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FARMACOLOGIA-4

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1 
 
 
FARMACOLOGIA 
1 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 1 
Sumário .................................................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................. 3 
FARMACOCINÉTICA – VISÃO GERAL..................................................................... 4 
INGREDIENTES COSMÉTICOS ................................................................................ 7 
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS ........................................................................... 13 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM COSMETOLOGIA ........................................... 15 
VIAS DE PENETRAÇÃO DA PELE E DE HIDRATAÇÃO ....................................... 16 
A IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO ...................................................................... 17 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS COSMÉTICOS (VARIAÇÕES DE VEÍCULOS)
 .................................................................................................................................. 18 
CONCEITOS DE QUÍMICA....................................................................................... 18 
ALTERAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS DOS COSMÉTICOS ................................... 23 
A ELABORAÇÃO DO PRONTUÁRIO ...................................................................... 24 
IMUNOLOGIA CUTÂNEA E COSMETOTOXICIDADE: VISÃO GERAL ................. 25 
COSMETOLOGIA APLICADA ................................................................................. 44 
ACNE: CUIDADOS COSMÉTICOS .......................................................................... 45 
CLASSIFICAÇÃO DA ACNE .................................................................................... 47 
REFERENCIAS ......................................................................................................... 48 
 
3 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
O presente Estudos e Pesquisa foi elaborado com o objetivo de propiciar 
conhecimento e direcionamento para os estudos em Farmacologia e Cosmetologia. A 
disciplina visa a oferecer a fundamentação teórica necessária para a prescrição 
cosmética, considerando a elaboração adequada do prontuário, o veículo, as 
incompatibilidades, o pH, entre outros aspectos. 
Tudo foi pensando com base nas horas que você dedica ao trabalho destinado 
às atividades educativas bem como às práticas desenvolvidas no ambiente 
universitário. No entanto, você é protagonista da história que estamos construindo, 
portanto, tenha esse caderno como direção, mas não se limite a ele. 
A Farmacologia é uma ciência biomédica que estuda o comportamento de 
moléculas ativas com finalidade de diagnóstico, cura ou tratamento de doenças. A 
Cosmetologia é uma ciência farmacêutica que estuda o desenvolvimento de produtos 
para limpar, alterar a aparência, perfumar e/ou corrigir odores corporais. Como 
integrar essas ciências, a princípio tão antagônicas, para o estudo dos cuidados com 
condições inestéticas? 
Basicamente, os conceitos de Farmacologia são aplicáveis em Cosmetologia: 
os ingredientes cosméticos possuem mecanismos de ação semelhantes aos da 
pesquisa com fármacos. Conhecimentos de Farmacologia são importantes para uma 
visão ampliada e segura durante o planejamento da prescrição cosmética, 
especialmente porque estamos tratando de prontuários individualizados, já que cada 
paciente é único em suas necessidades estéticas. 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
A Farmacologia é a ciência que estuda os mecanismos de ação das 
substâncias utilizadas para diagnóstico, tratamento ou cura de doenças, bem como 
seu comportamento no organismo. Um fármaco é um agente químico que proporciona 
4 
 
 
efeito terapêutico ou preventivo. As formulações que levam fármacos em sua 
composição são denominadas medicamentos. 
 
A expressão “tratamento cosmético” é erroneamente utilizada entre 
profissionais do ramo, considerando que apenas os fármacos, nas formulações de 
medicamentos, são agentes de tratamento de doenças. O termo remédio, por vezes 
atribuído aos medicamentos, constitui-se, na realidade, qualquer recurso que tenha 
efeito terapêutico para o paciente. É o caso, por exemplo, das terapias manuais para 
pessoas estressadas ou depressivas ou um simples banho relaxante. 
As formas farmacêuticas são as formas como os medicamentos prontos são 
apresentados aos pacientes. Como exemplo, citamos: 
 
» formas farmacêuticas sólidas: cápsulas, comprimidos; 
» formas farmacêuticas líquidas: xaropes, suspensões, soluções; 
» formas farmacêuticas semissólidas: géis, cremes, loções, pomadas. 
 
