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Visita de Campo L'Oréal

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Relatório da 3ª Visita de Campo 
L’Oréal Brasil Comercial de Cosméticos Ltda. 
1º Junho de 2012 
 
 
 
 
ENG1528 – Logística Geral 
Professor: Luiz Felipe Scavarda do Carmo 
Aluna: Rebecca Tavares Puetter 
Matrícula: 0811711-7/3 
Visita de Campo L’Oréal Página 1 
 
1. SUMÁRIO 
 
1- Sumário................................................................................................................01 
2- Introdução & Objetivo da Visita............................................................................03 
3- Desenvolvimento Teórico....................................................................................03 
 
3.1- A L’Oréal.......................................................................................................03 
 Infraestrutura..................................................................................04 
 Distribuição.....................................................................................05 
 Organização dos Fluxos.................................................................07 
 Fluxo Interno dos Produtos............................................................08 
 Certificação ISO9001.....................................................................08 
 Desafios Atuais do CDL.................................................................08 
3.2- Transportadoras............................................................................................09 
3.3- Layout...........................................................................................................09 
3.4- Máquinas......................................................................................................11 
3.5- Racks............................................................................................................11 
3.6- Recebimento.................................................................................................11 
3.7- Estoque.........................................................................................................12 
Visita de Campo L’Oréal Página 2 
 
3.8- Preparação...................................................................................................13 
3.9- Expedição.....................................................................................................14 
3.10- Área de Aerossóis.......................................................................................15 
3.11- Materiais de Propaganda............................................................................15 
3.12- Lista de Fornecimento................................................................................16 
3.13- Correios......................................................................................................17 
3.14- Operações Especiais..................................................................................17 
3.15- Logística Reversa.......................................................................................18 
3.16- Comparação com a Rapidão Cometa.........................................................18 
 
4- Conclusão...................................................................................................................19
Visita de Campo L’Oréal Página 3 
 
2. INTRODUÇÃO & OBJETIVO DA VISITA 
 A visita dos alunos de Logística Geral do curso de Engenharia de Produção da 
PUC-Rio ao Centro de Distribuição da empresa L’Oréal Brasil Comercial de 
Cosméticos Ltda., realizada na Sexta-Feira, dia 1º de Junho de 2012, teve o intuito de 
analisar e descrever as principais características da empresa, com ênfase nas várias 
funções logísticas realizadas no CD, tais como recebimento, manuseio, armazenagem, 
separação, expedição, entre outras. 
 Durante a visita, que teve duração de aproximadamente 2 horas, ouvimos 
explicações detalhadas de Bruno Queiroz, da área de Qualidade e Desenvolvimento da 
L’Oréal, sobre o funcionamento do CDL (Centro de Distribuição da L’Oréal) e suas 
operações diárias. 
 
3. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 
 
3.1. A L’ORÉAL 
 No dia 1º de Junho foi visitado o Centro de Distribuição da L’Oréal, localizado 
em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Centro de Distribuição é um armazém que 
gerencia estoques de mercadorias na distribuição física. As funções básicas do CD 
são: recebimento, movimentação (endereçamento), armazenagem, seleção de pedidos 
(separação), expedição (embalagem, etiquetagem), transporte. Ele permite um 
atendimento rápido aos clientes distantes dos centros produtores, obtenção de 
economias de transporte (pois operam como centros consolidadores de carga), entrega 
final de forma consolidada (entrega de um único carregamento com produtos de 
diferentes fornecedores). Abaixo, o organograma do CDL simplificado: 
 
Visita de Campo L’Oréal Página 4 
 
 
 
 Infraestrutura 
 
País Superfície Rodovias Ferrovias Fluvial 
Brasil 8,5 M km2 212 M km 29 M km 14 M km 
China 9,6 M km2 1576 M km 77 M km 110 M km 
Índia 3,3 M km2 1569 M km 63 M km 15 M km 
Rússia 17 M km2 755 M km 87 M km 102 M km 
EUA 9,6 M km2 4210 M km 227 M km 41 M km 
Canadá 9,9 M km2 416 M km 47 M km 0,6 M km 
 
