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1 Sumário PALAVRAS DO PROFESSOR AUTOR BIOGRAFIA DO AUTOR AMBIENTAÇÃO TROCANDO IDEIAS COM OS AUTORES UNIDADE I: HISTÓRIA DO FUTEBOL HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS AMÉRICAS HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL HISTÓRIA DO FUTSAL EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS TÁTICOS DO FUTEBOL APRENDIZADO MOTOR NO FUTEBOL HABILIDADES MOTORAS NO FUTEBOL E FUTSAL UNIDADE II: METODOLOGIA DE ENSINO FUTEBOL/FUTSAL FUNDAMENTOS DO FUTEBOL E FUTSAL SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA ENSINAR A FINALIZAR SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA ENSINAR A PASSAR UNIDADE III: REGRAS DO FUTEBOL E FUTSAL HISTÓRIAS DAS REGRAS REGRAS DO FUTSAL LEITURA OBRIGATÓRIA AUTOAVALIAÇÃO 2 PALAVRAS DO PROFESSOR AUTOR Apesar de todo o preconceito, o futebol é um esporte bastante popular em todo o planeta. Em dados oficiais informados pela FIFA estima-se que mais de 3 bilhões de pessoas assistiram a última copa do mundo disputada no Brasil, por que esse esporte tornou-se tão popular em todo mundo? Por que existem tão fanatismos envolvendo o futebol? Já o futsal tem mais de 30 milhões de praticantes e é um esporte relativamente novo se comparado ao futebol, por isso acontece? O que leva tantas pessoas a praticarem o futsal? E por que ele não é tão popular e não envolve tantas cifras quanto o futebol? Espero que esse material sirva para criar um ambiente de discussões no cotidiano de cada um e que a partir da leitura vocês possam ter outra visão a respeito desses dois esportes que parecem ser iguais, mas que na verdade são bastante diferentes. 3 BIOGRAFIA DO AUTOR Formado em Educação Física com licenciatura plena pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – Professor de Educação Física do SESC Sobral com experiência na área de musculação, natação, ginástica, hidroginástica, futebol, futsal – Tutor do curso de Educação Física a Distância do Centro Universitário - UNINTA e Professor de cursos de Educação Física dos Institutos de Ensino Superior. 4 AMBIENTAÇÃO Olá estudantes, estamos dando início a disciplina de Futebol e Futsal, na qual você vai conhecer um pouco mais sobre a história, seu modo de desenvolvimento com ênfase na prática desses esportes. Para iniciar as nossas discussões sobre a história do futebol, tem-se registro de jogos com bola, principalmente os praticados com os pés. Historiadores e antropólogos afirmam que desde a pré-história já se praticavam jogos com uma bola feita de granito e que nos primórdios do homem sua diversão se dava chutando frutas e crânios humanos. Podemos considerar essa prática corporal como o mais antigo antepassado do futebol, em sua forma mais inicial indica que o homem sempre teve atração por práticas de jogos com objetos esféricos. O futebol é que nos leva o mais distante a prática de jogos com bola, seja através de escrituras ou pinturas, no oriente, existem relatos japoneses de um jogo chamado “KEMARI”. Esse era praticado pela nobreza, o jogo consistia em passar a bola de pé em pé sem que ela tocasse o solo, o jogo não tinha como objetivo marcar gols ou pontos o importante era controlar e chutar a bola. O surgimento do Futsal tem duas versões: a primeira é que o esporte teria sido criado em 1940 por associados da Associação cristã de Moços, na cidade de São Paulo, esses alegavam dificuldades em encontrar campos de futebol livre para então praticar o esporte e então resolveram levar o futebol para as quadras de basquete e hóquei. Outra versão é que o futsal teria sido inventado no Uruguai no ano de 1934 por Juan Carlos Ceriani, professor da ACM (Associação Cristã de Moços), o futsal recebeu o nome de futebol indor. João Lotufo e Asdrubal Monteiro, após obterem o título de graduação no Instituto Técnico da Federação Sul-americana das ACM como secretários diretores de educação física da ACM, voltam ao Brasil e trazem o futebol indor que logo foi chamado de futebol de salão. Por ser um esporte novo e difícil de ser jogado, João Lotufo e Asdrubal Monteiro modificaram as regras introduzindo elementos do futebol, hockey de grama, basquete e waterpolo. Na leitura desse livro você terá um norte sobre esse assunto, porém, para melhor aprofundar seu conhecimento, faça a leitura dos seguintes livros: Como o futebol explica o mundo, de Franklin e Futebol ao Sol e a Sombra de Eduardo Galeano. 5 TROCANDO IDEIAS COM OS AUTORES Nesse trabalho de reportagem perspicaz e de amplo alcance, o autor nos conduz em uma surpreendente turnê pelo mundo do futebol, derrubando no caminho os mitos da nova era global. Do Brasil à Bósnia e da Itália ao Irã, sua crônica revela como o belo esporte e seus fanáticos seguidores podem iluminar as linhas defeituosas de uma sociedade, sejam elas a pobreza, o anti-semitismo ou o islamismo radical. Com inteligência brilhante, personagens pitorescos e humor refinado, esse livro totalmente original nos ajuda a entender a época turbulenta em que vivemos. Acima do futebol está a lenda. Uma estranha magia se impõe ao esporte. E o jogo se transforma em saga, desperta paixões, cria mitos, heróis, glórias e tragédias. Exaltado pelas multidões, criou em seu lado sombrio um mundo à parte, onde envolve poderosíssimos interesses políticos e financeiros. Mas nada se sobrepõe ao encanto desta 'festa pagã'. Para captar este fascinante universo de perdas e conquistas, Eduardo Galeano penetrou nas profundezas da história e das histórias que se passam dentro e fora das quatro linhas. Construiu este livro como um verdadeiro monumento à paixão. Através de sua prosa consagrada, tudo tem sabor. Pelé, Di Stéfano, Maradona, Zizinho, Didi, Garrincha, Obdúlio Varella - o carrasco uruguaio de 1950 -, o aranha negra Yachin, Leônidas, Platini, Domingos da Guia, Friedenreich e muitos outros craques são mostrados nos seus momentos de esplendor e desgraça. Ágil, emotivo, este livro flui prazerosamente. Não é preciso ser um apaixonado pela bola para apreciar esta saga. Basta apreciar a grande literatura. 6 HISTÓRIA DO FUTEBOL 1 Conhecimentos Entender a origem do futebol/futsal e os aspectos socioculturais das suas histórias entendendo como são esportes tão populares no mundo. Habilidades Saber distinguir onde o futebol/futsal teve sua origem e onde eles foram codificados e organizados como esportes. Atitude Ampliar os conhecimentos acerca de discussões sobre a origem da codificação e a evolução dos sistemas táticos e técnicos. 7 HISTÓRIA DO FUTEBOL Desde o surgimento do homem na terra, tem-se registro de jogos com bola, principalmente os praticados com os pés. Historiadores e antropólogos afirmam que desde a pré-história já se praticavam jogos com uma bola feita de granito e que nos primórdios do homem sua diversão se dava chutando frutas e crânios humanos. Podemos considerar essa prática corporal como o mais antigo antepassado do futebol, em sua forma mais inicial indica que o homem sempre teve atração por práticas de jogos com objetos esféricos. Frisseli e Mantovani citando Oliveira (1995) fazem menção a pinturas em um túmulo egípcio onde as pessoas estariam em uma atitude de jogo, e também encontrou registro de jogos com a bola na babilônia. Provavelmente a conotação dada ao objeto esférico, nessas pinturas e registros, fosse religiosa representando o sol para os egípcios e a lua para os babilônicos. O futebol é que nos leva o mais distante a prática de jogos com bola, seja através de escrituras ou pinturas, no oriente, existem relatos japoneses de um jogo chamado “KEMARI”. Esse era praticado pela nobreza, o jogo consistia em passar a bola de pé em pé sem que ela tocasse o solo, o jogo não tinha como objetivo marcar gols ou pontos o importante era controlar e chutar a bola. Provavelmente o “KEMARI” era uma variação de jogo originada na china a 2700 a.C., onde escritos da época de Tao Tsé e Yang Tsé relatam uma espécie de atividade com bola que se jogava em um campo quadrado medindo aproximadamente 14 metros, eram oito jogadores de cada lado e esses tentavam passar a bola entre uma espécie de trave feita de bambu com um travessão feito defio de seda, a bola tinha em torno de 22 cm de diâmetro e era feita de cabelos ou de crina de cavalo. Uma das regras era manipular a bola somente com os pés e ela não poderia tocar o solo. Possivelmente o jogo foi idealizado por Yang Tsé e tinha o nome de “TSU-CHU”, que significa golpear com os pés, o jogo teve bastante aceitação caindo no gosto popular. 8 Na China, durante a dinastia “Han” (206 a. C. – 220 d. C.), tem-se relato de um jogo que provavelmente é uma variação do “KEMARI”, neste consistia em colocar a bola em um buraco de 50 cm que ficava no centro de uma cortina de seda a 10 metros de altura. Há relatos de jogos praticados com os pés também na Grécia Antiga, existem escritos que relatam jogos precursores do futebol por volta de 1500 anos a. C. o jogo era chamado de “EPYSKIROS”, esse jogo integrava o programa de educação de educação atlética da juventude helênica e tinha como regra duas equipes formadas por 15 jogadores disputando a posse de uma bexiga cheia de ar. Outro jogo que se tem conhecimento pelos historiadores é o “ HASPARTUN”, que logo caiu no gosto das tropas, por ser muito competitivo e violento. Com o avanço do império romano o jogo foi incorporado pelos gauleses e francos sendo disseminado por toda a Europa Ocidental, através de guerras e conquistas. Em 1060 o jogo é levado para a Inglaterra, era disputado entre povoados. As partidas de futebol eram denominadas “HURLING OVER COUNTRY” suas regras era levar a bola de um edifício central do povoado rival para o outro, cada equipe continha cerca de 500 homens e as partidas eram muito violentas, sangrentas e barulhentas, parecendo uma guerra. Sua prática foi proibida na Normandia, por Haroldo por volta de 1060, e na Inglaterra, por Eduardo I. Segundo Frisseli e Ariobaldo (1999) em 1997, devido ao conflito com a Escócia, Eduardo II reiterou a proibição, pois temia que seus soldados deixassem de lado as armas pelo apaixonante jogo. Inclusive, há relatos de que no intervalo entre batalhas escoceses e ingleses eram disputadas partidas de futebol. Em 1349 Eduardo III confirma a proibição, pois temia que seus membros deixassem de praticar os esportes militares, como arco e flecha e a luta com espadas, em favor do futebol. Henrique VII, atendendo ao pedido de intelectuais que consideravam o jogo uma barbárie, novamente proíbe o jogo, que apesar de tudo era extremamente apreciado pelos súditos britânicos. 