Cosméticos podem ser considerados remédios? Cosméticos não possuem 
finalidade terapêutica, portanto, não são remédios. 
 
 
FARMACOCINÉTICA – VISÃO GERAL 
A Farmacocinética é a parte da Farmacologia que estuda o comportamento do 
organismo em relação ao fármaco, isto é, o que o organismo faz com o fármaco, como 
ocorre seu processamento em termos de: 
1. absorção; 
2. metabolização; 
3. distribuição; 
4. eliminação do organismo. 
 
Absorção: é a passagem da substância ativa do local onde foi administrada 
para a corrente sanguínea, sem que se desintegre. Pode-se dizer que existe absorção 
de cosméticos, considerando que levam substâncias com comportamento de 
fármacos, mas não são medicamentos? Novamente, como os cosméticos não 
5 
 
 
possuem ação terapêutica, não são absorvidos pela pele. Outro aspecto importante é 
que as moléculas ativas geralmente são muito grandes para passar pela pele. 
 
Metabolização: consiste em um conjunto de reações químicas que tornam a 
molécula realmente ativa e/ou mais facilmente absorvida, geralmente conferindo-lhe 
hidrossolubilidade. Como estudaremos os cosméticos de uso interno, torna-se 
relevante abordar alguns aspectos sobre o metabolismo hepático: 
 
1. O fígado possui uma rede de processamento de substâncias que chegam até ele 
via circulação, feito pelo sistema de enzimas do tipo mono-oxigenases, do citocromo 
P450. Essas enzimas podem sofrer aumento da atividade através do aumento do 
número de enzimas, o que chamamos de indução. Este efeito pode ou não causar 
toxicidade, a depender da substância que está sendo processada. 
 
2. O fígado também é responsável pelo efeito de primeira passagem: alguns fármacos 
sofrem metabolização tão extensa que a quantidade que chega na corrente sanguínea 
acaba sendo muito menor que a quantidade administrada e absorvida. 
 
Eliminação: É a saída dos fármacos do organismo. Geralmente analisa-sea 
eliminação em termos de Clearance, que é o volume de plasma sanguíneo livre do 
fármaco por unidade de tempo. 
Distribuição: é a passagem da substância ativa da corrente sanguínea para os 
tecidos que são os locais de ação dos fármacos. Exemplo: produtos para dor de 
cabeça vão agir na vascularização do sistema nervoso 
central. 
Chamamos de biodisponibilidade a estimativa da velocidade e tempo gasto 
para uma molécula chegar à corrente sanguínea, bem como qual a quantidade 
disponível. Alguns fármacos podem se acumular no tecido adiposo, nos ossos, 
dentes, olhos, atravessar a barreira hematoencefálica (que protege o sistema nervoso 
central de substâncias circulantes) e, no caso das gestantes, podem atravessar a 
barreira placentária. Por isso, todo cuidado é pouco na seleção de fármacos para 
administração em qualquer tipo de paciente. 
São fatores que influenciam o sucesso terapêutico: 
 
6 
 
 
» forma farmacêutica administrada; 
» como ocorreu a administração (via oral, via tópica, injetável – intramuscular, 
intravenosa etc.); 
» forma de movimento do fármaco no organismo. 
 
A forma de movimento do fármaco no organismo está relacionada ao modo 
como a molécula ativa entra na célula. São os três movimentos principais: 
1. difusão (passagem) simples direta pela membrana, sem gasto de energia na forma 
de ATP, comum para moléculas lipossolúveis; 
2. difusão facilitada por canais iônicos (canais formados por proteínas carreadoras 
que levam a molécula de fora para dentro da célula), sem gasto de energia; 
3. transporte ativo através de canais proteicos, com gasto de energia. 
 