 As operações do CDL são divididas em ALP (cosméticos Ativos, produtos de 
Luxo, produtos Profissionais) e DPGP (Divisões de Produtos de Grande Público). A 
ALP é uma linha mais técnica, que inclui produtos de salões de beleza, como 
Kérastase, enquanto a DPGP é uma linha mais popular, que inclui produtos como 
shampoo, condicionador, colorações, tais como Garnier, Colorama e L’Óréal Paris, 
geralmente encontrados em farmácias e supermercados. Essa operação é muito forte 
no Brasil. 
Inácio Luizon 
DIRETOR 
Gislene Redivo 
ETNSHE 
Cássio Lobo 
QUALIDADE 
DESENVOLVIMENTO 
Vilmar Silva 
ENTRADA 
Alex Figueiredo 
RH 
Artur Pinho 
TRANSPORTE 
Leonardo Marques 
PREPARAÇÃO 
José Ribamar 
SAÍDA 
Visita de Campo L’Oréal Página 5 
 
 No Brasil, 58% das mercadorias são transportadas por terra, sendo 25% através 
de ferrovias e 13% através de transporte pluvial. Logo, não há alternativa ao transporte 
rodoviário em caso de superaquecimento do mercado para nossos produtos. Somente 
31% das estradas estão em boas condições, sendo que as melhores estradas estão 
concentradas no Sudeste. 88,9% das estradas percorridas possuem duas pistas, sendo 
15,8% geridos por empresas privadas. Também há o problema de barreiras fiscais 
entre estados, o que dificulta ainda mais os processos da empresa. A repartição dos 
clientes da L’Oréal é a seguinte, por peso transportado: 54% para a Região Sudeste, 
15% para a Região Nordeste, 14% para a Região Sul, 13% para a Região Centro-
Oeste e 4% para a região Norte. Alguns dados quantitativos são apresentados abaixo: 
 
- Docas de Expedição Utilizadas: 25 
- Docas de Recebimento Utilizadas: 14 
- Máquinas de Preparação N20: 27 
- Máquinas R14, L12, E15: 31 
- Toneladas expedidas por ano: 81.725 ton/ano 
- Lead Time da Preparação: 1,5 horas 
- Quantidade de caminhões expedidos por ano: 8.552 
- Quantidade de caminhões recebidos por ano: 4.820 
 
 
 Distribuição 
 
 A área onde o CDL está localizado é uma locação do espaço de um condomínio, 
onde o espaço é dividido com a empresa Carrefour. O contrato de locação é vigente 
até 2013, podendo ser prorrogado ou não. 
 Possui uma área de 25.000 m2, e hoje a taxa de ocupação média do CDL é de 
98% (% pallets), ou seja, há um problema de espaço, que deve ser resolvido. Nesses 
98% acontecem todos os processos de estoque, preparação e expedição. 
 Desde Junho de 2007 que não ocorrem acidentes no CDL. 
Visita de Campo L’Oréal Página 6 
 
