. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Esvaziamento axilar: feito pela axila, pode ocorrer lesão nervosa, durante o procedimento. Pode comprometer vasos linfáticos e então ocorre a formação de linfedema, disfunção do membro e lesão nervosa.o Complicações da dissecção axilar Linfedema. Lesão de estruturas vasculares. Disfunção do membro. Dano a nervos. o Complicações Pós Cirúrgicas Seroma. Linfedema. Aderência. Retração cicatricial. Radiodermite. Limitação de ADM. Fraqueza de membro superior. Dor. Disfunções do ombro (escápula alada). Limitações das AVDs. Alteração da sensibilidade (face posterior e medial do braço e linha axilar). Sensação fantasma. Alterações posturais. Axilary Web Syndrome – formação de cordões retrátil. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o DEFINIÇÃO: é um processo cirúrgico indicado para restaurar a perda de tecido da mama submetida a mastectomia ou lumpectomia. o MASTECTOMIA Radical (Halsted). Mioconservadora (Patey/Maden). Quadrantectomia – tumores menores que 2 cm. Esvaziamento axilar. Quimioterapia e radioterapia. OBS: Todos os procedimentos citados acima podem deixar sequelas, como limitação funcional. o Tratamento pode ser mutilador – retirada de um segmento corpóreo. o Transtornos psicológicos. o Problemas de autoestima, convívio social e afetivos. o O cirurgião leva em consideração a escolha da paciente, as possibilidades técnicas (escolha da melhor técnica) e experiência do cirurgião. o PRINCÍPIOS Simetria. Segurança (boas condições gerais). Simplicidade. o Paciente tem que ter uma boa condição geral para realizar a cirurgia. o Sempre começa com a possibilidade de técnicas mais simples, para depois tomar condutas mais complexas. o TIPO DE TÉCNICA Reconstrução com próteses (expansores). Retalhos miocutâneos. Retalhos miocutâneos e inclusão de próteses. Enxerto de gordura – tentativa de melhorar áreas com aderência, contornos com áreas de retração ou ausência de tecido. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o ÉPOCA DA CIRURGIA Imediata – mastectomia e reconstrução na mesma cirurgia. Tardia – paciente não tem condições clínicas adequadas, fez mastectomia radical e ainda vai realizar o tratamento (quimioterapia, radioterapia etc.). o VANTAGENS Menor morbidade e agressão cirúrgica. Não precisa de área doadora. Cicatrizes menores. Preservação das características do tecido mamário. A reconstrução pode ser feita imediatamente. Reversibilidade do método. o DESVANTAGENS Material aloplástico – pode ser rejeitado, pode ter formação de fibrose, capsulite. Durabilidade – troca feita se necessário, faz acompanhamento anual. Múltiplas sessões – se precisar usar o expansor para ganhar extensibilidade de pele e depois colocar a prótese, a paciente é internada para colocar o expansor e várias sessões de aplicação de soro fisiológico para o expansor expandir o tecido e depois colocar a prótese. Complicações inerentes a prótese – corpo estranho, pode ser rejeitado, formação de capsulite. o TRAM: Retalho Transverso Músculo Reto Abdominal Indicações/limitações: mastectomia imediata ou tardia, ausência de cirurgias abdominais prévias, anatomia abdominal favorável e estar num bom estado geral clinicamente. Vantagens: uso de tecido autógeno (não tem rejeição tecidual), bom resultado estético, benefício secundário da abdominoplastia. Complicações: perda do retalho, hérnia abdominal (o cirurgião coloca telas de proteção abdominal para evitar hérnias), necrose do retalho abdominal, desvio da posição umbilical, grandes cicatrizes, função muscular (reto abdominal). FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL OBS: o músculo retirado é contralateral a reconstrução, a vascularização é mantida. A área que necrosa é a mais distante da rede vascular. o COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS TRAM Necrose do retalho abdominal – em paciente tabagista é contraindicado a cirurgia, tem que ficar pelo menos 1 mês sem fumar antes da cirurgia. Tendo necrose, a paciente perde o retalho, pode ter perda parcial, perde só a epiderme e depois esse tecido regenera. Herniações abdominais. Desvio da posição umbilical. Grandes cicatrizes – pode ter deiscência cicatricial, necrose, formação de seroma. Seroma – pode se formar nas regiões da cirurgia, inclusive no abdômen. Função muscular – paciente fica com dificuldade de fazer a flexão do tronco o Retalho Miocutâneo Grande Dorsal Indicações/limitações: mastectomia imediata ou tardia. Vantagens: tecido autógeno, bom resultado estético. Complicações: grandes