Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS:_____/______/_____ - TURMA:____________________________ ALUNO(A):____________________________________________________________________________ TEXTO: A PAZ SE CONSTRÓI A CADA INSTANTE Muitos homens sabem que a paz não se estabeleceu de uma vez por todas e para sempre. Então, pensam bastante em tudo o que é preciso fazer para construí-la e evitar a guerra. A paz pode ser semeada em qualquer lugar, o tempo todo. Ela se constrói quando aprendemos a história do mundo, quando dialogamos com aqueles que têm ideias diferentes, quando reagimos diante das injustiças. Na escola, os maiores chantageiam os menores. Um dos alunos vai falar com o diretor para acabar com essa chantagem: esse aluno, não fechando os olhos para o que acontece, reagindo, está construindo a paz. O diretor procura os aproveitadores, aplica-lhes uma punição e explica por que estão sendo punidos: ele está construindo a paz. Aparece um artigo no jornal propondo que se proíba a transmissão de jogo de futebol pela televisão. Milhares de pessoas reagem e publicam artigos para dizer que não estão de acordo: elas ajudam a construir a paz. Os líderes de todas as religiões do mundo se reúnem para falar do que têm em comum, de tudo o que é semelhante em suas crenças, da importância da vida. Mostram que é possível dialogar; mesmo não estando de acordo em tudo: eles constroem a paz. Os homens optam por não esquecer o passado: juntos, lembram-se do fim de uma antiga guerra. Certo dia, em suas famílias ou comunidades, os mais velhos contam aos jovens como aquela guerra começou, como era a vida naquele período, o que poderiam ter feito para evitá-la: eles constroem a paz. Em diversas cidades da Europa, por exemplo, para recordar o fim da Segunda Guerra Mundial, os homens construíram monumentos em homenagem aos que morreram lutando. Assim, as pessoas não se esquecem de que a guerra existe e que é necessário prestar atenção para que ela não volte. Nas escolas, os professores ensinam História. E, juntamente com os alunos, tentam compreender por que as guerras explodem em todo o mundo. Raciocinam em conjunto e se perguntam: será que elas podem voltar a acontecer? O que pode ser feito para evitá-las? Agindo assim, eles constroem a paz. BRIGITTE LABBÉ : Michel Puech. A guerra e a paz. São Paulo: Scipione, 2002. Por dentro do texto 1) Segundo o texto, a paz é algo que acontece espontaneamente? Justifique. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Quais ações apontadas no texto semeiam paz entre as pessoas? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ 3) A conquista da paz é a garantia de que ela se estabeleceu definitivamente? Comente. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) A luta pela paz é necessária apenas diante das grandes guerras ou também nas pequenas situações do dia a dia? Por quê? __________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5) Redija um parágrafo, respondendo: O que você faz ou pode fazer para construir um mundo pacífico? __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ Releia o seguinte trecho: A paz se constrói a cada instante Muitos homens sabem que a paz não se estabeleceu de uma vez por todas e para sempre. Então, pensam bastante em tudo o que é preciso fazer para construí-la e evitar a guerra. A paz pode ser semeada em qualquer lugar, o tempo todo. Ela se constrói quando aprendemos a história do mundo, quando dialogamos com aqueles que têm ideias diferentes, quando reagimos diante das injustiças. 6) Assinale a afirmação que está de acordo com a opinião do texto: a) Não é necessário pensar sobre a questão da paz, só da guerra. b) A paz não evita a guerra. c) A paz é para se construir a todo instante, em qualquer lugar e nas diversas situações. d) Devemos semear a paz somente nos grandes momentos da vida. e) A paz é algo que se constrói no dia a dia sem a necessidade de refletirmos sobre ela. 7) Para os autores defenderem uma opinião foi suficiente apenas apresentá-la? Justifique sua resposta. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8) Por que usamos uma explicação para defender uma opinião, uma ideia? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ RESPOSTAS: 1- Não. São as pessoas que semeiam, constroem a paz. 2- Aprender com a história, dialogar com o diferente, reagir diante das injustiças com cidadania. 3- Não. É preciso pensar e construir a paz o tempo todo. 4- A luta pela paz é também necessária nas pequenas situações do cotidiano, porque a violência não está só na guerra entre nações, está em casa, na família, no trabalho, nos espaços de lazer, nas cadeias, em diversos espaços públicos. 5- RESPOSTA PESSOAL. 6- Letra C. 7- Não. É necessário apresentar uma explicação, uma razão para o seu ponto de vista. 8- Para sustentar, fundamentar o nosso ponto de vista e convencer outra(s) pessoa(s) daquilo que pensamos. Texto Argumentativo (Exercícios) Leia o texto a seguir e responda às questões 1, 2 e 3: GOLS DE COCURUTO O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os times ficam perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes foi designado no esquema - e parados. Então o tático pode olhar o campo como se fosse um quadro negro e pensar no futebol como alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse inimigo mortal de qualquer estrategista.O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo. Tático exemplar planejava todo o jogo numa mesa de botão. Da entrada em campo até a troca de camisetas, incluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico de sucesso, mas nunca conseguiu uma reputação no campo à altura de sua reputação no vestiário. Falava um jogo e o time jogava outro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus botões eram mais inteligentes do que seus jogadores (L. F. Veríssimo, O Estado de São Paulo, 23/08/93). 1. A tese que o autor defende é a de que, em futebol, a) o planejamento tático está sujeito à interferência do acaso. b) a lógica rege as jogadas. c) a inteligência dos jogadores é que decide o jogo. d) os momentos iniciais decidem como será o jogo. e) a dinâmica do jogo depende do planejamento que o técnico faz. 2. No texto, a comparação do campo com um quadro negro representa: a) o pessimismo do tático em relação ao futuro do jogo. b) um recurso utilizado no vestiário. c) a visão de jogo como movimento contínuo. d) o recurso didático preferido pelo técnico Tim. e) um meio de pensar o jogo como algo previsível. 3. As expressões que retomam, no texto, o segmento "o melhor momento do futebol" são. a) os times ficam perfilados - aí. b) é quando - então. c) aí - os jogadores se movimentam. d) o tático pode olhar o campo - aí. e) é quando - começa o jogo. 4. Leia com atenção o texto abaixo: "Não há (…) como se cogitar do abandono do sistema de reajustes indexados e automáticos. (…) Em suas linhas gerais a legislação salarial deve ser mantida, por ser tecnicamente melhor do que as suas antecessoras. Impõe-se, entretanto, um tratamento adequado ao piso salarial nacional e sua completa e definitiva desvinculação de outros salários. Exige-se, ainda, o estreitamento do amplo arco de salários. Não é justo que, enquanto alguns são pagos à razão de meio, um, dois ou três salários mínimos, outros consigam ganhar cinquenta, cem, duzentas ou trezentas vezes mais. É fundamental, finalmente, que as negociações sindicais ou com as empresas sejam livres e responsáveis, tomando como parâmetro os dados objetivos da realidade." (Almir Pazzianoto. Folha de S Paulo, 30 nov. 1987.) a) o argumento utilizado pelo Ministro do Trabalho a favor da manutenção da legislação salarial que prevê reajustes indexados e automáticos; R.: “... por ser tecnicamente melhor do que as suas antecessoras”. b) a palavra que marca sintaticamente a oposição entre os assalariados que ganham pouco e aqueles que ganham muito; R.: “enquanto”. c) a palavra que poderia ser substituída por “não obstante”. R.: “entretanto”. Texto para as questões de 5 a 12: O balanço da Bossa Condicionada fundamentalmente pelos veículos de massa, que a coagem a respeitar o "código" de convenções do ouvinte, a música popular não apresenta, senão em grau atenuado, o contraditório entre informação e redundância, produção e consumo. Desse modo, ela se encaminha para o que Umberto Eco denomina de música "gastronômica" : um produto industrial que não persegue nenhum objetivo artístico, mas, ao contrário, tende a satisfazer as exigências do mercado, e que tem, como característica principal, não