 O CDL é uma central multi-divisão com uma localização estratégica, a 30 
minutos da sede, a 15 minutos da fábrica, localizada na Via Dutra, além de estar a 
apenas 450km de São Paulo. Por mês, são expedidas 32 milhões de unidades. Isso 
mostra que foi feito um projeto de rede logística, onde os principaisaspectos que 
devem ser analisados em conjunto para a localização de um Centro de Distribuição são 
a proximidade do consumidor, proximidade da fonte de matéria-prima, proximidade de 
rodovias, portos, rios, etc., mão de obra local, isenção de impostos e infraestrutura de 
comunicações. 
 Hoje há 220 funcionários no CDL, além de operações terceirizadas que ajuda no 
processo de expedição e, por fim, a mão de obra de diaristas, que trabalham nas 
últimas semanas do mês, quando há um pico de expedições a serem feitas. 45% 
da cifra é feita na última semana do mês, ou seja, os pedidos caem para o CDL na 
última semana e os produtos devem ser expedidos até 23:59h do dia 31 do mês. Por 
isso é necessária a mão de obra dos diaristas, o que gera mais trabalho, pois eles 
devem ser contratados, absolvidos, treinados, e colocados no processo produtivo. Eles 
ficam com o grupo por aproximadamente 10 dias. 
 O custo unitário de distribuição física sai a € 0,086. 
 Todos os produtos são faturados no CDL, por esse motivo todos devem passar 
por lá. 
 A produtividade do CDL, por m2, é excelente, mas deve ser melhorada a 
quantidade de horas trabalhadas. A produtividade em caixas-hora,é de quase 150, 
pouco acima do México. 
 O Brasil é o país com o 3º melhor custo/unidade do grupo, que é 0,036 (fat > 22 
M unidades/ano). Essa comparação é feita principalmente com países da América do 
Sul, especialmente o México, país que tem as operações mais similares ao Brasil, uma 
vez que o modelo de distribuição, público, etc. de países como a França, por exemplo, 
são completamente diferentes. Utilizando a França como exemplo, nesse país é muito 
mais consumido produtos ALP, que são mais caros e a população possui uma renda 
maior para consumi-los, enquanto no Brasil, os produtos DPGP ganham nas vendas. 
 
Visita de Campo L’Oréal Página 7 
 
 Organização dos Fluxos 
 
 A L’Oréal possui duas fábricas, uma no RJ e outra em SP, chamadas de 
Procosas, que enviam os produtos para o CDL para que esta faça a distribuição para 
todo o Brasil e também América Latina. Todos os produtos que serão distribuídos para 
o Brasil passam pelo CDL. O CDL não trabalha com importação/exportação, e sim as 
fábricas. 
 A L’Oréal possui um parceiro logístico (buffer), a Dialog, do qual a L’Oréal utiliza 
o galpão para estoque e também, em momentos de pico, para expedição, quando há 
falta de espaço físico no CDL. Há um custo de manter o parceiro, além do custo de 
transportar os produtos do galpão deles até o CDL em um curto período de tempo, 
principalmente os produtos de alto giro, e o risco de causar avarias aos produtos com 
esse transporte que normalmente não estaria sendo feito. Produtos importados, tais 
como perfumes e maquiagens, passam por um processo de nacionalização na CISA 
Trading, chegam na Procosa do RJ, já nacionalizado, chegando finalmente no CDL. 
 
 
Visita de Campo L’Oréal Página 8 
 
 Fluxo Interno dos Produtos 
 Os produtos chegam no CDL, são recebidos, passam por um processo de 
identificação, descrição, controle de qualidade, informações sobre estoque, etc. Após 
esse passo, eles são posicionados no estoque, do 2º nível para cima, nos racks. O 1º 
nível dos racks é utilizado como base para abastecimento, ou seja, produtos que 
abastecem as preparações, que podem ser feitas tanto nos racks quanto nas esteiras. 
Finalmente, eles são posicionados para embarque, seguindo caminho para a 
distribuição. 
 
 Certificação ISO9001 
 A L’Oréal possui Certificação ISO9001:2008 e foi recertificada em 2012, além de 
ser o único CD do grupo a possuir essa certificação. Essa certificação é um padrão 
internacional relacionado à gestão da qualidade, que se aplica à organizações de todos 
os setores e atividades. Os princípios da qualidade são: foco no cliente, liderança, 
envolvimento do pessoal, abordagem de processos, abordagem de sistemas, melhoria 
contínua, processo decisório baseado em fatos e relações com fornecedores benéficas 
para ambas as partes. Seus principais benefícios são a demonstração de seu 
compromisso com a qualidade, a ajuda a melhorar o desempenho organizacional e, 
como referência, permite mensurar seu progresso no sentido de uma melhoria 
contínua. 
 Desafios Atuais do CDL 
Gerir a Complexidade: A maior parte do estoque está em terceiros (armazém geral), o 
que causa ineficiência, custo elevado de transferência e ruptura. 
Controlar os Custos: A degradação da concentração de vendas gera grande 
dependência de diaristas, causando baixa produtividade e alto índice de falhas e 
avarias, e também o aumento de custos diversos, com alimentação, transporte e EPIs. 
Gestão de Riscos: O layout não é adaptado e há a convivência entre pedestres e 
máquinas. 
Visita de Campo L’Oréal Página 9 
 