9 Tem-se conhecimento do jogo também na Itália, lá era chamado de “CÁLCIO”, por isso a primeira divisão do campeonato italiano de futebol tem esse nome, tem relato deste desde a metade do século XVI em campos que mediam 137 x 50 com duas balizas em lados opostos iguais as traves de hoje seus jogadores tinham funções definidas e certa organização tática. Um marco histórico aconteceu em Florença, Itália em 1529 quando duas equipes formadas por 27 jogadores resolvem suas diferenças políticas e suas rivalidades através de uma partida de “CALCIO”. Apesar da acepção guerreira do jogo, essa pode ser uma evolução nas relações entre indivíduos da época, pois ao invés de armas, usava-se uma bola e apesar de ser bastante violento e durar várias horas, não tinha mortos. Segundo Frisseli e Ariobaldo (1999) outro aspecto extremamente interessante envolvendo esse jogo foi a necessidade de vencer, a fim de impor, ao grupo rival, suas convicções políticas. Assim os grupos se preocupavam com a organização de suas ações táticas. Consta que os dois grupos alinharam-se destacando, provavelmente, os primeiros líberos da história do futebol. Anos mais tarde o italiano Giovanni di Barde estabelece regras para o “CALCIO”, essas não foram registradas, mas tinham como objetivo ordenar o jogo, que era extremamente violento, assim, os jogadores agora tinham posições definidas e empurrões, cotoveladas e pontapés foram definidos e a figura do árbitro foi inserida sendo que este continham 10. Na França vamos encontrar o “SOULE” descendente do “HASPARTUN”. Era disputado com extrema violência pelos praticantes ou como lazer para preencher o tempo ocioso da nobreza, o jogo consistia em colocar a bola entre duas traves fixadas no solo. O curioso é que o “SOULE” já era baseado nas regras do "CALCIO" italiano. Apesar das proibições na Inglaterra e na Escócia, o futebol evolui. O rei Carlos II aumenta ainda mais sua proibição tornando crime sua prática, mas o 10 futebol se torna uma força política e o rei Carlos III revoga o decreto por achar que pode usar o futebol em benefício próprio. À medida que o tempo passa o futebol evolui e algumas regras são atribuídas ao futebol, o jogo se tornou menos violento, sua prática, se dava, em um campo que media 100x30, com duas balizas de 4 metros de altura, e bolas feitas de bexiga de porco ou boi cobertas por couro, recebendo o nome de “HURLING OVER GOALS”, tendo bastante notoriedade e avanço. Frisseli e Ariobaldo (1999) afirmam que à medida que deixava de ser um jogo perigoso, violento e nocivo, o futebol assumia características de jogo apaixonante da atualidade, passando a ser praticado largamente nas escolas, entre as quais as aristocráticas Eton, Oxford, e Cambridge e consolidou-se nos clubes. Diante desse avanço tenta-se estabelecer um regulamento para o futebol universitário, onde a regra maior seria o uso somente dos pés para golpear a bola. Um fato curioso aconteceu no ano de 1823, durante o evento estudantil, na Rugby School, alguns estudantes insistiam em usar as mãos e os pés para jogar. Esse acontecimento gerou uma divisão entre os estudantes, de um lado os que queriam utilizar no futebol as mãos e os pés e de outro os estudantes que queriam utilizar somente os pés. Com esse acontecimento houve uma divisão clara das regras entre football e o rugby. Apesar de ambos partilharem quase das mesmas regras como o campo e o fato de quererem passar a bola entre duas balizas, isso foi fator determinante para a criação do futebol moderno. Em 1846 começa a aparecer os primeiros embriões de regras claras e definidas e uma divisão nítida entre os praticantes de football e rugby, mas somente em 1857 o futebol começa a aparecer como esporte, ou seja, começa a ter uma melhor organização. Uma maior organização se dá com a fundação do primeiro clube de futebol da história o SHEFFIELD, outros o seguiram destacando a necessidade de uma maior organização de campeonatos entre clubes e colégios, onde teve seu ápice com a formação do “the simplest play” e 11 com uma reunião que entrou para história realizada na Freemason’s Tavern em Great Queen Street, na cidade de Londres, no dia 26 de outubro de 1863. Representantes das escolas e clubes definem a forma de jogar entre o futebol e o rugby e suas regras bem definidas, surgindo a The Football Association, nome mantido até hoje pela liga inglesa, dando como definitivo a forma do jogo de futebol. Frisseli e Ariobaldo (1999) afirmam que em 1868 institui-se a figura do árbitro. Em 1871 Charles Alcook, então tesoureiro e secretário da Football Association, sugere a criação de uma taça a ser disputada entre os clubes pertencentes à associação. Os Wanderers capitaneados pelo próprio Alcook, sagraram-se campeões, derrotando os Royal Engineers por 1 x 0, para um público pagante de 2000 pessoas. O primeiro jogo internacional acontece em 1872, ainda numa fase não tão clara das regras, o jogo é entre Inglaterra e Escócia, e tem como resultado o 0 x 0. É curioso perceber que já nessa época os clubes começam a se preocupar com o esquema tático, os escoceses recuaram mais dois homens para a defesa formando o 1-4-6. Outro fato curioso é que os escoceses priorizaram mais o passe do que o drible, já que o drible era muito valorizado nessa época. Sendo assim o futebol evolui e em 1877 o gol passa a ter um travessão, é também nesse ano que os árbitros começam a utilizar o apito. Com o decorrer dos anos, os sistemas clássicos vão evoluindo. Clubes como o Blackburn Rovers e o Nothinghan Forest,clubes ingleses, inovam nos sistemas táticos e criam um com 2 zagueiros, 3 meias, e 5 atacantes. Ingleses, escoceses, irlandeses e galeses criaram a International Board, para criar em definitivo as regras do futebol, papel que realiza até hoje assessorando a FIFA. Em 1891 regras como a penalidade máxima, o uso de redes nas traves e a proteção do goleiro são criadas. Assumindo uma forma 12 definitiva as regras do futebol são criadas sendo pouco modificadas nos últimos 100 anos. HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS AMÉRICAS Há relatos onde o historiador espanhol da época Herrera y Tordesillas faz menção a um jogo de caráter recreativo onde os praticantes jogam com uma bola de borracha, material extraído das seringueiras, onde eles golpeiam a bola com os pés. Também é citado por Charlevoix, um francês que viajava pelo México e São Domingos, onde ele mencionava o mesmo tipo de jogo. Há outros relatos de jogos realizados por índios Aztecas e por índios no Chile e na Patagônia. O fato é que os europeus que chegaram às Américas poucos se preocuparam em descrever o modo recreativo dos habitantes do novo continente. O interessante é que mesmo ou não sendo semelhantes os povos indígenas aqui das Américas praticavam jogos com bola e isso era muito popular entre eles e tinha um caráter mais recreativo e não tão violento como na Europa. É importante frisar que a clássica história contada afirmando que o futebol é criação dos ingleses é falsa, pois vimos que os ingleses sim foram os primeiros a organizar e codificar as regras, mas o futebol muito antes disso já existia, não como vemos hoje, mas já existia. HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL Assim como toda história não se tem uma data específica de como o futebol surgiu no Brasil, o fato é que há registro do futebol praticado no país desde os anos de 1870, trazidos por marinheiros ingleses e holandeses. Possivelmente padres jesuítas trouxeram o jogo da Europa, como também 13 ingleses radicados no Brasil, uma vez por outra organizavam jogos. Os marinheiros em seus momentos de lazer também jogavam futebol para passar o tempo, mas é com o inglês Charles Miller que o futebol passa a ser difundido no Brasil. Charles Miller era filho de pai inglês e mãe brasileira, estudou na Inglaterra entre 1884 e 1894. Volta da Inglaterra com duas bolas de couro, as regras e uniformes organizando os primeiros jogos na várzea entre ingleses e brasileiros da companhia de gás, do London Bank e da São Paulo Railway. O jogo logo cai no gosto de seus praticantes sendo difundido para os sócios do São Paulo Athletic Club e da Associação Atlética Mackenzie College. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) considera o Sport Club Rio Grande (Rio Grande do Sul) como o clube mais antigo fundado no Brasil, em 24/06/1900, um dos clubes mais antigos do Brasil e que existe até hoje é Associação Atlética Ponte Preta da cidade de campinas em São Paulo fundado em 11/08/1900 e o Fluminense, considerado o clube mais antigo do Rio, surge em 1902. O Futebol começa a ficar mais organizado no Brasil surgindo a primeira entidade, a Liga Paulista de Futebol que tem como integrantes o São Paulo Athletic Club, o Mackenzie, o Sport Club Internacional e o Sport Club Germânia. O primeiro campeonato oficial foi disputado em 1902 e o primeiro campeonato carioca em 1906. Nos anos de 1923 a 1963 um campeonato nacional era disputado entre as seleções dos estados federados, o Rio de Janeiro sagrou-se campeão 13 vezes, o estado de São Paulo 9 vezes, Bahia e Minas Gerais ambos duas vezes. Fonte: http://www.cbfs.com.br/2015/futsal/origem/index.html dia 12/09/2017 hora 16:26 pt.wikipedia.org/wiki/Futebol_de_salão hora 17:06 dia 12/09/2017 14 http://www.cbfs.com.br/2015/futsal/origem/index.html%20dia%2012/09/2017 HISTÓRIA DO FUTSAL Existem duas versões para o surgimento do Futsal, a primeira é que o esporte teria sido criado em 1940 por associados da Associação cristã de Moços, na cidade de São Paulo, esses alegavam dificuldades em encontrar campos de futebol livre para então praticar o esporte e então resolveram levar o futebol para as quadras de basquete e hóquei. No início o jogo era um pouco confuso, pois se jogava o futebol em uma quadra e usavam-se cinco, seis ou até sete jogadores, mas vendo a dificuldade, logo definiram cinco jogadores por equipes para facilitar a dinâmica de jogo. As bolas eram confeccionadas de serragem, crina vegetal, ou de cortiça granulada, mas tinham um problema, como as quadras são pequenas as bolas constantemente saiam dela, pois o material de que elas eram feitas as faziam pular muito sendo muito difícil dominá-las e controlá-las em um espaço pequeno, então encontraram a solução de diminuir de tamanho e aumentar o peso. Sendo chamado curiosamente de o esporte da bola pesada. Outra versão é que o futsal teria sido inventado no Uruguai no ano de 1934 por Juan Carlos Ceriani, professor da ACM (Associação Cristã de Moços), o futsal recebeu o nome de futebol indor. João Lotufo e Asdrubal Monteiro, após obterem o título de graduação no Instituto Técnico da Federação Sul-americana das ACM como secretários diretores de educação física da ACM, voltam ao Brasil e trazem o futebol indor que logo foi chamado de futebol de salão. Por ser um esporte novo e difícil de ser jogado, João Lotufo e Asdrubal Monteiro modificaram as regras introduzindo elementos do futebol, hockey de grama, basquete e waterpolo. Após muitos estudos e observação às regras do futsal. Criou-se em 1957 o Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão com o intuito de uniformizar as regras deixando-o mais uniformizado e dinâmico. O esporte rapidamente caiu no gosto popular, pois possuía um reduzido número de jogadores e quanto ao espaço a ser praticado que era muito mais 15 reduzido que um campo de futebol, chegando a outras localidades, promovendo torneios e conquistando pessoas em todo país. Então começam a surgir as primeiras federações. A primeira foi a federação metropolitana de futebol de salão que ficava no Rio de Janeiro no ano de 1954 tendo como presidente Amy de Moraes, depois surge a federação mineira de futebol de salão, posteriormente a federação paulista e as Federações Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana, em 1956 e nas décadas que se passaram outras federações surgiram. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS TÁTICOS DO FUTEBOL A evolução do futebol como conhecemos hoje se dá na Inglaterra, obviamente que a evolução do sistema tático também foi em terras Britânicas. Em 1860 é que a regra que previa 11 jogadores por equipe foi criada. Tendo que cumprir objetivos pré-determinados para lograr êxito na vitória, agora com 11 jogadores e em um campo com as dimensões de jogo tão grande, obrigou os times a ter certo tipo de organização tática dentro de campo. Com a regulamentação do futebol em 29 de outubro de 1863, o futebol passou a ter a sua primeira formação tática composta por um zagueiro e um médios, esses com funções defensivas, e o ataque era feito por 8 jogadores, por tanto, o esquema tático era o 1X1X8. O futebol se parecia muito pouco com o que vimos hoje com técnicos estrategistas tentando ocupar o espaço adversário, no início era baseado no individualismo e no drible, sendo muito violento e muito parecido com o rugby. O futebol nos seus primórdios visava exclusivamente o ataque. Até se entendia pois o objetivo era vencer e quem fazia mais gols obviamente vencia, apesar de ser um jogo de equipe o futebol era bem individualista, mas em 1870 o esquema passa por modificações, as equipes, agora, são compostas por 1 goleiro, 1 zagueiro, dois jogadores de meio campo e sete atacantes; o 1X1X2X7. 16 À partir de 1871 o futebol passa por uma nova mudança de estratégia, os escoceses começam a se preocupar mais com o trabalho em equipe e passam a dar mais valor a um outro fundamento , o passe. Pois entendiam ser a melhor maneira para se chegar ao gol adversário e o novo sistema de jogo adotado pela seleção escocesa consistiaem 1 goleiro, 2 zagueiros, 2 médios postos a frente da zaga para inibir os atacantes adversários e mais 6 jogadores formando o ataque tendo como figura tática o 1X2X2X6. A partir de então os técnicos perceberam que para obterem a vitória não somente tinham que fazer gols e sim não levar também, passando a encontrar um maior equilíbrio entre defesa e ataque e foi a partir de 1883 que surgiu o chamado esquema piramidal, nesse formato as equipes eram formadas por 1 goleiro, 2 zagueiros, 3 médios, e 5 atacantes e sua formação fica no 1X2X3X5. Como o passar do tempo o futebol ganha mais adeptos e estudiosos e foi o técnico do Arsenal da Inglaterra, que em 1925, criou o sistema WM que fez muito sucesso na época e perdurou por mais de 30 anos, seu criador foi Hebert Chapman que criou a figura do terceiro zagueiro e a função de meio campo ficou para os médios extremos e para as atacantes centrais. O esquema tinha esse nome por possuir um desenho tático das letras W e M, e se dispunha dentro de campo da seguinte forma: 1 goleiro, 3 zagueiros, 2 médios recuados, dois médios avançados e três atacantes, sendo o 1X3X2X2X3. 17 Esquema tático 1X1X1X8 Esquema tático 1X1X2X7 Esquema tático 1X2X2X6 Esquema tático piramidal ou 1X2X3X5 18 Esquema tático WM O sistema desembarca no Brasil em 1937 pelas mãos de Dori Kuerschner, que era técnico do Flamengo, na época os jogadores não conseguiam assimilar o esquema, pois teriam que jogar mais recuado como terceiro zagueiro e eles não sabiam realizar essa função. Os europeus resolveram esse problema colocando um zagueiro de ofício para atuar. Em 1941, Flamengo e Fluminense fizeram uma excursão à Argentina e não lograram êxito em seus jogos, levando um baile das outras equipes dentro de campo. Flávio Costa (técnico do Flamengo) e Ondino Vieira (técnico do Fluminense), vendo o fracasso que foram os jogos, resolvem implantar o sistema WM mas com uma pequena diferença recuam um meio campo para ocupar a frente dos zagueiros, surgindo o que se chamaria de defesa cerrada e futuramente de diagonal. 19 Outros sistemas vão surgindo, na copa do mundo de 1954 a Hungria implantou um sistema com quatro defensores, dois jogadores servindo a defesa e o ataque e 4 atacantes. O 1X4X2X4. O Brasil sagra-se campeão no Chile utilizando um novo sistema tático, recua-se um atacante para ajudar no bloqueio do meio campo formando assim o 1X4X3X3. Esse sistema é bastante utilizado pelas equipes sul-americanas nas copas do mundo de 1966 e 1970. Um novo sistema só iria surgir a partir da Copa de 1974 com a seleção da Holanda. Nessa nova fase os jogadores veem a necessidade de se fazer mais de um papel, agora eles teriam que atacar e também defender. A seleção holandesa não modifica somente um sistema tático, ela inaugura uma nova forma de jogar, baseada na preparação física e na polivalência de seus jogadores. A Holanda passa a focar na preparação física fazendo com que seus jogadores sejam mais versáteis e sem posições fixas, como os jogadores não tinham posições fixas, eles faziam um rodizio em campo, ou seja, todos atacavam e defendiam. Essa seleção recebeu o nome de carrossel holandês. Com o passar do tempo outros sistemas vão surgindo e outro que ficou muito famoso foi 1X4X2X4, com esse sistema a preocupação das equipes era neutralizar o ataque das outras, ou seja, destruir as jogadas dos adversários. Anulando as jogadas dos adversários, os técnicos perceberam que poderiam ocupar mais espaços no campo adversário através do contra ataque. Nesse tipo de sistema, quatros homens de meio campo procuram anular a saída de bola da equipe adversária. Esse sistema foi bastante visto nas copa do mundo de 1966 principalmente com a seleção campeã da Inglaterra. No Brasil esse sistema aparece com a equipe do Cruzeiro no ano de 1969 com o treinador Hilton Chaves, mas era um sistema de difícil constatação pois o Cruzeiro possuía um craque que se movimentava muito em campo, Tostão. 20 Esse sistema sofre muita variação durante a partida, ora pode se tornar um 1X4X5X1 ou um 1X4X6X0 pela necessidade, em momentos do jogo, de dois atacantes voltarem para buscar no meio de campo. O sistema em questão por ter como característica a neutralização das jogadas da equipe adversária, congestionando o meio campo, exige que seus atacantes voltem sempre para marcar, auxiliando a defesa. Outro sistema que surgiu no decorrer do tempo foi o 1X3X5X2, que foi apresentado ao mundo do futebol em 1984 na Eurocopa e bastante utilizado no mundial do México em 1986, trazendo resultados satisfatórios contra equipes tradicionais em mundiais. O sistema é formado por 1 goleiro, 3 zagueiros, um deles exerce a função de líbero, 5 jogadores de meio campo, sendo que dois tem a função de ala e 2 atacantes. Nesse esquema os alas tem um papel muito importante pois estes deverão saber tanto atacar quanto defender e auxiliar o meios campistas e o papel do líbero é fazer a cobertura dos dois zagueiros, os jogadores de meio campo deverão ter sempre a ajuda dos atacantes Aprendizado motor no futebol Uma das fases mais importantes para o aprendizado motor é a infância, fazendo uma analogia podemos comparar uma criança, quanto ao aspecto motor, a um papel em branco em que ao longo de sua infância e dependo da interação entre ela, ambiente e indivíduos propiciará a essa uma aprendizagem que as façam ter uma base para movimentos mais elaborados e específicos dentro do futebol. Segundo a revista brasileira de futsal e futebol (Isayama e Gallardo, 1998) a fase mais importante do desenvolvimento se encontra na infância, a qual encontrou, em outras fases, a fase das habilidades motoras funcionais. Essa fase pedagogicamente pode ser dividida em estágios, a criança através de experiências adquire maturação que lhe propiciaram aprendizado. 