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Simulado 3 Comentado

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O presente simulado foi elaborado com base na banca organizadora do concurso (NC-UFPR – que irá elaborar as questões) de 
Delegado da PC/PR, contendo 100 questões objetivas, as quais estão divididas da seguinte forma: 15 de Direito 
Administrativo, 15 de Direito Constitucional, 15 de Direito Penal, 15 de Processo Penal, 15 de Legislação Penal Especial, 5 de 
Criminologia, 5 de Direito Civil, 5 de Direitos Humanos, 5 de Informática e 5 de Medicina Legal. 
 
PC/PR - Delegado 
Simulado 3 
 
 
 
 
 
 
“Se eu tivesse 8 horas para cortar uma árvore, gastaria 
seis afiando meu machado” - Abraham Lincoln 
 
TURMA 2 
 
https://www.instagram.com/projetoemdelta/
mailto:contato@projetoemdelta.com
 
 
 
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARANÁ 
 
Concurso Público – Edital n° 002/2020 
 
Prova Objetiva – 26/07/2020 
 
 
INSCRIÇÃO TURMA NOME DO CANDIDATO 
 
 
ASSINO DECLARANDO QUE LI E COMPREENDI AS INSTRUÇÕES ABAIXO: 
ORDEM 
 
 
 
Delegado de Polícia 
 
 
INSTRUÇÕES 
1. Confira, acima, o seu número de inscrição, turma e nome. Assine no local indicado. 
 
2. Aguarde autorização para abrir o caderno de prova. 
 
3. Antes de iniciar a prova, confira a numeração de todas as páginas. 
 
4. A prova desta fase é composta de 100 questões objetivas. 
 
5. Nesta prova, as questões são de múltipla escolha, com 5 (cinco) alternativas cada uma, sempre na sequência 
 a, b, c, d, e, das quais somente uma deve ser assinalada. 
6. A interpretação das questões é parte do processo de avaliação, não sendo permitidas perguntas aos 
 aplicadores de prova. 
7. Ao receber o cartão-resposta, examine-o e verifique se o nome nele impresso corresponde ao seu. Caso haja 
 irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova. 
8. O cartão-resposta deverá ser preenchido com caneta esferográfica preta, tendo-se o cuidado de não 
 ultrapassar o limite do espaço para cada marcação. 
9. O tempo de resolução das questões, incluindo o tempo para preenchimento do cartão-resposta, é de 4 (quatro) 
 horas. 
10. Não será permitido ao candidato: 
 
a) Manter em seu poder relógios e qualquer tipo de aparelho eletrônico ou objeto identificável pelo detector 
 de metais. Tais aparelhos deverão ser DESLIGADOS e colocados OBRIGATORIAMENTE dentro do saco 
 plástico, que deverá ser acomodado embaixo da carteira ou no chão. É vedado também o porte de armas. 
b) Usar bonés, gorros, chapéus ou quaisquer outros acessórios que cubram as orelhas, ressalvado o 
 disposto nos itens 7.6.3 e 7.6.1 do Edital. 
c) Usar fone ou qualquer outro dispositivo no ouvido. O uso de tais dispositivos somente será permitido 
 quando indicado para o atendimento especial. 
d) Levar líquidos, exceto se a garrafa for transparente e sem rótulo. 
 
e) Comunicar-se com outro candidato, usar calculadora e dispositivos similares, livros, anotações, réguas de 
 cálculo, impressos ou qualquer outro material de consulta. 
f) Portar carteira de documentos/dinheiro ou similares. 
 
g) Usar óculos escuros, ressalvados os de grau, quando expressamente por recomendação médica, 
 devendo o candidato, então, respeitar o subitem 7.6.5 do Edital. 
h) Emprestar ou tomar emprestados materiais para realização das provas. 
 
i) Ausentar-se da sala de provas sem o acompanhamento do fiscal, antes do tempo mínimo de permanência 
 estabelecido no item 10.20 ou ainda não permanecer na sala conforme estabelecido no item 10.17 do Edital. 
j) Fazer anotação de informações relativas às suas respostas (copiar gabarito) fora dos meios permitidos. 
Caso alguma dessas exigências seja descumprida, o candidato será excluído do processo seletivo. 
 
11. Será ainda excluído do Concurso Público o candidato que: 
 
a) Lançar mão de meios ilícitos para executar as provas. 
 
b) Ausentar-se da sala de provas portando as Folhas de Respostas e/ou Cadernos de Questões, conforme 
 o item 10.17 e 10.20 do Edital. 
c) Perturbar, de qualquer modo, a ordem dos trabalhos e/ou agir com descortesia em relação a qualquer 
 dos examinadores, executores e seus auxiliares, ou autoridades presentes. 
d) Não cumprir as instruções contidas no Caderno de Questões de provas. 
 
e) Não permitir a coleta de sua assinatura. 
 
f) Não se submeter ao sistema de identificação por digital e detecção de metal. 
 
12. Ao concluir a prova, permaneça em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorização para 
entregar o caderno de prova e o cartão-resposta. 
13. Se desejar, anote as respostas no quadro disponível no verso desta folha, recorte na linha indicada e leve-o 
consigo. 
DURAÇÃO DESTA PROVA: 5 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prova 
Preambular 
AS INFORMAÇÕES ABAIXO SÃO ILUSTRATIVAS 
Objetiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ..................................................................................................................................................................................................................................... 
RESPOSTAS 
01 - 11 - 21 - 31 - 41 - 51 - 61 - 71 - 81 - 91 - 
02 - 12 - 22 - 32 - 42 - 52 - 62 - 72 - 82 - 92 - 
03 - 13 - 23 - 33 - 43 - 53 - 63 - 73 - 83 - 93 - 
04 - 14 - 24 - 34 - 44 - 54 - 64 - 74 - 84 - 94 - 
05 - 15 - 25 - 35 - 45 - 55 - 65 - 75 - 85 - 95 - 
06 - 16 - 26 - 36 - 46 - 56 - 66 - 76 - 86 - 96 - 
07 - 17 - 27 - 37 - 47 - 57 - 67 - 77 - 87 - 97 - 
08 - 18 - 28 - 38 - 48 - 58 - 68 - 78 - 88 - 98 - 
09 - 19 - 29 - 39 - 49 - 59 - 69 - 79 - 89 - 99 - 
10 - 20 - 30 - 40 - 50 - 60 - 70 - 80 - 90 - 100 - 
OBS: os simulados NÃO estão divididos em colunas, uma vez que a banca do concurso 
não faz tal divisão em suas provas, conforme imagens exemplificativas que seguem abaixo. 
 
1 
 
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01) (FUNCAB - 2016 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil – Reaplicação) 
“Afirmar que o poder de polícia não pode ser delegado por ser uma atividade adstrita à soberania 
estatal e o Estado não pode delegar aquilo que é ligado a sua soberania, trata-se de um 
posicionamento superado. Nem tudo ligado ao poder de polícia é vinculado à soberania do Estado, 
ou seja, ao poder de império, pois existem atividades ligadas ao poder de polícia que correspondem 
ao poder de gestão, que são justamente aquelas praticadas sem que o Estado utilize de sua 
supremacia sobre os destinatários”. (PINHEIRO MADEIRA. 2014) 
Assinale a alternativa em que se encontram as fases que podem ser delegadas a entidades privadas. 
A) Sanção de polícia e consentimento de polícia. 
B) Ordem de polícia e sanção de polícia. 
C) Ordem de polícia e fiscalização de polícia. 
D) Consentimento de polícia e fiscalização de polícia. 
E) Ordem de polícia e consentimento de polícia. 
 
