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Cardiotocografia: Acompanhamento Fetal

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Cardiotocografia 
 
• Acompanhamento da Vitalidade Fetal 
- Usada não apenas na RCIU, é um exame muito importante em bebês prematuros (28-32 semanas) e quando 
a mãe tem DMG 
- Na DMG, o Doppler não serve muito, há muitos falso-negativos 
 
• Terminologia 
- Frequência cardíaca fetal basal 
- Variabilidade da FCF basal 
- Nº de acelerações: 15 bpm em no mínimo 15 seg (para > 32 sem); ou 10 bpm em no mínimo 10 seg (antes de 
32 semanas) 
- Nº de desacelerações 
- Todos esses parâmetros devem ser relacionados com as contrações uterinas se a mulher estiver em TP 
- Se a mulher não estiver em TP, fazer relação com o nº de movimentos do feto 
 
• Técnica 
o Idade gestacional 
- CTG convencional: só pode ser feita acima de 32 semanas (não calcula uma variável chamada de short term 
variation, STV) 
- CTG computadorizada: pode fazer acima de 26 semanas 
 
o Posicionamento da gestante: mãe deitada em 45º ou em decúbito lateral esquerdo, porque a compressão 
do feto sobre a veia cava pode alterar o exame 
- Coloca na mãe os 2 transdutores, um avalia as contrações uterinas e deve ser colocado no fundo uterino, e o 
outro é o transdutor do Doppler, deve ser fixado no melhor ponto de ausculta fetal 
- Mãe segura um marcador e o aperta toda vez que perceber movimento do bebê 
 
o Grau de atividade fetal 
- Pode-se colocar uma buzina pra estimular o bebê para começar a se movimentar 
 
o Alterações no exame: podem ser causadas por drogas ministradas à mãe, tabagismo, malformações 
 
• Tipos: anteparto, intraparto e computadorizada 
 
o Anteparto: suas indicações são basicamente todas as condições de gestações de alto risco, para avaliar 
a vitalidade fetal 
 
• Cardiotocografia 
- Cada quadrado equivale a 1 minuto e tem 1 cm 
- O equipamento tem velocidade aproximada de 1cm/minuto 
- No papel milimetrado de cima, 
registra-se a FCF. Abaixo dele, 
há um espaço para indicação 
da percepção dos movimentos 
fetais. Abaixo dessa faixa, há 
papel milimetrado com registro 
das contrações uterinas 
- O aparelho não mede 
intensidade de contração 
uterina, só registra que teve a 
contração, não diz se a 
contração tem intensidade 
maior/menor (para dizer isso, 
seria necessário colocar um aparelho intraútero, que não é o objetivo) 
- Deve-se, primeiro, verificar a Frequência Cardíaca Basal: defini-la na região onde há menor alteração da FCF, 
a região mais uniforme do CTG 
o FCB: na imagem, está aproximadamente 140 bpm. O normal é 110-160 bpm. 
o Variabilidade: calculada entre o pico máximo e o pico mínimo (nadir) na faixa da frequência cardíaca basal 
(ou seja, avalia a partir da quantidade de quadradinhos na vertical, a amplitude. Na imagem → variabilidade 
de 2 quadradinhos → 20 bpm) 
- Cada quadradinho (checar na vertical) equivale a 10 batimentos 
- A variabilidade normal é acima de 5 batimentos 
 
o Aceleração 
- Quando a frequência cardíaca basal subir, deve-se verificar se é aceleração. 
- Para saber se é uma aceleração, ela precisa subir 15 bpm por no mínimo 15 segundos (se > 32 semanas) e 
10 bpm por no mínimo 10 segundos. 
- Cada quadradinho tem 1 minuto 
 
➢ O normal é que o bebê tenha FC normal, tenha variabilidade boa, que tenha aceleração e que não tenha 
desaceleração. 
 