3.2. TRANSPORTADORAS 
 A L’Oréal trabalha com inúmeras transportadoras, todas terceirizadas, como por 
exemplo a TNT. Cada uma trabalha em uma região do país: a transportadora X faz o 
transporte para o Nordeste, a transportadora Y para o Sudeste, e assim por diante. 
 
3.3. LAYOUT 
 A L’Oréal possui o layout do seu CDL em formato de I, que de certa forma é 
ultrapassado para o varejo. O layout em I é muito utilizado quando há transporte por 
ferrovias. Há muitos estudos sobre o tipo ideal de layout em CDs, mas o mais 
consolidado é layout em U, pois pode direcionar as docas mais para o recebimento ou 
para a expedição. Já a Rapidão possui o layout do seu CD em L. Ambos os layouts são 
ilustrados abaixo, além do layout específico da L’Oréal, apresentado na visita. 
 
Figura 1: LAYOUT EM I 
Visita de Campo L’Oréal Página 10 
 
 
Figura 2: LAYOUT EM L 
 
Figura 3: LAYOUT DA L’ORÉAL 
 
Visita de Campo L’Oréal Página 11 
 
3.4. MÁQUINAS 
 Os produtos devem ser recebidos, movimentados, separados e agrupados de 
modo a atender às necessidades e pedidos de clientes, sendo a movimentação feita de 
maneira a sempre manter a integridade física do produto. Logo, quanto menos um 
produto é manipulado, maior é a eficiência do armazém e menor a chance do produto 
sofrer algum dano. Alguns tipos de equipamentos utilizados para o manuseio são: 
manuais (carrinho de mão, transpaleteiras, etc.), mecanizados (empilhadeiras, esteiras, 
guincho, elevadores, portainers, etc.) e automatizados (ASRS: Automated Storage and 
Retrieval System). 
 A L’oréal trabalha com 4 tipos de máquinas: a N20, L12, E15 e R14. A N20 é 
uma transpaleteira que faz apenas a locomoção dos produtos, não faz empilhamento. 
A L12 é uma empilhadeira não-tripulada utilizada para o abastecimento. A N15 também 
é uma empilhadeira não-tripulada que é capaz de entrar nas carretas para recolher os 
produtos. Por fim, a R14 é uma empilhadeira utilizada nos processos de estoque, e 
alcança até o 5º nível dos racks (prateleiras). 
 
3.5. RACKS 
 Racks são as prateleiras utilizadas para armazenagem dos produtos. O 1º nível 
dos racks é utilizado para preparação, bases. Acima do 2º nível, são utilizados para 
estoque. Cada carga possui um endereço, como por exemplo 92.59.123456, onde 92 
significa o número da rua, 59 o número da coluna, e os números 123456 indicam em 
qual nível está o produto, de 1 a 6. Cada galeria é referente a duas ruas, uma de cada 
um de seus lados. Os produtos que possuem alta rotatividade são transferidos de 
níveis mais altos para níveis mais baixos. 
 
