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AD2_ Tendencia Contemporanea Artes

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(
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
)
	Nome: Daiane Rodrigues Cunha
	Matrícula: 16116080337
	Polo: Cantagalo
Disciplina: Tendências Contemporâneas do Ensino das Artes
AD2 – 2021.1
Jean-Baptiste Debret
Debret, pintor e professor francês, nascido em Paris, no ano de 1768. Foi um dos principais artistas da Missão Francesa no Brasil, uma iniciativa político-diplomática franco-brasileira que pretendia aproximar França e Brasil, responsável pela criação da Academia Imperial de Belas Artes. Ele deixou um acervo muito importante para o estudo da história do Brasil, o responsável por organizar a primeira mostra pública de arte no nosso país. Um dos expoentes do neoclassicismo e responsável pela documentação de grande parte da vida do Brasil colônia no século XIX. 
 Em seu livro Voyage “Pittoresque et historique au Brésil”,( Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil), publicado em Paris no ano de 1831 Em três volumes e 26 fascículos, o livro ilustrado retrata com especial cuidado o cotidiano do Brasil no século XIX. Ele documenta não só as grandes festas da corte, mas o Brasil como um todo, com os costumes, o dia a dia e as paisagens, trata das florestas e dos selvagens, das atividades agrárias, do trabalho escravo e também dos acontecimentos políticos e culturais. Destaca-se a preocupação documental do artista, que representa cenas típicas de atividades e costumes do Rio de Janeiro, procurando traçar um painel social da cidade. Apresenta muitos aspectos relacionados ao trabalho escravo, ora acentuando o lado mais expansivo das relações sociais, ora expondo serviços extenuantes, como os de carregadores e trabalhadores das moendas. Mostra o trabalho dos negros de ganho que percorrem as ruas da cidade, prestando vários tipos de serviços. Os desenhos realizados para a Viagem Pitoresca revelam o esforço do artista para lidar com o dilema criado pelo conflito entre sua formação neoclássica e a realidade brasileira. A obra foi rejeitada no Brasil por uma comissão do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em 1840, pelo caráter crítico com que retratava a escravidão. O livro como um todo apresentava para o público da época uma aspereza inegável devido à onipresença dos escravos de origem africana, nos volumes II e III, tema pelo qual não havia interesse, exceto para os abolicionistas da época.
Debret pintava obras que eram pautadas pelo naturalismo, buscando retratar tanto grandes eventos da história do país, quanto à coroação de Dom Pedro I, tanto pequenos eventos cotidianos, como o tratamento que era dado aos escravos. Suas obras são, portanto, um "retrato" do passado, e estudá-las, è como observar a história passar diante de nossos olhos. 
Características das obras
Debret veio ao Brasil como parte da Missão Artística Francesa, sendo um pintor academicista, que prezava pelo realismo (ou seja, recriação verossimilhante da realidade) em suas obras, de modo que o que ele pintava sobre a escravidão era o que ele via, retratando, de forma fiel, a sociedade da sua época. Com cores vivas, suas aquarelas mostram sentimentos e emoções das figuras retratadas. O individualismo, característica das obras românticas, também se faz presente em suas pinturas. Detalhista,  Debret  buscou retratar, com o olhar de um viajante, todos os aspectos das cenas e regiões retratadas. Ele também desenhou a bandeira do Brasil composta pelo retângulo verde e o losango amarelo e um dos fundadores da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), no Rio de Janeiro.
 
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