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DISCIPLINA FUTEBOL FUTSAL

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1
Sumário
PALAVRAS DO PROFESSOR AUTOR
BIOGRAFIA DO AUTOR
AMBIENTAÇÃO
TROCANDO IDEIAS COM OS AUTORES
UNIDADE I: HISTÓRIA DO FUTEBOL
HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS AMÉRICAS
HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL
HISTÓRIA DO FUTSAL
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS TÁTICOS DO FUTEBOL
APRENDIZADO MOTOR NO FUTEBOL
HABILIDADES MOTORAS NO FUTEBOL E FUTSAL
UNIDADE II: METODOLOGIA DE ENSINO FUTEBOL/FUTSAL
FUNDAMENTOS DO FUTEBOL E FUTSAL
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA ENSINAR A FINALIZAR
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA ENSINAR A PASSAR
UNIDADE III: REGRAS DO FUTEBOL E FUTSAL
HISTÓRIAS DAS REGRAS
REGRAS DO FUTSAL
LEITURA OBRIGATÓRIA
AUTOAVALIAÇÃO
2
PALAVRAS DO PROFESSOR AUTOR
Apesar de todo o preconceito, o futebol é um esporte bastante popular
em todo o planeta. Em dados oficiais informados pela FIFA estima-se que mais
de 3 bilhões de pessoas assistiram a última copa do mundo disputada no
Brasil, por que esse esporte tornou-se tão popular em todo mundo? Por que
existem tão fanatismos envolvendo o futebol?
Já o futsal tem mais de 30 milhões de praticantes e é um esporte
relativamente novo se comparado ao futebol, por isso acontece? O que leva
tantas pessoas a praticarem o futsal? E por que ele não é tão popular e não
envolve tantas cifras quanto o futebol?
Espero que esse material sirva para criar um ambiente de discussões no
cotidiano de cada um e que a partir da leitura vocês possam ter outra visão a
respeito desses dois esportes que parecem ser iguais, mas que na verdade
são bastante diferentes.
3
BIOGRAFIA DO AUTOR
Formado em Educação Física com licenciatura plena pela Universidade
Estadual Vale do Acaraú – Professor de Educação Física do SESC Sobral com
experiência na área de musculação, natação, ginástica, hidroginástica, futebol,
futsal – Tutor do curso de Educação Física a Distância do Centro Universitário -
UNINTA e Professor de cursos de Educação Física dos Institutos de Ensino
Superior.
4
AMBIENTAÇÃO
Olá estudantes, estamos dando início a disciplina de Futebol e Futsal, na
qual você vai conhecer um pouco mais sobre a história, seu modo de
desenvolvimento com ênfase na prática desses esportes.
Para iniciar as nossas discussões sobre a história do futebol, tem-se
registro de jogos com bola, principalmente os praticados com os pés.
Historiadores e antropólogos afirmam que desde a pré-história já se praticavam
jogos com uma bola feita de granito e que nos primórdios do homem sua
diversão se dava chutando frutas e crânios humanos. Podemos considerar
essa prática corporal como o mais antigo antepassado do futebol, em sua
forma mais inicial indica que o homem sempre teve atração por práticas de
jogos com objetos esféricos.
O futebol é que nos leva o mais distante a prática de jogos com bola,
seja através de escrituras ou pinturas, no oriente, existem relatos japoneses de
um jogo chamado “KEMARI”. Esse era praticado pela nobreza, o jogo consistia
em passar a bola de pé em pé sem que ela tocasse o solo, o jogo não tinha
como objetivo marcar gols ou pontos o importante era controlar e chutar a bola.
O surgimento do Futsal tem duas versões: a primeira é que o esporte
teria sido criado em 1940 por associados da Associação cristã de Moços, na
cidade de São Paulo, esses alegavam dificuldades em encontrar campos de
futebol livre para então praticar o esporte e então resolveram levar o futebol
para as quadras de basquete e hóquei.
Outra versão é que o futsal teria sido inventado no Uruguai no ano de
1934 por Juan Carlos Ceriani, professor da ACM (Associação Cristã de
Moços), o futsal recebeu o nome de futebol indor. João Lotufo e Asdrubal
Monteiro, após obterem o título de graduação no Instituto Técnico da
Federação Sul-americana das ACM como secretários diretores de educação
física da ACM, voltam ao Brasil e trazem o futebol indor que logo foi chamado
de futebol de salão. Por ser um esporte novo e difícil de ser jogado, João
Lotufo e Asdrubal Monteiro modificaram as regras introduzindo elementos do
futebol, hockey de grama, basquete e waterpolo.
Na leitura desse livro você terá um norte sobre esse assunto, porém,
para melhor aprofundar seu conhecimento, faça a leitura dos seguintes livros:
Como o futebol explica o mundo, de Franklin e Futebol ao Sol e a Sombra de
Eduardo Galeano.
5
TROCANDO IDEIAS COM OS AUTORES
Nesse trabalho de reportagem perspicaz e de amplo alcance,
o autor nos conduz em uma surpreendente turnê pelo mundo
do futebol, derrubando no caminho os mitos da nova era
global. Do Brasil à Bósnia e da Itália ao Irã, sua crônica
revela como o belo esporte e seus fanáticos seguidores
podem iluminar as linhas defeituosas de uma sociedade,
sejam elas a pobreza, o anti-semitismo ou o islamismo
radical. Com inteligência brilhante, personagens pitorescos e humor refinado,
esse livro totalmente original nos ajuda a entender a época turbulenta em que
vivemos.
Acima do futebol está a lenda. Uma estranha magia se impõe ao
esporte. E o jogo se transforma em saga, desperta paixões, cria
mitos, heróis, glórias e tragédias. Exaltado pelas multidões, criou
em seu lado sombrio um mundo à parte, onde envolve
poderosíssimos interesses políticos e financeiros. Mas nada se
sobrepõe ao encanto desta 'festa pagã'. Para captar este
fascinante universo de perdas e conquistas, Eduardo Galeano penetrou nas
profundezas da história e das histórias que se passam dentro e fora das quatro
linhas. Construiu este livro como um verdadeiro monumento à paixão. Através
de sua prosa consagrada, tudo tem sabor. Pelé, Di Stéfano, Maradona, Zizinho,
Didi, Garrincha, Obdúlio Varella - o carrasco uruguaio de 1950 -, o aranha
negra Yachin, Leônidas, Platini, Domingos da Guia, Friedenreich e muitos
outros craques são mostrados nos seus momentos de esplendor e desgraça.
Ágil, emotivo, este livro flui prazerosamente. Não é preciso ser um apaixonado
pela bola para apreciar esta saga. Basta apreciar a grande literatura.
6
HISTÓRIA DO
FUTEBOL
1
Conhecimentos
Entender a origem do futebol/futsal e os aspectos socioculturais das suas
histórias entendendo como são esportes tão populares no mundo.
Habilidades
Saber distinguir onde o futebol/futsal teve sua origem e onde eles foram
codificados e organizados como esportes.
Atitude
Ampliar os conhecimentos acerca de discussões sobre a origem da codificação
e a evolução dos sistemas táticos e técnicos.
7
HISTÓRIA DO FUTEBOL
Desde o surgimento do homem na terra, tem-se registro de jogos com
bola, principalmente os praticados com os pés. Historiadores e antropólogos
afirmam que desde a pré-história já se praticavam jogos com uma bola feita de
granito e que nos primórdios do homem sua diversão se dava chutando frutas e
crânios humanos. Podemos considerar essa prática corporal como o mais
antigo antepassado do futebol, em sua forma mais inicial indica que o homem
sempre teve atração por práticas de jogos com objetos esféricos.
Frisseli e Mantovani citando Oliveira (1995) fazem menção a pinturas em
um túmulo egípcio onde as pessoas estariam em uma atitude de jogo, e
também encontrou registro de jogos com a bola na babilônia. Provavelmente a
conotação dada ao objeto esférico, nessas pinturas e registros, fosse religiosa
representando o sol para os egípcios e a lua para os babilônicos.
O futebol é que nos leva o mais distante a prática de jogos com bola,
seja através de escrituras ou pinturas, no oriente, existem relatos japoneses de
um jogo chamado “KEMARI”. Esse era praticado pela nobreza, o jogo consistia
em passar a bola de pé em pé sem que ela tocasse o solo, o jogo não tinha
como objetivo marcar gols ou pontos o importante era controlar e chutar a bola.
Provavelmente o “KEMARI” era uma variação de jogo originada na china
a 2700 a.C., onde escritos da época de Tao Tsé e Yang Tsé relatam uma
espécie de atividade com bola que se jogava em um campo quadrado medindo
aproximadamente 14 metros, eram oito jogadores de cada lado e esses
tentavam passar a bola entre uma espécie de trave feita de bambu com um
travessão feito defio de seda, a bola tinha em torno de 22 cm de diâmetro e
era feita de cabelos ou de crina de cavalo. Uma das regras era manipular a
bola somente com os pés e ela não poderia tocar o solo. Possivelmente o jogo
foi idealizado por Yang Tsé e tinha o nome de “TSU-CHU”, que significa golpear
com os pés, o jogo teve bastante aceitação caindo no gosto popular.
8
Na China, durante a dinastia “Han” (206 a. C. – 220 d. C.), tem-se relato
de um jogo que provavelmente é uma variação do “KEMARI”, neste consistia
em colocar a bola em um buraco de 50 cm que ficava no centro de uma cortina
de seda a 10 metros de altura.
Há relatos de jogos praticados com os pés também na Grécia Antiga,
existem escritos que relatam jogos precursores do futebol por volta de 1500
anos a. C. o jogo era chamado de “EPYSKIROS”, esse jogo integrava o
programa de educação de educação atlética da juventude helênica e tinha
como regra duas equipes formadas por 15 jogadores disputando a posse de
uma bexiga cheia de ar. Outro jogo que se tem conhecimento pelos
historiadores é o “ HASPARTUN”, que logo caiu no gosto das tropas, por ser
muito competitivo e violento. Com o avanço do império romano o jogo foi
incorporado pelos gauleses e francos sendo disseminado por toda a Europa
Ocidental, através de guerras e conquistas.