3.6. RECEBIMENTO 
Visita de Campo L’Oréal Página 12 
 
 No ato do recebimento são realizados o controle e programação das entregas, o 
recebimento físico do material, o recebimento fiscal do material, a checagem da nota 
fiscal X pedido de compra e também o nota fiscal X material recebido, a checagem 
visual da integridade do material e das embalagens e, por fim, a coleta e envio das 
amostras para análises laboratoriais. 
 Para conferir os produtos no recebimento, é utilizado o sistema de código de 
barras. Entre o recebimento e o estoque, os produtos são manuseadospor coletores, 
que levam os produtos para a área correta no estoque. Algumas vezes é realizado o 
cross-docking, onde o produto que chega no CDL já sai de lá rapidamente, ou seja, o 
carregamento e descarregamento acontecem em tempo real. O objetivo do cross-
docking é reduzir os custos, através da movimentação direta do fabricante para o 
varejista, já que não estoque do produto no CD. A área de recebimento é dividida em 
duas: a da ALP e a da DPGP, por onde entram produtos dessas linhas, e essa área 
também pode ser usada para expedição. 
 
3.7. ESTOQUE 
 Estoque é a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de 
transformação em sucessivos pontos, ou seja, um amortecedor entre oferta e 
demanda. O estoque representa entre 1/3 e 2/3 dos custos logísticos e tem como 
benefícios a melhora entre coordenação entre oferta e demanda, a redução dos custos 
de transporte e produção, auxílio na produção e no processo de marketing. 
 Armazenagem é a administração do espaço necessário para manter estoques e 
preocupa-se com a análise da localização do produto, o equipamento de manuseio, o 
dimensionamento da área, o arranjo físico e o projeto das docas, além de identificar o 
ponto de equilíbrio entre o custo de manter estoque e o nível de serviço oferecido 
desejado.Os principais meios de armazenagem são: porta pallets, prateleiras, drive in, 
bi ocado e extensores. Os objetivos do arranjo físico/layout são possibilitar a utilização 
Visita de Campo L’Oréal Página 13 
 
máxima do espaço, possibilitar a movimentação de materiais mais eficiente, possibilitar 
a estocagem mais econômica com relação à despesas de equipamento, espaço e mão 
de obra e possibilitar flexibilidade máxima para satisfazer as necessidades de 
mudança, estocagem e movimentação. 
 O manuseio de materiais e produtos, também chamado de movimentação 
interna de produtos ou materiais, é o transporte de pequenas quantidades por 
distâncias relativamente pequenas, executado em depósitos, fábricas e lojas e no 
transbordo entre modais. 
 Por motivos de segurança, nenhum produto é armazenado no chão, somente 
nos racks. A cobertura do estoque DPGP é de 12 dias. Há muitos casos de furto no 
CDL, uma vez que vários produtos são manuseados peça a peça. Por isso, há a revista 
na saída do CDL, além de câmeras por toda a área. 
 
3.8. PREPARAÇÃO 
 O CDL tem uma distribuição muito diferenciada, trabalhando muito dentro de 
uma mesma operação, o picking detalhe. Nessa operação, é preparado unidade por 
unidade, isto é, o CDL prepara o pedido do cliente, seja ele qual for: um pallet fechado 
de Colorama, apenas uma unidade de Kérastase, etc. Dessa forma, trabalha-se tanto 
na distribuição fragmentada quanto com o pallet fechado, que é mais fácil de realizar. 
 Picking é o ato de preparar o produto, é a separação de pedidos, que pode 
servir para retirada dos itens em estoque para atendimento de uma demanda 
específica ou para coleta e separação dos pedidos segundo a necessidade de cada 
cliente. O picking detalhe é a preparação de uma única unidade de produto, feita nos 
carrinhos de preparação.. A preparação de um pallet fechado é melhor para a 
produtividade, pois trabalha com vários produtos de uma só vez. Na preparação do tipo 
picking detalhe se trabalha, na maioria das vezes, com produtos ALP, com preparação 
PGD (standard, preparação de caixas fechadas). Por exemplo, se o cliente solicitou 
Visita de Campo L’Oréal Página 14 
 
uma única caixinha de esmalte, faz-se essa preparação especial, de acordo com o 
pedido de cada cliente. 
 A preparação no CDL é toda manual, quase artesanal. O motivo dessa falta de 
tecnologia é a mão de obra barata, mas, no entanto o Brasil tem crescido muito, houve 
um boom em relação ao uso de tecnologia nos CDs. Em países mais desenvolvidos, 
como a França, a mão de obra é bem mais cara, o que incentiva o uso e 
desenvolvimento de tecnologia. 
 