21 Sendo assim passaram de um estágio a outro de forma sequenciada, aquilo vivenciado em um estágio anterior servirá de base para o aprendizado posterior. Segundo a revista brasileira de futsal e futebol (Para Gallahue e Ozmun (2003)), a fase pode ser dividida em estágios, logo, a criança cognitiva e fisicamente normal progride de um estágio a outro, de maneira seqüencial, sendo influenciada tanto pela maturação quanto pela experiência. É importante salientarmos que a maturação não esgota o aprendizado para a criança atingir um estágio motor significativo a interação que ela terá com outros indivíduos, o estimula propiciado pelos professores e a interação com o ambiente fará com que essa criança adquira um repertório motor capaz de lhes darem sustentação a futuros aprendizados. Formas de expressão corporal como estabilização, locomoção e manipulação compõem o universo das habilidades motoras genéricas que perduram pelos estágios infantis como inicial, elementar e maduras. O estágio inicial apresenta movimentos mais grosseiros que são determinados de forma mais madura e tem como características uma previsibilidade na sequência de movimentos esses movimentos desenvolvem-se em condições normais, a criança nessa fase aprende a controlar a cabeça, pescoço e músculos do tronco, assim com tarefas manipulativas de alcançar, agarrar e soltar. No estágio elementar a criança tem melhor coordenação cadenciada de movimentos é fundamental nessa fase o aprimoramento do espaço e tempo. Nessa fase os movimentos são muitos restritos outrora mais exagerados, contudo, um pouco mais elaborados. O estágio maduro caracteriza-se por movimentos mais refinados coordenados e controlados. A aquisição de habilidades motoras fundamentais pressupõe que a criança atingiu o estágio maduro, mas como não estamos lhe dando com algo exato, isso pode variar de uma criança para outra. 22 Contudo temos que evidenciar o valor que elementos ambientais, uma incontável experiência motora e variedade de movimentos têm na participação de promover um vasto repertório no glossário motor para o indivíduo, contribuindo deforma significativa em movimentos mais elaborados e refinados. Por isso é de suma importância a preocupação em desenvolvermos no indivíduo, enquanto jovem, uma base sólida motora, pois isso contribuirá significativamente em aprendizagens futuras dos gestos esportivos. Mas devido ao avanço tecnológico as crianças pouco tem adquirido uma base na sua aprendizagem motora, elas por sua vez estão “enclausuradas” em suas casas ou apartamentos, com o acesso mais fácil ao vídeo game e jogos eletrônicos as crianças deixaram mais de brincar na rua é isso contribuiu e contribui para elas não apresentarem um reportório motor diversificado. Segundo Barbanti (2005), com a mudança do nosso estilo de vida e com o desaparecimento e a diminuição do espaço disponível, as crianças reduziram de forma significante a quantidade de movimentos executados, impossibilitando o desenvolvimento normal das habilidades motoras fundamentais. Portanto, a falta de movimento é preocupante não só para um bom desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais, como também será prejudicial para a saúde das crianças. Por isso é importantíssimo que o encadeamento de iniciação esportiva contemple um ambiente que facilite a aprendizagem e o desenvolvimentos das habilidades motoras básicas, sempre tendo a preocupação com o aprendizado em cada fase da infância. Habilidades Motoras Básicas Habilidades manipulativas Habilidades locomotoras Habilidades de estabilização arremessar andar flexionar quicar correr equilibrar-se chutar saltar estender lançar saltitar girar rebater escorregar posições invertidas cabecear escalar agarrar Rolar-se rolar a bola desviar 23 Habilidades motoras No vasto mundo da cultura do movimento humano, as habilidades são diversas e compreender a sua utilização é fator primordial para o sucesso no desenvolvimento motor do indivíduo, visando atingir um objetivo esportivo/educacional as habilidades motoras se tornam a base para a iniciação no futebol, essas requerem movimentos coordenados e harmonizados e possuem certas características imprescindíveis. Movimento: o movimento é uma característica do comportamento humano, o ato de utilizar os membros (superiores e inferiores) para expressar uma cultura corporal significa que você está em consonância com sua cultura e sua sociedade e não seria diferente no esporte tendo em vista que esses requerem especificidades que o compõem. Ações: são respostas tomadas pelo cérebro a determinados estímulos que se traduzem em ações mecânicas do corpo humano, portanto, uma variedade de movimentos se traduzem em um conjunto de movimentos para se atingir determinado objetivo. Desenvolvimento motor: é o processo de crescimento, evolução e mudança na coordenação motora do indivíduo visando atingir movimentos inerentes a sua cultura. Habilidades motoras no futebol e futsal O futebol e o futsal são esportes que requerem uma particularidades de movimentos que se traduzem em suas características, ao olhar seus movimentos percebemos que saber esportivo está sendo desenvolvido ao harmonizar suas ações. O jogador de futebol ou futsal exerce certas habilidades motoras que são dispostas e conjugadas para um determinado objetivo que é controlar a bola, essas cinesias na medida certa faz com que esses esportes 24 desenvolvem-se na necessidade de estabelecer uma relação com o indivíduo que está praticado e também com quem assisti a prática ora comentada. Sendo assim, as habilidades motoras adquiridas na infância, ou seja, as competências “naturalmente aprendidas” servem para a prática em questão como: correr, saltar, pular, e rolar. Nosso sistema muscular tem duas características que lhe são próprias: contração e relaxamento. É esse jogo de contrair e relaxar que vai compor um grupo de habilidades concretas na prática do futebol/futsal, sejam necessidades originadas por estímulos internos ou originadas por estímulos externos. Essas aptidões se transladam em várias formas, como por exemplo, na capacidade do indivíduo manter um trabalho constante durante um determinado tempo sem perder a eficiência desse movimento ou a capacidade de permitir o corpo deslocar-se dentro de um espaço delimitado, como também permitir ao corpo deslocar-se de um determinado ponto a outro com mudanças repentinas de direção evitando obstáculos ou objetos que atrapalhem o seu deslocamento. Será que seria impróprio chamar habilidades somente os atos motores? O futebol/futsal antes de tudo é um jogo pensado e estudado e desenvolver as habilidades motoras requer do professor/treinador o desenvolvimento das capacidades intelectuais. Raciocinar enquanto movimenta-se requer um desenvolvimento motor muito preciso pensar é uma ação que pode levar ao esgotamento físico e mental. Correr enquanto conduz uma bola e pensar aonde quer levá-la exige do corpo a capacidade de raciocinar enquanto movimenta-se. Coordenação Motora Um termo que não é usado corretamente ou por não compreendermos ou por banalizarmos. Se nos perguntam o que certa atividade desenvolve em uma criança, logo dizemos que “desenvolve a coordenação motora”, portanto, a coordenação motora virou explicação para tudo. Ao pensarmos em coordenação motora pensamos em movimentos harmonizados e integrados em 25 prol de um objetivo, ao analisarmos isso nós analisamos o movimento em um organismo que interage com a sociedade, com outro indivíduo e com o ambiente, portanto, é algo muito complexo que não pode servir como uma simples resposta. Ao refletir sobre isso, refletimos sobre um indivíduo político que está inserido dentro de uma determinada sociedade, ou seja, a coordenação motora é algo que está relacionado intrinsecamente entre o indivíduo ser biológico e o ambiente em que vive. Como exemplo podemos refletir como o basquete é tão bem aceito nos Estados Unidos e como o futebol é admirado e idolatrado por tantos aqui no Brasil. Como exemplo concreto, se nos é posto a partir do indivíduo e o ambiente em que vive o ato de correr e manipular um objeto com os pés, logo desenvolvemos essa habilidade, portanto, pensar em coordenação motora é pensar em um indivíduo inserido dentro de uma sociedade a partir de sua cultura. Experiências adquiridas É fundamental para o desenvolvimento motor do indivíduo as experiências por ele vividas em sua vida, a organização motora e intelectual dele depende de sua historicidade. Uma história repleta de experiências certamente levará esse organismo a ter facilidade no desenvolvimento de certas habilidades inerentes ao futebol/futsal. Por outro lado uma história pobre em experiências levará o indivíduo ao insucesso no esporte praticado e com certeza o comprometimento dessa estrutura não só no ambiente futebol/futsal mais também enquanto ser social. Um exemplo dessas experiências é o brincar, o jogar, essas levam o indivíduo a desenvolver certas habilidades que serão usadas no futebol/futsal como correr, saltar, pular e caminhar. A diversidade de situações proposta ao indivíduo levará ao desenvolvimento de sua motricidade, essas situações dependem de um meio mais solicitador ou menos solicitador em que essa criança vive. Mas para que esse desenvolvimento seja bem sucedido é necessária uma diversidade de movimentos que contemplem todo o saber psicomotor da criança é preciso que se forme uma base para depois especializar esses movimentos. Logo 26 precisamos nos atentar às especializações para não incorrermos nas especializações precoces. O indivíduo aprende certos movimentos em certas etapas da vida. Aprender a andar requer certas habilidades que são inerentes de determinadas idades, correr depende da maturação deste indivíduo biológico e social e se pular etapas fará com que esse organismo tenha insucesso no seu aprendizado. A falta de compreensão por parte do professor das etapas de aprendizagem é prejudicial ao aprendizado da criança gerando um nítido conflito entre professor e aluno, por falta de estudo ou por não ter experiênciao professor não sabe como funciona o universo das crianças elas com frequência recorrem ao imaginário, as fantasias e isso são de suma importância no processo ensino aprendizagem. O indivíduo enquanto criança tem que passar pelas mais ricas experiências, a formação desses indivíduos dependerá de uma farta variedade experiências corporais. Considerando que a criança é mais corporal que verbal, portanto a criança aprende através do movimento, da fantasia, ou seja, da brincadeira. Evitando especialização precoce É preciso antes de tudo haver uma reflexão a respeito do aprendizado no futebol. O que se torna necessário realmente no aprendizado de uma criança? Será que se torna importante a experiência do futebol enquanto rendimento para esses? Até os seis, sete anos as experiências vividas pelos alunos no futebol devem contemplar brincadeira, jogos e fantasias, pois sabemos que seu aprendizado se dá de forma mais corporal do que verbal e sem dá a entender para a criança o aprendizado sistemático do futebol/futsal. Não há mal algum, nesse período, a criança desenvolver habilidades manuais e habilidades podais. 