Comentários: O Código Tributário Nacional, em seu art. 78, ao tratar dos fatos geradores das taxas, assim conceitua 
o poder de polícia: 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, 
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à 
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Helly Lopes Meirelles conceitua poder de polícia como afaculdade que dispõe a Administração Pública para 
condicionar, restringir, o uso, o gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do 
próprio Estado. 
O poder de polícia é, em regra, DISCRICIONÁRIO, podendo ser vinculado nos casos que a lei determinar. 
O poder de polícia fundamenta-se no império do Estado, que decorre do PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO 
INTERESSE PÚBLICO, pois, por meio de imposições limitando ou restringindo a esfera jurídica dos administrados, visa 
a Administração Pública à defesa de um bem maior, que é a proteção dos interesses da coletividade, pois o interesse 
público prevalece sobre os particulares. 
Ponto controverso sobre o tema diz respeito à possibilidade de delegação deste poder a entidades administrativas de 
direito privado, isto é, empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Com efeito, para além da existência de base doutrinária a sustentar tal possibilidade, há, ainda, importante julgado do STJ 
que abraçou semelhante linha. Cuida-se do Recurso Especial n.º 817.534, rel. Ministro Mauro Campbell, julgado em 
4.8.2009. 
Direito Administrativo 
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2 
 
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Nada obstante, tanto a doutrina quanto o precedente jurisprudencial acima citado ressalvam que não são todos os atos de 
polícia passíveis de delegação às referidas entidades administrativas de direito privado. 
Vejamos: 
Partindo-se da clássica divisão dos atos de polícia em i) ordens de polícia; ii) consentimento de polícia; iii) fiscalização 
de polícia; e iv) sanção de polícia, os quais configuram o chamado "ciclo de polícia", apenas o consentimento e a 
fiscalização de polícia seriam passíveis de delegação, na medida em que não consubstanciariam, efetivamente, exercício 
de poder de império estatal. Não seriam, dito de outro modo, atos que teriam como pressuposto a soberania do Estado, 
sendo, portanto, atos enquadráveis como de mera gestão. Daí a possibilidade de delegação. 
Segundo Matheus Carvalho (p.137, 2017), o poder de polícia pode ser dividido em 04 ciclos: 
• Ordem de Polícia: decorre do atributo da imperatividade, impondo restrições aos particulares, dentro dos 
limites da lei, independentemente da sua concordância (é INDELEGÁVEL, pois retrata atividade típica de 
império estatal); 
• Consentimento de Polícia: está presente nas hipóteses que a lei autoriza o exercício de determinada atividade 
condicionada à aceitabilidade estatal, por exemplo, concessão de licenças (é DELEGÁVEL, pois está 
relacionada ao poder de gestão estatal). 
• Fiscalização de Polícia: conferida ao ente estatal para controlar as atividades submetidas ao poder de polícia, 
com o intuito de verificar o seu cumprimento, por exemplo, análise de documentos e inspeções. (é 
DELEGÁVEL, pois está relacionada ao poder de gestão estatal). 
• Sanção de Polícia: é a aplicação das penalidades, caso haja descumprimento das normas impostas pelo poder 
público. (é INDELEGÁVEL, pois retrata atividade típica de império estatal); 
Acima expusemos o entendimento da doutrina e do STJ a respeito do tema. 
ANENÇÃO!!!!!!! Não obstante, o STF, recentemente, em repercussão geral, fixou o entendimento 
de que a SANÇÃO DE POLÍCIA É DELEGÁVEL, por meio de lei, a pessoas jurídicas 
de direito privado integrantes da administração pública indireta de capital social 
majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação 
própria do Estado e em regime não concorrencial. Ou seja, segundo o STF, a ÚNICA fase 
do ciclo do Poder de Polícia que é ABSOLUTAMENTE INDELEGÁVEL é a ORDEM DE POLÍCIA 
(Função legislativa). 
Em suma, segundo o STF, os atos de consentimento, de fiscalização e de aplicação 
de sanções podem ser delegados a estatais que possam ter um regime jurídico 
próximo daquele aplicável à Fazenda Pública. 
A decisão se deu na sessão virtual encerrada em 23/10/20, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 
633782, com repercussão geral reconhecida (Tema 532). Como se trata de uma decisão no 
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âmbito do STF com repercussão geral reconhecida, a presente questão deve ser 
ANULADA, uma vez que se encontra desatualizada. 
Gabarito D – QUESTÃO ANULADA PARA SE ADEQUAR AO NOVO 
ENTENDIMENTO DO STF!! 
 
 
02) (CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto) 
A administração pública pode produzir unilateralmente atos que vinculam os particulares. No 
entanto, tal vinculação não é absoluta, devendo o particular, para eximir-se de seus efeitos e anular o 
ato, comprovar, em juízo ou perante a própria administração, o defeito do ato administrativo contra o 
qual se insurge, por caber-lhe o ônus da prova. Essa descrição refere-se ao atributo do ato 
administrativo denominado 
A) autoexecutoriedade. 
B) imperatividade. 
C) presunção de legalidade. 
D) exigibilidade. 
 
Comentários: A) Incorreta. Autoexecutoriedade: O ato administrativo, uma vez produzido pela Administração, é passível de 
execução imediata, independentemente de manifestação do Poder Judiciário (executa seus atos sem precisar do Poder Judiciário). 
Existem exceções, como por exemplo, no caso da multa (se a pessoa que foi multada se recusa a pagar, não pode a administração 
simplesmente tomar o dinheiro desta), a qual possui apenas exigibilidade. 
B) Incorreta. Imperativo, ou seja, impositivo e independe da anuência do administrado. Possibilidade de imposição de obrigações, 
pela Administração Pública, independente da vontade do particular. Cabe ressaltar que tal característica está presente somente nos atos 
administrativos que impõem obrigações e deveres aos particulares, sendo que os atos que definem direitos e vantagens não possuem tal 
característica. 
C) Correta. Até prova em contrário, o ato administrativo foi editado em conformidade com a lei e com o ordenamento jurídico (possui 
presunção de legalidade). Trata-se de presunção relativa, que pode ser elidida mediante comprovação do interessado. Dessa forma, os 
atos administrativos produzirão efeitos regularmente desde a sua publicação, até que seja declarada a ilegalidade por decisão 
administrativa ou judicial. Ressalte-se que o ônus da prova é do particular que realiza a impugnação do ato. 
D) Incorreta. Exigibilidade: exigível é aquela conduta prevista na norma que, caso seja infringida, pode ser aplicada uma coerção 
indireta, ou seja, caso a pessoa venha a sofrer uma penalidade e se recuse a aceitar a aplicação da sanção, a aplicação dessa somente 
poderá ser executada por decisão judicial. É o caso das multas, por exemplo, que podem ser lançadas a quem comete uma infração de 
trânsito, a administração não pode receber o valor por meio de uma coerção, caso a pessoa penalizada se recuse a pagar a multa, o seu 
recebimento dependerá de execução judicial pela Administração Pública. A exigibilidade é uma característica de todos os atos 
praticados no exercício do poder de polícia. ((((((((((Gabarito C)))))))))) 
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03) (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de 
Polícia) 
A atividade administrativa do Estado frequentemente demanda a necessidade de intervençãoda 
propriedade individual em razão de um interesse público maior. A respeito das diversas modalidades 
de intervenção na propriedade, julgue as afirmações a seguir e selecione a alternativa correta. 
A) A servidão administrativa é a intervenção na propriedade particular que decorre da instituição 
de direito real, impondo ao proprietário a obrigação de suportar ônus parcial sobre o imóvel de 
sua propriedade, em benefício de serviço público ou de um bem afetado a um serviço público. 
B) A legislação brasileira não autoriza a ocupação temporária de bens imóveis particulares no 
Brasil, devendo a Administração, se necessária a ocupação de imóvel para fins de pesquisa 
arqueológica, apresentar ação de desapropriação com pedido de imissão na posse. 
C) função social da propriedade é o fundamento para a aplicação das restrições decorrentes do 
tombamento de bens particulares do Brasil, tornando o bem, a partir da formalização da 
restrição administrativa, integrante do patrimônio público, deixando de compor o acervo do 
particular. 
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D) Em regra, o tombamento de bens pela Administração, para a preservação de interesses de 
caráter histórico e cultural, exigirá a prévia indenização do proprietário em valor equivalente ao 
ônus de preservação a ele imposto. 
E) A desapropriação de bens imóveis ocorrerá sempre mediante prévia indenização em dinheiro, 
conforme expressa determinação da Constituição. 
 