Em 1060 o jogo é levado para a Inglaterra, era disputado entre
povoados. As partidas de futebol eram denominadas “HURLING OVER
COUNTRY” suas regras era levar a bola de um edifício central do povoado rival
para o outro, cada equipe continha cerca de 500 homens e as partidas eram
muito violentas, sangrentas e barulhentas, parecendo uma guerra. Sua prática
foi proibida na Normandia, por Haroldo por volta de 1060, e na Inglaterra, por
Eduardo I.
Segundo Frisseli e Ariobaldo (1999) em 1997, devido ao conflito com a
Escócia, Eduardo II reiterou a proibição, pois temia que seus soldados
deixassem de lado as armas pelo apaixonante jogo. Inclusive, há relatos de
que no intervalo entre batalhas escoceses e ingleses eram disputadas partidas
de futebol. Em 1349 Eduardo III confirma a proibição, pois temia que seus
membros deixassem de praticar os esportes militares, como arco e flecha e a
luta com espadas, em favor do futebol. Henrique VII, atendendo ao pedido de
intelectuais que consideravam o jogo uma barbárie, novamente proíbe o jogo,
que apesar de tudo era extremamente apreciado pelos súditos britânicos.
9
Tem-se conhecimento do jogo também na Itália, lá era chamado de
“CÁLCIO”, por isso a primeira divisão do campeonato italiano de futebol tem
esse nome, tem relato deste desde a metade do século XVI em campos que
mediam 137 x 50 com duas balizas em lados opostos iguais as traves de hoje
seus jogadores tinham funções definidas e certa organização tática.
Um marco histórico aconteceu em Florença, Itália em 1529 quando duas
equipes formadas por 27 jogadores resolvem suas diferenças políticas e suas
rivalidades através de uma partida de “CALCIO”. Apesar da acepção guerreira
do jogo, essa pode ser uma evolução nas relações entre indivíduos da época,
pois ao invés de armas, usava-se uma bola e apesar de ser bastante violento e
durar várias horas, não tinha mortos.
Segundo Frisseli e Ariobaldo (1999) outro aspecto extremamente
interessante envolvendo esse jogo foi a necessidade de vencer, a fim de impor,
ao grupo rival, suas convicções políticas. Assim os grupos se preocupavam
com a organização de suas ações táticas. Consta que os dois grupos
alinharam-se destacando, provavelmente, os primeiros líberos da história do
futebol.
Anos mais tarde o italiano Giovanni di Barde estabelece regras para o
“CALCIO”, essas não foram registradas, mas tinham como objetivo ordenar o
jogo, que era extremamente violento, assim, os jogadores agora tinham
posições definidas e empurrões, cotoveladas e pontapés foram definidos e a
figura do árbitro foi inserida sendo que este continham 10.
Na França vamos encontrar o “SOULE” descendente do “HASPARTUN”.
Era disputado com extrema violência pelos praticantes ou como lazer para
preencher o tempo ocioso da nobreza, o jogo consistia em colocar a bola entre
duas traves fixadas no solo. O curioso é que o “SOULE” já era baseado nas
regras do "CALCIO" italiano.
Apesar das proibições na Inglaterra e na Escócia, o futebol evolui. O rei
Carlos II aumenta ainda mais sua proibição tornando crime sua prática, mas o
10
futebol se torna uma força política e o rei Carlos III revoga o decreto por achar
que pode usar o futebol em benefício próprio.
À medida que o tempo passa o futebol evolui e algumas regras são
atribuídas ao futebol, o jogo se tornou menos violento, sua prática, se dava, em
um campo que media 100x30, com duas balizas de 4 metros de altura, e bolas
feitas de bexiga de porco ou boi cobertas por couro, recebendo o nome de
“HURLING OVER GOALS”, tendo bastante notoriedade e avanço.
Frisseli e Ariobaldo (1999) afirmam que à medida que deixava de ser um
jogo perigoso, violento e nocivo, o futebol assumia características de jogo
apaixonante da atualidade, passando a ser praticado largamente nas escolas,
entre as quais as aristocráticas Eton, Oxford, e Cambridge e consolidou-se nos
clubes. Diante desse avanço tenta-se estabelecer um regulamento para o
futebol universitário, onde a regra maior seria o uso somente dos pés para
golpear a bola.
Um fato curioso aconteceu no ano de 1823, durante o evento estudantil,
na Rugby School, alguns estudantes insistiam em usar as mãos e os pés para
jogar. Esse acontecimento gerou uma divisão entre os estudantes, de um lado
os que queriam utilizar no futebol as mãos e os pés e de outro os estudantes
que queriam utilizar somente os pés. Com esse acontecimento houve uma
divisão clara das regras entre football e o rugby. Apesar de ambos partilharem
quase das mesmas regras como o campo e o fato de quererem passar a bola
entre duas balizas, isso foi fator determinante para a criação do futebol
moderno.
Em 1846 começa a aparecer os primeiros embriões de regras claras e
definidas e uma divisão nítida entre os praticantes de football e rugby, mas
somente em 1857 o futebol começa a aparecer como esporte, ou seja, começa
a ter uma melhor organização. Uma maior organização se dá com a fundação
do primeiro clube de futebol da história o SHEFFIELD, outros o seguiram
destacando a necessidade de uma maior organização de campeonatos entre
clubes e colégios, onde teve seu ápice com a formação do “the simplest play” e
11
com uma reunião que entrou para história realizada na Freemason’s Tavern em
Great Queen Street, na cidade de Londres, no dia 26 de outubro de 1863.
Representantes das escolas e clubes definem a forma de jogar entre o futebol
e o rugby e suas regras bem definidas, surgindo a The Football Association,
nome mantido até hoje pela liga inglesa, dando como definitivo a forma do jogo
de futebol.
Frisseli e Ariobaldo (1999) afirmam que em 1868 institui-se a figura do
árbitro. Em 1871 Charles Alcook, então tesoureiro e secretário da Football
Association, sugere a criação de uma taça a ser disputada entre os clubes
pertencentes à associação. Os Wanderers capitaneados pelo próprio Alcook,
sagraram-se campeões, derrotando os Royal Engineers por 1 x 0, para um
público pagante de 2000 pessoas.
O primeiro jogo internacional acontece em 1872, ainda numa fase não
tão clara das regras, o jogo é entre Inglaterra e Escócia, e tem como resultado
o 0 x 0. É curioso perceber que já nessa época os clubes começam a se
preocupar com o esquema tático, os escoceses recuaram mais dois homens
para a defesa formando o 1-4-6. Outro fato curioso é que os escoceses
priorizaram mais o passe do que o drible, já que o drible era muito valorizado
nessa época.
Sendo assim o futebol evolui e em 1877 o gol passa a ter um travessão,
é também nesse ano que os árbitros começam a utilizar o apito. Com o
decorrer dos anos, os sistemas clássicos vão evoluindo. Clubes como o
Blackburn Rovers e o Nothinghan Forest,clubes ingleses, inovam nos sistemas
táticos e criam um com 2 zagueiros, 3 meias, e 5 atacantes.
Ingleses, escoceses, irlandeses e galeses criaram a International Board,
para criar em definitivo as regras do futebol, papel que realiza até hoje
assessorando a FIFA. Em 1891 regras como a penalidade máxima, o uso de
redes nas traves e a proteção do goleiro são criadas. Assumindo uma forma
12
definitiva as regras do futebol são criadas sendo pouco modificadas nos últimos
100 anos.
HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS AMÉRICAS
Há relatos onde o historiador espanhol da época Herrera y Tordesillas
faz menção a um jogo de caráter recreativo onde os praticantes jogam com
uma bola de borracha, material extraído das seringueiras, onde eles golpeiam a
bola com os pés. Também é citado por Charlevoix, um francês que viajava pelo
México e São Domingos, onde ele mencionava o mesmo tipo de jogo.
Há outros relatos de jogos realizados por índios Aztecas e por índios no
Chile e na Patagônia. O fato é que os europeus que chegaram às Américas
poucos se preocuparam em descrever o modo recreativo dos habitantes do
novo continente. O interessante é que mesmo ou não sendo semelhantes os
povos indígenas aqui das Américas praticavam jogos com bola e isso era muito
popular entre eles e tinha um caráter mais recreativo e não tão violento como
na Europa.
É importante frisar que a clássica história contada afirmando que o
futebol é criação dos ingleses é falsa, pois vimos que os ingleses sim foram os
primeiros a organizar e codificar as regras, mas o futebol muito antes disso já
existia, não como vemos hoje, mas já existia.
HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL
Assim como toda história não se tem uma data específica de como o
futebol surgiu no Brasil, o fato é que há registro do futebol praticado no país
desde os anos de 1870, trazidos por marinheiros ingleses e holandeses.
Possivelmente padres jesuítas trouxeram o jogo da Europa, como também
13
ingleses radicados no Brasil, uma vez por outra organizavam jogos. Os
marinheiros em seus momentos de lazer também jogavam futebol para passar
o tempo, mas é com o inglês Charles Miller que o futebol passa a ser difundido
no Brasil.
Charles Miller era filho de pai inglês e mãe brasileira, estudou na
Inglaterra entre 1884 e 1894. Volta da Inglaterra com duas bolas de couro, as
regras e uniformes organizando os primeiros jogos na várzea entre ingleses e
brasileiros da companhia de gás, do London Bank e da São Paulo Railway. O
jogo logo cai no gosto de seus praticantes sendo difundido para os sócios do
São Paulo Athletic Club e da Associação Atlética Mackenzie College.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) considera o Sport Club Rio
Grande (Rio Grande do Sul) como o clube mais antigo fundado no Brasil, em
24/06/1900, um dos clubes mais antigos do Brasil e que existe até hoje é
Associação Atlética Ponte Preta da cidade de campinas em São Paulo fundado
em 11/08/1900 e o Fluminense, considerado o clube mais antigo do Rio, surge
em 1902. O Futebol começa a ficar mais organizado no Brasil surgindo a
primeira entidade, a Liga Paulista de Futebol que tem como integrantes o São
Paulo Athletic Club, o Mackenzie, o Sport Club Internacional e o Sport Club
Germânia. O primeiro campeonato oficial foi disputado em 1902 e o primeiro
campeonato carioca em 1906. Nos anos de 1923 a 1963 um campeonato
nacional era disputado entre as seleções dos estados federados, o Rio de
Janeiro sagrou-se campeão 13 vezes, o estado de São Paulo 9 vezes, Bahia e
Minas Gerais ambos duas vezes.