27 A criança aprende a construir suas habilidades motoras logo ao nascer o ambiente, agora novo, lhe propicia estímulos que lhe farão adquirir certos movimentos inerentes a sua idade, como também a interação com outros indivíduos. Com o passar dos anos a criança aprende a combinar suas habilidades formando assim um aparato motor que lhe servirá como base para aprendizados mais específicos e próprios da sua idade e do esporte praticado e nada melhor que a brincadeira e a fantasia para fazer essa criança obter uma solidez de movimentos, a brincadeira ajuda a criança enriquecer sua motricidade. Por volta dos seis, sete anos a criança tem atingido uma maturidade motora, isso se ela durante a sua vida tenha vivido muitas experiências, estrutura como as morais, as cognitivas, afetivas e sociais estão um mínimo amadurecido, nesse estágio a interação com outras crianças começam a fazer sentido, então, se torna momento propício de frequentar uma escolinha de futebol, ou seja, como o esporte é uma prática política nada melhor que aproveitar esse momento de relação de troca para ingressar-lhe no mundo futebolístico, mas sem esquecer que estamos lhe dando com crianças e não deixar de lado o mundo da fantasia que permeiam essas crianças. Habilidades motoras genéricas Como o próprio nome já diz é aquilo que é comum, geral e universal, ou seja, são habilidades aprendidas na primeira infância como as locomotoras: correr e saltar e também as manipulativas: bater, rebater e agarrar como também as estabilizadoras: equilibrar e rolar. A criança ao longo de sua primeira infância deverá ter vivenciado isso de maneira satisfatória, portanto, estes três grandes grupos deverão está massificados nessas crianças para propiciar-lhe algo mais específico. Percepção tempo e espaço Tempo é aquilo que é medido em hora, dias ou semanas e o espaço é algo delimitado por uma área, um local ou um lugar, os dois são primordiais 28 para o desenvolvimento das habilidades que darão sustentação a virtuosismos mais específicos e a aprendizagem motora requer uma noção de espaço/tempo pois sem eles seria impossível desenvolver uma base motora sólida. A combinação dessas habilidades vai gerar inúmeras outras que darão sustentação às próximas que serão aprendidas. Uma criança que traz uma bagagem motora farta, com certeza terá mais facilidade em desenvolver habilidades motoras mais específicas, ao contrário de uma criança que não vivenciou de maneira contemplativa aquilo que deveria ter sido proposto a ele, terá, com certeza dificuldades em especializar seu gesto motor, tendo muitas vezes que voltar a base para desenvolver certas habilidades que ainda não vivenciou. As escolinhas de futebol são uma ficção que ocorre com a expansão das cidades onde espaços que eram destinados a brincadeiras das crianças hoje são ocupados por prédios, isso fará com que crianças cheguem cada vez mais sem uma base motora aos centros de desenvolvimento esportivos, por isso, as escolas devem preocupar-se com a necessidade de desenvolver habilidades motoras inespecíficas para que as crianças tenham um ponto de partida nas escolinhas de futebol. Habilidade motora específica do futebol As habilidades outrora aprendidas, agora, nessa fase serão combinadas ou unidas para atender certos objetivos do futebol, é o que chamamos de especialização do gesto motor. Como exemplos têm o passe, o passe não difere muitos de gestos motores genéricos no futebol esse adquire contornos particulares que só cabem ao esporte assimilado. Equilíbrio É uma capacidade imprescindível, pois ele é exigido nas mais diversas situações de jogo. Claro que outras capacidades são envolvidas, mas sem 29 dúvida ela tem a ver com a própria noção de corpo que o jogador passa a ter. Como mencionado anteriormente ele aparece em todos os fundamentos do futebol: desarme, drible, lançamento, cruzamento, finalização, passe, controle de bola, condução e cabeceio e defesa do goleiro. Motricidade fina É responsável pelo toque de sutileza na aplicação das jogadas, é também responsável pela execução de precisão que exige a jogada, é muito importante nos fundamentos como cabeceio, desarme, defesa do goleiro. Essa modalidade motora é exercida pelas extremidades do corpo. É uma habilidade que requer muita precisão para ser executada como, por exemplo, no levantamento no voleibol ou nos gestos cirúrgicos de um cirurgião. Velocidade de reação As pessoas costumam chamar de reflexo o movimento rápido que o goleiro faz para defender a bola. Na verdade, o que o goleiro faz é ter uma reação rápida para interceptar a bola que está indo na direção do gol. Essa mesma qualidade os atacantes tem quando driblam e os defensores quando desarmam uma jogada. Força de chute Todo chute precisa de uma boa técnica, mas um chute não sobrevive somente disso, para que ele seja eficiente, principalmente nas finalizações, o chute tem que ser forte. Quanto maior a força do chute, aliada, é claro, com a motricidade fina, maior será sua eficiência. É uma capacidade solicitada especialmente na finalização, no lançamento e no cruzamento. 30 Velocidade de deslocamento Uma bola de velocidade quando bem aplicada facilita um drible, uma defesa do goleiro, um desarme ou uma condução de bola. No futebol e futsal, não basta ser veloz é preciso ter também velocidade de deslocamento curto ou longo, ou seja, os aluno/atletas precisam percorrer trechos, com deslocamento, com bastante velocidade e consciência corporal. A velocidade nesse caso tem que ser trabalhada com mudança de direção. Agilidade A agilidade no futebol e futsal consiste basicamente no deslocamento de um ponto a outro tendo que desviar-se de alguns obstáculos sem que a jogada que está sendo feita seja anulada. Com a bola em seu domínio, o jogador tem que se deslocar passando pelos adversário sem que a bola seja tomada, mudando rapidamente de direção tentando ludibriar o adversário. É muito utilizado no desarme, na condução, no drible e nas ações do goleiro. 31 METODOLOGIA DE ENSINO FUTEBOL/FUTSAL 2 Conhecimentos Aprender sobre a metodologia de ensino que compõe a aprendizagem do futebol e futsal Habilidades Identificar a metodologia e ensino para aplicá-los dentro do ambiente de aprendizagem. Atitudes Facilitar ao aluno um processo ensino aprendizagem que lhe permita ter uma visão crítica a respeito do futebol/futsal 32 METODOLOGIA DE ENSINO FUTEBOL/FUTSAL As crianças muitas das vezes aprendem a jogar através de brincadeiras: bobinho, rebatida, controle e pelada. Apresentados por diferentes nomes nas mais diversas regiões. Com o bobinho o aluno aprende a passar e desarmar, com o controle ele exercita o domínio de bola, na rebatida ele aprende a chutar, driblar e defender, e a pelada junta todos os fundamentos. Por permitir muita diversidade, ou seja,permite que o jogador utilize muito da sua criatividade, a pelada faz com que o jogador desenvolva muito sua inteligência para o jogo. É muito comum vermos a brincadeira pelo Brasil principalmente nos finais de tarde, nas praias e nos campos de várzeas. O bobinho acontece em todo lugar do Brasil, é uma das brincadeiras que ensina melhor a passar. Um time que não tem um bom passe está fadado ao fracasso. O passe é que caracteriza o jogo como coletivo. O brasileiro por ter característica de driblador não gosta muito de passar, mas é preciso fazê-lo e com refinamento. A brincadeira pode ter muitas variações, pode ser desenvolvida em rodas pequenas, o que requer do aluno bastante precisão no passe. Já a rebatida ou repetida consiste em formar duas equipes de dois jogadores, uma da dupla realiza os chutes a gol e a outra defende. Se a bola entra no gol é gol e ponto para o adversário, mas se a bola é rebatida ou defendida os quatro irão disputar a bola para ver quem ficaria de posse dela para fazer o gol. Valia driblar ou passar a bola para o colega. Muitos bons jogadores saíram dessa brincadeira. O controle é uma das melhores brincadeiras, forma-se um círculo e a bola tinha que ser passada de um jogador para o outro sem que a bola caísse no chão. Para ter bom êxito nessa brincadeira era preciso ser bom na embaixada. Nesse jogo treina-se o domínio de bola e a precisão do chute. 