Após atingir o crescimento máximo, as cicatrizes hipertróficas regridem 
espontaneamente até que retornem ao aspecto de uma cicatriz normal. Ocorre 
predominantemente nas superfícies flexoras, estando relacionada ao movimento da 
região afetada, sendo que o tamanho da lesão está normalmente relacionado à 
gravidade do trauma. As cicatrizes hipertróficas caracterizam-se pela presença de 
pequenos vasos sanguíneos, fibras colágenas pequenas desordenadamente 
agrupadas em nódulos. 
Tratamento: O tratamento de queloides e cicatrizes hipertróficas é o mesmo, 
considerando que é difícil diferenciar as lesões clinica e microscopicamente. Deve-se 
evitar a manipulação excessiva e traumatismo nos tecidos, diminuindo a tensão na 
cicatriz. A prevenção de hematomas e infecções são medidas que contribuem para a 
obtenção de cicatrizes menos inestéticas e melhor camufladas por cosméticos. Deve 
ser ressaltada também a aplicação de procedimentos físicos na terapêutica 
complementar do queloide. Alguns exemplos são a hidroterapia, o emprego de 
massagens, roupas compressoras e ultrassom. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
INGREDIENTES COSMÉTICOS 
 
 Óleo de Rosa Mosqueta: Contém ácidos graxos fundamentais para a 
manutenção da integridade da pele e da estrutura das membranas celulares, 
sendo principalmente os ômegas 3, 6 e 9, e ácido transretinoico ou tretinoína 
natural (entre 0,01 e 0,1%). Uso de 5 a 10%. 
 
 Heparina: a heparina, além do seu uso na prevenção de problemas 
relacionados à coagulação, também é empregada topicamente para o 
tratamento de alterações cutâneas inflamatórias e edematosas. A heparina se 
infiltra por via transepidérmica no tecido conjuntivo, exercendo ação 
antiedematosa e regeneradora de células e tecidos. Entre outros efeitos, a 
heparina se fixa à superfície do colágeno cicatricial, inibindo a progressão da 
polimerização deste, melhorando o aspecto da cicatriz. Pode ser usada de 
10.000 a 50.000 UI%. 
 
 Alantoína: a alantoína é o produto final da metabolização da purina, estando 
amplamente disseminada em organismos animais e vegetais. A alantoína vem 
sendo utilizada por suas propriedades cicatrizantes, mesmo antes de se ter 
comprovado experimentalmente suas propriedades queratolíticas, hidratantes 
e epitelizantes. Na cicatrização, a queratólise branda tem efeito amaciante e 
proporciona maior capacidade de retenção de umidade e, com isso, o 
alisamento da superfície cutânea e maior elasticidade da cicatriz. A propriedade 
facilitadora da penetração melhora a eficácia de produtos tópicos, por promover 
a atuação dos outros componentes no local. O efeito anti-irritante combate o 
prurido que frequentemente acompanha a formação de cicatrizes. Usado de 
0,5 a 3%. 
 
 Utricosmética e nutracêuticos: Legalmente considerados como produtos 
alimentícios, os produtos de uso oral de finalidade cosmética representam 
atualmente uma fração importante do mercado de suplementos dietéticos. Os 
nutricosméticos são geralmente comprimidos ou cápsulas (também podendo 
ser líquidos, geralmente na forma de shakes) constituídos de pelo menos um 
8 
 