• Desacelerações 
o Não periódicas: episódicas, movimentos fetais 
- Pequenas, DIP 0 (espicas) 
- Não tem relação com as contrações uterinas 
 
o Periódicas: dependentes das metrossístoles (tem relação com as contrações uterinas) 
- DIP I (precoce) 
- DIP II (tardio) 
- DIP III (umbilical) 
- Prolongadas quando duram mais que 2 minutos 
 
OBS: DIP → desaceleração intraparto 
 
▪ DIP I: precoce 
- A desaceleração coincide com a contração 
uterina, por isso é chamada de DIP precoce 
- Não significa, necessariamente, patologia 
- O significado geralmente é fisiológico, ocorre por 
reflexo natural do bebê, que quando ocorre 
contração uterina, gera aumento da pressão na 
cabeça do bebê, que pode levar ao DIP tipo 1 
- Se for recorrente, se não se resolver após 
medidas, ou se forem quedas muito longas → necessita de vigilância 
 
▪ DIP II: tardio 
- Desaceleração ocorre depois da contração 
uterina 
- A queda máxima (nadir) ocorre após a contração 
- Significado patológico, representa hipóxia, 
reserva de oxigênio baixa 
- Contudo, não precisa interromper a gravidez de 
imediato 
- Faz medidas e espera ver se melhora, se não 
melhorar é que opera 
 
▪ DIP III: variável, pode ocorrer antes, durante ou depois contração uterina 
- É uma redução abrupta, visível e aparente da FCF (do início da desaceleração até o nadir, deve ser menor que 
30 segundos) 
- Geralmente ocorre por compressão do cordão umbilical 
- Redução ≥ 15 bpm 
- Duração: entre 15 segundos e 2 minutos 
❖ Aspecto em V: melhor prognóstico 
- Esporádica 
- Acelerações de “ombro” (aceleração antes de cair) 
- Recuperação rápida 
- Queda < 60 bpm 
- Variabilidade normal 
- Linha de base normal 
- Sem significado patológico 
 
❖ Aspecto em W: morfologia bifásica, mais grave 
- “Cai, tenta se recuperar subindo, não consegue, cai de novo, até 
conseguir se recuperar” → forma um W 
- Recorrentes 
- Perda do “ombro” 
- Recuperação lenta (≥ 60 segundos) 
- Queda > 60 bpm 
- Variabilidade alterada 
- Linha de base alterada 
- Desfavorável 
 
▪ Desaceleração prolongada (DIP prolongado) 
- Redução ≥ 15 bpm 
- Duração entre 2 e 10 minutos 
- Relacionado com hipotensão materna, hipertonia uterina, 
compressão do cordão, convulsão, eclampsia, prolapso de cordão 
 
▪ Desaceleração Recorrente 
- Presença de desacelerações em 50% ou mais das contrações 
uterinas em um período de 20 minutos 
 
• Testes 
- CTG tranquilizadora: é a normal, FC normal, variabilidade normal, aceleração presente, desaceleração ausente 
- CTG não tranquilizadora: apresenta alguma alteração 
 
o Repouso 
- Teste sem sobrecarga (TSS) 
 
o Provas da aceleração da atividade fetal estimulada: estimula o bebê pra ver se ele responde 
▪ Teste de estimulação sônica: ainda usado, aperta buzina durante 5 segundos, o bebê automaticamente 
dá um pulo, o “susto” faz com que ele comece a acelerar 
- Buzina da marca Kobo (500 a 40.000 Hz, 60 a 115 Db, 9,62cm²) 
- Polo cefálico 
- Tempo mínimo: 3 segundos 
 
❖ Classificação 
↳ Reativo: > 20 bpm / 3 min 
↳ Hiporreativo: < 20 bpm e/ou < 3 min 
↳ Não reativo: não altera a FCF 
 
❖ Condutas 
- Se continuar do mesmo jeito após a buzina, confirma que a CTG é não tranquilizadora e vai fazer reanimação 
intraútero, não se indica cesariana imediata se essa for a única alteração 
- Medidas de ressuscitação intraútero: dar oxigênio pra mãe, colocar ela em repouso em decúbito lateral 
esquerdo, tirar ocitocina e hidratação com soro limpo 
 
▪ Teste de tolerância às contrações uterinas (espontâneo, estímulo papilar, ocitocina) → não são mais 
usados, o único estímulo que é feito é o da estimulação sônica 
 
OBS: short term variation (STV) mede a variabilidade de curta duração. O valor adequado é maior do que 4, bebês com menos 
que isso podem estar em acidose/óbito. 
DIP III. Aspecto em V, com aceleração de ombro 
(acelera logo antes de cair, cai e volta). 
DIP prolongado

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