33 Mas nem todo aprendizado é na base da brincadeira, ensinar é uma tarefa séria e difícil. Ensinar exige muito estudo, organização, experiência, técnica, arte, opções por determinados caminhos, ou seja, exige um método. Parte inicial da aula Toda aula deve evoluir por partes, ela tem seu início, meio e fim e essa vai dá ensejo ao próximo encontro. A sugestão é que na parte inicial o professor reúna os alunos em círculo, sente com eles e conversem sobre o que está por vir. Sugiro que o professor, em seu plano de aula, inclua atividades que sejam de conhecimento dos alunos. Nessa conversa os participantes serão instigados a falar sobre as atividades propostas. Outros poderão sugerir outras atividades, falar de suas experiências vividas em aulas anteriores assim como descrever as atividades que farão. Essa conversa inicial tem como objetivo fazer com que os alunos desenvolvam maior nível de consciência sobre suas próprias práticas. Segunda parte da aula A ideia nessa parte é fazer com que os alunos através de jogos e brincadeiras reproduzam os temas que foram adotados na terceira e quarta partes da aula anterior. Supondo que o tema foi passe e finalização. O professor aproveitará essa parte para fazer considerações sobre os erros cometidos na aula anterior, falará sobre os gestos técnicos e irá adaptar o jogo sugerido para os alunos realizarem mais passes e finalizações. Terceira parte Nessa parte serão realizados exercícios lúdicos para o desenvolvimento dos gestos técnicos do futebol/futsal, os exercícios estarão de acordo com a aula do dia que pode ser passe e cabeceio. Dependendo da brincadeira, os alunos trabalharão individualmente, em dupla ou em trios. Duas maneiras de 34 correção irão existir, uma é com o professor e outra é com os próprios alunos que se corrigirão. A sugestão é colocar alunos menos habilidosos com os mais habilidosos. Quarta parte De acordo com o tema do dia será realizado um jogo ou uma brincadeira, por exemplo, os temas escolhidos foram passe e cabeceio, portanto os jogos deverão fazer com que os alunos passem e cabeceie. Os jogos deverão ter a necessidade de passar e cabecear. Durante a aula o professor paralisará o jogo para corrigir os seus alunos. Quinta parte Assim como na primeira parte, os alunos se reuniram em uma roda e terão uma conversa de professor para aluno e vice e versa. Nessa parte os alunos deverão relatar as suas experiências vividas durante a aula. A primeira e a quinta parte da aula não deverão tomar muito tempo, cinco minutos já está de bom tamanho. Plano geral de uma aula de futebol Partes da aula Tipo de atividade Conteúdo Desenvolvimento 1ª parte Roda de conversa Sobre a aula que vai acontecer De três a cinco minutos 2ª parte Prática Jogo adaptado ou brincadeira Temas do dia anterior 3ª parte Prática Exercícios lúdicos Temas do dia atual 4ª parte Prática Jogo adaptado ou brincadeira Temas do dia atual 5ª parte Roda de conversa Sobre a aula De três a cinco min 35 FUNDAMENTOS DO FUTEBOL E FUTSAL Habilidade específica do Futebol e Futsal Nós desenvolvemos habilidades básicas para exercermos quaisquer situações no nosso dia a dia, no futebol e futsal elas combinam-se de modo particular a atender certos objetivos, quando combinadas ganham nomes que designam gestos esportivos dos dois esportes , é bastante evidente as semelhanças das habilidades específicas do futebol e futsal com outros esportes. Temos como exemplo o passe, no futebol ele adquire certas particularidades, mas que não difere em nada no passe utilizado em outros esportes. Dependendo do contexto, as habilidades inespecíficas resultam na habilidade esportiva chamada passe, claro que em cada esporte o passe assume a particularidade que lhe é próprio. Finalização Pode se tratar da habilidade mais decisiva nesses esportes. Essa habilidade será considerada bem sucedida desde que seja feita com a cabeça, ou com um chute, de peito ou barriga, portanto que o gol seja marcado de maneira regular. Independentemente de qualquer coisa o maior objetivo desses esportes é marcar o gol, diante disso as outras habilidades se tornam meio para conseguir tal objetivo, mas é importante frisar que para a finalização ser bem sucedida as outras precisam ser bem treinadas, se não, as chances da finalização tornam-se muito poucas. As habilidades defensivas são desenvolvidas com o intuito de anular a finalização pelo ataque e nesse principal papel encontramos o goleiro. A finalização pode ser anulada pela defesa do goleiro, ou interceptação de um defensor ou pelo erro de um atacante. Muitas são as habilidades inespecíficas que compõem o ato da habilidade de finalizar. É importantíssimo que o professor analise tais habilidades para proceder corretamente ao criar situações que ensinam o aluno 36 a finalizar. É fundamental que o professor saiba das habilidades e capacidades que o gesto esportivo exige facilitando assim o ensino e aprendizagem do aluno. Capacidade motora exigida no fundamento finalização: equilíbrio, força de chute, velocidade de chute. Principais habilidades motoras presentes no fundamento finalização: correr, apoiar-se, chutar. Sugestões de atividades para ensinar a Finalizar Exercício 1 Gol a gol – um aluno chuta a bola, de sua meta, tentando fazer gols na meta do adversário. A distância entre as metas varia de acordo com a idade de habilidade dos alunos. Exercício 2 Controle - vários jogadores se posicionam em frente a uma meta defendida por um goleiro. Tentam fazer gols mas, antes de finalizar, a bola tem que ser tocada por três ou mais jogadores, sem que caia no chão. Exercício 3 Rebatida – utilizando traves ou metas improvisadas, os jogadores, em duplas, tentam fazer gols finalizando contra a meta da dupla adversária. Procuram chutar forte para que a bola entre na meta ou seja rebatida. 37 Exercício 4 Finalizações por cruzamento – um aluno de cada vez coloca-se sobre a linha de fundo a uma certa distância da meta. Desse ponto ele cruza a bola na direção da meta para que seus colegas consigam finalizar na direção do gol. Exercício 5 Pivô – o aluno que vai finalizar, antes passa a bola para um companheiro colocado de costas para a meta e a uma certa distância, controla a bola e devolve a quem lhe fez o passe, este, por sua vez, vem correndo e chuta à meta procurando fazer o gol. Exercício 6 Bola dentro das metas – dois alunos, um em cada meta, chutam bolas na meta um do outro. Cada um deles chuta as bolas que puder e recolhe, no fundo da meta, as que entraram. Ao final de um tempo marcadopelo professor, contam-se as bolas dentro da meta de cada um deles. Exercício 7 Colocam-se pinos e cones a certa distância, em uma área demarcada. Os jogadores lançam as bolas com os pés e contam os pinos que puderem derrubar Passe No futebol atual o passe é fundamental. Com uma marcação mais rígida e uma condição física muito boa, sobra pouco espaço para a prática do futsal e futebol. Por isso eles têm que ser jogado de uma forma mais rápida procurando 38 dar poucas oportunidades para os adversários tomarem a bola e para tanto o passe se tornou imprescindível, o jogador em execução do passe sabe que tem pouco tempo para fazê-lo. Frequentemente o jogador de posse da bola tem que decidir entre passar a bola ou fintar o adversário e quase sempre a atitude mais eficaz é passar a bola. O passe, nas suas mais variadas modalidades (assistência, lançamento, cruzamento, passe comum), seja em qualquer esporte coletivo é o que define os esportes em questão como coletivos. O passe é o que garante a relação coletiva entre os jogadores. Aprender a passar é aprender a socializar as habilidades individuais. Portanto, passes rápidos e precisos são imprescindíveis para a prática de um bom futebol/futsal. Sugestões de atividades para ensinar a passar Exercício 01 O jogador A passa para o B e vai ocupar a sua posição B. O jogador B recebe a bola e orienta-a para um dos cones de forma a fugir à pressão do jogador A, passando depois para o primeiro jogador da fila. Após este passe vai para o final da fila. Nº de jogadores = 04 Exercício 02 Em simultâneo: O jogador A passa a bola para C e o jogador B passa para D. C e D devolvem a bola a A e B respectivamente. Após a devolução da bola C e D trocam de posição entre si. Assim sucessivamente durante um determinado tempo. Após esse tempo C e D trocam com A e B. 39 Nº de jogadores = 04 Exercício 03 O jogador A passa para o B. O jogador B após o passe de A faz tabela com A e passa para a desmarcação de C. O jogador C domina a bola e conduz até final da fila. Nº de jogadores = 05 Exercício 04 O jogador A passa para o B. O jogador B após o passe de A faz tabela com A e passa para C. O jogador C ao receber de B faz tabela com ele e conduz até final da fila para entregar ao jogador que está no cone. Nº de jogadores = 04 a 07 Exercício 05 O jogador A tabela com B e passa para C. O jogador A ocupa o lugar de B e B o de A. O jogador C ao receber de A, tabela com D e passa para A, trocando de lugar com D. Nº de jogadores = 06 a 08 Exercício 06 Passe frontal B, devolução para A, passe na diagonal para C. Sempre esta sequência à volta do quadrado. Os jogadores nunca saem das suas posições. Nº de jogadores = 04 40 Exercício 07 Passe frontal B, devolução para A, passe na diagonal para C. Sempre esta sequência à volta do quadrado. Os jogadores avançam sempre uma posição. Nº de jogadores = 05 Controle de bola Para que o jogador tenha um bom passe e uma boa finalização é necessário que ele tenha um bom controle de bola, esse controle de bola é proveniente de um bom passe, de um lançamento ou de uma sobra de bola em um desarme. O tempo é mínimo para o controle da bola, driblar o adversário e realizar o passe. Controlar a bola é a habilidade de reter a bola em condições de realizar uma jogada em um tempo mínimo. Existem várias partes do corpo em que o jogador pode controlar a loba como: peito, partes diferentes dos pés, cabeça e coxa. É importante salientar que esse controle pode ser feito em condições difíceis como durante uma corrida, durante um salto ou parado. Em qualquer situação em que o jogador se encontre, ele deve ter o domínio da bola o suficiente para que possa controlar a bola e dar sequência à jogada, ao contrário será desarmado com facilidade. O controle é a condição base para a realização de qualquer jogada no futebol. Exercício 1 Corrida do controle – em um trecho demarcado, o professor pede que as crianças, umas ao lado das outras, percorram um percurso fazendo embaixadas com uma bexiga. 