Fonte: http://www.cbfs.com.br/2015/futsal/origem/index.html dia 12/09/2017
hora 16:26 pt.wikipedia.org/wiki/Futebol_de_salão hora 17:06 dia 12/09/2017
14
http://www.cbfs.com.br/2015/futsal/origem/index.html%20dia%2012/09/2017
HISTÓRIA DO FUTSAL
Existem duas versões para o surgimento do Futsal, a primeira é que o
esporte teria sido criado em 1940 por associados da Associação cristã de
Moços, na cidade de São Paulo, esses alegavam dificuldades em encontrar
campos de futebol livre para então praticar o esporte e então resolveram levar
o futebol para as quadras de basquete e hóquei.
No início o jogo era um pouco confuso, pois se jogava o futebol em uma
quadra e usavam-se cinco, seis ou até sete jogadores, mas vendo a
dificuldade, logo definiram cinco jogadores por equipes para facilitar a dinâmica
de jogo. As bolas eram confeccionadas de serragem, crina vegetal, ou de
cortiça granulada, mas tinham um problema, como as quadras são pequenas
as bolas constantemente saiam dela, pois o material de que elas eram feitas as
faziam pular muito sendo muito difícil dominá-las e controlá-las em um espaço
pequeno, então encontraram a solução de diminuir de tamanho e aumentar o
peso. Sendo chamado curiosamente de o esporte da bola pesada.
Outra versão é que o futsal teria sido inventado no Uruguai no ano de
1934 por Juan Carlos Ceriani, professor da ACM (Associação Cristã de
Moços), o futsal recebeu o nome de futebol indor. João Lotufo e Asdrubal
Monteiro, após obterem o título de graduação no Instituto Técnico da
Federação Sul-americana das ACM como secretários diretores de educação
física da ACM, voltam ao Brasil e trazem o futebol indor que logo foi chamado
de futebol de salão. Por ser um esporte novo e difícil de ser jogado, João
Lotufo e Asdrubal Monteiro modificaram as regras introduzindo elementos do
futebol, hockey de grama, basquete e waterpolo. Após muitos estudos e
observação às regras do futsal. Criou-se em 1957 o Conselho Técnico de
Assessores de Futebol de Salão com o intuito de uniformizar as regras
deixando-o mais uniformizado e dinâmico.
O esporte rapidamente caiu no gosto popular, pois possuía um reduzido
número de jogadores e quanto ao espaço a ser praticado que era muito mais
15
reduzido que um campo de futebol, chegando a outras localidades,
promovendo torneios e conquistando pessoas em todo país. Então começam a
surgir as primeiras federações. A primeira foi a federação metropolitana de
futebol de salão que ficava no Rio de Janeiro no ano de 1954 tendo como
presidente Amy de Moraes, depois surge a federação mineira de futebol de
salão, posteriormente a federação paulista e as Federações Cearense,
Paranaense, Gaúcha e Baiana, em 1956 e nas décadas que se passaram
outras federações surgiram.
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS TÁTICOS DO FUTEBOL
A evolução do futebol como conhecemos hoje se dá na Inglaterra,
obviamente que a evolução do sistema tático também foi em terras Britânicas.
Em 1860 é que a regra que previa 11 jogadores por equipe foi criada. Tendo
que cumprir objetivos pré-determinados para lograr êxito na vitória, agora com
11 jogadores e em um campo com as dimensões de jogo tão grande, obrigou
os times a ter certo tipo de organização tática dentro de campo. Com a
regulamentação do futebol em 29 de outubro de 1863, o futebol passou a ter a
sua primeira formação tática composta por um zagueiro e um médios, esses
com funções defensivas, e o ataque era feito por 8 jogadores, por tanto, o
esquema tático era o 1X1X8.
O futebol se parecia muito pouco com o que vimos hoje com técnicos
estrategistas tentando ocupar o espaço adversário, no início era baseado no
individualismo e no drible, sendo muito violento e muito parecido com o rugby.
O futebol nos seus primórdios visava exclusivamente o ataque. Até se entendia
pois o objetivo era vencer e quem fazia mais gols obviamente vencia, apesar
de ser um jogo de equipe o futebol era bem individualista, mas em 1870 o
esquema passa por modificações, as equipes, agora, são compostas por 1
goleiro, 1 zagueiro, dois jogadores de meio campo e sete atacantes; o
1X1X2X7.
16
À partir de 1871 o futebol passa por uma nova mudança de estratégia,
os escoceses começam a se preocupar mais com o trabalho em equipe e
passam a dar mais valor a um outro fundamento , o passe. Pois entendiam ser
a melhor maneira para se chegar ao gol adversário e o novo sistema de jogo
adotado pela seleção escocesa consistiaem 1 goleiro, 2 zagueiros, 2 médios
postos a frente da zaga para inibir os atacantes adversários e mais 6 jogadores
formando o ataque tendo como figura tática o 1X2X2X6.
A partir de então os técnicos perceberam que para obterem a vitória não
somente tinham que fazer gols e sim não levar também, passando a encontrar
um maior equilíbrio entre defesa e ataque e foi a partir de 1883 que surgiu o
chamado esquema piramidal, nesse formato as equipes eram formadas por 1
goleiro, 2 zagueiros, 3 médios, e 5 atacantes e sua formação fica no 1X2X3X5.
Como o passar do tempo o futebol ganha mais adeptos e estudiosos e
foi o técnico do Arsenal da Inglaterra, que em 1925, criou o sistema WM que
fez muito sucesso na época e perdurou por mais de 30 anos, seu criador foi
Hebert Chapman que criou a figura do terceiro zagueiro e a função de meio
campo ficou para os médios extremos e para as atacantes centrais. O
esquema tinha esse nome por possuir um desenho tático das letras W e M, e
se dispunha dentro de campo da seguinte forma: 1 goleiro, 3 zagueiros, 2
médios recuados, dois médios avançados e três atacantes, sendo o
1X3X2X2X3.
17
Esquema tático 1X1X1X8 Esquema tático 1X1X2X7
Esquema tático 1X2X2X6 Esquema tático piramidal ou 1X2X3X5
18
Esquema tático WM
O sistema desembarca no Brasil em 1937 pelas mãos de Dori
Kuerschner, que era técnico do Flamengo, na época os jogadores não
conseguiam assimilar o esquema, pois teriam que jogar mais recuado como
terceiro zagueiro e eles não sabiam realizar essa função. Os europeus
resolveram esse problema colocando um zagueiro de ofício para atuar.
Em 1941, Flamengo e Fluminense fizeram uma excursão à Argentina e
não lograram êxito em seus jogos, levando um baile das outras equipes dentro
de campo. Flávio Costa (técnico do Flamengo) e Ondino Vieira (técnico do
Fluminense), vendo o fracasso que foram os jogos, resolvem implantar o
sistema WM mas com uma pequena diferença recuam um meio campo para
ocupar a frente dos zagueiros, surgindo o que se chamaria de defesa cerrada e
futuramente de diagonal.
19
Outros sistemas vão surgindo, na copa do mundo de 1954 a Hungria
implantou um sistema com quatro defensores, dois jogadores servindo a
defesa e o ataque e 4 atacantes. O 1X4X2X4.
O Brasil sagra-se campeão no Chile utilizando um novo sistema tático,
recua-se um atacante para ajudar no bloqueio do meio campo formando assim
o 1X4X3X3.
Esse sistema é bastante utilizado pelas equipes sul-americanas nas
copas do mundo de 1966 e 1970. Um novo sistema só iria surgir a partir da
Copa de 1974 com a seleção da Holanda. Nessa nova fase os jogadores veem
a necessidade de se fazer mais de um papel, agora eles teriam que atacar e
também defender. A seleção holandesa não modifica somente um sistema
tático, ela inaugura uma nova forma de jogar, baseada na preparação física e
na polivalência de seus jogadores. A Holanda passa a focar na preparação
física fazendo com que seus jogadores sejam mais versáteis e sem posições
fixas, como os jogadores não tinham posições fixas, eles faziam um rodizio em
campo, ou seja, todos atacavam e defendiam. Essa seleção recebeu o nome
de carrossel holandês.
Com o passar do tempo outros sistemas vão surgindo e outro que ficou
muito famoso foi 1X4X2X4, com esse sistema a preocupação das equipes era
neutralizar o ataque das outras, ou seja, destruir as jogadas dos adversários.
Anulando as jogadas dos adversários, os técnicos perceberam que poderiam
ocupar mais espaços no campo adversário através do contra ataque.
Nesse tipo de sistema, quatros homens de meio campo procuram anular
a saída de bola da equipe adversária. Esse sistema foi bastante visto nas copa
do mundo de 1966 principalmente com a seleção campeã da Inglaterra. No
Brasil esse sistema aparece com a equipe do Cruzeiro no ano de 1969 com o
treinador Hilton Chaves, mas era um sistema de difícil constatação pois o
Cruzeiro possuía um craque que se movimentava muito em campo, Tostão.
20
Esse sistema sofre muita variação durante a partida, ora pode se tornar
um 1X4X5X1 ou um 1X4X6X0 pela necessidade, em momentos do jogo, de
dois atacantes voltarem para buscar no meio de campo. O sistema em questão
por ter como característica a neutralização das jogadas da equipe adversária,
congestionando o meio campo, exige que seus atacantes voltem sempre para
marcar, auxiliando a defesa.
Outro sistema que surgiu no decorrer do tempo foi o 1X3X5X2, que foi
apresentado ao mundo do futebol em 1984 na Eurocopa e bastante utilizado no
mundial do México em 1986, trazendo resultados satisfatórios contra equipes
tradicionais em mundiais.
O sistema é formado por 1 goleiro, 3 zagueiros, um deles exerce a
função de líbero, 5 jogadores de meio campo, sendo que dois tem a função de
ala e 2 atacantes. Nesse esquema os alas tem um papel muito importante pois
estes deverão saber tanto atacar quanto defender e auxiliar o meios campistas
e o papel do líbero é fazer a cobertura dos dois zagueiros, os jogadores de
meio campo deverão ter sempre a ajuda dos atacantes
Aprendizado motor no futebol
Uma das fases mais importantes para o aprendizado motor é a infância,
fazendo uma analogia podemos comparar uma criança, quanto ao aspecto
motor, a um papel em branco em que ao longo de sua infância e dependo da
interação entre ela, ambiente e indivíduos propiciará a essa uma aprendizagem
que as façam ter uma base para movimentos mais elaborados e específicos
dentro do futebol.