Comentários: A) Correta. O conceito aqui exposto se mostra absolutamente consentâneo com o adotado pela doutrina. Nesse 
sentido, leciona Di Pietro: Servidão administrativa é o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de 
propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em favor de um serviço público ou de um bem 
afetado a fim de utilidade pública. 
B) Incorreta. Bem ao contrário do sustentado nesta alternativa, há várias fontes normativas a respaldar a ocupação temporária em 
nosso ordenamento, via regra, a recair sobre bens imóveis, existindo controvérsia, tão somente, quanto ao cabimento sobre bens 
móveis e serviços. 
Sobre a base normativa da ocupação temporária, cite-se o art. 36 do Decreto-lei 3.365/41: "Art. 36. É permitida a ocupação 
temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua 
realização." 
Especificamente no que tange à arqueologia, confira-se o teor do art. 13, parágrafo único, da Lei 3.924/61: "Art 13. A União, bem 
como os Estados e Municípios mediante autorização federal, poderão proceder a escavações e pesquisas, no interêsse da arqueologia 
e da pré-história em terrenos de propriedade particular, com exceção das áreas muradas que envolvem construções domiciliares. 
Parágrafo único. À falta de acôrdo amigável com o proprietário da área onde situar-se a jazida, será esta declarada de utilidade 
pública e autorizada a sua ocupação pelo período necessário à execução dos estudos, nos têrmos do art. 36 do Decreto-lei nº 3.365, 
de 21 de junho de 1941." 
C) Incorreta. O tombamento é forma de intervenção branda na propriedade, o que significa dizer que o bem não deixa de pertencer ao patrimônio do 
particular, a despeito das restrições que sobre ele passam a incidir. 
Com efeito, a única forma de intervenção que, de fato, implica a transferência do bem para o patrimônio público é a desapropriação. 
D) Incorreta. Em se tratando de tombamento, a regra é que não haja direito a indenização, sendo esta devida somente mediante comprovação efetiva 
do prejuízo experimentado pelo particular, de sorte que, mesmo que haja direito a eventual compensação pecuniária, o que não é regra, esta se dará a 
posteriori, e não de forma prévia. 
E) Incorreta. Embora a regra geral consista na necessidade de desapropriação mediante justa e prévia indenização em dinheiro, não se trata de regra 
absoluta, pelo contrário, admite exceções, conforme expresso na própria Constituição, em seu art. 5º. 
Vejamos: Art. 5º (...) XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, 
mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
Basta citar o caso da expropriação confiscatória (embora não seja o único), prevista no art. 243 da CRFB/88, em que sequer é devida indenização, 
muito menos prévia. A propósito, confira-se: 
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a 
exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer 
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. 
Gabarito A 
QUESTÃO ANULADA – TEMA FORA DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO EDITAL!! 
 
 
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04) (MPE-GO - Promotor de Justiça – Reaplicação) 
Acerca da Administração Indireta do Estado, assinale a alternativa incorreta: 
A) As entidades integrantes da Administração Indireta sujeitam-se ao controle finalístico da pessoa 
política, por meio do órgão da Administração Direta a que estejam vinculadas, em razão do poder 
hierárquico da pessoa política que as criou. 
B) As despesas e receitas das entidades integrantes da Administração Indireta do Estado integram o 
orçamento fiscal da pessoa política a que estão vinculadas. 
C) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, as empresas públicas e sociedades de 
economia mista que prestam serviços públicos essenciais e próprios do Estado, em condições não 
concorrenciais, sujeitam-se ao regime de precatórios. 
D) As empresas públicas e as sociedades de economia mista que explorem atividade econômica em 
sentido estrito não respondem objetivamente pelos danos que causarem a terceiros. 
 
Comentários: Administração Pública Indireta: 
Pessoas / Entes / Entidades Administrativas 
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https://www.facebook.com/projetoemdelta1/
 
7 
 
 https://www.instagram.com/projetoemdelta/ contato@projetoemdelta.com https://www.facebook.com/projetoemdelta1/ 
» Fundações Públicas – ex.: FUNAI, IBGE, etc. 
» Autarquias – ex.: INSS, UFES, IBAMA, ANATEL, ANTT, etc. 
» Sociedades de Economia Mista – ex.: Banco do Brasil 
» Empresas Públicas – ex.: INFRAERO, Caixa Econômica Federal, etc. 
Mnemônico: F – A – S – E 
Decreto-lei nº 200 de 1967 (Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma 
Administrativa e dá outras providências): Artigo 4º Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que 
se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica 
própria: 
a) Autarquias; 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista; 
d) Fundações públicas. 
A – INCORRETA: Não há subordinação hierárquica entre os entes da administração direta e indireta, mas sim, 
vinculação que se manifesta por meio da supervisão ministerial realizada pelo ministério ou secretaria da pessoa 
políticaresponsável pela área de atuação da entidade administrativa. Tal supervisão tem por finalidade o exercício do 
denominado controle finalístico ou poder de tutela. Assim, a Administração Direta NÃO pode intervir nas decisões da 
Indireta, salvo se ocorrer a chamada fuga de finalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em suma, há de fato um controle finalístico, MAS ESSE NÃO DECORRE DO PODER HIERÁRQUICO, UMA 
VEZ QUE NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA E A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA. 
B – CORRETA: Com base no art. 165, §5º, I, da CF/88. "Art. 165 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
§5º A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público". 
C – CORRETA: O STF entende que estão submetidas ao regime constitucional de precatórios as empresas estatais que 
atuam na ordem econômica prestando serviços públicos e, portanto, próprios do Estado, sem intuito de lucratividade nem 
caráter concorrencial. 
D – CORRETA: Art. 37, §6º, da CF/88. "Art. 37, §6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa". ((((((((Gabarito A)))))))) 
Subordinação Hierárquica 
ADM Direta ADM Indireta 
VINCULO 
Controle Finalístico – 
Supervisão Ministerial 
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05) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia) 
O conceito de Direito Administrativo é peculiar e sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios 
jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, 
direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. A par disso, é fonte primária do Direito 
Administrativo 
A) a jurisprudência. 
B) os costumes. 
C) os princípios gerais de direito. 
D) a lei, em sentido amplo. 
E) a doutrina. 
 
Comentários: As fontes do direito administrativo buscam explicar de onde vêm as regras e princípios aplicáveis a Administração Pública. As 
fontes podem ser classificadas de diversas formas, conforme demonstrado a seguir: 
A) Lei: É a fonte principal do direito administrativo. A lei como fonte do direito administrativo deve ser considerada em seu sentido amplo para 
abranger as normas constitucionais, legislações infraconstitucionais, regulamentos administrativos e os tratados internacionais. 
B) Jurisprudência: São as decisões reiteradas dos Tribunais (STF e STJ) sobre determinado tema. 
C) Doutrina: Compreende as opiniões dos estudiosos sobre institutos e normas do direito administrativo. 
D) Costumes: É um conjunto de regras informais advindas de comportamentos constantes do povo. 
 