acrescentar nada de novo, redizendo sempre aquilo que o auditório já sabe e espera ansiosamente ver repetido. Em suma: o servilismo ao "código" apriorístico - assegurando a comunicação imediata com o público - é o critério básico de sua confecção. "A mesma praça. O mesmo banco. As mesmas flores, o mesmo jardim". O mesmismo. Todo mundo fica satisfeito. O público. A TV. Os anunciantes. As casas de disco. A crítica. E, obviamente, o autor. Alguns ganham com isso (financeiramente falando). Só o ouvinte-receptor não "ganha" nada. Seu repertório de informações permanece, mesmissimamente, o mesmo. Mas nem tudo é redundância na música popular. É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a estandardização e o consumismo. Assim foi com o Jazz Moderno e a Bossa-Nova. (Augusto de Campos. O Balanço da Bossa). 5. O texto discute: a) a nulidade da ação dos veículos de massa sobre a música popular. b) a invariabilidade da mensagem transmitida pela música popular. c) o entusiasmo do auditório em relação à música popular. d) a adesão ao consumismo representada pelo Jazz Moderno e a Bossa Nova. e) o objetivo artístico a que se propõe a música popular. 6. De acordo com o texto, a música popular: a) não persegue nenhum objetivo artístico. b) oferece um repertório de informações sempre igual. c) nem sempre se curva às pressões consumistas. d) tem que ser servil ao "código" apriorístico. e) é sempre uma música "gastronômica". 7. De acordo com o texto, o autor produz a música "gastronômica" porque: a) gosta de progredir, volta-se para o futuro. b) sente-se inseguro diante do novo. c) é rebelde, contrário à estandardização. d) quer satisfazer os veículos de massa. e) tem espírito crítico muito desenvolvido. 8. No primeiro período do texto, observamos uma relação de: a) causa e efeito. b) efeito e fim. c) condição e fim. d) consequência e condição. e) causa e concessão. 9. A expressão "código apriorístico" significa: a) regra indiscutível. b) preceito a ser cumprido. c) solução predeterminada. d) censura prévia. e) norma preestabelecida. 10. Segundo o autor, a boa música popular deve: a) garantir a sobrevivência de seu autor. b) privilegiar a redundância. c) assegurar a comunicação imediata com o público. d) voltar-se contra o consumismo. e) apresentar o contraditório entre informação e redundância. 11. O "Mas" que inicia o segundo parágrafo indica: a) que o leitor pode não concordar com as ideias do autor. b) a não concordância do autor com as afirmações do primeiro parágrafo. c) o acréscimo de mais alguns argumentos que comprovam as afirmações anteriores. d) uma crítica às ideias apresentadas no parágrafo anterior. e) a apresentação de uma ideia contraposta ao que já foi dito. 12. O texto de Augusto de Campos é, predominantemente: a) dissertativo. b) narrativo. c) descritivo. d) descritivo-narrativo. e) narrativo-dissertativo. GABARITO 1 A 2 E 3 B 5 B 6 C 7 D 8 A 9 E 10 E 11 E 12 A O texto dissertativo-argumentativo - dicas para fazer uma boa redação Vou deixar, aqui, uma pequena dica sobre uma possível estrutura básica (quase um “modelo” bem simples e pouco criativo) do texto dissertativo-argumentativo. Talvez essa dica ajude àqueles que estão com dificuldades para desenvolver um texto de maneira mais clara. Vale ressaltar que não se trata de um regra a ser seguida, mas apenas de uma dica que pode ser totalmente ou em partes aproveitada. ---> Alguns concursos exigem redação! Primeiro passo: entender bem o tema do texto Exemplo: TEMA: “O adolescente, hoje, precisa de limites?” · Desse tema eu posso retirar uma expressão central: “limite para os adolescentes”. Ou posso, simplesmente, retirar a expressão “limites”. Segundo passo: a introdução do texto · Posso começar a escrever o texto dissertativo-argumentativo definindo a expressão central retirada do tema. (entenda como uma das muitas formas de se começar um texto) Exemplo: Definindo a expressão “limite para os adolescentes” : O que é, ou o que significa dar limites aos adolescentes? Vou elaborar um pequeno texto (pode ser uma frase ou mais de uma) respondendo a essa questão: A sociedade constitui-se de pessoas que se transformam ao longo do tempo, mudam a forma de pensar e agir. Isso faz com que uma geração de adolescentes não