cicatrizes, função muscular – não é retirado o músculo inteiro, apenas uma parte do músculo grande dorsal. Pele, gordura e músculo (grande dorsal) das costas para reconstruir a mama. Aporte sanguíneo provem dos vasos da axila (o aporte sanguíneo vai junto com a musculatura). o CAM – Complexo Aureolo Mamilar Técnica para reconstrução do mamilo, usando retalho ou enxerto. Técnica para reconstrução da aureola, utilizando tatuagem ou enxerto. Mastoplastia e/ou mastopexia (levantamento da mama) na mama contralateral para ficar simétrico. Posição adequada do CAM (complexo aureolo mamilar). Escolha da técnica do mamilo – retalho local, enxerto (grandes lábios da vagina), micropigmentação. Escolha da técnica da aréola – micropigmentação, enxerto. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Necrose. o Deiscência cicatricial. o Formação de seroma o Formação de hematoma. o Infecção local. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Precisa saber o tipo de cirurgia realizada para conseguir fazer um melhor tratamento. o Complicação que pode surgir após qualquer tipo de cirurgia. o Acúmulo de líquido abaixo da pele e próximo a cicatriz. o Precisa ser controlado – no pós operatório imediato é utilizado as compressões ou enfaixamento. o TRATAMENTO Drenagem linfática. Linfotaping – de 3 a 5 dias. Laser – estimula a linfoangiogênese e estimula o processo de reabsorção dos líquidos. Compressão – feita na forma preventiva é o melhor tratamento e tem melhor resultado. o Tem uma distensão tecidual local e pode acometer nervos. o Quanto mais tempo demora para iniciar o tratamento, o seroma começa a endurecer (fibrose). o Retenção localizada de fluídos, provocada por um bloqueio ou obstrução do sistema linfático. o Pode ocorrer após a retirada dos linfonodos, pois a capacidade de absorção do excesso de líquido fica reduzida. o As características pessoas podem desencadear o linfedema após a mastectomia. o TRATAMENTO Terapia Complexa Descongestiva + técnicas complementares. Terapia Complexa Descongestiva – cuidados com a pele, drenagem linfática manual, terapia compressiva, cinesioterapia – PADRÃO OURO. Terapias complementares – laser, angiotron, linfotaping, cirurgias. Cirurgias – anastomose linfovenosa, jogando direto o vaso linfático no venoso. o Se a paciente retirou apenas os linfonodos sentinela ou fez uma retirada parcial, pode fazer a drenagem para o mesmo lado. Quando faz esvaziamento total, utilizada a via derivativa anterior, posterior, anastomose axilar contralateral e anastomose axilo-inguinal. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Aderência é quando o tecido por baixo e em volta da cicatriz fica “colado” (aderido), sendo difícil movimentá-lo de um lado para o outro. Isso acontece porque durante a cicatrização o corpo produz muito colágeno e tecidos fibróticos de forma desordenada. o A radioterapia pode causar a piora da qualidade tecidual. o TRATAMENTO Terapia Manual – movimentos lentos, ganhar mobilidade e não causar uma nova lesão. Taping. Eletroterapia – laser. o Alterações da pele provocadas pela radioterapia. o Queimaduras. o TRATAMENTO Terapia Manual. Eletroterapia –laser (fotobiomodulação). Cuidados com a pele. o O ombro e a cintura escapular são muito afetados. o O que define essas limitações é o tipo de cirurgia. o Quando faz o esvaziamento axilar, pode ter lesão nervosa – ramos específicos do plexo braquial que compromete a função do ombro. o A quimioterapia pode causar neuropatia, o fisioterapeuta precisa ficar de olho para diminuir os danos. o TRATAMENTO Cinesioterapia – autoassistido é bastante usado. Mecanoterapia. Exercícios funcionais. o Muitas vezes chegam pacientes que precisam de ADM de 90º de abdução, rotação externa e cervical para conseguir fazer a radioterapia. o O tratamento com quimioterapia e radioterapia podem causar fadiga – diminui a capacidade funcional e qualidade de vida, podendo se estender a longo prazo. o Pacientes que fazem quimioterapia tem uma cardiotoxicidade muito grande, precisa fazer exercícios de maneira adequada, em relação a carga, número de repetições e sempre respeitando os limites do paciente. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Exercício para ombro, região cervical (paciente adquiri um posição antálgica), cotovelo, mão, etc. o Exercícios enfatizados para o ganho de funcionalidade. o Muito frequente. o Cifose, posição antálgica, protrusão da cabeça, alteração da altura do ombro, escoliose. o Músculo peitoral maior o Músculo peitoral menor o TRATAMENTO Cinesioterapia e eletroterapia (laser – reparação tecidual). o Nervos Motores Nervo Torácico Longo – músculo serrátil anterior – escápula alada. Nervo Toracodorsal – músculo grande dorsal – extensão, adução, rotação medial do braço Responsáveis pelo movimento de adução horizontal do ombro e protrusão da escápula FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL Nervo Peitoral Lateral – músculo peitoral maior – adução horizontal e rotação medial do ombro. Nervo Peitoral Medial – músculo peitoral menor – realiza depressão, inclinação anterior e rotação para baixo da escápula. o TRATAMENTO Cinesioterapia, sensibilização e eletroterapia. o Nervo Sensitivo Nervo Intercostobraquial – alteração da sensibilidade na região medial e póstero-superior do braço e axila que se apresenta na maioria dos casos como anestesia ou hipoestesia, podendo ocorrer hiperestesia em alguns casos. o TRATAMENTO Sensibilização (hipoestesia), dessensibilização (hiperestesia) e eletroterapia (laser no trajeto do nervo). o Síndrome da mama fantasma (SdMF): paciente realiza a mastectomia e ainda sente a presença da mama retirada, pode sentir dor também. É clinicamente variável quanto à intensidade e ao intervalo de tempo entre a mastectomia e o início dos sintomas. o TRATAMENTO Cinesioterapia Estímulo sensorial Eletroterapia Terapia do Espelho FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Complicação após o esvaziamento axilar e ocorre formação de cordões retráteis que inicial na axila e podem migrar até o polegar. o Alguns autores relatam que o cordão retrátil são os coletores fibrosados ou trombosados. o TRATAMENTO Cinesioterapia. Terapia Manual – com suavidade trabalha a fibrose que é limitante. Taping – aplicação específica. Eletroterapia – laser e ondas de choque. o O objetivo do fisioterapeuta é melhorar a extensibilidade tecidual para colocada do expansor. o TRATAMENTO Cuidados com a pele – bem hidratada. Terapia Manual – extremamente suave. Cinesioterapia. Eletroterapia. Vacuoterapia – muito cuidado. o COMPLICAÇÕES Necrose/perda do retalho (parcial ou total) – pode ter uma deiscência com pontos de necrose. Hérnia abdominal – como o músculo foi retirado, tem que tomar muito cuidado com exercícios, realizar otimização da parede abdominal, otimização dos exercícios respiratórios, evitando manobra de Valsalva. Grandes cicatrizes Função muscular afetada – compromete as AVDs. o TRATAMENTO Terapia Manual Cinesioterapia Eletroterapia Associação de técnicas FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o COMPLICAÇÕES Necrose é menos frequente Formação de seroma Aderência cicatricial Retração cicatricial Limitação da ADM Função muscular afetada – compromete as AVDs o Como a retirada do retalho do músculo grande dorsal é parcial, a reabilitação é muito positiva. o TRATAMENTO Terapia Manual Cinesioterapia Eletroterapia Associação de técnicas o Mucosite: inflamação da mucosa, muito frequente em tumor de cabeça e pescoço, mas no câncer de mama pode ter. É comum que ela apareça em pacientes em tratamento oncológico, pois as células dessas mucosas são semelhantes às cancerígenas. O tratamento é feito com o laser. o Algias: artralgia, mialgia, neuralgia – dor oncológica. Tratamento com associação de técnicas (massagem clássica/relaxamento, exercícios respiratórios, hidroterapia, acupuntura etc.). o Dados pessoais o Anamnese – HMA (história da moléstia atual), data do diagnóstico, estadiamento, queixa principal, histórico familiar de câncer. o Estilo de vida – tabagismo, etilismo, uso de medicamentos, consulta psicológica. o Dados cirúrgicos e tratamentos – local cirúrgico, data da cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, se já finalizou as sessões do tratamento. o Exame físico – altura, peso, IMC, temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, perimetria, auscultar. o Aspecto da cicatriz – hidratação da pele, aderências, retrações, fibrose, hematoma. o Complicações associadas – edema/linfedema, dor, dor miofascial. o Avaliação sensorial – membros superiores bilateral – estesiômetro o Força muscular – flexão, extensão, abdução e adução do ombro, extensão e flexão do cotovelo, extensão e flexão de punho. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Goniometria – flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral do ombro, flexão, extensão, pronação e supinação do cotovelo, flexão e extensão do punho, desvio radial e desvio ulnar. o Teste de funcionalidade dos membros inferiores – questionário DASH o Qualidade de vida – questionário GORTC – QLQ – BR 23 o Função sexual – questionário FSFI o Nível de autoestima – questionário EAR o Orientações – exercícios domiciliares, orientações para o dia a dia, educação do paciente. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Atuação da fisioterapia no período pré cirúrgico tem aumentado cada vez mais, com o objetivo de preparar o paciente para a cirurgia, para que os resultados no pós operatório sejam otimizados. o É importante uma anamnese completa, conhecer o paciente e então pensar nas necessidades de tratamento no pós operatório. o Cinesioterapia o Reeducação postural o Massoterapia – liberação de pontos gatilhos o Eletroterapia – auxilia na liberação de pontos gatilhos, otimizando a hidratação tecidual o Atividade física – controle de peso corporal o Reeducação de hábitos – ingestão hídrica, não tabagismo, qualidade do sono. o Acompanhamento de outros profissionais o TENS – controle de dor. Pacientes que passaram por procedimento cirúrgico longo, podem relatar dor em outras áreas, principalmente o paciente que não teve um tratamento no pré operatório. o Crioterapia – controle de edema o Compressão – controle de edema o Repouso relativo o Elevação do segmento – controle de edema o Drenagem linfática manual o Ultrassom – otimização de processo cicatricial o Laser – otimização de processo cicatricial, principalmente quando o paciente tem deiscência cicatricial o Massoterapia – massagem cicatricial e em áreas de tensão o Atividade física o Depressoterapia (vacuoterapia) – indicações específicas no pós operatório mais tardio o Taping – utilizando no intraoperatório (dentroda cirurgia) FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Dermolipectomia – corte e retirada do tecido. o ABDOMINOPLASTIA CLÁSSICA: abdômen total. Incisão da espinha ilíaca anterior superior direita até a espinha ilíaca anterior superior esquerda. A cicatriz umbilical deve ser refeita. o MINI ABDOMINOPLASTIA: incisão menor, na região de sínfise púbica (região da cesárea), não tem incisão no umbigo. o ABDOMINOPLASTIA EM ANCORA: muito utilizado em pacientes pós cirurgia bariátrica, onde tem muito excesso de pele. Pode ter deiscência e aderência. o As abdominoplastias, geralmente, são associadas a lipoaspiração. o Pode ser feito apenas a lipoaspiração. o Após cirurgia bariátrica. o Pós gestação. o Cirurgia mais simples o Incisão na região de sínfise púbica. o Toda a pele é descolada da região abdominal. o Umbigo mantido na região, tração é feita infra umbilical. o Incisão cirúrgica feita até o esterno e borda das costelas inferiores. o O umbigo é descolado e tem que ser refeito. o Pode ser feito apenas a incisão de uma espinha ilíaca até a outra, ou também em ancora, quando tem necessidade de retirada de pele e tracionamento laterolateral dessa pele. o Retirado todo excesso de pele. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Muitas vezes ocorre a diástase – musculatura reto abdominal fica afastada. Então, na abdominoplastia é comum que se faça a miorrafia desse músculo. o Na abdominoplastia em âncora fica uma grande cicatriz e pode ter deiscência, aderência, necrose. o COMPLICAÇÕES: geralmente, estão associadas com o não cumprimento da orientação (paciente pegou peso, não fez repouso, não usou a malha, fumou durante o período) – hematoma, seroma, fibrose, infecção, deiscência (a partir do momento que ocorre o afastamento da cicatriz, por menor que seja, pode causar infecções), necrose e cicatriz (hipertrófica ou queloide). o O pós operatório é importante. o Dentro do centro cirúrgico várias condutas já são adotadas. Acabou a cirurgia, em alguns casos, os fisioterapeutas já estão aplicando o taping (melhorar a drenagem da região, diminuir edema, seroma, fibrose e alargamento de cicatriz) e coloca a malha elástica no intraoperatório, antes do paciente sair do centro cirúrgico. o Compressão. o Taping. o Repouso ou posicionamento do paciente – no pós operatório é indicado colocar um rolinho no joelho para fazer uma leve flexão de quadril para diminuir a tensão (retirar aos poucos). o TENS e crioterapia – controle de dor, hematoma. o Drenagem linfática manual. o Ultrassom – utilizado tardiamente, apenas quando tem fibrose. o Laser – utilizado para deiscência. o Massoterapia – utilizado para áreas de tensão, principalmente. o Depressoterapia (vacuoterapia) – utilizando tardiamente, para áreas com aderência ou fibroses. o Atividades físicas. DIÁSTASE FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o MINI ABDÔMEN E LIPOASPIRAÇÃO: espera pelo menos um mês para fazer manobras de deslizamento, pois