 
Gabarito D 
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06) (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de 
Polícia) 
Suponha que a concessão de uma determinada permissão de instalação de empreendimento em um 
imóvel dependa, conforme determinado em lei, da assinatura da autoridade administrativa em dois 
formulários distintos e que, em determinado caso específico, em que pese o processo administrativo 
ter sido adequadamente instruído, a autoridade competente firmou apenas um dos formulários, 
ordenando a publicação da autorização, apesar do vício, o qual era desconhecido no momento da 
publicação. Identificado o vício após dois meses da publicação, a autoridade administrativa deverá 
A) converter a permissão em autorização, por ser esta último ato precário para o qual se exige o 
atendimento a um número menor de condições. 
B) evitar realizar qualquer ato adicional relativo a esse processo até que se encerre a apuração 
preliminar que deverá, necessariamente, ser aberta para apurar eventual dolo na conduta da 
autoridade. 
C) anular a autorização concedida anteriormente, pois o ato jurídico de autorização será não 
existente. 
D) convalidar o ato, corrigindo o defeito sanável contido no ato anterior, garantindo, assim, a 
estabilidade das relações já constituídas. 
E) anular a autorização concedida anteriormente, pois o ato jurídico de autorização será 
inexistente, em face da ausência de atendimento estrito ao previsto na legislação. 
 
Comentários: A ausência de assinatura da autoridade competente em um dos formulários previstos em lei como 
sendo necessário para o aperfeiçoamento do ato, não obstante ser uma formalidade que se revele excessiva, é preciso 
reconhecer que se cuida de exigência com expressa previsão legal, na linha contido no enunciado da questão - 
"(...)dependa, conforme determinado em lei, da assinatura da autoridade administrativa em dois formulários 
distintos(...)". 
De tal maneira, é de se concluir que a hipótese seria de vício sanável, porquanto constatado no bojo de ato anulável, a 
recair sobre o elemento forma, que admite convalidação. Neste sentido, a doutrina de Matheus Carvalho: 
"Atos anuláveis são aqueles que possuem vícios que admitem conserto, não obstante tenham sido praticados em 
desacordo com a legislação aplicável. Em tais casos, por se tratar a ilegalidade presente no ato de vício sanável, ele 
pode ser convalidado, passando a produzir efeitos regularmente." 
Convalidação é a correção com efeitos retroativos do ato administrativo com defeito sanável, o qual pode ser 
considerado: 
• Vício de Competência Relativo à Pessoa 
Exceção: competência exclusiva (não cabe convalidação) 
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OBS: O vício de competência relativo à matéria não é considerado um defeito sanável e também não cabe 
convalidação. 
• Vício de Forma 
Exceção: a lei determina que a forma seja elemento essencial de validade de determinado ato (também não cabe 
convalidação). 
• Convalidação Tácita 
O art. 54 da Lei n.º 9.784/99 prevê que a Administração tem o direito de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários. O prazo é de cinco anos, contados da data em que forem 
praticados, salvo comprovada má-fé. Transcorrido esse prazo, o ato foi convalidado, pois não pode mais ser 
anulado. 
• Convalidação Expressa 
Art. 55, Lei 9.784/99 – Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo 
a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 
Em suma, o ato é passível de convalidação quando há vício na forma, salvo se esta for essencial à validade do ato, como 
por exemplo, certidão no lugar de escritura tratando-se de imóveis. A escritura é forma exigida em lei para validade do 
ato. Assim, não dá para aceitar a certidão. 
No caso em tela, aforma do formulário foi obedecida. A carência da segunda via não invalida o ato porque inicialmente 
todos os quesitos foram obedecidos. No direito em geral, não se anula quando não há prejuízo (pas de nullité sans grief). 
Assim, o ato não fica prejudicado pela ausência da segunda via, bastando sua convalidação pela providência do elemento 
externo faltante. 
Gabarito D 
 
 
07) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia) 
Sócrates, antigo servidor de uma autarquia, sofreu um processo administrativo disciplinar cujo 
resultado, ao final, lhe custou a perda do próprio cargo público. Durante o processo, foi possível ao 
servidor informar o julgador dos fatos, manifestar-se sobre as evidências trazidas contra si e, 
inclusive, ter consideradas suas manifestações nos autos. A despeito disso, alegou o servidor que, no 
trâmite do processo, não foi assistido por advogado regularmente constituído para a defesa. Em tais 
condições, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar, por si só, 
A) importa nulidade do processo administrativo disciplinar por constituir flagrante cerceamento de 
defesa. 
B) não importa nulidade de processo administrativo disciplinar, desde que seus atos sejam 
reaproveitados em novo procedimento, desta vez assistido o acusado por defensor dativo. 
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C) importa nulidade da decisão por violar o princípio da ampla defesa assegurado a todos litigantes 
em processo judicial ou administrativo pelo art. 5.o , inciso LV, da Constituição Federal. 
D) importa nulidade do processo administrativo disciplinar, pois a Lei Estadual do Processo 
Administrativo (Lei n° 10.177/1998) prevê a essencialidade do defensor habilitado para o 
cumprimento do devido processo legal. 
E) não ofende a constituição, ainda mais no presente caso em que a parte reconhecidamente se 
defendeu nos autos. 
 
Comentários: Segundo a jurisprudência sumulada do Supremo Tribunal Federal, a ausência de acompanhamento por 
advogado no processo administrativo disciplinar: Súmula Vinculante 05. A falta de defesa técnica por advogado no 
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. ((((((((Gabarito E)))))))) 
 
 
08) FUNCAB - 2012 - PC-RJ - Delegado de Polícia) 
São características das Agências Reguladoras, EXCETO: 
A) poder normativo técnico. 
B) autonomia decisória. 
C) não vinculação à Administração Direta. 
D) independência administrativa. 
E) autonomia econômico-financeira. 
 
Comentários: As agências reguladoras são entidades administrativas com alto grau de especialização técnica, 
integrante da estrutura formal da administração publica, instituída como autarquias de regime especial, com função de 
regular um setor específico de atividade econômica ou um determinado serviço público, ou de intervir em certas relações 
jurídicas decorrentes dessas atividades, que devem atuar com a maior autonomia possível relativamente ao poder 
executivo e com imparcialidade perante as partes interessadas. Elas desempenham a função de expedir atos normativos, 
disciplinando aspectos técnicos, dentro de sua esfera de atuação. As leis se limitam a apresentar parâmetros gerais, 
valendo-se, normalmente, de conceitos jurídicos indeterminados, ficando a cargo das agências, à luz de suas 
competências técnicas, esmiuçar tais referências. 
Administração Pública Indireta: 
Pessoas / Entes / Entidades Administrativas 
• Fundações Públicas – ex.: FUNAI, IBGE, etc. 
• Autarquias – ex.: INSS, UFES, IBAMA, ANATEL, ANTT (AGÊNCIAS REGULADORAS). 
• Sociedades de Economia Mista – ex.: Banco do Brasil 
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• Empresas Públicas – ex.: INFRAERO, Caixa Econômica Federal. 
Mnemônico: F – A – S – E 
Decreto-lei nº 200 de 1967 (Dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma 
Administrativa e dá outras providências): 
Artigo 4º Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da 
República e dos Ministérios. 
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade 
jurídica própria: 
a) Autarquias; 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista; 
d) Fundações públicas. 
Características: 
– Tem personalidade jurídica própria 
– Tem patrimônio e receita próprios 
– Tem autonomia: Administrativa, Técnica e Financeira. 
OBS: NÃO tem autonomia política; 
Finalidade definida em lei; 
Controle dos Estado. 
Não há subordinação hierárquica entre os entes da administração direta e indireta, mas sim, vinculação que se 
manifesta por meio da supervisão ministerial realizada pelo ministério ou secretaria da pessoa política responsável pela 
área de atuação da entidade administrativa. Tal supervisão tem por finalidade o exercício do denominado controle 
finalístico ou poder de tutela. Assim, a Administração Direta NÃO pode intervir nas decisões da Indireta, salvo se 
ocorrer a chamada fuga de finalidade. 
Gabarito C 
 