Segundo a revista brasileira de futsal e futebol (Isayama e Gallardo,
1998) a fase mais importante do desenvolvimento se encontra na infância, a
qual encontrou, em outras fases, a fase das habilidades motoras funcionais.
Essa fase pedagogicamente pode ser dividida em estágios, a criança
através de experiências adquire maturação que lhe propiciaram aprendizado.
21
Sendo assim passaram de um estágio a outro de forma sequenciada, aquilo
vivenciado em um estágio anterior servirá de base para o aprendizado
posterior.
Segundo a revista brasileira de futsal e futebol (Para Gallahue e Ozmun
(2003)), a fase pode ser dividida em estágios, logo, a criança cognitiva e
fisicamente normal progride de um estágio a outro, de maneira seqüencial,
sendo influenciada tanto pela maturação quanto pela experiência.
É importante salientarmos que a maturação não esgota o aprendizado
para a criança atingir um estágio motor significativo a interação que ela terá
com outros indivíduos, o estimula propiciado pelos professores e a interação
com o ambiente fará com que essa criança adquira um repertório motor capaz
de lhes darem sustentação a futuros aprendizados. Formas de expressão
corporal como estabilização, locomoção e manipulação compõem o universo
das habilidades motoras genéricas que perduram pelos estágios infantis como
inicial, elementar e maduras.
O estágio inicial apresenta movimentos mais grosseiros que são
determinados de forma mais madura e tem como características uma
previsibilidade na sequência de movimentos esses movimentos
desenvolvem-se em condições normais, a criança nessa fase aprende a
controlar a cabeça, pescoço e músculos do tronco, assim com tarefas
manipulativas de alcançar, agarrar e soltar.
No estágio elementar a criança tem melhor coordenação cadenciada de
movimentos é fundamental nessa fase o aprimoramento do espaço e tempo.
Nessa fase os movimentos são muitos restritos outrora mais exagerados,
contudo, um pouco mais elaborados.
O estágio maduro caracteriza-se por movimentos mais refinados
coordenados e controlados. A aquisição de habilidades motoras fundamentais
pressupõe que a criança atingiu o estágio maduro, mas como não estamos lhe
dando com algo exato, isso pode variar de uma criança para outra.
22
Contudo temos que evidenciar o valor que elementos ambientais, uma
incontável experiência motora e variedade de movimentos têm na participação
de promover um vasto repertório no glossário motor para o indivíduo,
contribuindo deforma significativa em movimentos mais elaborados e
refinados.
Por isso é de suma importância a preocupação em desenvolvermos no
indivíduo, enquanto jovem, uma base sólida motora, pois isso contribuirá
significativamente em aprendizagens futuras dos gestos esportivos. Mas devido
ao avanço tecnológico as crianças pouco tem adquirido uma base na sua
aprendizagem motora, elas por sua vez estão “enclausuradas” em suas casas
ou apartamentos, com o acesso mais fácil ao vídeo game e jogos eletrônicos
as crianças deixaram mais de brincar na rua é isso contribuiu e contribui para
elas não apresentarem um reportório motor diversificado.
Segundo Barbanti (2005), com a mudança do nosso estilo de vida e com
o desaparecimento e a diminuição do espaço disponível, as crianças reduziram
de forma significante a quantidade de movimentos executados, impossibilitando
o desenvolvimento normal das habilidades motoras fundamentais. Portanto, a
falta de movimento é preocupante não só para um bom desenvolvimento das
habilidades motoras fundamentais, como também será prejudicial para a saúde
das crianças. Por isso é importantíssimo que o encadeamento de iniciação
esportiva contemple um ambiente que facilite a aprendizagem e o
desenvolvimentos das habilidades motoras básicas, sempre tendo a
preocupação com o aprendizado em cada fase da infância.
Habilidades Motoras Básicas
Habilidades
manipulativas
Habilidades locomotoras Habilidades de
estabilização
arremessar andar flexionar
quicar correr equilibrar-se
chutar saltar estender
lançar saltitar girar
rebater escorregar posições invertidas
cabecear escalar
agarrar Rolar-se
rolar a bola desviar
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Habilidades motoras
No vasto mundo da cultura do movimento humano, as habilidades são
diversas e compreender a sua utilização é fator primordial para o sucesso no
desenvolvimento motor do indivíduo, visando atingir um objetivo
esportivo/educacional as habilidades motoras se tornam a base para a
iniciação no futebol, essas requerem movimentos coordenados e harmonizados
e possuem certas características imprescindíveis.
Movimento: o movimento é uma característica do comportamento
humano, o ato de utilizar os membros (superiores e inferiores) para expressar
uma cultura corporal significa que você está em consonância com sua cultura e
sua sociedade e não seria diferente no esporte tendo em vista que esses
requerem especificidades que o compõem.
Ações: são respostas tomadas pelo cérebro a determinados estímulos
que se traduzem em ações mecânicas do corpo humano, portanto, uma
variedade de movimentos se traduzem em um conjunto de movimentos para se
atingir determinado objetivo.
Desenvolvimento motor: é o processo de crescimento, evolução e
mudança na coordenação motora do indivíduo visando atingir movimentos
inerentes a sua cultura.
Habilidades motoras no futebol e futsal
O futebol e o futsal são esportes que requerem uma particularidades de
movimentos que se traduzem em suas características, ao olhar seus
movimentos percebemos que saber esportivo está sendo desenvolvido ao
harmonizar suas ações.
O jogador de futebol ou futsal exerce certas habilidades motoras que
são dispostas e conjugadas para um determinado objetivo que é controlar a
bola, essas cinesias na medida certa faz com que esses esportes
24
desenvolvem-se na necessidade de estabelecer uma relação com o indivíduo
que está praticado e também com quem assisti a prática ora comentada.
Sendo assim, as habilidades motoras adquiridas na infância, ou seja, as
competências “naturalmente aprendidas” servem para a prática em questão
como: correr, saltar, pular, e rolar. Nosso sistema muscular tem duas
características que lhe são próprias: contração e relaxamento. É esse jogo de
contrair e relaxar que vai compor um grupo de habilidades concretas na prática
do futebol/futsal, sejam necessidades originadas por estímulos internos ou
originadas por estímulos externos. Essas aptidões se transladam em várias
formas, como por exemplo, na capacidade do indivíduo manter um trabalho
constante durante um determinado tempo sem perder a eficiência desse
movimento ou a capacidade de permitir o corpo deslocar-se dentro de um
espaço delimitado, como também permitir ao corpo deslocar-se de um
determinado ponto a outro com mudanças repentinas de direção evitando
obstáculos ou objetos que atrapalhem o seu deslocamento.
Será que seria impróprio chamar habilidades somente os atos motores?
O futebol/futsal antes de tudo é um jogo pensado e estudado e desenvolver as
habilidades motoras requer do professor/treinador o desenvolvimento das
capacidades intelectuais. Raciocinar enquanto movimenta-se requer um
desenvolvimento motor muito preciso pensar é uma ação que pode levar ao
esgotamento físico e mental. Correr enquanto conduz uma bola e pensar
aonde quer levá-la exige do corpo a capacidade de raciocinar enquanto
movimenta-se.
Coordenação Motora
Um termo que não é usado corretamente ou por não compreendermos
ou por banalizarmos. Se nos perguntam o que certa atividade desenvolve em
uma criança, logo dizemos que “desenvolve a coordenação motora”, portanto,
a coordenação motora virou explicação para tudo. Ao pensarmos em
coordenação motora pensamos em movimentos harmonizados e integrados em
25
prol de um objetivo, ao analisarmos isso nós analisamos o movimento em um
organismo que interage com a sociedade, com outro indivíduo e com o
ambiente, portanto, é algo muito complexo que não pode servir como uma
simples resposta. Ao refletir sobre isso, refletimos sobre um indivíduo político
que está inserido dentro de uma determinada sociedade, ou seja, a
coordenação motora é algo que está relacionado intrinsecamente entre o
indivíduo ser biológico e o ambiente em que vive. Como exemplo podemos
refletir como o basquete é tão bem aceito nos Estados Unidos e como o futebol
é admirado e idolatrado por tantos aqui no Brasil. Como exemplo concreto, se
nos é posto a partir do indivíduo e o ambiente em que vive o ato de correr e
manipular um objeto com os pés, logo desenvolvemos essa habilidade,
portanto, pensar em coordenação motora é pensar em um indivíduo inserido
dentro de uma sociedade a partir de sua cultura.
Experiências adquiridas
É fundamental para o desenvolvimento motor do indivíduo as
experiências por ele vividas em sua vida, a organização motora e intelectual
dele depende de sua historicidade. Uma história repleta de experiências
certamente levará esse organismo a ter facilidade no desenvolvimento de
certas habilidades inerentes ao futebol/futsal. Por outro lado uma história pobre
em experiências levará o indivíduo ao insucesso no esporte praticado e com
certeza o comprometimento dessa estrutura não só no ambiente futebol/futsal
mais também enquanto ser social. Um exemplo dessas experiências é o
brincar, o jogar, essas levam o indivíduo a desenvolver certas habilidades que
serão usadas no futebol/futsal como correr, saltar, pular e caminhar. A
diversidade de situações proposta ao indivíduo levará ao desenvolvimento de
sua motricidade, essas situações dependem de um meio mais solicitador ou
menos solicitador em que essa criança vive. Mas para que esse
desenvolvimento seja bem sucedido é necessária uma diversidade de
movimentos que contemplem todo o saber psicomotor da criança é preciso que
se forme uma base para depois especializar esses movimentos. Logo
26
precisamos nos atentar às especializações para não incorrermos nas
especializações precoces. O indivíduo aprende certos movimentos em certas
etapas da vida. Aprender a andar requer certas habilidades que são inerentes
de determinadas idades, correr depende da maturação deste indivíduo
biológico e social e se pular etapas fará com que esse organismo tenha
insucesso no seu aprendizado.