3.9. EXPEDIÇÃO 
 Na expedição são realizados a transferência dos materiais agrupados por rota 
para a doca de expedição, a leitura das etiquetas de código de barras para confirmar a 
saída das embalagens, a conferência dos volumes a serem despachados, a pesagem e 
o carregamento dos veículos. Antes da expedição os produtos ficam na área de stage-
out, onde há o acúmulo de materiais em expedição com a finalidade de otimizar o uso 
dos equipamentos de movimentação, tais como empilhadeiras, paleteiras, carrinhos, 
etc., otimizar mão de obra e otimizar a capacidade de transporte do veículo de carga. 
Nessa mesma área também são feitas atividades de pré-packaging, tais como 
paletização, repaletização, aplicação de filmes plásticos, colocação de etiquetas, etc. 
 O CDL possui 29 docas para expedição e 24 para recebimento, mas nem todas 
são utilizadas, ou seja, há um subdimensionamento do número de docas. No último dia 
de todo mês a movimentação no CDL é enorme. A área de expedição fica lotada de 
produtos a serem expedidos ainda naquele mês. Nessa área também é feita a 
conferência dos produtos, a filmagem (embalagem) das cargas, para proteção, e por 
fim é colocado no caminhão. A regra de acondicionamento no picking e na expedição é 
a seguinte: de Abril a Novembro, o transporte é normal; de Dezembro a Março, o 
transporte é refrigerado. Nas regiões Norte e Nordeste, o transporte deve ser sempre 
refrigerado. A definição de transporte é a atividade responsável pela movimentação do 
produto por todos os estágios da produção até o consumidor final, ou seja, pela sua 
Visita de Campo L’Oréal Página 15 
 
distribuição física. Ela tem como objetivos aproximar o produtor do consumidor, 
aumentar a acessibilidade do produto para o consumidor e agregar valor ao produto. 
 
3.10. ÁREA DE AEROSSÓIS 
 A área de aerossóis é um local diferenciado para tratamento desses tipos de 
produto, pois tem que ser blindado, refrigerado, protegido contra incêndio, entre outros. 
Um exemplo em que produtos aerossóis não foram tratados da maneira correta foi o da 
explosão que aconteceu em uma fábrica (de outra empresa que não a L’oréal) em 
Jundiaí. Esses produtos também possuem preparações diferentes, feitas dentro do 
CDL, além de possuírem pallets exclusivos e saírem protegidos e encapados de lá. 
Eles possuem roteiros específicos e, no transporte de caminhão, o motorista deve ser 
especializado para transportar essas cargas. Além disso, as máquinas utilizadas no 
seu manuseio e transporte são especiais, não podendo produzir fagulhas, e todos os 
trabalhadores envolvidos devem ser treinados. Também há uma sala climatizada para 
armazenar produtos específicos, tais como maquiagens e outros produtos importados, 
que no calor do Brasil podem derreter, e uma sala para produtos INNEOV (tipo de 
cosmético). 
 