seja, necessariamente, igual a uma anterior, assim como são diferentes as regras e os valores sociais de cada geração. No entanto, independente da época, sempre existirão regras e valores que moldarão o pensamento, o comportamento, as atitudes dos jovens na sociedade – são os chamados limites, que podem se apresentar de maneiras diversas, com maior ou menor rigor. · Depois de definir a expressão central retirada do tema, é hora de esclarecer o objetivo do texto. · É possível,nessa hora, responder perguntas como: o que eu pretendo argumentar? Qual é o meu objetivo ao escrever esse texto? · É muito importante centrar-se no tema proposto na hora de estabelecer um objetivo. Exemplo: Como o tema, nesse caso, é “O adolescente, hoje, precisa de limites?", então, o objetivo será, exatamente, responder a essa questão. Assim, eu posso fechar minha introdução com uma pergunta (lembrando-me, sempre, de não copiar o tema proposto) ou posso colocar a questão do tema sem ser em forma de pergunta propriamente. A sociedade constitui-se de pessoas que se transformam ao longo do tempo, mudam a forma de pensar e agir. Isso faz com que uma geração de adolescentes não seja, necessariamente, igual a uma anterior, assim como são diferentes as regras e os valores sociais de cada geração. No entanto, independente da época, sempre existirão regras e valores que moldarão o pensamento, o comportamento, as atitudes dos jovens na sociedade – são os chamados limites, que podem se apresentar de maneiras diversas, com maior ou menor rigor. Hoje, questiona-se se esses limites devem ser impostos aos adolescentes ou se estes devem ser mais livres para estabelecerem seus próprios limites. Terceiro passo: o desenvolvimento do texto · Para começar a desenvolver o texto, é interessante fazer um esquema sobre o que quero argumentar. · Posso colocar em tópicos, em um rascunho, os pontos principais de cada argumento, lembrando, sempre, do objetivo do texto, para não deixar a redação “caminhar” para um rumo muito além do esperado. Exemplo: O objetivo é saber se os adolescentes precisam ou não de limites. Eu posso argumentar de várias formas. Vou colocar, aqui, 4 opções: OPÇÃO 1: Posso defender a ideia de que os adolescentes precisam de limites e apresentar justificativas para isso: Esquema: - Os adolescentes precisam de limites porque, nessa fase da vida, ainda estão se moldando valores que os farão indivíduos íntegros, com caráter. - Os adolescentes precisam de limites porque, nessa fase da vida, eles ainda não têm total discernimento para distinguir tudo que é certo e errado, segundo um modelo de vida sadio e com respeito à moral. OPÇÃO 2: Posso defender a ideia de que os adolescentes precisam de limites, justificar essa opinião e apresentar exemplo(s) que comprove(m) isso: Esquema: - Os adolescentes precisam de limites porque, nessa fase da vida, ainda estão se moldando valores que os farão indivíduos íntegros, com caráter, e também os adolescentes não têm total discernimento para distinguir tudo que é certo e errado segundo um modelo de vida sadio e com respeito à moral. - Sobre os exemplos: posso apresentar valores que se aprendem na adolescência e são levados para a vida inteira, sendo tais valores passados através dos limites impostos. Apresentar exemplo(s), também, de atitudes de jovens que mostram a falta de discernimento para distinguir certo e errado. (NÃO VOU LISTAR, AQUI, OS EXEMPLOS, MAS SERIA INTERESSANTE FAZER ISSO) OPÇÃO 3: Posso defender a ideia de que os adolescentes NÃO precisam de limites e apresentar justificativas para isso: Esquema: - Os adolescentes não precisam de limites, mas de carinho dos pais, que, em muitos casos, mostram-se ausentes. Os limites impostos acabam afastando pais e filhos. - Os adolescentes não precisam de limites porque eles já são capazes de entender as regras sociais, e os limites serviriam apenas para inibir a criatividade, a liberdade, a capacidade do adolescente de “amadurecer” sozinho, de encarar a realidade tal como ela é. OPÇÃO 4: Posso defender a ideia de que os adolescentes precisam de limites, mas estes não devem ser impostos com muito rigor: Esquema: - Os adolescentes precisam de limites porque todo ser humano deve saber lidar com regras, ter disciplina para enfrentar todo tipo de