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princípios direito penal - resumo


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Direito Penal: 
Teoria do Crime
Monitora:
Viviane Oliveira
EMENTA	DA	DISCIPLINA
CONTROLE	SOCIAL	PENAL	E	ESTADO	
DEMOCRÁTICO	DE	DIREITO
4.1	MISSÕES	E	A	SELETIVIDADE	DO	DIREITO	PENAL	COM	O	PODER	PUNITIVO	
DO	ESTADO
4.2	SISTEMAS	PROCESSUAIS	PENAIS
4.3	LEIS	PENAIS	SIMBÓLICAS
04
TEORIA	DA	NORMA	JURÍDICA	PENAL
2.1	AS	CARACTERICAS	GERAIS	DAS	NORMAS	PENAIS,	SUAS	ESPECIÉS	
FONTES	E	TÉCNICAS	DE	INTERPRETAÇÃO	E	INTEGRAÇÃO
2.2	A	APLICABILIDADE	NO	TEMPO	DA	LEI	PENAL	E	OS	PRINÍPIOS	REGENTES
2.3	A	APLICAÇÃO	DA	LEI	PENAL	NO	ESPAÇO
02
A	CIÊNCIA	PENAL
1.1	O	CONCEITO,	FUNÇÕES	E	AS	FONTES	DO	DIREITO	PENAL
1.2	O	CONCEITO	DE	BEM	JURÍDICO	E	O	SENTIDO	DO	CONSTITUCIONALISMO	
PARA	O	SABER	JUÍDICO	PENAL
1.3	OS	PRINCIPIOS	EM	ESPÉCIE	NO	DIREITO	PENAL	DESDE	UMA	
PERPESCTIVA	GARANTISTA
01
TEORIA	DO	DELITO
3.1	OS	CONCEITOS	GERAIS	DA	TEORIA	GERAL	DO	DELITO	E	SUAS	
CARACTERISTICAS	FUNDAMENTAIS
3.2	AS	CARACTERÍSTICAS	DO	FATO	TÍPICO
3.3	A	ILICITUDE	E	SUAS	CAUSAS	EXCLUEDENTES
3.4	OS	ELEMENTOS	DA	CULPABILIDADE	E	AS	MODALIDADES	DE	ERRO
03
Os princípios têm dois destinatários: o legislador
(criação do Direito Penal – cominação de penas, etc.) e
os operadores do Direito (o juiz, o membro do MP,
delegado de polícia, o defensor público, o advogado,
etc.).
A função dos princípios é orientar a atividade tanto do
legislador quanto do operador do Direito no sentido de
limitir o jus puniendi, o poder punitivo do Estado.
CONCEITO:	PRINCIPIOS	PENAIS
1. LEGALIDADE
2. ANTERIORIDADE
3. RETROATIVIDADE
4. PERSONALIDADE	OU	
REPSONSABILIDADE	PESSOAL
5. INDIVIDUALIZAÇÃO	DA	PENA
6. HUMANIDADE
1. INTERVENÇÃO	MÍNIMA
2. FRAGMENTARIEDADE
3. SUBSIDIARIEDADE
4. OFENSIVIDADE	OU	LESIVIDADE
5. INSIGNIFICÂNCIA	OU	BAGATELA
6. ADEQUAÇÃO	SOCIAL
7. CULPABILIDADE
8. PROPORCIONABILIDADE
PRINCÍPIOS	DA	CONSTITUCIONALIDADE	
EXPLÍCITOS IMPLÍCITOS
1. LEGALIDADE:
Previsto	no	art.	5º	da	CF
● II	-
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”
● XXXIX	– “não há crime sem lei anterior	que	
o defina, nem pena sem prévia cominação legal.”
2.	ANTERIORIDADE	DA	LEI:
Só há crime e	pena	se	o	ato foi praticado depois da	entrada	em	vigor	da lei que	os	
define
● Art.	1º	CP:	"Não há crime sem lei que	o	defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
RESERVA	LEGAL:
- Lei	em	sentido	estrito
- Formal
- Material
LEGALIDADE:
- Lei	em	sentido	amplo
PRINCÍPIOS
EXPLÍCITOS
3. IRRETROATIVIDADE	DA	LEI MAIS	SEVERA:
A lei não retroage,	salvo	para beneficiar o réu.
4. PESSOALIDADE	OU INSTRANSCENDÊNCIA DA PENA:
A pena não deve passar da pessoa do condenado. Só o verdadeiro autor deve ser responsabili
zado por seus atos no direito penal.
5.	INDIVIDUALIZAÇÃO	DA	PENA:
garante aos indivíduos no	momento	
de uma condenação em um processo penal, que	
a sua pena seja individualizada, isto é,	levando	em	conta	as	
peculiaridades aplicadas	para	cada	caso	individual.
● Prevista	no	Art.	5º,	XLVI	CF
6. HUMANIDADE:
O direito penal só pode cominar penas	
que considerem o homem como pessoa. Não cabimento de	penas cruéis,	de morte, perpétuas,	
de trabalhos forçados e	de banimento.
PRINCÍPIOS
EXPLÍCITOS
9.	FRAGMENTARIEDADE:
Direito penal	tutela	apenas	os bens mais importantes	e	sanciona	apenas	
as condutas mais inaceitáveis.
7. INTERVENÇÃO MÍNIMA:
O estado só deve utilizar o direito penal em 
último caso (Ultima Ratio). A doutrina 
entende que os casos de estrita necessidade 
sejam aqueles em que outras esfereas do direito 
fracassaram no controle social.