41 Exercício 2 Desafios de controle – os alunos formam duplas. O professor pede que, um de cada vez, durante certo tempo, faça o maior número possível de embaixadas em cada tentativa. Exercício 3 Controle de bola com arco - em duplas, um aluno fica com um arco, à sua frente, na altura da cintura, em contato com o corpo, seu companheiro lança a bola, que ele deve amortecer no peito, fazendo-a cair dentro do arco. Exercício 4 Cestobol – pode-se fazer jogar um time contra o outro ou apenas individualmente. Para encestar a bola, o aluno tem que controlá-la sutilmente. Condução Essa habilidade permite que o jogador leve a bola de um ponto a outro com a bola em seu domínio sem ser desarmado, antes de apresentar qualquer outra jogada. É uma habilidade que requer muita precisão, pois a marcação é bastante forte. A marcação não somente marca a bola, mas também o jogador, recorrendo a falta para ter a posse de bola. Para a precisão nesse fundamento é necessário um bom controle de bola e um excelente preparo físico para protegê-la com o corpo. A condução de bola deve ser feita muito rápido para ser eficiente. Ela pode ser feita em linha reta ou com deslocamento, sendo assim, a bola deve permanecer o mais próximo possível do corpo. A condução é uma preparação para outra jogada que pode ser um drible, passe, cruzamento. Exercícios que desenvolvem a habilidade de conduzir a bola são utilizados para desenvolver habilidades de controlar a bola. 42 1ª exercício - Os alunos cada qual com a sua bola num espaço limitado pelo professor, tendo o controle da bola e conduzir a mesma evitando os choques com os outros alunos. 2ª exercício - Conduzir a bola em linha reta, tocando – a cada passo e fazendo - a parar, ao sinal, com a sola do pé, para logo seguir e continuar a condução da bola. Sendo que quando o professor der o sinal para parar, o aluno troca o pé. Se o aluno começou com a direita no sinal ele começa com a esquerda. 3ª exercício - Conduzir a bola com o pé direto por uma linha em forma de oito, contornando os cones, em círculos notavelmente diferentes. Repete o exercício com o pé esquerdo. 4º exercício. 4ª exercício - O aluno lança a bola ao ar com as mãos e depois de pingar controla a bola com um pé e deixa quicar novamente e controla com o outro pé. 5ª exercício - O aluno leva a bola por dentro de um “corredor” assinalado com duas linhas, de uma linha à outra, em forma de ziguezague, tocando a bola duas vezes de cada percurso (pé direito, pé esquerdo) A distância entre as linhas aumenta ou pode diminuir. Desarme É um dos principais recursos da defesa. O jogador desarma seu adversário sendo mais perspicaz e mais rápido que ele ou sendo mais forte e sabendo desequilibra-lo. Esse desarme pode ser feito por antecipação antes que o adversário domine a bola. Os desarmes podem ser por baixo, com os pés e também pelo alto com a cabeça, muitas vezes o desarme resulta em falta pois o adversário é atingido em vez da bola. A habilidade de desarme deve superar a do atacante no momento de desarme. 43 Exercício 1 Sombra – os alunos trabalham em duplas. Um deles será o modelo enquanto o outro será a sombra. Cada qual com sua bola. Durante o tempo determinado pelo professor, tudo que o modelo fizer deverá ser feito pela sombra. Exercício 2 Torre – coloca-se um cone ou outro objeto qualquer como referência. Dois alunos ficam defendendo a torre, de costas para ela. Os demais alunos lançam a bola com os pés, tentando derrubar a torre. Os dois alunos defensores só podem defender com os pés. Exercício 3 Saídas com atraso – o professor lança uma bola na direção do gol para dois alunos. Um deles é o atacante, que, ao sinal do professor sai na frente, deve dominar a bola e tentar fazer o gol. O outro aluno é o defensor e sai com certo atraso, após o sinal do professor, tentando desarmar o atacante. Drible Também conhecido como finta. É uma habilidade usada para evitar queo jogador adversário desarme o jogador que esteja em posse de bola. O desarme contrapõe o drible. O drible se torna eficiente quando elimina a marcação do adversário e coloca o seu companheiro ou o próprio jogador em boas condições de finalizar ou de receber o passe. O drible exige velocidade em sua execução tirando a bola do alcance adversário. O jogador habilidoso engana seu adversário pela sua velocidade em tirar a bola do alcance adversário ou de mudar rapidamente de direção e deslocamento. Exercício 01 O Jogador A passa para B e vai defender o mais à frente possível. O Jogador B recebe a bola e tenta ultrapassar o adversário A. 44 Nº de jogadores = 02 Exercício 02 O Jogador que está no meio recebe a do jogador de fora e faz 1 x 1 com ele (oposição passiva), trocando de posição com ele. Assim sucessivamente para ambos os lados. Nº de jogadores = 03 Exercício 03 O Jogador com bola conduz, contorna os cones, utilizando o pé direito e pé esquerdo e entrega ao jogador sem bola que está à sua frente. Este jogador faz a mesma coisa no sentido inverso. Assim sucessivamente. Nº de jogadores = 03 Exercício 05 Em simultâneo saem dois jogadores a conduzir a bola, contornam as estacas a conduzir a bola, aceleram para mudarem de direção e rematar à baliza. Estabelecer uma competição entre os dois grupos para ver quem faz mais gols. Nº de jogadores = 06 a 08 Cabeceio É uma habilidade bastante usada tanto para atacar quanto para defender, utilizada quando se trata de bolas altas. Tem que ter certa habilidade, pois o cabeceio pode definir o êxito da defesa ou do ataque, alguns jogadores são bons finalizadores de cabeça outros desenvolvem essa habilidade em dar 45 passes. O cabeceio pode ser ofensivo quando utilizado em condições de pôr o companheiro em condições de finalizar ou defensivo quando seu intuito é desarmar o ataque do time adversário. Exercício 1 Jogo do passe - formam-se duas equipes que terão que jogar futebol, mas os passes deverão ser dados somente de cabeça. Exercício 2 Bobinho de cabeça – joga-se como na brincadeira comum do bobinho, mas os passes só podem ser feitos de cabeça e a bola só pode ser interceptada de cabeça por quem foi feito de bobinho. Exercício 3 Futevôlei de cabeça – é o futevôlei tradicional, mas os passes deverão ser dados somente de cabeça. 46 REGRAS DO FUTEBOL E FUTSAL 3 Conhecimentos Entender a origem e os aspectos primordiais das regras, principais terminologias e simbologias do futebol e futsal. Habilidades Identificar os símbolos utilizados no futebol, assim como suas regras e características principais. Atitude Desenvolver regras e possíveis adaptações no ambiente escolar, facilitando a aprendizagem do aluno e os valores do futebol e futsal na sociedade. 47 HISTÓRIAS DAS REGRAS No princípio a prática do futebol não é como vemos hoje, para termos uma noção de que toques na bola com a mão era permitido não só pelo goleiro, mas por qualquer jogador até porque a figura do goleiro não existia na época. Outra curiosidade é que não existia o travessão delimitando a altura da trave, hoje em dia temos 17 regras no futebol, no início eram apenas 13. Regras como o impedimento, o árbitro, o tempo de jogo e a penalidade máxima só foram inseridas nos anos seguintes. Mas é importante frisar que por mais que as regras do jogo tenham mudado, a sua essência não mudou. As mudanças mais interessantes e significativas só foram ocorrer no ano de 1891, até essa data, por exemplo, o pênalti não existia, essa regra da penalidade máxima foi idealizada por um irlandês chamado William McCrum, mas só foi aprovada depois de um episódio que aconteceu em um jogo do copa da Inglaterra quando o zagueiro Handry, do Notts County, impediu o gol de empate da equipe Stoke City tirando a bola em cima da linha com a mão. As primeiras regras do futebol eram muito genéricas e consistiam em delimitar o tamanho do campo e as saídas de jogo. Pregos e placas de ferro eram proibidos nas chuteiras. Umas das principais diferenças para o futebol de hoje estão no impedimento e no uso das mãos durante o jogo. O impedimento, naquela época, era dado simplesmente se o jogador, quando atacando, tivesse a frente da linha da bola. O que não propiciava o passe na horizontal ou em progressão. O goleiro não existia e qualquer jogador dentro da partida podia pegar a bola com as mãos, mas as regras escritas e codificadas só surgiram no ano de 1863 escritas por Ebezener Corb Morley, secretário-geral da Federação Inglesa, que escreveu o livro “FA Minute Book”. No ano de 1865 a revista Bells life, publica 14 regras que trazem alterações significativas na história das regras do futebol, uma delas foi a mudança do passe que a partir de então poderia ser dado para frente e o impedimento, se antes estava impedido o jogador que estivesse à frente da 48 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ebezener_Corb_Morley&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/FA_Minute_Book linha da bola, agora estaria em posição irregular o jogador que não tivesse três marcadores entre ele e a linha do gol. As regras formam a seguintes: # Regra 1 O comprimento máximo do campo deverá ser de 200 jardas (180 metros) e a largura máxima deverá ser de 100 jardas (90 metros); o comprimento e a largura deverão ser separados com bandeiras, e o gol deverá ser delimitado por dois postes verticais distantes um do outro 8 jardas (7,32 metros) e não atravessados por nenhuma tira ou barra. 2. A partida deverá iniciar com um chute de bola parada, do centro do campo, pelo time que vencer no sorteio por cara ou coroa; o time adversário não deverá aproximar-se da bola, num raio de 10 jardas (9,15 metros), até que o pontapé inicial seja dado. Após a marcação de um gol, a equipe perdedora terá direito a dar o pontapé inicial. 3. Os dois times deverão trocar de balizas, depois que cada gol for marcado. 