 
dos seguintes ingredientes: vitaminas, minerais, fitoextratos, aminoácidos e 
ácidos graxos. A proposta destes produtos está em melhorar as condições 
relacionadas a linhas de expressão, textura do cabelo e pele, melhora da 
lipodistrofia ginoide, aumento da resistência das unhas, preparação da pele 
para exposição solar, fotoproteção ou até mesmo promover o emagrecimento, 
apesar de estarem mais relacionados às propriedades anti-aging. Os 
nutracêuticos são alimentos ou frações de alimentos que atuam na prevenção 
e/ou tratamento de doenças. Abrangem de nutrientes isolados, suplementos 
dietéticos e dietas até produtos planejados e alimentos processados tais como 
cereais, sopas e bebidas. Portanto, entende-se que os nutricosméticos são 
produtos de potencial nutracêutico, mas não se destinam a tratar doenças, 
sendo cuidados cosméticos complementares. A prescrição desses produtos 
não é exclusivamente médica, uma vez que os produtos são de linha nutricional 
e podem ser vendidos até mesmo sem receituário. Contudo, este é um grande 
atrativo para os tratamentos cosméticos e se constituem um diferencial forte 
para o profissional de estética, uma vez que é um recurso visto como tecnologia 
de ponta. A prescrição de nutricosméticos envolve conhecer a função e 
composição química de cada ingrediente (no caso de produtos naturais, a 
presença de itens como flavonóides, taninos etc.), bem como as dosagens e 
características dos produtos (como a diferenciação de pó e extrato-seco de 
origem vegetal). As associações em fórmulas devem respeitar a necessidade 
de cada paciente, considerando peso, idade e histórico de consumo de 
produtos, para pesquisar alergias, resultados positivos e negativos. É 
fundamental registrar todos os produtos utilizados e as prescrições atuais, além 
da evolução do paciente. Qual é de fato a diferenciação de pó e extrato-seco 
de origem vegetal? O extrato seco é mais rico em substâncias ativas que o pó. 
 
 Vitaminas A (retinol): importante na regulação do funcionamento das glândulas 
sebáceas, melhora da textura da pele e da renovação celular, é usada de 5.000 
a 10.000UI/dia. 
 
 B6 (piridoxina): atua na inibição da 5α-redutase, evitando o processamento de 
testosterona em 5-DHT, melhorando os níveis de oleosidade e 
9 
 
 
consequentemente de queda capilar. Usada de 10 a 300mg/dia. Porém, o uso 
da substância pura é pouco indicado, por causar dores abdominais. 
Geralmente é usada no Pill Food. 
 
 C (ácido ascórbico): potente antioxidante com importante papel na regulação 
da imunidade. Usado de 250mg a 1g/dia, em até 3 administrações. 
 
 D (colecalciferol): importante para fixação de cálcio nos ossos tem ação anti- 
aging e protege o corpo de neoplasias malignas, doenças infecciosas e 
autoimunes. Usada de 200 a 400UI/dia, em até 2 administrações. 
 
 E (tocoferol): antioxidante potente, cujo uso prolongado melhora também a 
fertilidade. Seu uso diminui muito os radicais livres gerados também pela 
exposição solar. Usada de 50mg a 150mg, com dosagem máxima de 400UI/dia 
em até 3 administrações. O uso tópico em fotoprotetores confere bronzeados 
mais duradouros. 
 
 Ácido alfa-lipoico: potenteantioxidante, usado de 200 a 500mg/dia. 
 
 Açaí extrato seco: rico em polifenois é útil na prevenção de lesões celulares por 
espécies reativas ao oxigênio (ROS) e outros radicais livres, além de doenças 
cardiovasculares e neoplasias malignas. Usado até 1g por dia, em até 3 
administrações. 
 
 Betacaroteno: precursor da vitamina A no organismo, usado de 30 a 300mg/dia, 
sendo que as doses maiores que 100mg são para finalidade de fotoproteção 
sistêmica. 
 
 Bioarct: Extrato da alga Chondrus crispus, que se desenvolve nas águas do 
Mar Ártico e é submetida às condições de luz e frio extremos (inverno) das 
áreas polares. Essas condições de estresse resultam na síntese de moléculas 
de hibernação composto por várias moléculas protetoras e energizantes: Se, 
10 
 
 
Zn, ácido ascórbico, taurina e o dipeptídeo citrulil-arginina. Usado de 30mg a 
1g por dia, em até 3 administrações. 
 
 Cápsulas oleosas de linhaça: ricas em ácidos graxos (w-3, 6 e 9), tem ação 
antioxidante e laxativa suave: o óleo lubrifica o intestino e melhora o trânsito 
intestinal. Usado de 500mg a 1g/dia em até 2 administrações. 
 
 Castanha da índia: extrato empregado na melhora da circulação, com bons 
resultados em varizes e celulite. Usado de 150mg a 1g/dia em até 3 
administrações. 
 
 Centella Asiática: extrato rico em ácido asiático empregado para a melhora da 
celulite. Usado de 150mg a 1g/dia em até 3 administrações. 
 