A falta de compreensão por parte do professor das etapas de
aprendizagem é prejudicial ao aprendizado da criança gerando um nítido
conflito entre professor e aluno, por falta de estudo ou por não ter experiênciao
professor não sabe como funciona o universo das crianças elas com frequência
recorrem ao imaginário, as fantasias e isso são de suma importância no
processo ensino aprendizagem.
O indivíduo enquanto criança tem que passar pelas mais ricas
experiências, a formação desses indivíduos dependerá de uma farta variedade
experiências corporais. Considerando que a criança é mais corporal que verbal,
portanto a criança aprende através do movimento, da fantasia, ou seja, da
brincadeira.
Evitando especialização precoce
É preciso antes de tudo haver uma reflexão a respeito do aprendizado
no futebol. O que se torna necessário realmente no aprendizado de uma
criança? Será que se torna importante a experiência do futebol enquanto
rendimento para esses? Até os seis, sete anos as experiências vividas pelos
alunos no futebol devem contemplar brincadeira, jogos e fantasias, pois
sabemos que seu aprendizado se dá de forma mais corporal do que verbal e
sem dá a entender para a criança o aprendizado sistemático do futebol/futsal.
Não há mal algum, nesse período, a criança desenvolver habilidades manuais
e habilidades podais.
27
A criança aprende a construir suas habilidades motoras logo ao nascer o
ambiente, agora novo, lhe propicia estímulos que lhe farão adquirir certos
movimentos inerentes a sua idade, como também a interação com outros
indivíduos. Com o passar dos anos a criança aprende a combinar suas
habilidades formando assim um aparato motor que lhe servirá como base para
aprendizados mais específicos e próprios da sua idade e do esporte praticado
e nada melhor que a brincadeira e a fantasia para fazer essa criança obter uma
solidez de movimentos, a brincadeira ajuda a criança enriquecer sua
motricidade. Por volta dos seis, sete anos a criança tem atingido uma
maturidade motora, isso se ela durante a sua vida tenha vivido muitas
experiências, estrutura como as morais, as cognitivas, afetivas e sociais estão
um mínimo amadurecido, nesse estágio a interação com outras crianças
começam a fazer sentido, então, se torna momento propício de frequentar uma
escolinha de futebol, ou seja, como o esporte é uma prática política nada
melhor que aproveitar esse momento de relação de troca para ingressar-lhe no
mundo futebolístico, mas sem esquecer que estamos lhe dando com crianças e
não deixar de lado o mundo da fantasia que permeiam essas crianças.
Habilidades motoras genéricas
Como o próprio nome já diz é aquilo que é comum, geral e universal, ou
seja, são habilidades aprendidas na primeira infância como as locomotoras:
correr e saltar e também as manipulativas: bater, rebater e agarrar como
também as estabilizadoras: equilibrar e rolar. A criança ao longo de sua
primeira infância deverá ter vivenciado isso de maneira satisfatória, portanto,
estes três grandes grupos deverão está massificados nessas crianças para
propiciar-lhe algo mais específico.
Percepção tempo e espaço
Tempo é aquilo que é medido em hora, dias ou semanas e o espaço é
algo delimitado por uma área, um local ou um lugar, os dois são primordiais
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para o desenvolvimento das habilidades que darão sustentação a virtuosismos
mais específicos e a aprendizagem motora requer uma noção de espaço/tempo
pois sem eles seria impossível desenvolver uma base motora sólida.
A combinação dessas habilidades vai gerar inúmeras outras que darão
sustentação às próximas que serão aprendidas. Uma criança que traz uma
bagagem motora farta, com certeza terá mais facilidade em desenvolver
habilidades motoras mais específicas, ao contrário de uma criança que não
vivenciou de maneira contemplativa aquilo que deveria ter sido proposto a ele,
terá, com certeza dificuldades em especializar seu gesto motor, tendo muitas
vezes que voltar a base para desenvolver certas habilidades que ainda não
vivenciou.
As escolinhas de futebol são uma ficção que ocorre com a expansão
das cidades onde espaços que eram destinados a brincadeiras das crianças
hoje são ocupados por prédios, isso fará com que crianças cheguem cada vez
mais sem uma base motora aos centros de desenvolvimento esportivos, por
isso, as escolas devem preocupar-se com a necessidade de desenvolver
habilidades motoras inespecíficas para que as crianças tenham um ponto de
partida nas escolinhas de futebol.
Habilidade motora específica do futebol
As habilidades outrora aprendidas, agora, nessa fase serão combinadas
ou unidas para atender certos objetivos do futebol, é o que chamamos de
especialização do gesto motor. Como exemplos têm o passe, o passe não
difere muitos de gestos motores genéricos no futebol esse adquire contornos
particulares que só cabem ao esporte assimilado.
Equilíbrio
É uma capacidade imprescindível, pois ele é exigido nas mais diversas
situações de jogo. Claro que outras capacidades são envolvidas, mas sem
29
dúvida ela tem a ver com a própria noção de corpo que o jogador passa a ter.
Como mencionado anteriormente ele aparece em todos os fundamentos do
futebol: desarme, drible, lançamento, cruzamento, finalização, passe, controle
de bola, condução e cabeceio e defesa do goleiro.
Motricidade fina
É responsável pelo toque de sutileza na aplicação das jogadas, é
também responsável pela execução de precisão que exige a jogada, é muito
importante nos fundamentos como cabeceio, desarme, defesa do goleiro. Essa
modalidade motora é exercida pelas extremidades do corpo. É uma habilidade
que requer muita precisão para ser executada como, por exemplo, no
levantamento no voleibol ou nos gestos cirúrgicos de um cirurgião.
Velocidade de reação
As pessoas costumam chamar de reflexo o movimento rápido que o
goleiro faz para defender a bola. Na verdade, o que o goleiro faz é ter uma
reação rápida para interceptar a bola que está indo na direção do gol. Essa
mesma qualidade os atacantes tem quando driblam e os defensores quando
desarmam uma jogada.
Força de chute
Todo chute precisa de uma boa técnica, mas um chute não sobrevive
somente disso, para que ele seja eficiente, principalmente nas finalizações, o
chute tem que ser forte. Quanto maior a força do chute, aliada, é claro, com a
motricidade fina, maior será sua eficiência. É uma capacidade solicitada
especialmente na finalização, no lançamento e no cruzamento.
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Velocidade de deslocamento
Uma bola de velocidade quando bem aplicada facilita um drible, uma
defesa do goleiro, um desarme ou uma condução de bola. No futebol e futsal,
não basta ser veloz é preciso ter também velocidade de deslocamento curto ou
longo, ou seja, os aluno/atletas precisam percorrer trechos, com deslocamento,
com bastante velocidade e consciência corporal. A velocidade nesse caso tem
que ser trabalhada com mudança de direção.
Agilidade
A agilidade no futebol e futsal consiste basicamente no deslocamento de
um ponto a outro tendo que desviar-se de alguns obstáculos sem que a jogada
que está sendo feita seja anulada. Com a bola em seu domínio, o jogador tem
que se deslocar passando pelos adversário sem que a bola seja tomada,
mudando rapidamente de direção tentando ludibriar o adversário. É muito
utilizado no desarme, na condução, no drible e nas ações do goleiro.
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METODOLOGIA DE
ENSINO
FUTEBOL/FUTSAL
2
Conhecimentos
Aprender sobre a metodologia de ensino que compõe a aprendizagem do
futebol e futsal
Habilidades
Identificar a metodologia e ensino para aplicá-los dentro do ambiente de
aprendizagem.
Atitudes
Facilitar ao aluno um processo ensino aprendizagem que lhe permita ter uma
visão crítica a respeito do futebol/futsal
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METODOLOGIA DE ENSINO FUTEBOL/FUTSAL
As crianças muitas das vezes aprendem a jogar através de brincadeiras:
bobinho, rebatida, controle e pelada. Apresentados por diferentes nomes nas
mais diversas regiões. Com o bobinho o aluno aprende a passar e desarmar,
com o controle ele exercita o domínio de bola, na rebatida ele aprende a chutar,
driblar e defender, e a pelada junta todos os fundamentos.
Por permitir muita diversidade, ou seja,permite que o jogador utilize
muito da sua criatividade, a pelada faz com que o jogador desenvolva muito
sua inteligência para o jogo. É muito comum vermos a brincadeira pelo Brasil
principalmente nos finais de tarde, nas praias e nos campos de várzeas.
O bobinho acontece em todo lugar do Brasil, é uma das brincadeiras que
ensina melhor a passar. Um time que não tem um bom passe está fadado ao
fracasso. O passe é que caracteriza o jogo como coletivo. O brasileiro por ter
característica de driblador não gosta muito de passar, mas é preciso fazê-lo e
com refinamento. A brincadeira pode ter muitas variações, pode ser
desenvolvida em rodas pequenas, o que requer do aluno bastante precisão no
passe.
Já a rebatida ou repetida consiste em formar duas equipes de dois
jogadores, uma da dupla realiza os chutes a gol e a outra defende. Se a bola
entra no gol é gol e ponto para o adversário, mas se a bola é rebatida ou
defendida os quatro irão disputar a bola para ver quem ficaria de posse dela
para fazer o gol. Valia driblar ou passar a bola para o colega. Muitos bons
jogadores saíram dessa brincadeira.
O controle é uma das melhores brincadeiras, forma-se um círculo e a
bola tinha que ser passada de um jogador para o outro sem que a bola caísse
no chão. Para ter bom êxito nessa brincadeira era preciso ser bom na
embaixada. Nesse jogo treina-se o domínio de bola e a precisão do chute.
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Mas nem todo aprendizado é na base da brincadeira, ensinar é uma
tarefa séria e difícil. Ensinar exige muito estudo, organização, experiência,
técnica, arte, opções por determinados caminhos, ou seja, exige um método.
Parte inicial da aula
Toda aula deve evoluir por partes, ela tem seu início, meio e fim e essa
vai dá ensejo ao próximo encontro. A sugestão é que na parte inicial o
professor reúna os alunos em círculo, sente com eles e conversem sobre o que
está por vir. Sugiro que o professor, em seu plano de aula, inclua atividades
que sejam de conhecimento dos alunos. Nessa conversa os participantes serão
instigados a falar sobre as atividades propostas. Outros poderão sugerir outras
atividades, falar de suas experiências vividas em aulas anteriores assim como
descrever as atividades que farão. Essa conversa inicial tem como objetivo
fazer com que os alunos desenvolvam maior nível de consciência sobre suas
próprias práticas.