3.11. MATERIAIS DE PROPAGANDA 
 Os materiais de propaganda, ou PLV, como por exemplo a campanha “Capilar e 
Solar”, são tratados de maneira igual aos produtos, ocupando o mesmo espaço físico, 
requerendo o mesmo trabalho de preparação e impactando a produtividade, uma vez 
que não entra no escopo de faturados. No entanto, estes ficam obsoletos com o passar 
do tempo (por exemplo, a modelo que fez a propaganda em 2005 já teve filhos, 
engordou, etc. não serve mais para representar os produtos da L’Oréal). Em 2011, 
foram preparados e expedidos 22 M de unidades de PLV, um aumento de 46% em 
relação ao ano anterior. O CDL não possui ações independentes, ou seja, não tem 
Visita de Campo L’Oréal Página 16 
 
permissão para jogar os produtos obsoletos fora. Eles devem avisar o grupo da divisão, 
que então irá fazer o processo de destruição. Algumas vezes, o custo de destruir um 
produto é maior que o custo de estocar se, por exemplo, o produto puder causar danos 
ao meio ambiente quando destruído, o que encarece o processo de destruição, pois 
este deve ser muito cuidadoso. Entretanto, quem paga a destruição dos produtos são 
os grupos das divisões, enquanto o CDLé quem paga o estoque dos mesmos, o que 
causa um problema entre essas áreas frequentemente. Muitas vezes chega-se a um 
impasse: destruir os produtos de propaganda de 2005, por exemplo, ou fazer os novos 
produtos de 2013, pois não há recursos suficientes para ambos. 
 
3.12. LISTA DE FORNECIMENTO 
 A lista de fornecimento é análoga a uma lista de compras. Ela informa quais são 
os produtos, onde eles estão (ou seja, seus endereços), suas referências (códigos), 
quantidade, etc. Em posse dessa lista, o funcionário coloca tais produtos no carrinho de 
preparação e faz a preparação dentro dele, dentro das pequenas caixas dentro do 
carrinho. Então é feita a embalagem dos produtos, a caixa é fechada e expedida. Essa 
lista é pré-montada para facilitar a movimentação dentro do CDL. Dessa forma, a 
locomoção é favorecida pela ordem da lista, para evitar perda de tempo e aumentar a 
eficiência. Dependendo do pedido, não há como otimizar muito a locomoção dentro do 
CDL, pois este pode ser muito fragmentado. Os pedidos são divididos por divisão dos 
produtos, ou seja, são somente de produtos ALP ou somente de produtos DPGP. O 
papel no qual é feita a lista de fornecimento possui cores diferentes para cada dia da 
semana para, além de ajudar visualmente o processo, não ter atrasos. As cores 
diferenciadas ajudam também porque só há tempo hábil de um dia para preparar e 
expedir os produtos, isto é, um período muito curto de tempo. O processo de auditoria, 
ou gestão de risco, confere os produtos, para então expedi-lo para os clientes 
especiais, que fazem pedidos específicos. Aproximadamente 30% dos produtos são 
auditados para clientes especiais. 
Visita de Campo L’Oréal Página 17 
 
 
3.13. CORREIOS 
 Dentro do CDL há uma sala dos Correios, que faz a consolidação das compras 
realizadas pelo site, que inclui serviços e produtos extras, tais como cartões 
personalizados para aniversários, entre outros. Por fim, os pedidos são enviados aos 
clientes via SEDEX. 
 
3.14. OPERAÇÕES ESPECIAIS 
 A customização para clientes especiais é muito importante no CDL. 10% do 
volume de coloração é retrabalhado no CDL, enquanto em 2011 houve uma queda de 
20% no percentual de pedidos em pallets fechados. As operações especiais tratam 
especialidades de certos clientes que, por exemplo, querem receber caixas com 6 
unidades de um certo tipo de produto, ao invés de 12, que é a forma como eles vêm 
embalados inicialmente. O CDL monta o pedido da forma que o cliente deseja, mas 
esse processo atrapalha a produtividade, mesmo sendo cobrada uma tarifa maior para 
realizar esse tipo de serviço. No entanto, o volume de vendas para cada cliente 
especial compensa esse trabalho extra de preparação. Essa nova organização dos 
produtos pode ser considerada como uma nova embalagem, um novo agrupamento de 
produtos. Dessa forma, podemos dizer que embalagem é todo produto utilizado para 
conter, proteger, movimentar, manusear, entregar e apresentar mercadorias. Como 
consequência, facilitam o manuseio do produto, protegem o produto durante o 
processo logístico, oferecem resistência contra forças de compressão, auxiliam o fluxo 
de informação e podem ter ênfases, como para marketing (voltado para o consumidor) 
e logística (embalagem industrial). 
 