 
09) (UEG - 2013 - PC-GO - Escrivão de Polícia Civil – Reaplicação) 
Em relação à organização da Administração, verifica-se que são pessoas políticas: 
A) as sociedades de economia mista e as fundações públicas. 
B) as empresas públicas e as autarquias. 
C) a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. 
D) as autarquias e as fundações públicas. 
 
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Comentários: A administração Direta é representada pelas entidades/pessoas políticas (entes federados). São elas: 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Os Entes Políticos possuem autonomia política (capacidade de legislar), administrativa (capacidade de auto-organizar-se) 
e autonomia financeira (capacidade de julgar as próprias contas). Não pode falar aqui em hierarquia entres os entes, mas 
sim em cooperação, pois um NÃO dá ordens aos outros, visto que eles são autônomos. 
Características: 
São pessoas jurídicas de direito público interno – tem autonomia 
● Unidas formam a República Federativa do Brasil – pessoa jurídica de direito público externo – tem 
soberania (independência na ordem externa e supremacia na interna) 
● Regime jurídico de direito público 
● Autonomia Política, Administrativa e Financeira 
● Sem subordinação: atuam por cooperação 
● Competências: hauridas na CF/88 
● Responsabilidade civil: em regra objetiva 
● Bens públicos: não pode ser objeto de sequestro arresto, penhora etc. 
● Débitos judiciais: são pagos por precatórios 
● Regime de pessoal: regime jurídico único 
● Competência para julgamento de ações judiciais – União: Justiça Federal; Demais Entes Políticos: Justiça 
Estadual. 
Os entes citados nas demais alternativas são os entes administrativos (F – A – S – E = Fundação Pública; Autarquia; 
Sociedade de Economia Mista; e Empresa Pública), os quais compõem a administração pública indireta. 
Gabarito C 
 
 
10) (FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Delegado de Polícia - Bloco II) 
O artigo 37 da Constituição Federal de 1988 lista os princípios inerentes à Administração Pública, 
que são: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eeficiência. A incumbência desses 
princípios é dar unidade e coerência ao Direito Administrativo do Estado, controlando as atividades 
administrativas de todos os entes que integram a federação brasileira. Tendo por base essa ideia 
inicial, assinale a alternativa correta. 
A) A administração não pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem 
ilegais. 
B) Não viola o princípio da presunção de inocência a exclusão de certame público de candidato 
que responda a inquérito policial ou ação penal sem trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
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C) Segundo Hely Lopes Meirelles, o princípio da impessoalidade, referido na CF/1988 (Art. 37, 
caput), nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador 
público que só pratique o ato para atingir o objetivo indicado expressa ou virtualmente pela 
norma de direito, de forma impessoal. 
D) Segundo o jurista Alexandre de Moraes, o princípio da moralidade é o que impõe à 
administração pública direta e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio 
do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, 
eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios 
legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a 
evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social. 
E) Os atos administrativos não são passíveis de controle de mérito, bem como de legalidade pelo 
Poder Judiciário. 
 
Comentários: A) Incorreta. Súmula 473 do STJ: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados 
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
B) Incorreta. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 634224, entendeu que a exclusão de candidato inscrito 
em concurso público pelo fato de haver contra ele um procedimento penal em andamento viola o princípio constitucional 
da presunção de inocência (art. 5°, LVII, da Constituição Federal). 
C) Correta. Todas as pessoas integrantes da Administração Pública devem atuar de maneira impessoal buscando atender 
ao interesse público (finalidade pública) e não interesse pessoal. Hely Lopes Meirelles, "O princípio da impessoalidade, 
referido na Constituição de 1988 (art. 37, caput), nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao 
administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal". (Meirelles, Hely Lopes Direito Administrativo 
Brasileiro, 40ª Ed, 2013, pag.95). 
D) Incorreta. Segundo Alexandre de Moraes, O princípio da eficiência impõe à Administração Pública direta e indireta 
e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício e suas competências de forma imparcial, neutra, 
transparente, participativa eficaz, sem burocracia sempre em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios 
legais e morais necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitar desperdícios e 
garantir-se uma maior rentabilidade social. (MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 11. ed. São Paulo: Atlas, 
2002, pag. 317)". 
E) Incorreta. O controle exercido pelo Poder Judiciário sobre atos administrativos se limita à análise de legalidade. Os 
atos administrativos discricionários e vinculados ficam sujeitos ao controle jurisdicional no que diz respeito à sua 
adequação com a lei, mas nunca quanto à análise do mérito administrativo. 
Gabarito C 
 
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11) (Ano: 2018 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2018 - PC-PI - Delegado de 
Polícia Civil) 
Sobre os serviços públicos, marque a alternativa CORRETA. 
A) A Lei nº 8.987/1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de 
serviços públicos, não prevê causas expressas a fim de caracterizar a descontinuidade. 
B) Os serviços públicos gerais ou (uti universi) são indivisíveis e devem ser mantidos por 
impostos. 
C) Incumbe ao Poder Público a prestação de serviços públicos de saúde, educação e assistência 
social, fundamentais e exclusivos de Estado, apenas. 
D) Os serviços de utilidade pública não admitem delegação. 
E) Os serviços públicos propriamente ditos admitem delegação. 
 
Comentários: A) Incorreta. A Lei nº 8.987 de 1995 dispõe sobre o regime da concessão e permissão da 
prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. De 
acordo com o art. 6º, §3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação 
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de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões ordem técnica ou de segurança das 
instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 
B) Correta. Segundo Meirelles e Burle Filho, os serviços uti universi ou gerais são aqueles que a 
Administração presta sem ter usuários determinados, para atender à coletividade. São serviços indivisíveis, ou 
seja, não mensuráveis na sua utilização. Normalmente, tais "serviços devem ser mantidos por imposto (tributo 
geral) e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável ou proporcional ao uso individual do serviço" 
(MEIRELLES, Hely Lopes.; BURLE FILHO, José Emmanuel. Direito Administrativo Brasileiro. 42 ed. São 
Paulo: Malheiros, 2016). 
C) Incorreta. A saúde e a educação são atividades que devem ser prestadas pelo Estado, mas se admite a 
prestação pela iniciativa privada em paralelo aos serviços estatais. 
D) Incorreta. Os serviços de utilidade pública são serviços úteis, mas não essenciais, por isso, podem ser 
prestados diretamente pelo Estado ou por terceiros. 
E) Incorreta. Os serviços públicos propriamente ditos, ou essenciais são considerados imprescindíveis à 
sobrevivência da sociedade e, por isso, não admitem delegação ou outorga. 
Gabarito B 
 
 
12) (Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2018 - PC-MG - 
Delegado de Polícia Substituto) 
A Lei n. 13.303/2016, em seu artigo 3º, traz o seguinte conceito: “entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital 
social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios”. 
A entidade da administração indireta conceituada é uma: 
A) Autarquia. 
B) Empresa pública. 
C) Fundação pública. 
D) Sociedade de economia mista. 
E) Consórcio público. 
 