4. Um gol será conquistado quando a bola atravessar o espaço entre os postes do gol (a qualquer altura), sem ser arremessada, socada ou carregada com as mãos. 5. Quando a bola estiver fora de campo, o jogador que reiniciar a partida deverá fazê-lo, chutando ou arremessando a bola, desde o ponto da linha lateral em que deixou o terreno de jogo, numa direção tal que forme um ângulo reto com a linha lateral. 6. Um jogador estará impedido quando se colocar à frente da linha da bola. E deverá retornar após a bola, o mais rápido possível. Se a bola for chutada do seu próprio lado, passada por um jogador, ele não deverá tocá-la, nem avançar, até que um jogador do lado adversário a tenha chutado 49 primeiramente, ou um jogador do seu próprio lado posicionado à sua frente ou no seu mesmo nível, tenha condições de chutá-la. 7. Caso a bola vá para trás da linha de fundo, se um jogador ao qual o gol pertence tocar a bola primeiramente, um jogador do seu lado terá direito a dar um tiro livre, da linha de fundo do ponto oposto onde a bola deverá ser tocada. Se um jogador adversário tocar a bola primeiramente, um jogador do seu lado terá direito a dar um tiro livre, de um ponto situado a 15 jardas (aproximadamente 14 metros) fora da linha de fundo, oposto ao local onde a bola é tocada. 8. Se um jogador fizer um fair catch¹, terá direito a um tiro livre, caso o solicite, fazendo um sinal com o calcanhar, imediatamente; e, para dar tal tiro, poderá avançar além de sua marca, até que tenha chutado. 9. Um jogador terá permissão de correr com a bola, em direção ao gol adversário, se fizer um fair catch, ou dominar a bola no primeiro limite do campo; todavia, em caso de fair catch, se ele fizer um sinal, então não deverá correr. 10. Se um jogador correr com a bola, em direção ao gol do adversário, qualquer outro jogador do lado adversário terá permissão de atacá-lo, segurá-lo, passar uma rasteira, dar uma canelada³ ou tirar a bola dele; entretanto, nenhum jogador deverá ser detido e levar canelada ao mesmo tempo. 11. Nem rasteira nemcanelada serão permitidas, e nenhum jogador deverá utilizar as mãos ou os cotovelos para segurar ou empurrar o adversário, exceto nos casos prescritos pela Lei nº 10. 50 12. Qualquer jogador poderá chargear (jogo de corpo) um outro, desde que ambos estejam em active play. Um jogador poderá chargear* mesmo que esteja impedido. 13. Um jogador terá permissão de arremessar a bola ou passá-la para outro, se fizer um fair catch ou dominar a bola no primeiro limite de campo. 14. Nenhum jogador terá direito a usar pregos, placas de ferro ou gutas-perchas, nas solas ou nos saltos de suas chuteiras. Aqui está em ordem cronológica das alterações das principais regras do futebol: Ano Mudança Ref. 1865 As traves das balizas passam a ter uma fita entre elas, para delimitar a altura da baliza. O protótipo do travessão, instituído apenas dez anos depois. 1866 Os passes para frente foram legalizados, desde que três adversários estivessem entre o recebedor e o gol. Aí nasceu a regra do impedimento. Além disso, pegar a bola com as mãos no ar passou a ser proibido, tornando as cabeçadas e matadas no peito comuns. 1868 Apesar de marcarem presença desde 1867, o árbitro e os bandeirinhas só foram oficializados em 1868. Dez anos depois, o árbitro ganhou um apito, utilizado pela primeira vez em um jogo entre Nottingham Forest e Sheffield Norfolk. Em 1891, passou a poder apitar de dentro do campo. 51 https://pt.wikipedia.org/wiki/Baliza_(desporto) 1869 Nasce o tiro de meta. Antes, a bola que saísse pela linha de fundo era do time que a pegasse primeiro, ganhando uma cobrança de falta. 1871 Apenas um jogador passa a poder pegar a bola com as mãos. Nasce o goleiro. 1872 Os goleiros só podem pegar a bola com as mãos no próprio campo. Os escanteios são introduzidos. 1874 Os árbitros passam a existir, um para cada lado do campo. Antes, as discussões sobre as jogadas eram feitas pelos capitães. No mesmo ano, os times passaram a trocar de campo depois do intervalo, o que acontecia a cada gol. 1877 O tempo de jogo é fixado em 90 minutos. 1891 Os pênaltis são introduzidos. Podem ser cobrados de qualquer posição a 12 jardas do gol. A criação se deu depois que um jogador espalmou uma bola no último minuto de um jogo da Copa da Inglaterra. Também naquele ano, um novo árbitro passou a entrar em campo e os dois que já existiam passaram a atuar como assistentes. E os gols ganharam as redes. 1892 Foram criados os acréscimos, depois que um goleiro chutou a bola para fora do campo, a fim de evitar a cobrança do pênalti. Quando a bola foi devolvida, o tempo já tinha acabado. 1895 Os laterais passaram a ser dos oponentes do time que tocou a bola por último. Antes, eram de quem pegasse a bola primeiro. 1902 As áreas foram criadas. 52 1904 A lei da vantagem passa a ser aplicada pelos árbitros. 1907 Um jogador não pode estar impedido em seu próprio campo. 1912 Os goleiros têm suas ações com a mão delimitadas à própria área. Além disso, eles precisam vestir uniformes diferentes aos dos companheiros. 1913 A distância mínima de 10 jardas (9,15 m) para o posicionamento dos adversários nas cobranças de faltas passou a ser prevista nas regras 1924 Os gols de escanteio são permitidos. A Argentina anota o primeiro, contra o Uruguai, o então campeão olímpico. Assim foi batizado o ‘gol olímpico’. 1925 A lei do impedimento passa a ser considerada a partir de dois jogadores entre o receptor do passe e o gol, não mais três. 1937 Surgiu a meia-lua, que serve para delimitar a distância (as famosas 10 jardas, ou 9,15 m) que os jogadores (tirando goleiro e cobrador) devem respeitar na hora do pênalti. 1939 Os números na camisa se tornam obrigatórios. 1958 Uma substituição é permitida, mas só em caso de lesão. Doze anos depois, duas substituições passam a valer, mesmo que por razões táticas. 1970 Os pênaltis passam a decidir jogos empatados. O sistema de cartões é criado, baseado nos semáforos de trânsito. 53 1980 Agressões explícitas, como cuspir no adversário, passaram a ser consideradas conduta violenta. 1987 O árbitro recebeu orientação formal para acrescer a cada período de jogo alguns minutos para compensar paralisações. 1992 Os goleiros são proibidos de agarrar bolas recuadas por seus companheiros com os pés. 1993 É criada a área técnica à beira do campo. 1995 Três substituições são permitidas. 2012 A Tecnologia da Linha de Gol é utilizada pela 1° vez em competições oficiais da FIFA. 2016 A IFAB redesenhou o livro das Regras para tornar sua aparência e seu conteúdo apropriados para o futebol no século XXI. Foram riscadas, por exemplo, um total de aproximadamente 10 mil palavras do regulamento anterior. Muitas vezes se tratava de minúcias. Clique no link: e veja as regras oficiais do futebol http://futebol-de-salao.info/regras-do-futsal.html 16:00 14/09/17 54 https://pt.wikipedia.org/wiki/Goal-Line_Technology http://cdn.cbf.com.br/content/201612/20161220181822_0.pdf http://futebol-de-salao.info/regras-do-futsal.html%2016:00 REGRAS DO FUTSAL O futsal, na sua essência, assemelha-se muito ao futebol, mas as suas regras são bastante diferentes, o que faz do futsal um esporte peculiar. Algumas regras do futsal são bastante específicas como o tamanho da quadra, as marcações, números de jogadores por equipes e punições são bem particulares do futsal, por exemplo o número de jogadores na equipe são de cinco sendo que um tem obrigatoriamente ser o goleiro e o número de reserva são no máximo 9. O futsal até pouco tempo atrás tinha uma entidade particular que o comandava era a Fifusa, essa organizava as competições da modalidade, mas hoje em dia quem organiza o futsal é a FIFA. Aqui está as principais regras do futsal segundo a CBF: 1 - Quadra de Jogo Dimensões da Quadra ● Um retângulo de 25 a 42 metros de comprimento e 16 à 25 metros de largura; ● Nos jogos nacionais das categorias adultas e Sub-20, a quadra deverá ter no mínimo 38 metros de comprimento por 18 de largura; ● Nas partidas internacionais o mínimo são 20 metros de largura e máximo 25 metros de largura. E deve ter no mínimo 38 metros de comprimento e máximo de 42 metros. Marcação da Quadra As linhas demarcatórias devem ser visíveis e com 8 centímetros de largura, pertencendo as zonas que demarcam. Existem várias marcações numa quadra de futsal. 55 ● As linhas limítrofes de maior comprimento são chamadas de linhas laterais e as de menor de linhas de meta; ● Uma linha deve passar pelo centro da quadra e ter um pequeno círculo no meio da quadra de 10 centímetros (onde a bola é colocada para que se dê início ao jogo); ● Outro círculo também é marcado no centro da quadra, esse maior que o anterior, com 3 metros de diâmetro; ● Nos quatro cantos da quadra, no encontro entre linhas laterais e de meta serão demarcados ¼ de círculo com 25 centímetros de raio, local onde serão cobrados os arremessos de canto; ● As linhas demarcatórias fazem parte da quadra do jogo. Área de Substituição É uma área por onde os jogadores substituídos devem sair da quadra e os substitutos entram no jogo. É um retângulo que fica a 5 metros de comprimento da linha divisória do meio da quadra e possui 5 metros de comprimento e 80 centímetros de largura, sendo que 40 cm são dentro da quadra e 40 fora. São duas áreas de substituições: uma para cada time, estando na frente do banco de reservas do mesmo. Área Penal É a área em que o goleiro pode defender com as mãos. É uma em cada extremidade da quadra e fica na frente dos gols. É um semicírculo de raio de 6 metros, tendo seus limites na linha de fundo. É diferente da área da cobrança da penalidade máxima porque o ponto de penalidade máxima fica, também à 6 metros da linha de fundo, mas na posição frontal ao gol, enquanto essa área é marcada por um semicírculo. 56 Tiro de Canto A marcação de quadra dessa penalidade (saída de bola sendo que o último toque na bola tenha sido do time que esteja defendendo a meta de tal linha)
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