Segunda parte da aula
A ideia nessa parte é fazer com que os alunos através de jogos e
brincadeiras reproduzam os temas que foram adotados na terceira e quarta
partes da aula anterior. Supondo que o tema foi passe e finalização. O
professor aproveitará essa parte para fazer considerações sobre os erros
cometidos na aula anterior, falará sobre os gestos técnicos e irá adaptar o jogo
sugerido para os alunos realizarem mais passes e finalizações.
Terceira parte
Nessa parte serão realizados exercícios lúdicos para o desenvolvimento
dos gestos técnicos do futebol/futsal, os exercícios estarão de acordo com a
aula do dia que pode ser passe e cabeceio. Dependendo da brincadeira, os
alunos trabalharão individualmente, em dupla ou em trios. Duas maneiras de
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correção irão existir, uma é com o professor e outra é com os próprios alunos
que se corrigirão. A sugestão é colocar alunos menos habilidosos com os mais
habilidosos.
Quarta parte
De acordo com o tema do dia será realizado um jogo ou uma
brincadeira, por exemplo, os temas escolhidos foram passe e cabeceio,
portanto os jogos deverão fazer com que os alunos passem e cabeceie. Os
jogos deverão ter a necessidade de passar e cabecear. Durante a aula o
professor paralisará o jogo para corrigir os seus alunos.
Quinta parte
Assim como na primeira parte, os alunos se reuniram em uma roda e
terão uma conversa de professor para aluno e vice e versa. Nessa parte os
alunos deverão relatar as suas experiências vividas durante a aula. A primeira
e a quinta parte da aula não deverão tomar muito tempo, cinco minutos já está
de bom tamanho.
Plano geral de uma aula de futebol
Partes da aula Tipo de atividade Conteúdo Desenvolvimento
1ª parte Roda de conversa Sobre a aula que
vai acontecer
De três a cinco
minutos
2ª parte Prática Jogo adaptado ou
brincadeira
Temas do dia
anterior
3ª parte Prática Exercícios lúdicos Temas do dia
atual
4ª parte Prática Jogo adaptado ou
brincadeira
Temas do dia
atual
5ª parte Roda de conversa Sobre a aula De três a cinco
min
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FUNDAMENTOS DO FUTEBOL E FUTSAL
Habilidade específica do Futebol e Futsal
Nós desenvolvemos habilidades básicas para exercermos quaisquer
situações no nosso dia a dia, no futebol e futsal elas combinam-se de modo
particular a atender certos objetivos, quando combinadas ganham nomes que
designam gestos esportivos dos dois esportes , é bastante evidente as
semelhanças das habilidades específicas do futebol e futsal com outros
esportes. Temos como exemplo o passe, no futebol ele adquire certas
particularidades, mas que não difere em nada no passe utilizado em outros
esportes. Dependendo do contexto, as habilidades inespecíficas resultam na
habilidade esportiva chamada passe, claro que em cada esporte o passe
assume a particularidade que lhe é próprio.
Finalização
Pode se tratar da habilidade mais decisiva nesses esportes. Essa
habilidade será considerada bem sucedida desde que seja feita com a cabeça,
ou com um chute, de peito ou barriga, portanto que o gol seja marcado de
maneira regular. Independentemente de qualquer coisa o maior objetivo desses
esportes é marcar o gol, diante disso as outras habilidades se tornam meio
para conseguir tal objetivo, mas é importante frisar que para a finalização ser
bem sucedida as outras precisam ser bem treinadas, se não, as chances da
finalização tornam-se muito poucas. As habilidades defensivas são
desenvolvidas com o intuito de anular a finalização pelo ataque e nesse
principal papel encontramos o goleiro. A finalização pode ser anulada pela
defesa do goleiro, ou interceptação de um defensor ou pelo erro de um
atacante.
Muitas são as habilidades inespecíficas que compõem o ato da
habilidade de finalizar. É importantíssimo que o professor analise tais
habilidades para proceder corretamente ao criar situações que ensinam o aluno
36
a finalizar. É fundamental que o professor saiba das habilidades e capacidades
que o gesto esportivo exige facilitando assim o ensino e aprendizagem do
aluno.
Capacidade motora exigida no fundamento finalização: equilíbrio, força
de chute, velocidade de chute.
Principais habilidades motoras presentes no fundamento finalização:
correr, apoiar-se, chutar.
Sugestões de atividades para ensinar a Finalizar
Exercício 1
Gol a gol – um aluno chuta a bola, de sua meta, tentando fazer gols na
meta do adversário. A distância entre as metas varia de acordo com a idade de
habilidade dos alunos.
Exercício 2
Controle - vários jogadores se posicionam em frente a uma meta
defendida por um goleiro. Tentam fazer gols mas, antes de finalizar, a bola tem
que ser tocada por três ou mais jogadores, sem que caia no chão.
Exercício 3
Rebatida – utilizando traves ou metas improvisadas, os jogadores, em
duplas, tentam fazer gols finalizando contra a meta da dupla adversária.
Procuram chutar forte para que a bola entre na meta ou seja rebatida.
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Exercício 4
Finalizações por cruzamento – um aluno de cada vez coloca-se sobre a
linha de fundo a uma certa distância da meta. Desse ponto ele cruza a bola na
direção da meta para que seus colegas consigam finalizar na direção do gol.
Exercício 5
Pivô – o aluno que vai finalizar, antes passa a bola para um
companheiro colocado de costas para a meta e a uma certa distância, controla
a bola e devolve a quem lhe fez o passe, este, por sua vez, vem correndo e
chuta à meta procurando fazer o gol.
Exercício 6
Bola dentro das metas – dois alunos, um em cada meta, chutam bolas
na meta um do outro. Cada um deles chuta as bolas que puder e recolhe, no
fundo da meta, as que entraram. Ao final de um tempo marcadopelo professor,
contam-se as bolas dentro da meta de cada um deles.
Exercício 7
Colocam-se pinos e cones a certa distância, em uma área demarcada.
Os jogadores lançam as bolas com os pés e contam os pinos que puderem
derrubar
Passe
No futebol atual o passe é fundamental. Com uma marcação mais rígida
e uma condição física muito boa, sobra pouco espaço para a prática do futsal e
futebol. Por isso eles têm que ser jogado de uma forma mais rápida procurando
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dar poucas oportunidades para os adversários tomarem a bola e para tanto o
passe se tornou imprescindível, o jogador em execução do passe sabe que tem
pouco tempo para fazê-lo. Frequentemente o jogador de posse da bola tem
que decidir entre passar a bola ou fintar o adversário e quase sempre a atitude
mais eficaz é passar a bola. O passe, nas suas mais variadas modalidades
(assistência, lançamento, cruzamento, passe comum), seja em qualquer
esporte coletivo é o que define os esportes em questão como coletivos. O
passe é o que garante a relação coletiva entre os jogadores. Aprender a passar
é aprender a socializar as habilidades individuais.
Portanto, passes rápidos e precisos são imprescindíveis para a prática
de um bom futebol/futsal.
Sugestões de atividades para ensinar a passar
Exercício 01
O jogador A passa para o B e vai ocupar a sua posição B. O jogador B recebe
a bola e orienta-a para um dos cones de forma a fugir à pressão do jogador A,
passando depois para o primeiro jogador da fila. Após este passe vai para o
final da fila.
Nº de jogadores = 04
Exercício 02
Em simultâneo: O jogador A passa a bola para C e o jogador B passa para D.
C e D devolvem a bola a A e B respectivamente. Após a devolução da bola C e
D trocam de posição entre si. Assim sucessivamente durante um determinado
tempo. Após esse tempo C e D trocam com A e B.
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Nº de jogadores = 04
Exercício 03
O jogador A passa para o B. O jogador B após o passe de A faz tabela com A e
passa para a desmarcação de C. O jogador C domina a bola e conduz até final
da fila.
Nº de jogadores = 05
Exercício 04
O jogador A passa para o B. O jogador B após o passe de A faz tabela com A e
passa para C. O jogador C ao receber de B faz tabela com ele e conduz até
final da fila para entregar ao jogador que está no cone.
Nº de jogadores = 04 a 07
Exercício 05
O jogador A tabela com B e passa para C. O jogador A ocupa o lugar de B e B
o de A. O jogador C ao receber de A, tabela com D e passa para A, trocando
de lugar com D.
Nº de jogadores = 06 a 08
Exercício 06
Passe frontal B, devolução para A, passe na diagonal para C. Sempre esta
sequência à volta do quadrado. Os jogadores nunca saem das suas posições.
Nº de jogadores = 04
40
Exercício 07
Passe frontal B, devolução para A, passe na diagonal para C. Sempre esta
sequência à volta do quadrado. Os jogadores avançam sempre uma posição.
Nº de jogadores = 05
Controle de bola
Para que o jogador tenha um bom passe e uma boa finalização é
necessário que ele tenha um bom controle de bola, esse controle de bola é
proveniente de um bom passe, de um lançamento ou de uma sobra de bola em
um desarme. O tempo é mínimo para o controle da bola, driblar o adversário e
realizar o passe. Controlar a bola é a habilidade de reter a bola em condições
de realizar uma jogada em um tempo mínimo. Existem várias partes do corpo
em que o jogador pode controlar a loba como: peito, partes diferentes dos pés,
cabeça e coxa. É importante salientar que esse controle pode ser feito em
condições difíceis como durante uma corrida, durante um salto ou parado. Em
qualquer situação em que o jogador se encontre, ele deve ter o domínio da
bola o suficiente para que possa controlar a bola e dar sequência à jogada, ao
contrário será desarmado com facilidade. O controle é a condição base para a
realização de qualquer jogada no futebol.
Exercício 1
Corrida do controle – em um trecho demarcado, o professor pede que as
crianças, umas ao lado das outras, percorram um percurso fazendo
embaixadas com uma bexiga.
41
Exercício 2
Desafios de controle – os alunos formam duplas. O professor pede que, um de
cada vez, durante certo tempo, faça o maior número possível de embaixadas
em cada tentativa.