Comentários: A) INCORRETA – Autarquia – Conceituação prevista no Decreto-Lei N° 200 de 1967: o 
serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar 
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativa e financeira descentralizada. 
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B) CORRETA – Segundo o Art. 3° da Lei N° 13.303: EMPRESA PÚBLICA é a entidade dotada de 
personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, 
CUJO CAPITAL SOCIAL É INTEGRALMENTE DETIDO PELA UNIÃO, PELOS ESTADOS, 
PELO DISTRITO FEDERAL OU PELOS MUNICÍPIOS. 
C) INCORRETA - Fundação Pública - Conceituação prevista no Decreto-Lei N° 200 de 1967: Entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização 
legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito 
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e 
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. 
D) INCORRETA - O Art. 4° da Lei N° 13.303/2016: Sociedade de economia mista é a entidade dotada de 
personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, 
cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos 
Municípios ou a entidade da administração indireta. 
Gabarito B 
 
 
13) (VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto) 
De acordo com a jurisprudência do STF e do STJ, é correto afirmar que o servidor em desvio de 
função 
A) tem direito ao reenquadramento para o cargo exercido de fato e à remuneração correspondente a 
partir daquele ato. 
B) tem direito ao reenquadramento para o cargo exercido de fato, se houver previsão legal, além da 
remuneração correspondente a partir daquele ato e indenização correspondente às diferenças 
remuneratórias relativas ao período pretérito. 
C) não tem direito às diferenças de vencimentos de um e outro cargo, porque vedado ao Judiciário 
conceder equiparação ou aumento de vencimentos com base na isonomia. 
D) tem direito às diferenças de vencimentos de um e outro cargo a título de indenização, mantido, 
porém, no cargo efetivo. 
 
Comentários: O STF e o STJ possuem compreensão estabelecida na linha de que o servidor não faz jus ao 
enquadramento no "novo" cargo, sob pena de violação ao princípio do concurso público, mas, sim, ao recebimento das 
diferenças remuneratórias, a título de indenização, mercê de operar-se enriquecimento ilícito do Estado. 
SÚMULA N. 378 -STJ: “Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes.” 
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Na linha do exposto, confira-se: 
"AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. 
DESVIO DE FUNÇÃO APÓS A CONSTITUIÇÃO DE 1988. IMPOSSIBILIDADE DE REENQUADRAMENTO. 
DIREITO ÀS DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS. Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 'o 
desvio de função ocorrido em data posterior à Constituição de 1988 não pode dar ensejo ao reenquadramento. No 
entanto, tem o servidor direito de receber a diferença das remunerações, como indenização, sob pena de enriquecimento 
sem causa do Estado' (AI 339.234-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence). Outros precedentes: RE 191.278, RE 
222.656, RE 314.973-AgR, AI 485.431-AgR, AI 516.622-AgR, e REs 276.228, 348.515 e 442.965. Agravo regimental 
desprovido." 
(RE-AgR 433.578, rel. Ministro CARLOS BRITTO, 1ª. Turma, 13.06.2006) 
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. 
DESVIO DE FUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REENQUADRAMENTO. DIREITO AO RECEBIMENTO DAS 
DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA 
PROVIMENTO." 
(AI-AgR 743.886, rel. Ministro CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, 27.10.2009) 
No mesmo sentido, o STJ: "ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. DIREITO ÀS DIFERENÇAS 
SALARIAIS DECORRENTES DE DESVIO DE FUNÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 375/STJ. 1. A jurisprudência 
do STJ há muito se consolidou no sentido de que o servidor que desempenha função diversa daquela inerente ao cargo 
para o qual foi investido, embora não faça jus ao reenquadramento, tem direito de perceber as diferenças remuneratórias 
relativas ao período, sob pena de se gerar locupletamento indevido em favor da Administração. 2. Entendimento 
cristalizado na Súmula 378/STJ: "Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes." 
3. Recurso Especial não provido." 
(RESP 1689938 2017.01.66839-2, HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:10/10/2017) 
À luz desta compreensão jurisprudencial, e em cotejo com as opções fornecidas pela Banca, verifica-se que a única que 
reflete com exatidão a posição pretoriana é aquela indicada na letra D. 
("tem direito às diferenças de vencimentos de um e outro cargo a título de indenização, mantido, porém, no cargo 
efetivo"). 
Todas as demais alternativas divergem da jurisprudência acima indicada, seja por defenderem o direito ao 
reenquadramento em novo cargo (opções A e B), seja por negarem o direito à indenização (opção C), assertivas estas 
igualmente equivocadas. 
Gabarito D 
 
 
14) (CESPE - 2017 - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto) 
A respeito dos poderes e deveres da administração, assinale a opção correta, considerando o disposto 
na CF. 
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A) A lei não pode criar instrumentos de fiscalização das finanças públicas, pois tais instrumentos 
são taxativamente listados na CF. 
B) A eficiência, um dever administrativo, não guarda relação com a realização de supervisão 
ministerial dos atos praticados por unidades da administração indireta. 
C) O abuso de poder consiste em conduta ilegítima do agente público, caracterizada pela atuação 
fora dos objetivos explícitos ou implícitos estabelecidos pela lei. 
D) A capacidade de inovar a ordem jurídica e criar obrigações caracteriza o poder regulamentar da 
administração. 
E) As consequências da condenação pela prática de ato de improbidade administrativa incluem a 
perda dos direitos políticos e a suspensão da função pública. 
 