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3.15. LOGÍSTICA REVERSA 
 Pode acontecer que o cliente receba um produto e alegue, por exemplo, que não 
comprou aquele produto. Assim, o produto deve fazer o caminho inverso, ou logística 
reversa, do cliente até a CDL, que é uma das partes contraprodutivas do processo. 
Muitas vezes, no retorno do produto, este sofre avarias, causando prejuízo. O CDL 
recebe todos os tipos de produto retornados, inclusive outros tipos de produto, com os 
quais não trabalha, tais como batata, fralda, etc. e muitas vezes em embalagens de 
concorrentes. No entanto, o espaço para armazenar esses tipos de produto é caro, 
além de o CDL já operar com 98% de ocupação do espaço, o que é um gargalo. Nessa 
área de devolução, os produtos ficam em análise. O principal motivo de serem 
direcionados para essa área é por possuírem algum tipo de avaria, que pode ter 
acontecido no caminhão, no manuseio, etc. Lá também é feita a segregação, ou seja, é 
definido se o produto pode ser consertado ou deve ser jogado fora. Alguns produtos, 
que estão em análise, estão aguardando licença para poderem ser destruídos, pois 
alguns deles requerem um tratamento especial na destruição, para não causar danos 
ao meio ambiente. 
 
3.16. COMPARAÇÃO COM A RAPIDÃO COMETA 
 A diferença básica da empresa Rapidão Cometa para a L’Oréal é que a Rapidão 
é exclusivamente um Operador Logístico, ou seja, é um fornecedor de serviços 
logísticos integrados que agrega valor ao produto de seus clientes através do 
gerenciamento de todas as suas atividades logísticas ou parte delas nas diversas fases 
da cadeia de abastecimento. Um Operador Logístico trabalha com todos os modais de 
transporte, tais como aéreo, ferroviário, rodoviário, hidroviário e marítimo. Segundo a 
ABML, o operador deve, no mínimo, prestar simultaneamente as seguintes atividades 
básicas: controle de estoque, armazenagem e gestão de transportes. 
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 Já a L’Oréal é uma empresa que produz e vende seus produtos, além de 
trabalhar também com serviços logísticos, entregando seus produtos aos clientes, 
através de seus CDs. 
 
4. CONCLUSÃO 
 Levando em consideração todas as informações obtidas na visita e a teoria 
ensinada em aula, pudemos nos familiarizar mais com o ambiente de logística no 
Centro de Distribuição da empresa francesa L’Oréal e as operações envolvidas, tais 
como o recebimento, estoque, preparação, inclusive o picking detalhe, e a expedição, 
após as cargas passarem pela área de stage-out. 
 
 
foi possível perceber alguns problemas quanto à parte alfandegária, uma vez que, 
devido ao grande número de transportes de cargas irregulares que causou a criação da 
Maré Vermelha, as operações de todos os terminais brasileiros ficou mais lenta e 
custosa para as empresas, que devem fazer a inspeção dos contêineres com sua 
própria mão de obra e materiais. A situação com os estivadores em muitas outras 
empresas também deve ser analisada, uma vez que há muitos fatores sociais 
envolvidos, tal como a questão de direitos e histórico comprometedor de alguns desses 
operários. 
 Por fim, foi constatado que a situação da empresa Libra hoje é muito boa, com 
uma grande tendência de melhora nos próximos anos, devido a investimentos, tanto na 
compra de equipamentos quanto na expansão territorial (incluindo as áreas cobertas) 
na unidade visitada e nas outras também. A situação brasileira também é favorável, 
com uma previsão de crescimento enorme, uma vez que haja investimentos na 
infraestrutura portuária de diversos Portos em todo o Brasil

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