Exercício 3
Controle de bola com arco - em duplas, um aluno fica com um arco, à sua
frente, na altura da cintura, em contato com o corpo, seu companheiro lança a
bola, que ele deve amortecer no peito, fazendo-a cair dentro do arco.
Exercício 4
Cestobol – pode-se fazer jogar um time contra o outro ou apenas
individualmente. Para encestar a bola, o aluno tem que controlá-la sutilmente.
Condução
Essa habilidade permite que o jogador leve a bola de um ponto a outro
com a bola em seu domínio sem ser desarmado, antes de apresentar qualquer
outra jogada. É uma habilidade que requer muita precisão, pois a marcação é
bastante forte. A marcação não somente marca a bola, mas também o jogador,
recorrendo a falta para ter a posse de bola. Para a precisão nesse fundamento
é necessário um bom controle de bola e um excelente preparo físico para
protegê-la com o corpo. A condução de bola deve ser feita muito rápido para
ser eficiente. Ela pode ser feita em linha reta ou com deslocamento, sendo
assim, a bola deve permanecer o mais próximo possível do corpo. A condução
é uma preparação para outra jogada que pode ser um drible, passe,
cruzamento.
Exercícios que desenvolvem a habilidade de conduzir a bola são
utilizados para desenvolver habilidades de controlar a bola.
42
1ª exercício - Os alunos cada qual com a sua bola num espaço limitado pelo
professor, tendo o controle da bola e conduzir a mesma evitando os choques
com os outros alunos.
2ª exercício - Conduzir a bola em linha reta, tocando – a cada passo e fazendo
- a parar, ao sinal, com a sola do pé, para logo seguir e continuar a condução
da bola. Sendo que quando o professor der o sinal para parar, o aluno troca o
pé. Se o aluno começou com a direita no sinal ele começa com a esquerda.
3ª exercício - Conduzir a bola com o pé direto por uma linha em forma de oito,
contornando os cones, em círculos notavelmente diferentes. Repete o exercício
com o pé esquerdo. 4º exercício.
4ª exercício - O aluno lança a bola ao ar com as mãos e depois de pingar
controla a bola com um pé e deixa quicar novamente e controla com o outro pé.
5ª exercício - O aluno leva a bola por dentro de um “corredor” assinalado com
duas linhas, de uma linha à outra, em forma de ziguezague, tocando a bola
duas vezes de cada percurso (pé direito, pé esquerdo) A distância entre as
linhas aumenta ou pode diminuir.
Desarme
É um dos principais recursos da defesa. O jogador desarma seu
adversário sendo mais perspicaz e mais rápido que ele ou sendo mais forte e
sabendo desequilibra-lo. Esse desarme pode ser feito por antecipação antes
que o adversário domine a bola. Os desarmes podem ser por baixo, com os
pés e também pelo alto com a cabeça, muitas vezes o desarme resulta em falta
pois o adversário é atingido em vez da bola. A habilidade de desarme deve
superar a do atacante no momento de desarme.
43
Exercício 1
Sombra – os alunos trabalham em duplas. Um deles será o modelo enquanto o
outro será a sombra. Cada qual com sua bola. Durante o tempo determinado
pelo professor, tudo que o modelo fizer deverá ser feito pela sombra.
Exercício 2
Torre – coloca-se um cone ou outro objeto qualquer como referência. Dois
alunos ficam defendendo a torre, de costas para ela. Os demais alunos lançam
a bola com os pés, tentando derrubar a torre. Os dois alunos defensores só
podem defender com os pés.
Exercício 3
Saídas com atraso – o professor lança uma bola na direção do gol para dois
alunos. Um deles é o atacante, que, ao sinal do professor sai na frente, deve
dominar a bola e tentar fazer o gol. O outro aluno é o defensor e sai com certo
atraso, após o sinal do professor, tentando desarmar o atacante.
Drible
Também conhecido como finta. É uma habilidade usada para evitar queo jogador adversário desarme o jogador que esteja em posse de bola. O
desarme contrapõe o drible. O drible se torna eficiente quando elimina a
marcação do adversário e coloca o seu companheiro ou o próprio jogador em
boas condições de finalizar ou de receber o passe. O drible exige velocidade
em sua execução tirando a bola do alcance adversário. O jogador habilidoso
engana seu adversário pela sua velocidade em tirar a bola do alcance
adversário ou de mudar rapidamente de direção e deslocamento.
Exercício 01
O Jogador A passa para B e vai defender o mais à frente possível. O Jogador B
recebe a bola e tenta ultrapassar o adversário A.
44
Nº de jogadores = 02
Exercício 02
O Jogador que está no meio recebe a do jogador de fora e faz 1 x 1 com ele
(oposição passiva), trocando de posição com ele. Assim sucessivamente para
ambos os lados.
Nº de jogadores = 03
Exercício 03
O Jogador com bola conduz, contorna os cones, utilizando o pé direito e pé
esquerdo e entrega ao jogador sem bola que está à sua frente. Este jogador
faz a mesma coisa no sentido inverso. Assim sucessivamente.
Nº de jogadores = 03
Exercício 05
Em simultâneo saem dois jogadores a conduzir a bola, contornam as estacas a
conduzir a bola, aceleram para mudarem de direção e rematar à baliza.
Estabelecer uma competição entre os dois grupos para ver quem faz mais gols.
Nº de jogadores = 06 a 08
Cabeceio
É uma habilidade bastante usada tanto para atacar quanto para defender,
utilizada quando se trata de bolas altas. Tem que ter certa habilidade, pois o
cabeceio pode definir o êxito da defesa ou do ataque, alguns jogadores são
bons finalizadores de cabeça outros desenvolvem essa habilidade em dar
45
passes. O cabeceio pode ser ofensivo quando utilizado em condições de pôr o
companheiro em condições de finalizar ou defensivo quando seu intuito é
desarmar o ataque do time adversário.
Exercício 1
Jogo do passe - formam-se duas equipes que terão que jogar futebol, mas os
passes deverão ser dados somente de cabeça.
Exercício 2
Bobinho de cabeça – joga-se como na brincadeira comum do bobinho, mas os
passes só podem ser feitos de cabeça e a bola só pode ser interceptada de
cabeça por quem foi feito de bobinho.
Exercício 3
Futevôlei de cabeça – é o futevôlei tradicional, mas os passes deverão ser
dados somente de cabeça.
46
REGRAS DO
FUTEBOL E FUTSAL
3
Conhecimentos
Entender a origem e os aspectos primordiais das regras, principais
terminologias e simbologias do futebol e futsal.
Habilidades
Identificar os símbolos utilizados no futebol, assim como suas regras e
características principais.
Atitude
Desenvolver regras e possíveis adaptações no ambiente escolar, facilitando a
aprendizagem do aluno e os valores do futebol e futsal na sociedade.
47
HISTÓRIAS DAS REGRAS
No princípio a prática do futebol não é como vemos hoje, para termos
uma noção de que toques na bola com a mão era permitido não só pelo
goleiro, mas por qualquer jogador até porque a figura do goleiro não existia na
época. Outra curiosidade é que não existia o travessão delimitando a altura da
trave, hoje em dia temos 17 regras no futebol, no início eram apenas 13.
Regras como o impedimento, o árbitro, o tempo de jogo e a penalidade máxima
só foram inseridas nos anos seguintes. Mas é importante frisar que por mais
que as regras do jogo tenham mudado, a sua essência não mudou.
As mudanças mais interessantes e significativas só foram ocorrer no ano
de 1891, até essa data, por exemplo, o pênalti não existia, essa regra da
penalidade máxima foi idealizada por um irlandês chamado William McCrum,
mas só foi aprovada depois de um episódio que aconteceu em um jogo do
copa da Inglaterra quando o zagueiro Handry, do Notts County, impediu o gol
de empate da equipe Stoke City tirando a bola em cima da linha com a mão.
As primeiras regras do futebol eram muito genéricas e consistiam em
delimitar o tamanho do campo e as saídas de jogo. Pregos e placas de ferro
eram proibidos nas chuteiras. Umas das principais diferenças para o futebol de
hoje estão no impedimento e no uso das mãos durante o jogo. O impedimento,
naquela época, era dado simplesmente se o jogador, quando atacando, tivesse
a frente da linha da bola. O que não propiciava o passe na horizontal ou em
progressão. O goleiro não existia e qualquer jogador dentro da partida podia
pegar a bola com as mãos, mas as regras escritas e codificadas só surgiram no
ano de 1863 escritas por Ebezener Corb Morley, secretário-geral da
Federação Inglesa, que escreveu o livro “FA Minute Book”.
No ano de 1865 a revista Bells life, publica 14 regras que trazem
alterações significativas na história das regras do futebol, uma delas foi a
mudança do passe que a partir de então poderia ser dado para frente e o
impedimento, se antes estava impedido o jogador que estivesse à frente da
48
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ebezener_Corb_Morley&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/FA_Minute_Book
linha da bola, agora estaria em posição irregular o jogador que não tivesse três
marcadores entre ele e a linha do gol.
As regras formam a seguintes:
# Regra
1
O comprimento máximo do campo deverá ser de 200 jardas (180 metros)
e a largura máxima deverá ser de 100 jardas (90 metros); o comprimento e
a largura deverão ser separados com bandeiras, e o gol deverá ser
delimitado por dois postes verticais distantes um do outro 8 jardas (7,32
metros) e não atravessados por nenhuma tira ou barra.
2.
A partida deverá iniciar com um chute de bola parada, do centro do
campo, pelo time que vencer no sorteio por cara ou coroa; o time
adversário não deverá aproximar-se da bola, num raio de 10 jardas (9,15
metros), até que o pontapé inicial seja dado. Após a marcação de um gol,
a equipe perdedora terá direito a dar o pontapé inicial.
3. Os dois times deverão trocar de balizas, depois que cada gol for marcado.
4.
Um gol será conquistado quando a bola atravessar o espaço entre os
postes do gol (a qualquer altura), sem ser arremessada, socada ou
carregada com as mãos.
5.
Quando a bola estiver fora de campo, o jogador que reiniciar a partida
deverá fazê-lo, chutando ou arremessando a bola, desde o ponto da linha
lateral em que deixou o terreno de jogo, numa direção tal que forme um
ângulo reto com a linha lateral.
6.