situação, e isso se constrói ao longo da vida, principalmente, quando se é jovem. - Por outro lado, esses limites não precisam ser impostos com tanto rigor, porque pode tolher a criatividade do adolescente. · Após esquematizar os argumentos, seria interessante desenvolver esse esquema em, pelo menos, dois parágrafos. · Não posso me esquecer de estabelecer uma ligação entre esses parágrafos. Exemplo: Coloquei diferentes maneiras de desenvolver o texto. Vou escolher apenas uma para a redação não ficar muito extensa e confusa. Vou escolher a primeira opção para exemplificar meu desenvolvimento. Os jovens entre doze e dezoito anos vivem uma fase em que os valores morais e sociais ainda estão se moldando. Trata-se de um período em que o adolescente encontra-se em meio às regras impostas pela escola, pela família, pela sociedade em geral, e essas regras estabelecem limites que, mais tarde, ajudarão esse adolescente de hoje a tornar-se um cidadão íntegro, com caráter e disciplinado. Além disso, nessa fase bem jovem da vida, não se tem total discernimento para distinguir tudo que é certo e errado segundo um modelo de vida sadio e com respeito à moral. O adolescente vive cercado de bons e maus exemplos, sendo estes últimos bastante atraentes, tendo em vista o “glamour” da transgressão. Nessa realidade, diferir o que é interessante momentaneamente e o que é correto e promissor não é uma tarefa fácil para o adolescente, por isso é necessário impor limites para que ele aprenda estabelecer essa distinção. Quarto passo: a conclusão · Para iniciar a conclusão desse texto, voltarei à introdução do texto para relembrar o tema e o objetivo apresentados. Escrevo, então, uma frase (ou mais de uma) sintetizando o objetivo do texto e o foco da argumentação (esse foco da argumentação pode ser encontrado no esquema feito para desenvolver o texto). · Preciso lembrar que não posso repetir o que já foi usado na redação, preciso usar outras palavras e escrever algo não muito longo, pois é só uma síntese. Exemplo: Assim, diante da dúvida se se deve impor limites aos adolescentes hoje, pode-se afirmar que a sociedade precisa de indivíduos de bom caráter e que tenham noção de disciplina. Para se ter isso, é preciso que os jovens saibam seguir regras, internalizar valores e distinguir o melhor caminho a ser percorrido. · Para encerrar a conclusão, pode ser interessante apresentar uma solução para o problema tratado ou uma sugestão relacionada à questão desenvolvida. Exemplo: como a questão que estou usando como exemplo diz respeito aos limites, e o desenvolvimento apresentando, aqui, centrou-se na justificativa de se impor, sim, limites aos adolescentes, então, posso fechar o texto com uma das duas opções abaixo: 1) Uma sugestão para os pais: mostrando uma maneira de impor limites apropriada para a geração de adolescentes atual. 2) Uma sugestão para os próprios adolescentes: mostrando uma maneira de entender a imposição de limites como algo positivo. Escolho, então, a segunda opção para encerrar: Assim, diante da dúvida se se deve impor limites aos adolescentes hoje, pode-se afirmar que a sociedade precisa de indivíduos de bom caráter e que tenham noção de disciplina. Para se ter isso, é preciso que os jovens saibam seguir regras, internalizar valores e distinguir o melhor caminho a ser percorrido. Portanto, os adolescentes não devem enxergar os limites impostos como uma forma de perseguição ou como uma maneira de evitar que eles “vivam a vida", mas sim como uma autodefesa diante da liberdade exagerada, da falta de humanidade, do modismo em detrimento do amor próprio e do excesso de "doces armadilhas" que a realidade apresenta. O TEXTO COMPLETO: A sociedade constitui-se de pessoas que se transformam ao longo do tempo, mudam a forma de pensar e agir. Isso faz com que uma geração de adolescentes não seja, necessariamente, igual a uma anterior, assim como são diferentes as regras e os valores sociais de cada geração. No entanto, independente da época, sempre existirão regras e valores que moldarão o pensamento, o comportamento, as atitudes dos jovens na sociedade – são os chamados limites, que podem se apresentar de maneiras diversas, commaior ou menor rigor. Hoje, questiona-se se esses limites devem ser impostos aos