descola todo o tecido da região abdominal (vasos totalmente seccionados). Os vasos vão ter uma angiogênese e linfagiogênese, o sistema sanguíneo e linfático estão se refazendo, então se desloca esse tecido pode comprometer essa angiogênese. Durante o primeiro mês, pode ser utilizada manobras de pressão/descompressão, após o primeiro mês o deslizamento está liberado, porém, o paciente tem que ser avaliado antes. Drena normalmente para os linfonodos inguinais. o DERMOLIPECTOMIA (abdômen total): a incisão é grande, os vasos foram seccionados. A pele da região infra abdominal foi toda seccionada, descolada e jogada fora, então a pele da região supra abdominal foi descolada para a região infra abdominal. Os vasos que estão na região supra abdominal, são vasos que se comunicam com os linfonodos axilares. No primeiro mês de pós operatório, enquanto os vasos da região infra abdominal não se refazem, utiliza a drenagem reversa, no qual, após um abdômen total, o primeiro mês de drenagem é feita para os linfonodos axilares. Após um mês, os vasos estando refeitos, é feita a drenagem para os linfonodos inguinais. o DRENAGEM REVERSA: estímulo do ângulo venoso, estímulo dos linfonodos da região axilar, faz chamada na área onde não tem edema e a reabsorção nas áreas com linfedema, trazendo para os linfonodos axilares. o LIPOASPIRAÇÃO: a cânula de aspiração irá entrar em locais específicos, geralmente, pelo umbigo ou região pubiana, a cânula entra, rasga todo esse tecido, tem uma lesão do tecido subcutâneo e então aspira todo o volume. Normalmente, aspira 5% do peso corporal (média de 3 litros de gordura). O corpo irá preencher esse vazio com líquido, portanto, no pós operatório tem muito edema, hematoma. A hemostasia é feita só com compressão, então é importantíssimo a compressão para que não se formem espaços que serão preenchidos com líquido, quando tem a compressão diminui a formação de espaços e líquidos, conseguindo controlar o edema, seroma e fibrose. A drenagem é extremamente indicada, normalmente é liberado com uma semana ou antes, pois não tem incisões teciduais. o TRATAMENTO NO PÓS OPERATÓRIO DA LIPOASPIRAÇÃO Compressão – pode ser específica, de acordo com a cirurgia realizada. Taping. Repouso – evitar atividades que aumentem o edema, o hematoma. O repouso é de acordo com a cirurgia realizada. TENS. Crioterapia. Posicionamento. Drenagem linfática manual. Ultrassom. Laser – em alguns pacientes, a cicatriz de entrada da cânula pode macerar FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL Massoterapia. Depressoterapia (vacuoterapia). Atividade física. o Drenagem linfática – depende da cirurgia. o Pressoterapia – depende da cirurgia. o Laser o Vácuo/Endermologia – utilizado tardiamente em casos específicos, quando tem fibrose e aderência muito importante. Utilizado após 1 a 3 meses. o Taping – intraoperatório o Atenção especial as alterações do contorno (retoque da lipoaspiração após 6 meses) – depois que o paciente desincha, irregularidades podem aparecer. o Hematoma. o Seroma. o Infecção. o Deiscência. o Necrose. o Cicatrizes hipertróficas. o Embolias. o Trombose venosa profunda – o médico pede para o paciente ir de meia elástica para a cirurgia e faça muito exercício metabólico para a prevenção da TVP. o REDUCIONAL: diminuir a mama, geralmente, necessitando de uma mastopexia (levantamento). Quando tem queda da mama, comumente faz uma redução com retirada de pele. Incisão mais comum é o T invertido, mas tem a incisão periareolar e vertical, periareolar. o Importante a compressão no intraoperatório, tem cirurgiões que deixam o micropore por até dois meses, se o paciente não tiver alergia, evita deiscência e cicatrizes hipertróficas. o O dreno pode ficar de 24 horas a 72 horas, depende do volume drenado. o Retirada de pontos – de 7 a 15 dias, pelo menos 10 dias. o Liberação parcial das atividades em 15 dias. Nos primeiros 15 dias, a paciente não pode mexer o ombro, pode fazer movimentação no máximo até 90º. o Liberação total das atividades em 2 meses. o Fazer orientações para essa paciente. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o AUMENTO (prótese): a incisão mais comum é a infra mamária, mas tem também a periareolar e axilar. o Prótese siliconada ou salina, possui vários formatos. o Utilizar o sutiã compressivo de 1 a 2 meses. o Validade de 10 a 15 anos – depois de 10 anos é feito acompanhamento anual para verificar a condição da prótese. o Pontos reabsorvíveis. o Liberação para as atividades é mais precoce do que na mastopexia reducional, mas as orientações são similares. o Automassagem: 7 a 15 dias. o A prótese pode ser colocada na frente do músculo e atrás da mama (retromamária) ou atrás da musculatura (retromuscular). o Deiscênciacicatricial, pode evoluir para infecção, necrose, extrusão da prótese. o Cicatrização inadequada. o Formação de capsula fibrosa retrátil. o Hematomas. o Seromas. o Necrose. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Compressão. o Taping. o Repouso – depende da cirurgia. o TENS. o Crioterapia. o Posicionamento. o Drenagem linfática manual. o Ultrassom. o Laser. o Massoterapia. o Depressoterapia (vacuoterapia). o Atividade física. OBS: a malha compressiva junto com o micropore é importante ser utilizado. Os linfonodos estão preservados, faz o estímulo do ângulo venoso, dos linfonodos supraclaviculares, estimula os linfonodos da região axilar. CUIDADO: nunca tracionar a cicatriz, estabiliza a cicatriz e faz a drenagem com a outra mão. Evitar deslizamentos no pós operatório. Dependendo do tipo de cicatriz irá fazer adequações mais especificas. Laser pode ser utilizado pontualmente em áreas com necessidades (deiscência). FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Popularmente conhecido como celulite. o Celulite: infecção bacteriana do subcutâneo, geralmente pelo staphylococus aureus. Área eritematosa. Geralmente associado com necrose. o A celulite infecciosa é diferente da celulite conhecida popularmente (Fibroedema Gelóide). o Síndrome adiposidade dolorosa o Lipodistrofia localizada o Fibroedema ginóide o Hidrolipodistrofia ginóide o Lipodistrofia ginóide o Lipoesclerose nodular – degeneração do tecido com formação de nódulos. o Paniculose o Paniculopatia edematofibroesclerótica o Epiderme, derme (papilar e reticular), hipoderme. o Logo abaixo da pele, existe a camada subcutânea com predomínio de gordura. É um tecido extremamente vascularizado, realizando metabolismo celular, nutrindo as células. o Em média, para cada 3 adipócitos tem o espaço intersticial entre as células e está preenchido por interstício e vasos, tanto sanguíneo (arterial, venoso) quanto linfático. o Para cada 3 adipócitos tem um feixe vásculo-nervoso. Então, para cada 3 adipócitos há presença de tecido intersticial, vasos (capilares, venosos e arteriais) e nervos. o DESORDENS DE TECIDO DÉRMICO E TECIDO SUBCUTÂNEO FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL Alterações vasculares: à medida que o adipócito vai aumentando de tamanho, com maior a quantidade de gordura, ocorre uma compressão do sistema vascular e nervoso (feixe vásculo-nervoso). Resultando em problemas estéticos, problemas álgicos, diminuição funcional e problemas emocionais. o SEXO Feminino – ginoide: formato pera. Masculino – androide: formato maçã. No sexo feminino ocorre um maior acúmulo de gordura na região de mamas, abdômen e culotes (coxas). No sexo masculino ocorre um maior acúmulo de gordura na região de abdômen. Histologicamente, a camada de gordura no sexo masculino fica disposta de maneira diagonal e no sexo feminino, tem um reservatório maior e as fibras que separam os adipócitos são mais rígidas e fica disposta de maneira vertical, interligada na derme e epiderme. No sexo feminino, quando tem o aumento da gordura no adipócito, as fibras que são mais rígidas e inelásticas são tensionadas e tracionam a derme, que reflete em ondulações na epiderme. Nos homens, por ter o formato em diagonal, as fibras não fazem essa tração tão acentuada, então esse aspecto de ondulação não é frequente. A mulher tem 2 vezes mais adipócitos que o homem e a “configuração” também propicia o aparecimento desse aspecto ondulado. Como no aumento do adipócito pela compressão do feixe vásculo-nervoso, a reabsorção de líquidos não é adequada no interstício, começa a ocorrer uma infiltração no espaço intersticial com edema associado, não inflamatório. Se isso não é resolvido, começa a ter uma hiperpolimerização da substância fundamental amorfa. Isso pode evoluir para uma fibrose e até retração tecidual associada, de acordo com a cronificação do quadro. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Possui glicosaminoglicanas (mucopolissacarídeos) no interstício. o A reabsorção proteica é feita pelo sistema linfático. o O sistema linfático também é comprimido. o Na hiperpolimerização, as proteoglicanas estarão presentes no interstício, propiciando as fibroses. o As proteínas são hidrofílicas, atraem a água, então o processo se agudiza. o Ocorre a retenção das proteínas no interstício, que atraem a água e o edema acaba sendo mais acentuado. o Maior pressão osmótica intersticial. o Retenção hídrica exuberante. o Fibroblasto produzindo mais colágeno e consequentemente fibrose. o Fatores hormonais – estrógeno. o Alimentação inadequada. o Transtornos hormonais. o Sedentarismo. o Tabagismo – interfere na vascularização, causam uma vasoconstrição e piora todo o fluxo vascular. o Insuficiência venosa. o Hereditariedade. O grande problema do fibroedema gelóide é por causa de alterações vasculares na reabsorção de líquidos, essas alterações são grandes características do fibroedema gelóide. Aumento de líquido no interstício pela compressão dos vasos e piora da reabsorção desse líquido. Alteração vascular e dor associada pelo comprometimento nervoso. Hiperpolimerização: alteração da densidade do líquido intersticial. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Algia celular. o Parestesia – alteração de sensibilidade. o Câimbra. o Sensação de peso – principalmente ao andar e realizar atividades. o Diminuição local da temperatura – onde há uma maior compressão, tem uma diminuição da temperatura. o GRAU 1 Fase inicial. Sem alteração da sensibilidade. Aparece somente com compressão entre os dedos ou contração muscular. o GRAU 2 Visíveis mesmo sem compressão dos tecidos. Desaparece quando deitada. Já existe alteração de sensibilidade. Com incidência de luz lateral é facilmente detectada a margem. o GRAU 3 Observável em qualquer decúbito. Alterações teciduais mais acentuadas. Fibrose importante. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o FASE 1 Estase venosa e linfática. Acúmulo de líquido no interstício, sem fibrose e hiperpolimerização (ocorre apenas uma congestão). o FASE 2 Invasão do tecido por mucopolissacarídeos e eletrólitos no interstício. Compressão do feixe vásculo-nervoso. Estase venosa e linfática. Viscosidade alterada – hiperviscosidade. o FASE 3 Nódulos propriamente ditos. Fibroblastos formando arcabouços fibrosos. o FASE 4 Fibrose cicatricial atrófica e irreversível. Retração esclerótica. Nervos comprimidos pela fibrose. Dor. o Caracteriza o edema fibro gelóide pelas alterações teciduais que ocorrem. o Aumento da espessura do tecido subcutâneo. o Alteração da consistência tecidual – aumentada. o Aumento da sensibilidade à dor. o Diminuição da mobilidade tecidual (aderência planos profundos) – aderência muito acentuada e não tem plano de escorregamento adequado. o Inspeção e palpação podem verificar: Casca de laranja. “Saco de nozes”/Grãos de chumbo – quando desliza a mão pela pele, consegue perceber a alteração. Vasos – telangiectasias, microvarizes, varizes. Temperatura. Preensão/Dor (preensão + tração) - aumenta a compressão no local – Pinch Test. Termografia – os pontos com fibrose/fibroedema gelóide mais acentuado, tem uma diminuição da temperatura evidente. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o SUBINCISÃO Quebra septos fibrosos, libera o tecido e diminui as ondulações. Sequelas: hematoma, fibrose, abscesso, cicatriz. Lesão de vasos e nervos. o LIPOASPIRAÇÃO Aspira o tecido adiposo. Os septos fibrosos são quebrados. Sequelas: hematoma, fibrose, abscesso, cicatriz, flacidez tecidual. o ELETROLIPÓLISE Quebra de gordura. Sequelas: hematomas, fibrose, abscesso, cicatriz. o MESOTERAPIA Injeta enzimas para propiciar a quebra de gordura, causa uma vasodilatação. Complicações: edema, dermatite, infecção, atrofia, abscesso. o ATIVOS FARMACOLÓGICOS Castanha da índia, gikoo biloba, metilxantitas (cafeína) – cremes. Associado a drenagem para aumento da vascularização. o Drenagem com dermocosméticos – melhora absorção. o Carboxiterapia. o Criolipólise. o Ultrassom. o Laser. o Ondas de choque. o Radiofrequência. o Atividade física, controle alimentar – são essenciais para o tratamento. o Eletroterapia – correntes excitomotoras – analgesias e circulação sanguínea o Associar técnicas tem um melhor resultado. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o DEFINIÇÃO: é uma atrofia tegumentar adquirida, de aspecto linear, sinuosa com um ou mais milímetros de largura, a princípio numa fase mais aguda são avermelhadas, depois esbranquiçadas e abrilhantadas (nacaradas). Simétricas, paralelas umas as outras e perpendiculares as linhas de fenda da pele. Apresenta diminuição de espessura da pele e é representada por adelgaçamento, pregueamento, secura, menor elasticidade, rarefação dos pelos. o Ocorre lesão tecidual, inclusive nos anexos. o Pele atrófica, com diminuição de colágeno, diminuição da elastina. o Formação de fendas de tecido atrófico. o Striae Rubrae – avermelhada. o Striae Albae – branca. o Bastante controversa, Guirro (2002) em seus estudos destaca três teorias para explicar as causas das estrias. o TEORIAS Mecânica: menarca, formação das mamas, adolescência (estirão do crescimento). Endocronológica: cortisol (efeito hipotrófico no tecido). Infecciosa: quadros infecciosos de repetição e que são utilizados os corticoides via oral para tratamento. o Sexo: ambos, porém é maior no sexo feminino, devido a fator hormonal (menarca). o Idade: adolescência. Meninas: 12 a 14 anos Meninos: 12 a 15 anos o Localização: glúteos, mamas, abdômen, coxas, região lombrosacra e menos comumente em fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço, porção anterior do cotovelo. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Associação: puberdade, gestação, síndrome de Cushing, uso tópico de esteroides (cortisona ou ACTH), infecções agudas e debilitantes, atividade física vigorosa, estresse (aumento da produção de cortisol), obesidade, etc. o Conhecida também como hipercortisolismo. o Pacientes com disfunção endócrina – com o aumento da produção de cortisol sistemicamente. o Exposição prolongada ao cortisol, glicocorticoides. o Presença de rash malar, gibosidade (almofada de gordura), paciente com gordura em maçã, gordura abdominal acentuada, esqueleto apendicular fino (braços e pernas finos – com perda de massa muscular), feridas de má cicatrização, fragilidade vascular (hematomas, equimose), estrias (podem ser violáceas e depois se tornam avermelhadas). o Dados pessoais. o Anamnese: cor da pele, medicação (uso de corticoide, se estiver usando não é o momento ideal para fazer o tratamento), patologias associadas (ex: se não tratar a síndrome de cushing, o tratamento não é eficaz), propensão a queloide, tipo de alimentação, alergias, tratamentos anteriores e seus resultados. o Exame físico: período de aparecimento, coloração inicial e atual, depressão (quanto mais funda a estria, mais difícil o resultado), localização. OBS: Os tratamentos exigem uma resposta sistêmica boa, pois irá estimular a produção de colágeno para preencher a região atrófica, lacunas que se formam nas estrias. Então, se o paciente estiver com alguma patologia sem o tratamento adequado, o tratamento não é eficaz. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Médico. Mesoterapia: injeção de medicamentos – tretinoína, ácido ascórbico. Dermoabrasão. Laser – melhora do aspecto com laser pulsado, realiza número elevado de sessões. Laser fracionado – efeito abrasivo, desconfortável, sente o aumento da temperatura. Laser terapêutico. Carboxiterapia. Massagem. Infravermelho. Cremes – podem auxiliar na melhora da elasticidade e diminuírem a incidência de estrias. Eletroterapia – galvanopuntura – intensidade 100 a 280 uA, pode ser pontual ou escarificando (tomar cuidado para não sair da região lesada). Dermoabrasão: 3 níveis ▪ Nível 1: eritema (extrato córneo) – esfoliação. ▪ Nível 2: hiperemia (derme papilar e edema associado). ▪ Nível 3: profundo (sangramento, chega na derme reticular – médico). OBS: Na dermoabrasão, a fisioterapia atua até o nível 2 (associar ao ácido retinóico). A galvanopuntura tem como função causar um processo inflamatório na região, aumentando a vascularização para aumentar a chegada de fibroblastos e preencher as lacunas de lesão tecidual por colágeno. Na fase inicial não dói, pois é um tecido atrófico e que não possui sensibilidade em anexos, mas à medida que vai evoluindo a produção de colágeno e ocorre o preenchimento, a parte nervosa também se refaz e então a dor pode aparecer. o Não tomar sol. o Usar protetor solar. o Não usar anti-inflamatório. o Hidratação da pele após 24 horas. o Banho morno-frio. o Boa ingestão de água. o Alimentação adequada – com bastante vitamina C. o Mínimo de 10 sessões (média de 20 sessões). o Hipersensibilidade. o Uso do ENLA – anestésico, passar no máximo 1 hora antes e passar filme PVC depois. o É importante falar sobre o tratamento, que varia de pessoa para pessoa por conta do aspecto multifatorial das estrias. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL o Pacientes com tendência a queloide. o Alterações hormonais – principalmente do cortisol. o Uso de corticoides por conta de um tratamento específico. o Alterações de sensibilidade. FISIOTERAPIA APLICADA À DERMATOFUNCIONAL ALUNA: Victoria Message Fuentes Fisioterapia Aplicada à Dermatologia e Estética Professora Adriana Gonçalves 5º PERÍODO DE FISIOTERAPIA 2020 REFERÊNCIAS
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