8. SUBSIDIARIEDADE:
O Direito Penal deve ser aplicado somente quando as outras 
formas de sancionar o indivíduo não forem suficientes.
Legalidade: Princípio que existe para limitar o poder do 
estado. Para que o Estado defina crimes e comine penas deve 
editar lei em sentido estrito:
Lei ordinária ou Complementar.
– Analogia em Direito Penal:
◦ In bonam partem (Permitida)
◦ In malam partem (Vedada)
– Veda a aplicação da lei penal a fatos anteriores à sua 
vigência.
– Veda a criação de tipos penais vagos.
PRINCÍPIOS
IMPLÍCITOS
PRINCÍPIOS
IMPLÍCITOS
10.	OFENSIVIDADE	(NULUM	CRIMEN	SINE	INUIRIA):
Não	há	crime	sem	ofensa	a	bem	jurídico.	As	condutas	criminosas	devem
causar	alguma	lesão	ou	perigo	de	lesão	para	que	possam	ser	puníveis.
– Não	se	punem	condições	existenciais.
– Não	se	pune	a	autolesão.
– Não	se	punem	atitudes	internas.
– Não	se	punem	condutas	incapazes	de	produzir	algum	dano	ou	perigo	de	dano.
11.	EXCLUSIVA	PROTEÇÃO	DE	BENS	JURÍDICOS:
O	Estado	não	pode	utilizar	o	D.P	para	tutelar	a	moral,	a	religião,	os	valores	
ideológicos	e	etc...,	sob	pena	de	prevalecer	intolerancia.	Decorre	do	
princípio	da	ofensividade
12.	INSIGNIFICÂNCIA	OU	BAGATELA:
Veda	que	o	direito	penal	seja	utilizado	para	punir condutas cuja	lesão	é	
insignificante	(de	bagatela).
– Exclui	a	tipicidade	material,	e	consequentemente,	o	crime.
EXEMPLO:	Lesão	Corporal	– Leve,	Furto	de	alimentos	em	valor	abaixo	de	um	
salário	mínimo	(sem	registro	de	antecedência)
PRINCÍPIOS
IMPLÍCITOS
13.	ADEQUAÇÃO	SOCIAL:
Condutas	socialmente	adequadas	não	podem	ser	punidas	pelo	Direito	Penal.
Riscos	em	que	a	sociedade	impõe	o	individuo	como	o	uso	do	transporte	público,	usinas,	são	socialmente	consideradas	
adequadas	e afasta	o	uso	o	direito	penal.
14.	CULPABILIDADE:
Princípio	que	rege	a	análise	da	conduta	com	um	juízo	de	censura,	pois existe	uma	conduta	que	se	espera	
do	homem	médio	em	uma	determinada	situação. Veda	a	responsabilidade	penal	objetiva.
È	necessário	provar	a	existência	do	delito, capacidade	de	culpabilidade,	consciência	da	ilicitude	e	
exigibilidade	da	conduta. A	ausência	de	qualquer	desses	elementos	é	suficiente	para	impedir	a	aplicação	
de	uma	sanção	pena.
15.	PROPORCIONALIDADE:
Princípio	que	exija	a	ponderação	entre	a	lesividade	da	conduta	e	a
gravidade	da	pena,	devendo	haver	um	equilíbrio	entre	estes.
16:	ESTADO	DE	INOCÊNCIA:
Ninguém	será	culpado	até	o	trânsito	em	julgado	de	sentença	penal	condenatória.	CF/88,	5º	LVII
Presunção	de	inocência
17.	IGUALDADE:
Todos	são	iguais	perante	a	lei.	Por	meio	desse	princípio	
são vedadas	as	diferenciações arbitrárias e	absurdas,	não	
justificáveis	pelos	valores	da	CF, e	tem por finalidade	limitar	a
atuação	do	legislador,	do intérprete	ou	autoridade	pública	e	do
particular.
PRINCÍPIOS
IMPLÍCITOS
18:	NE	BIS	IN	IDEM:
Proíbe	que	uma	pessoa	seja	processada,	julgada	e	condenada
mais de	uma	vez	pela	mesma	conduta.	Previsto	no	artigo	14,	7,	do
Pacto	Internacional	de	Direitos	Civis
e Políticos. Consequentemente,	é	vedada	a	multiplicidade	de
Penas para	o	mesmo	sujeito,	por	uma	mesma	ação	ou	omissão,	se
tiverem	um	mesmo	fundamento. Observação:	Não	há	bis	in	idem,
porém,	em	princípio,	quando	o fato	é	punível	simultânea
ou sucessivamente	em	âmbitos	jurídicos distintos,	visto
que diversa	é	a	fundamentação	jurídica.
19:	PROIBIÇÃO	DA	ANALOGIA:
In	bonan	partem”:	em	benefício	do	réu.	É	permitida,é	permitida	a	sua	aplicação	em	relação	às
normas	penais	não	incriminadoras,	desde	que,	em	hipótese	alguma,	agravem	a	situação	do
infrator..
“In	malan	partem”:	Proibição	da	adequação	típica	“por	semelhança”	entre	os	fatos.	É	aquela	onde	adota
se	lei	prejudicial	ao	réu,	reguladora	de	caso	semelhante,	em	caso	de	omissão	do	legislador	quanto
determinada	conduta.	Em	prejuízo	do	réu.	É	proibida,	no	Direito	Penal.
Exemplo:	proibição	da	construção	do	tipo	penal	de	assédio	moral,	por	semelhança	à
situação	do	assédio	sexual,	previsto	no	art.	216-A.
FIM
Obrigada,	bons estudos!!!