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CENTRO UNIVERSTÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU ESCOLA DE NEGÓCIOS E HOSPITALIDADE APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVIONADA Silvania Candido da Silva RA:1985310 Ciências Contábeis APS - Atividade Prática Supervisionada, do Curso de ciências contábeis da Faculdades Metropolitas Unidas – FMU, para compor a nota da disciplina de Direito Trabalhista e Previdenciário, sob a orientação do Profº Eduardo Salgueiro Coelho. São Paulo/SP. 2021 REFORMA TRABALHISTA A chegada da reforma trabalhista trouxe uma série de mudanças que as empresas tiveram de se adaptar. Abaixo destaquei algumas das principais mudanças. A nova lei entrou em vigor em 11 de novembro de 2017. A Reforma Trabalhista no Brasil de 2017 foi uma mudança significativa na consolidação das leis do trabalho (CLT) instrumentalizada pela Lei nº 13.467 de 2017. Com 54 artigos alterados, 9 revogados e 43 criados, a reforma modificou cerca de 10% da legislação trabalhista – que desde a sua criação, em 1943, já sofreu uma série de adaptações. A expectativa do governo era de que a reforma gerasse empregos formais e reduzisse a informalidade. O desemprego de fato caiu este ano, mas ancorado principalmente no aumento da informalidade. Reforma Trabalhista é muito importante, visto que ela causou mudanças nos direitos e deveres dos profissionais, especialmente aqueles regidos pela CLT. Dentre as principais alterações feitas é possível citar; COMO ERA COMO FICOU Férias: Férias: Período de gozo pode ser de 30 dias consecutivos, mas não pode ser menos que 10 dias. Período de gozo poderá ser dividido em até três períodos ao longo do ano, sendo um destes períodos de no mínimo 14 dias consecutivos, e os outros dois de no mínimo 5 dias consecutivos. Jornada de trabalho: Jornada de trabalho: Limite de 220 horas mensais. Acordo sindical poderá ser sobrepor a CLT. Caso não haja acordo, prevalece o modelo de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Imposto Sindical: Imposto Sindical: Obrigatório referente a um dia de trabalho pago pelo trabalhador uma vez ao ano. A contribuição passa a ser facultativa. O trabalhador opta por fazer ou não a contribuição ao sindicato. Banco de Horas: Banco de Horas: Horas trabalhadas a mais do que o estabelecido por contrato são computadas no banco de horas, podendo ser compensadas conforme pactuado em convenção coletiva. Poderá ser negociada com o empregador de forma individual, podendo ser pago em até 6 meses. Intervalo intrajornada: Intervalo intrajornada: Intervalo de no mínimo 1 hora para alimentação e descanso, podendo chegar a até 2 horas. Poderá ser negociado com a empresa, contando que se respeite um período mínimo de 30 minutos seja respeitado. Gravidez: Gravidez: Mulheres grávidas ou lactantes eram proibidas de trabalhar em lugares com condições insalubres. Não havia limite de tempo para avisar a empresa sobre a gravidez. É permitido o trabalho de mulheres grávidas em ambientes considerados insalubres, desde que a empresa apresente atestado médico que garanta que não há risco ao bebê nem à mãe. Mulheres demitidas tem até 30 dias para informar a empresa sobre a gravidez. Negociação: Negociação: Convenções e acordos coletivos podiam estabelecer condições de trabalho diferentes das previstas na legislação apenas se conferissem ao trabalhador um patamar superior ao previsto na lei. Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação. Assim, os sindicatos e as empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os trabalhadores. Tempo na empresa: Tempo na empresa: A CLT considerava serviço efetivo o período em que o empregado está á disposição do empregador, aguardando ou executando ordens. Não são consideradas dentro da jornada de trabalho as atividades de âmbito da empresa como descanso, estudo, alimentação, interação entre colegas, higiene pessoal e troca de uniforme. Terceirização: Terceirização: Não era permitida na atividade-fim da empresa Em todos os setores, as empresas, inclusive públicas, poderão terceirizar qualquer atividade. Compensação de horas: Compensação de horas: Negociada por meio de acordo escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. Pode ser negociada por acordo individual tácito ou escrito para compensação no mesmo mês. Home Office: Home Office: A legislação não contempla essa modalidade de trabalho. Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o patrão via contrato, como equipamentos e gastos com energia e internet, o controle do trabalho será feito por tarefa. Demissão: Demissão: Quando o trabalhador pede demissão ou é demitido por justa causa, ele não tem direito à multa de 40% sobre o saldo de FGTS nem à retirada do fundo de garantia. Em relação ao aviso prévio, a empresa pode avisar o trabalhador sobre a demissão com 30 dias de antecedência ou pagar o salário referente ao mês sem que o funcionário precise trabalhar. O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com o pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego. Plano de cargos e salários: Plano de cargos e salários: O plano de cargos e salários precisa ser homologado no Ministério do Trabalho e constar do contrato de trabalho. O plano de carreira poderá ser negociado entre patrões e trabalhadores sem necessidade de homologação nem registro em contrato, podendo ser mudado constantemente. Transporte: Transporte: O tempo de deslocamento no transporte oferecido pela empresa para ir e vir do trabalho, cuja localidade é de difícil acesso ou não servida de transporte público, é contabilizado como jornada de trabalho. O tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho. Trabalho parcial: Trabalho parcial: A CLT prevê jornada máxima de 25 horas por semana, sendo proibidas as horas extras. O trabalhador tem direito a férias proporcionais de no máximo 18 dias e não pode vender dias de férias. A duração pode ser de até 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extras semanais, ou de 26 horas semanais ou menos, com até 6 horas extras, pagas com acréscimo de 50%. Um terço do período de férias pode ser pago em dinheiro. Danos morais: Danos morais: Os juízes estipulam o valor em ações envolvendo danos morais. A proposta impõe limitações ao valor a ser pleiteado pelo trabalhador, estabelecendo um teto para alguns pedidos de indenização. Ofensas graves cometidas por empregadores devem ser de no máximo 50 vezes o último salário contratual do ofendido. Rescisão contratual: Rescisão contratual: A homologação da rescisão contratual deve ser feita em sindicatos. A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita na empresa, na presença dos advogados do empregador e do funcionário — que pode ter assistência do sindicato. Multa: Multa: A empresa está sujeita a multa de um salário- mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. A multa para empregador que mantém empregado não registrado é de R$ 3 mil por empregado, que cai para R$ 800 para microempresas ou empresa de pequeno porte. A reforma trabalhista permitiu acordos entre empregados e patrões. Entretanto, ficaram resguardados outros pontos que a lei não permite ser mudados. Vale lembrarque é possível vender 10 dias de férias. O artigo 7º da Constituição Federal ressalta os direitos dos trabalhadores. Veja alguns direitos que não podem ser alterados: • Aviso prévio; • Licença Paternidade • Licença Maternidade • Adicionais de insalubridade, periculosidade e penosidade; • Férias anuais de 30 dias, remuneradas com um terço a mais; • Repouso semanal remunerado (DSR). Conclusão Como foi observado, a Reforma Trabalhista está focada na flexibilização. Por essa razão, a gestão das empresas precisa se atentar para conseguir bons acordos e não gerar desconfortos e nem prejuízos. Com a mudança na lei que rege o dispositivo trabalhista vigente, instituída com a promulgação da Lei 13.467/2017, a chamada reforma trabalhista, muitas alterações integram agora o campo do direito laboral no Brasil. Com vigência desde novembro de 2017, a reforma já vem sendo aplicada em tribunais pelo país e, transformando na prática a relação empregado-empregador. É de grande importância conhecer os principais pontos transformados, em especial quando se trata de empregadores e gestores empresariais. Para o empresário é de grande valia o conhecimento do novo ambiente que se adentra à relação empregatícia. Com a redução de custos e novas oportunidades de contratações especificas, cria-se também um ambiente salutar de crescimento econômico. . Referência Bibliográfica • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm • https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/08/10/minireforma-trabalhista- priore-requip.htm • https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/reforma-trabalhista https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/08/10/minireforma-trabalhista-priore-requip.htm https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/08/10/minireforma-trabalhista-priore-requip.htm https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/reforma-trabalhista
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