adolescentes ou se estes devem ser mais livres para estabelecerem seus próprios limites. Os jovens entre doze e dezoito anos vivem uma fase em que os valores morais e sociais ainda estão se moldando. Trata-se de um período em que o adolescente encontra-se em meio às regras impostas pela escola, pela família, pela sociedade em geral, e essas regras estabelecem limites que, mais tarde, ajudarão esse adolescente de hoje a tornar-se um cidadão íntegro, com caráter e disciplinado. Além disso, nessa fase bem jovem da vida, não se tem total discernimento para distinguir tudo que é certo e errado segundo um modelo de vida sadio e com respeito à moral. O adolescente vive cercado de bons e maus exemplos, sendo estes últimos bastante atraentes, tendo em vista o “glamour” da transgressão. Nessa realidade, diferir o que é interessante momentaneamente e o que é correto e promissor não é uma tarefa fácil para o adolescente, por isso é necessário impor limites para que ele aprenda estabelecer essa distinção. Assim, diante da dúvida se se deve impor limites aos adolescentes hoje, pode-se afirmar que a sociedade precisa de indivíduos de bom caráter e que tenham noção de disciplina. Para se ter isso, é preciso que os jovens saibam seguir regras, internalizar valores e distinguir o melhor caminho a ser percorrido. Portanto, os adolescentes não devem enxergar os limites impostos como uma forma de perseguição ou como uma maneira de evitar que eles “vivam a vida", mas sim como uma autodefesa diante da liberdade exagerada, da falta de humanidade, do modismo em detrimento do amor próprio e do excesso de "doces armadilhas" que a realidade apresenta. PRODUÇÃO DE TEXTO:_______/_______/________ – Turma:_________________________________________________ Aluno (a):_______________________________________________________________________________________________ Escolha um dos 3 (três) temas abaixo e desenvolva um texto dissertativo-argumentativo com, no mínimo, 15 (quinze) e, no máximo, 25 (vinte e cinco) linhas. Os textos que antecedem cada tema são apenas motivadores. Nota: As redações em forma de poema (versos), independentemente do tema escolhido, serão zeradas. Texto 1 Podia ser aqui... China faz campanha de boas maneiras O governo chinês lançou uma campanha pública para ensinar a população a se comportar, tanto no país quanto em viagens ao exterior. De olho nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, cartazes e cartilhas dizem aos chineses, entre outras coisas, que eles não devem falar berrando, cuspir escandalosamente na rua e precisam lavar as mãos antes das refeições e após irem ao banheiro. De acordo com a imprensa local, o comportamento do chinês, algumas vezes, deixa estrangeiros constrangidos. A campanha poderia servir de modelo no Brasil, onde o hábito de urinar na rua, por exemplo, constrange os próprios brasileiros. (O Globo- 19/08/2006) TEMA 1: Para você, o brasileiro também precisa de regras de boas maneiras? Texto 2 Perda Total O que fazer para evitar a tragédia do trânsito do Rio, que mata um jovem por dia? ‘Estão batendo na tecla bebida e velocidade. Isso é apenas uma parte do problema’, alerta Cynthia Clark, psicóloga da UERJ e pesquisadora da área de comportamento no trânsito. “O jovem alcoolizado ao volante de um carro após uma noitada é o capítulo final de uma série de equívocos e omissões.” (BRISOLLA, Fábio; CERQUEIRA, Sofia e ALVARENGA, Telma. In: Revista Veja Rio, 13/09/2006, p. 16) TEMA 2:: Quais as possíveis causas para o elevado índice de acidentes com jovens? Texto 3 Capitão de indústria Eu às vezes fico a pensar Em outra vida ou lugar Estou cansado demais Eu não tenho tempo de ter O tempo livre de ser De nada ter que fazer É quando eu me encontro perdido Nas coisas que eu criei E eu não sei Eu não vejo além da fumaça O amor e as coisas livres, coloridas Nada poluídas Eu acordo pra trabalhar Eu durmo pra trabalhar Eu corro pra trabalhar Eu não tenho tempo de ter O tempo livre de ser De nada ter que fazer Eu não vejo além da fumaça que Passa E polui o ar Eu nada sei Eu não vejo além disso tudo O amor, as coisas livres, coloridas Nada poluídas. Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle TEMA 3: Será que o homem virou escravo das coisas que ele criou?
Compartilhar