Comentários: A) Incorreta. Art. 70 a 71 da CF relaciona ao tribunal de contas, esse rol não é taxativo, é possível que 
a lei criar instrumentos de fiscalização. 
B) Incorreta. A administração direta só irá controlar alguns aspectos da administração indireta. Essa forma de controle, é 
denominada, tutela, vinculação, supervisão ministerial ou controle finalístico, e dentro deste controle existe uma 
supervisão da eficiência da administração indireta. 
C) Correta. Abuso de Poder: O administrador público tem que agir obrigatoriamente em obediência aos princípios 
constitucionais, do contrário, sua ação pode ser arbitrária e, consequentemente, ilegal, o que gerará o chamado abuso de 
poder. 
Existem duas espécies de abuso de poder, quais sejam: 
● Excesso de Poder: quando o agente atua fora dos limites de sua esfera de competência. 
● Desvio de Poder ou Desvio de Finalidade: quando a atuação do agente, embora dentro de sua órbita de competência, 
contraria a finalidade explícita ou implícita na lei que determinou ou autorizou a sua atuação, tanto é desvio de poder a 
conduta contrária à finalidade geral (ou mediata) do ato – o interesse público -, quando a que contraria sua finalidade 
específica (ou imediata). 
Ainda é importante ressaltar que o abuso de poder pode decorrer de condutas comissivas - quando o ato administrativo é 
praticado fora dos limites legalmente postos - ou de condutas omissivas - situações nas quaiso agente público deixa de 
exercer uma atividade imposta a ele por lei, ou seja, quando se omite no exercício de seus deveres (Omissão de Poder: 
ocorre quando o agente público fica inerte diante de uma situação em que a lei impõe o uso do poder) 
D) Incorreta. Poder Regulamentar: Existem duas formas de manifestação do poder regulamentar: decreto regulamentar e 
decreto autônomo, sendo que o primeiro é a regra e o segundo é a exceção. Em que pese que o decreto autônomo inovar 
no ordenamento jurídico, o examinador considerou a regra ao tratar do tema nessa questão. 
Vamos as particularidades de cada: 
Decreto Regulamentar 
Também denominado de decreto executivo ou regulamento executivo. 
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O decreto regulamentar é uma prerrogativa dos chefes do poder executivo de regulamentar a lei para garantir sua fiel 
aplicação. 
Restrições: 
» NÃO inova no ordenamento jurídico 
» NÃO pode alterar a lei 
» NÃO pode criar direitos e obrigações 
» Caso o decreto extrapole os limites da lei, haverá quebra do princípio da legalidade. Nessa situação, se o decreto for 
federal, caberá ao Congresso Nacional sustar os seus dispositivos violadores da lei. 
Exercício: 
Somente por decretos dos chefes do poder executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos), sendo uma 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA, INDELEGÁVEL a qualquer outra autoridade. 
Natureza: 
Decreto: Natureza secundária ou derivada 
Lei: Natureza primária ou originária 
Prazo para regulamentação: 
» A lei a ser regulamentada deve apontar o prazo 
» A ausência de prazo é inconstitucional 
» Enquanto não regulamentada, a lei é inexequível (não pode ser executada) 
Se o chefe do poder executivo descumprir o prazo, a lei se torna exequível (pode ser executada) 
» A competência para editar decreto regulamentar NÃO pode ser objeto de delegação. 
Decreto Autônomo 
A emenda Constitucional nº 32, alterou o art. 84 da Constituição Federal e deu ao seu inciso VI a seguinte redação: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] 
VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou 
extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
Essa previsão se refere ao que a doutrina chama de decreto autônomo, pois se refere à predição para o presidente da 
república tratar, mediante decreto, de determinados assuntos, sem lei anterior, balizando sua atuação na própria 
Constituição Federal. O decreto é autônomo porque não precisa de lei. 
Características: 
» Inova o ordenamento jurídico 
» O decreto autônomo tem natureza primária ou originária 
» Somente pode tratar das matérias descritas no art. 84, VI, da CF/88 
» O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas para edição de decretos autônomos aos Ministros 
de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas 
respectivas delegações, conforme prevê o parágrafo único do art. 84, da CF/88. 
 
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E) Incorreta. Art. 12. Lei n° 8.429/92: Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na 
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade 
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do 
fato: 
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) 
anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 157, de 2016) 
Gabarito C 
 
 
15) (Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia) 
“O Direito Administrativo, como é entendido e praticado entre nós, rege efetivamente não só os atos 
do Executivo, mas também os do Legislativo e os do Judiciário, praticados como atividade paralela e 
instrumental das que lhe são específicas e predominantes, isto é, a de legislação e a de jurisdição. O 
conceito de Direito Administrativo Brasileiro, para nós, sintetiza-se no conjunto harmônico de 
princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar 
concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.” (MEIRELLES, Hely Lopes. O 
Direito Administrativo Brasileiro. 29ª ed., São Paulo: Malheiros Editora, 2004.) 
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Assinale a alternativa INCORRETA: 
A) Autorização, permissão e concessão são formas de o Estado autorizar, permitir e conceder aos 
particulares a exploração de bens e serviços públicos. 
B) A legalidade administrativa é diferente da legalidade civil, uma vez que aquela dita o limite da 
atuação do administrador público, conforme imposto pela lei e esta permite ao particular aquilo 
que a lei não proíbe. 
C) O poder de polícia decorre da capacidade administrativa e concede também a prerrogativa de 
função legislativa para a positivação de tipos penais em âmbito de direito penal aos agentes de 
estado que possuem esse poder. 
D) O princípio da supremacia do interesse público, não desconsidera os interesses 
particulares/individuais, não obstante informa ao agente administrativo que o interesse público 
prevalece sobre interesses privados. 
E) São princípios de direito administrativo a moralidade administrativa, a supremacia do interesse 
público, a motivação, a publicidade e transparência, a proporcionalidade e razoabilidade 
administrativas. 
Comentários: A) Correta. De acordo com o artigo 175 da Constituição, “incumbe ao poder público, na forma da lei, 
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”. 
A autorização de serviço público é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual o poder público delega a 
execução de um serviço público de sua titularidade, para que o particular o execute predominantemente em seu próprio benefício. 
Por sua vez, a concessão é “o contrato administrativo pelo qual a Administração confere ao particular a execução remunerada de 
serviço público ou obra pública ou lhe cede o uso de bem público para que o explore nas condições previstas contratualmente". 
Já a permissão de serviço público é conceituada como “a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços 
públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e 
risco". 
B) Correto. Realmente, a legalidade administrativa é diferente da legalidade civil, uma vez que aquela dita o limite da atuação do 
administrador público, conforme imposto pela lei e esta permite ao particular aquilo que a lei não proíbe. Diferente do administrador 
público que só pode realizar o que a lei manda, o administrador particular pode fazer tudo que a lei não proíba segundo o art. 5º, II, da 
CF/88.Legalidade Administrativa: o administrador público só pode fazer o que a lei manda; 
Legalidade Civil: o particular pode tudo aquilo que não é vedado pela lei. 
C) Incorreto. O poder de polícia é uma ferramenta administrativa e não penal. O poder de polícia se refere à prerrogativa que a 
Administração Pública possui de condicionar ou limitar bens, direitos e atividades com fim a resguardar o interesse público. 
“O Poder de Polícia é, em suma, o conjunto de atribuições concedidas a Administração para disciplinar e restringir, em favor do 
interesse público adequando, direitos e liberdades individuais” (TÁCITO, 1975, apud MEIRELLES, 2002, p. 128). 
“O Poder de Polícia (police power), em seu sentido amplo, compreende um sistema total de regulamentação interna, pelo qual o 
Estado busca não só preservar a ordem pública senão também estabelecer para a vida de relações do cidadão àquelas regras de boa 
conduta e de boa vizinhança que se supõem necessárias para evitar conflito de direitos e para garantir a cada um o gozo ininterrupto 
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de seu próprio direito, até onde for razoavelmente compatível com o direito dos demais” (COOLEY, 1903, p. 829, grifo do autor, apud 
MEIRELLES, 2002, p.128). 
O eminente doutrinador José Cretella Júnior ratifica o conceito de Poder de Polícia na forma discricionária de agir do 
Administrador Público quando este resolve limitar a liberdade individual ou coletiva em prol do interesse público: “Poder de 
polícia é a faculdade discricionária do Estado de limitar a liberdade individual, ou coletiva, em prol do interesse público.” 
D) Correto. Realmente, o princípio da supremacia do interesse público não desconsidera os interesses particulares/individuais não 
obstante informa ao agente administrativo que o interesse público prevalece sobre interesses privados. Segundo o princípio da 
supremacia do interesse público, existe uma superioridade do interesse coletivo em face dos interesses individuais. A busca da 
satisfação do interesse público é a própria razão de existir do Estado. 
E) Correto. Realmente, são princípios de direito administrativo a moralidade administrativa, a supremacia do interesse público, a 
motivação, a publicidade e transparência, a proporcionalidade e razoabilidade administrativas. A alternativa trouxe um rol que mistura 
princípios explícitos e implícitos da administração pública. 
Gabarito C 
 
 
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16) (Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: FUNCAB - 2016 - PC-PA - Delegado 
de Polícia Civil - Prova Anulada) 
Acerca dos direitos políticos previstos na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta. 
A) São inalistáveis os estrangeiros, os conscritos, durante o período militar obrigatório, e os 
analfabetos. 
B) A improbidade administrativa é causa de perda do direitos políticos. 
C) O alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos e os maiores de sessenta anos. 
D) Os analfabetos são inelegíveis e inalistáveis. 
E) Todo inalistável é inelegível, mas nem todo inelegível é inalistável. 
 
