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SUS 2011[1]

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SUS 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Atenção Integral a Saúde da 
Família 
AISF I
Atenção Primária - início do debate:
 Conferência Internacional de Alma Ata- realizada em1978,pela
OMS e UNICEF. Evento internacional que representou um
marco de influência nos debates sobre os rumos das políticas de
saúde no mundo, reafirmando a saúde como direito humano
fundamental. Em que pese ter sido realizada num contexto
acirrado da crise monetária internacional, ela continuou
influenciando mudanças no cenário mundial durante toda a
década de1980.
SUS no Brasil: Contexto histórico-
político
 Sua criação resultou de um processo social que exigiu
luta política, e seus princípios coincidem com as
bandeiras levantadas pelo movimento de
redemocratização do país. Não é por acaso que sua
implantação reflete fortemente o processo de
descentralização política e a abertura de espaços de
participação democrática após 1988.
As bases jurídicas do Sistema Único 
de Saúde
 A Constituição Federal promulgada em 5 de outubro de 1988,
no seu Título VIII – da Ordem Social, Capítulo II – da
Seguridade Social, Seção II – da Saúde, cria o Sistema Único
de Saúde (SUS).
A saúde na Constituição Federal de 1988
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação.”
Movimento Sanitário & SUS
O texto final aprovado na Constituição de 1988 incorporou as
grandes demandas do movimento sanitário, tais como:
 Concepções sobre a saúde e o “lugar” da política de saúde
 “Direito de todos e dever do Estado”
 Conceito ampliado de saúde.
 Garantida mediante políticas econômicas e sociais abrangentes.
 Inserida em uma lógica de Seguridade Social, em conjunto com as
políticas de Previdência e Assistência Social.
A instituição do SUS produziu resultados imediatos.
O mais importante foi o fim da separação que havia
no sistema público de saúde entre os incluídos e
os não- incluídos economicamente com a
implantação do princípio da universalidade, que pôs
fim à figura dos Indigentes sanitários (não-
previdenciários), promovendo a Integração do
INAMPS ao sistema público de saúde.
Como regulamentação do texto constitucional para a saúde elaborou-se
no período de 1989 a 1990 a chamada “Lei Orgânica da Saúde” – Lei
n. 8.080, de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a
promoção, a proteção e a recuperação da saúde. Os vetos impostos
pelo presidente Fernando Collor inseridos nesta Lei atingiram pontos
fundamentais como a instituição dos Conselhos e das Conferências de
Saúde.
Uma intensa reação da sociedade civil organizada gerou a Lei n. 8.142,
de dezembro de 1990, que no seu artigo 1º. regula a participação da
comunidade no SUS, instituindo os Conselhos de Saúde e as
Conferências de Saúde.
O Sistema Único de Saúde é, por definição constitucional, um
sistema público de saúde, nacional e de caráter universal,
com base na concepção de saúde como direito de cidadania e
que tem as diretrizes organizativas de: descentralização, com
direção única em cada esfera de governo; integralidade do
atendimento; e participação da comunidade.
Princípios e diretrizes do SUS
 Universalidade
"A saúde é um direito de todos", como afirma a
Constituição Federal. Naturalmente, entende-se
que o Estado tem a obrigação de
prover atenção à saúde, ou seja, é impossível
tornar todos sadios por força de lei.
 Eqüidade
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o 
sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém 
disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde 
extremamente variadas.
Princípios e diretrizes do SUS
 O controle social, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os
usuários participam da gestão do SUS através das Conferências
de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e
através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados
também em todos os níveis.
Princípios e diretrizes do SUS
 Descentralização político-administrativa
O SUS existe em três níveis, também chamados
de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com
comando único e atribuições próprias.
Os municípios têm assumido papel cada vez mais
importante na prestação e no gerenciamento dos serviços
de saúde; as transferências passaram a ser "fundo-a-
fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo de
serviço oferecido, e não no número de atendimentos.
Princípios e diretrizes do SUS
 Hierarquização
Os serviços de saúde são divididos em níveis de
complexidade; o nível primário deve ser oferecido
diretamente à população, enquanto os outros devem ser
utilizados apenas quando necessário. Quanto mais bem
estruturado for o fluxo de referência e contra-referência
entre os serviços de saúde, melhor a sua eficiência e
eficácia.
Princípios e diretrizes do SUS
 Regionalização
O Município, como célula mínima de estrutura político-
administrativa brasileira, é teoricamente capaz de organizar
um sistema de saúde mais adequado às necessidades de
seus habitantes, por encontrar-se mais próximo do espaço
concreto onde vivem as pessoas e mais sensível às
pressões e reivindicações da população.
Princípios e diretrizes do SUS
A participação comunitária em saúde pode ser entendida de
diversas formas. Trata-se de um canal importante de relação entre
o Estado, os trabalhadores e a sociedade. É orientada para a
modificação favorável dos determinantes sociais de saúde tendo
em vista a conquista de maior autonomia da comunidade em
relação a tais determinantes ou aos próprios serviços de saúde e ao
desenvolvimento da sociedade.
Características do SUS
 Admite a participação do setor privado em caráter
complementar, mediante o estabelecimento de contratos e
convênios.
 O financiamento é proveniente de recursos tributários do
orçamento da União, dos estados e municípios e a prestação
de serviços não está condicionada a qualquer forma de
contribuição financeira prévia.
 Os três níveis de governo são responsáveis pela gestão do
sistema de ações e serviços de saúde.
Implicações do SUS para a atuação do 
Estado na saúde
Além da assistência médica, compete ao Poder Público:
 a execução de ações de vigilância sanitária, epidemiológica,
saúde do trabalhador;
 a ordenação de recursos humanos para o setor;
 a fiscalização e a produção de insumos estratégicos.
 A responsabilidade pela saúde não é apenas setorial e implica a
integração das políticas de saúde com as demais políticas
públicas.
Alguns desafios...
 País de dimensões continentais e populoso.
 Modelo de desenvolvimento capitalista brasileiro.
 Marcantes desigualdades no país.
 Alterações demográficas e mudanças epidemiológicas recentes.
 Características do federalismo brasileiro.
 Características do sistema de proteção social brasileiro.
 Persistência do modelo médico-assistencial privatista.
 Tradição participativa da sociedade.
 Valores culturais da sociedade.

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