Um jogador estará impedido quando se colocar à frente da linha da bola. E
deverá retornar após a bola, o mais rápido possível. Se a bola for chutada
do seu próprio lado, passada por um jogador, ele não deverá tocá-la, nem
avançar, até que um jogador do lado adversário a tenha chutado
49
primeiramente, ou um jogador do seu próprio lado posicionado à sua
frente ou no seu mesmo nível, tenha condições de chutá-la.
7.
Caso a bola vá para trás da linha de fundo, se um jogador ao qual o gol
pertence tocar a bola primeiramente, um jogador do seu lado terá direito a
dar um tiro livre, da linha de fundo do ponto oposto onde a bola deverá ser
tocada. Se um jogador adversário tocar a bola primeiramente, um jogador
do seu lado terá direito a dar um tiro livre, de um ponto situado a 15 jardas
(aproximadamente 14 metros) fora da linha de fundo, oposto ao local onde
a bola é tocada.
8.
Se um jogador fizer um fair catch¹, terá direito a um tiro livre, caso o
solicite, fazendo um sinal com o calcanhar, imediatamente; e, para dar tal
tiro, poderá avançar além de sua marca, até que tenha chutado.
9.
Um jogador terá permissão de correr com a bola, em direção ao gol
adversário, se fizer um fair catch, ou dominar a bola no primeiro limite do
campo; todavia, em caso de fair catch, se ele fizer um sinal, então não
deverá correr.
10.
Se um jogador correr com a bola, em direção ao gol do adversário,
qualquer outro jogador do lado adversário terá permissão de atacá-lo,
segurá-lo, passar uma rasteira, dar uma canelada³ ou tirar a bola dele;
entretanto, nenhum jogador deverá ser detido e levar canelada ao mesmo
tempo.
11.
Nem rasteira nemcanelada serão permitidas, e nenhum jogador deverá
utilizar as mãos ou os cotovelos para segurar ou empurrar o adversário,
exceto nos casos prescritos pela Lei nº 10.
50
12.
Qualquer jogador poderá chargear (jogo de corpo) um outro, desde que
ambos estejam em active play. Um jogador poderá chargear* mesmo que
esteja impedido.
13.
Um jogador terá permissão de arremessar a bola ou passá-la para outro,
se fizer um fair catch ou dominar a bola no primeiro limite de campo.
14.
Nenhum jogador terá direito a usar pregos, placas de ferro ou
gutas-perchas, nas solas ou nos saltos de suas chuteiras.
Aqui está em ordem cronológica das alterações das principais regras do
futebol:
Ano Mudança Ref.
1865
As traves das balizas passam a ter uma fita entre elas, para
delimitar a altura da baliza. O protótipo do travessão, instituído
apenas dez anos depois.
1866
Os passes para frente foram legalizados, desde que três
adversários estivessem entre o recebedor e o gol. Aí nasceu a
regra do impedimento. Além disso, pegar a bola com as mãos no
ar passou a ser proibido, tornando as cabeçadas e matadas no
peito comuns.
1868
Apesar de marcarem presença desde 1867, o árbitro e os
bandeirinhas só foram oficializados em 1868. Dez anos depois, o
árbitro ganhou um apito, utilizado pela primeira vez em um jogo
entre Nottingham Forest e Sheffield Norfolk. Em 1891, passou a
poder apitar de dentro do campo.
51
https://pt.wikipedia.org/wiki/Baliza_(desporto)
1869
Nasce o tiro de meta. Antes, a bola que saísse pela linha de fundo
era do time que a pegasse primeiro, ganhando uma cobrança de
falta.
1871
Apenas um jogador passa a poder pegar a bola com as mãos.
Nasce o goleiro.
1872
Os goleiros só podem pegar a bola com as mãos no próprio
campo. Os escanteios são introduzidos.
1874
Os árbitros passam a existir, um para cada lado do campo. Antes,
as discussões sobre as jogadas eram feitas pelos capitães. No
mesmo ano, os times passaram a trocar de campo depois do
intervalo, o que acontecia a cada gol.
1877 O tempo de jogo é fixado em 90 minutos.
1891
Os pênaltis são introduzidos. Podem ser cobrados de qualquer
posição a 12 jardas do gol. A criação se deu depois que um
jogador espalmou uma bola no último minuto de um jogo da Copa
da Inglaterra. Também naquele ano, um novo árbitro passou a
entrar em campo e os dois que já existiam passaram a atuar como
assistentes. E os gols ganharam as redes.
1892
Foram criados os acréscimos, depois que um goleiro chutou a bola
para fora do campo, a fim de evitar a cobrança do pênalti. Quando
a bola foi devolvida, o tempo já tinha acabado.
1895
Os laterais passaram a ser dos oponentes do time que tocou a
bola por último. Antes, eram de quem pegasse a bola primeiro.
1902 As áreas foram criadas.
52
1904 A lei da vantagem passa a ser aplicada pelos árbitros.
1907 Um jogador não pode estar impedido em seu próprio campo.
1912
Os goleiros têm suas ações com a mão delimitadas à própria área.
Além disso, eles precisam vestir uniformes diferentes aos dos
companheiros.
1913
A distância mínima de 10 jardas (9,15 m) para o posicionamento
dos adversários nas cobranças de faltas passou a ser prevista nas
regras
1924
Os gols de escanteio são permitidos. A Argentina anota o primeiro,
contra o Uruguai, o então campeão olímpico. Assim foi batizado o
‘gol olímpico’.
1925
A lei do impedimento passa a ser considerada a partir de dois
jogadores entre o receptor do passe e o gol, não mais três.
1937
Surgiu a meia-lua, que serve para delimitar a distância (as
famosas 10 jardas, ou 9,15 m) que os jogadores (tirando goleiro e
cobrador) devem respeitar na hora do pênalti.
1939 Os números na camisa se tornam obrigatórios.
1958
Uma substituição é permitida, mas só em caso de lesão. Doze
anos depois, duas substituições passam a valer, mesmo que por
razões táticas.
1970
Os pênaltis passam a decidir jogos empatados. O sistema de
cartões é criado, baseado nos semáforos de trânsito.
53
1980
Agressões explícitas, como cuspir no adversário, passaram a ser
consideradas conduta violenta.
1987
O árbitro recebeu orientação formal para acrescer a cada período
de jogo alguns minutos para compensar paralisações.
1992
Os goleiros são proibidos de agarrar bolas recuadas por seus
companheiros com os pés.
1993 É criada a área técnica à beira do campo.
1995 Três substituições são permitidas.
2012
A Tecnologia da Linha de Gol é utilizada pela 1° vez em
competições oficiais da FIFA.
2016
A IFAB redesenhou o livro das Regras para tornar sua aparência e
seu conteúdo apropriados para o futebol no século XXI. Foram
riscadas, por exemplo, um total de aproximadamente 10 mil
palavras do regulamento anterior. Muitas vezes se tratava de
minúcias.
Clique no link: e veja as regras oficiais do futebol
http://futebol-de-salao.info/regras-do-futsal.html 16:00 14/09/17
54
https://pt.wikipedia.org/wiki/Goal-Line_Technology
http://cdn.cbf.com.br/content/201612/20161220181822_0.pdf
http://futebol-de-salao.info/regras-do-futsal.html%2016:00
REGRAS DO FUTSAL
O futsal, na sua essência, assemelha-se muito ao futebol, mas as suas
regras são bastante diferentes, o que faz do futsal um esporte peculiar.
Algumas regras do futsal são bastante específicas como o tamanho da quadra,
as marcações, números de jogadores por equipes e punições são bem
particulares do futsal, por exemplo o número de jogadores na equipe são de
cinco sendo que um tem obrigatoriamente ser o goleiro e o número de reserva
são no máximo 9.
O futsal até pouco tempo atrás tinha uma entidade particular que o
comandava era a Fifusa, essa organizava as competições da modalidade, mas
hoje em dia quem organiza o futsal é a FIFA.
Aqui está as principais regras do futsal segundo a CBF:
1 - Quadra de Jogo
Dimensões da Quadra
● Um retângulo de 25 a 42 metros de comprimento e 16 à 25 metros de
largura;
● Nos jogos nacionais das categorias adultas e Sub-20, a quadra deverá ter
no mínimo 38 metros de comprimento por 18 de largura;
● Nas partidas internacionais o mínimo são 20 metros de largura e máximo
25 metros de largura. E deve ter no mínimo 38 metros de comprimento e
máximo de 42 metros.
Marcação da Quadra
As linhas demarcatórias devem ser visíveis e com 8 centímetros de largura,
pertencendo as zonas que demarcam. Existem várias marcações numa quadra
de futsal.
55
● As linhas limítrofes de maior comprimento são chamadas de linhas
laterais e as de menor de linhas de meta;
● Uma linha deve passar pelo centro da quadra e ter um pequeno círculo no
meio da quadra de 10 centímetros (onde a bola é colocada para que se dê
início ao jogo);
● Outro círculo também é marcado no centro da quadra, esse maior que o
anterior, com 3 metros de diâmetro;
● Nos quatro cantos da quadra, no encontro entre linhas laterais e de meta
serão demarcados ¼ de círculo com 25 centímetros de raio, local onde
serão cobrados os arremessos de canto;
● As linhas demarcatórias fazem parte da quadra do jogo.
Área de Substituição
É uma área por onde os jogadores substituídos devem sair da quadra e os
substitutos entram no jogo. É um retângulo que fica a 5 metros de comprimento
da linha divisória do meio da quadra e possui 5 metros de comprimento e 80
centímetros de largura, sendo que 40 cm são dentro da quadra e 40 fora. São
duas áreas de substituições: uma para cada time, estando na frente do banco
de reservas do mesmo.
Área Penal
É a área em que o goleiro pode defender com as mãos. É uma em cada
extremidade da quadra e fica na frente dos gols. É um semicírculo de raio de 6
metros, tendo seus limites na linha de fundo. É diferente da área da cobrança
da penalidade máxima porque o ponto de penalidade máxima fica, também à 6
metros da linha de fundo, mas na posição frontal ao gol, enquanto essa área é
marcada por um semicírculo.
56
Tiro de Canto
A marcação de quadra dessa penalidade (saída de bola sendo que o último
toque na bola tenha sido do time que esteja defendendo a meta de tal linha)

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