Comentários: A) Incorreta. Inalistável é aquele que não pode ser eleitor (que não pode votar). 
Art. 14. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os 
conscritos. 
B) Incorreta. Em todas as hipóteses de sanções previstas na Lei nº 8.429/1992 ao tratar dos direitos políticos refere-se à 
suspenção destes direitos por um lapso temporal determinado. A perda nestes casos é da função pública. 
Vejamos: 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o 
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do 
dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa 
civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; 
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito 
anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; 
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III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos 
políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente 
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. 
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) 
anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. 
C) Incorreta. Art. 14. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os 
conscritos. 
D) Incorreta. Os analfabetos são inelegíveis, a eles é vedado o direito de ser votado, com força do comando 
constitucional abaixo: 
Art. 14. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
Entretanto, como já vimos, os analfabetos podem exercer de forma facultativa seu direito ao voto: 
Art. 14. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
E) Correta. Inalistável é aquele que não pode ser eleitor (que não pode votar). Assim, quem não pode votar, não pode 
também ser votado (os inalistáveis são inelegíveis), vide: 
Art. 14. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
Como foi visto um exemplo de inelegível que é alistável são os analfabetos, veja o quadro abaixo: 
 
Gabarito E 
 
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17) (Ano: 2018 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2018 - PC-PI - Delegado de 
Polícia Civil) 
A Constituição Federal de 1988 pode ser considerada: 
A) semirrígida, porque algumas matérias, denominadas cláusulas pétreas, são imutáveis. 
B) sintética, porque veicula tão somente princípios e normas gerais. 
C) analítica, pois aborda minúcias, estabelecendo regras que poderiam estar em leis 
infraconstitucionais. 
D) pactuada, segundo valores e tradições estabelecidos e conservados pela sociedade. 
E) outorgada, permitiu a participação do povo em seu processo de elaboração. 
 
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Comentários: A) Incorreta. As Constituições semirrígidas ou semiflexíveis são aquelas que contêm uma 
parte rígida, que somente pode ser alterada por um processo diferenciado, e uma parte flexível, que pode ser 
alterada por procedimento simples, semelhante àquele de elaboração das demais leis infraconstitucionais. 
A Constituição Federal Brasileira de 1988 é RÍGIDA, uma vez que exige um procedimento especial para 
alteração de suas normas, o qual está previsto no art. 60 da CF/88. 
B) Incorreta. Constituição sintética (básica, concisa, tópica, breve, sumária ou sucinta) é aquela que possui 
conteúdo abreviado e que versa, tão somente, sobre princípios gerais ou enuncia regras básicas de 
organização e funcionamento do sistema jurídico estatal, isto é, sobre matérias substancialmente 
constitucionais, em sentido estrito, deixando a pormenorização à legislação infraconstitucional. É o caso, por 
exemplo, da Constituição dos Estados Unidos da América, composta de apenas sete artigos originais e vinte e 
sete emendas. 
C) Correta. Quanto à Extensão: Constituição analítica (longa, larga, prolixa, extensa, ampla ou 
desenvolvida) é aquela de conteúdo extenso, que versa sobre matérias outras que não a organização 
básica do Estado, isto é, sobre assuntos alheios ao Direito Constitucional propriamente dito. Ora cuida de 
minúcias de regulamentação, que melhor caberiam na legislação infraconstitucional, ora de regras ou preceitos 
pertencentes ao campo da legislação ordinária, e não do Direito Constitucional. 
Exemplo de Constituição analítica é a Constituição Federal de 1988, que, nos seus mais de trezentos 
artigos (entre disposições permanentes e transitórias), exagera no regramento detalhado de determinadas 
matérias, não substancialmente constitucionais, que nada têm a ver com a organização política do Estado. 
D) Incorreta. Constituições pactuadas ou dualistasn nos remetem as monarquias, são aquelas que resultam de 
um acordo entre o rei (monarca) e o parlamento, buscando desenvolver um equilíbrio entre o princípio 
monárquico e o democrático. 
E) Incorreta. As constituições outorgadas se caracterizam por serem elaboradas sem a participação do povo, 
mas são impostas (outorgadas) por alguém ou um grupo que não recebeu do povo o poder constituinte 
originário. Podemos citar como exemplos as constituições brasileiras de 1824, 1937 e 1967. 
A nossa Constituição atual (de 1988) é promulgada (democrática, popular ou votada), foi elaborada por 
um órgão eleito pela vontade popular, chamado normalmente de Assembleia Constituinte, que assim delibera 
e aprova o documento como representante da vontade do povo. 
Gabarito C 
 
 
 
 
 
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18) (Ano: 2018 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: UEG - 2018 - PC-GO - Delegado de 
Polícia) 
É constitucionalmente possível, apesar das limitações constitucionais ao poder constituinte derivado, 
segundo a doutrina nacional predominante, 
A) a alteração na titularidade dos poderes constituintes originário e derivado reformador. 
B) a edição, ainda este ano, da centésima Emenda Constitucional, pois a intervenção federal no Rio 
de Janeiro, prevista para durar até 31 de dezembro de 2018, não configura nenhuma limitação 
temporal ao poder de reforma. 
C) a Constituição ser emendada mediante proposta de iniciativa popular. 
D) a dupla revisão, com a revogação da cláusula pétrea num primeiro momento e a posterior 
abolição do direito por ela protegido. 
E) a hipotética redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. 
 
Comentários: A) Incorreta. CF/88, Art. 1º Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Ou seja, a titularidade do poder é do POVO, a qual é exercida por meio de representantes deste. 
B) Incorreta. CF/88, Art. 60. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de 
estado de defesa ou de estado de sítio. 
Vale ressaltar que a Constituição Federal de 1988 não há previsão de limitações temporais. No caso em tela, a previsão 
no art. 60 § 1º são exemplos de limitações circunstanciais. 
OBS: a questão tem que ser adequada ao seu período, visto que naquele ano (2018) havia uma intervenção federal no RJ. 
De todo modo, é de fácil compreensão que a presente alternativa está incorreta, visto que que não há a possibilidade de 
emenda constitucional durante uma intervenção federal, conforme dispõe o §1º do art. 60 da CF/88 (trata-se de um limite 
circunstancial). 
C) Incorreta. Não há previsão quanto a apresentação de proposta de emenda constitucional por meio de iniciativa 
popular. 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela 
maioria relativa de seus membros. 
D) Incorreta. Trata-se da teoria da dupla revisão, na qual em um primeiro momento se revoga uma cláusula pétrea, para, 
em seguida, modificar aquilo que a cláusula pétrea protegia. 
O posicionamento adotado pela grande maioria dos doutrinadores nacionais, estabelecendo a total impossibilidade da 
teoria da dupla revisão. 
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E) Correta. Ainda que não exista unidade sobre o tema, vamos recorrer aos ensinamentos do Professor Pedro Lenza: 
“Nos termos do art. 228 da CF/88, são penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da legislação 
especial. 
Muito se cogita a respeito da redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos. Para tanto, o instrumento necessário seria 
uma emenda à Constituição e, portanto, manifestação do poder constituinte derivado reformador, limitado juridicamente. 
Neste ponto, resta saber: eventual EC que reduzisse, por exemplo, de 18 para 16 anos, a maioridade penal violaria 
a cláusula pétrea do direito e garantia individual (art. 60, § 4.º, IV)? 
Embora

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