 Chá Verde: antioxidante rico em polifenois com atividade diurética em longo 
prazo. Melhora o metabolismo de lipídios. Usado de 150mg a 1g/dia, em até 3 
administrações. 
 
 Coenzima Q-10: potente antioxidante que melhora quadros como a hipertensão 
arterial e problemas de metabolismo de lipídios. Usado de 10 a 50mg/dia. 
 
 Colágeno: fornece importantes aminoácidos para o organismo, oferecendo 
melhora da flacidez com o uso prolongado. Uso de 1g a 3g por dia, em até 3 
administrações. 
 
 Exsynutriment: Ácido Ortosilícico – Si(OH)4 – ligado ao Colágeno Marinho. O 
silício possui funções importantes para a formação e a manutenção do tecido 
conjuntivo. A ligação aos aminoácidos do hidrolisado de colágeno marinho evita 
que, durante o trânsito no trato gastrintestinal, a formação de sílica, uma forma 
de silício biologicamente inativa. A suplementação de silício orgânico permite 
que o ácido hialurônico tecidual ganhe uma configuração química estrutural que 
o permite formar redes de ligação com as moléculas de água. Considerando 
11 
 
 
que o ácido hialurônico adsorve até 90% do seu peso em água, o consumo do 
silício orgânico é fundamental para a adequação da hidratação. O consumo de 
Exsynutriment e Bioarct favorece a redução de linhas de expresão, melhora na 
textura capilar, resistência das unhas e melhora do aspecto da pele. É usado 
de 60 a 300mg/dia, em até 3 administrações. 
 
 Hamamelis: extrato rico em taninos de potente ação adstringente, com bons 
resultados em problemas circulatórios. É usado de 150mg a 1g/dia em até 3 
administrações. 
 
 Licopeno: antioxidante e detoxificante principalmente para fumantes, etilistas 
e pessoas com alta ingestão de produtos gordurosos. Melhora a renovação e 
regeneração celular, prevenindo o envelhecimento e neoplasias malignas. 
Usado de 5 a 10mg/dia. Existem algumas variações de extratos menos 
concentrados ou blends que podem ser usados em diferentes concentrações, 
a depender do fabricante. 
 
 Pantogar: blend de ingredientes como colágeno e ácido paraminobenzóico, é 
útil para melhorar a nutrição capilar, melhorando a queda. A administração ideal 
é de 3 cápsulas ao dia após as refeições. 
 
 Pholia Magra: popularmente conhecida como “erva antibarriga”, tem ação 
termogênica, diurética e sacietogênica sibutramina-like. Usado de 150 a 
500mg/dia em até 2 administrações. 
 
 Resveratrol: flavonoides extraídos da uva, com potente ação antioxidante. 
Previne doenças cardiovasculares, neoplasias malignas e demais doenças por 
radicais livres. 
 
 Zinco quelado: antioxidante que atua também no controle da oleosidade e na 
imunorregulação. Usado de 10 a 15mg/dia. 
 Geleia real: produto secretado pelas glândulas mandibulares das abelhas, rico 
em vitaminas A, C, E, B1, B2, B5, B6, ácido fólico, cálcio, cobre e selênio. O 
12 
 
 
produto geralmente está disponível em barra e as porções devem ser 
consumidas conforme especificações do fabricante. Melhora o aspecto da pele 
e couro cabeludo, justamente por melhorar a qualidade da nutrição específica 
para essas finalidades.e cascatas desinalização dentro da célula. A estes 
fármacos dá-se o nome de agonista. Exemplo: O corpo libera naturalmente 
adrenalina na corrente sanguínea, que se liga a seus receptores específicos 
em determinados órgãos. Existem moléculas para o tratamento da asma, por 
exemplo, que possuem estrutura semelhante à da adrenalina, para ligar-se aos 
mesmos receptores apenas nas vias aéreas e ativá-los, causando dilatação 
para maior passagem de ar. 
 
O sinergismo entre fármacos acontece quando duas ou mais moléculas, quando 
associadas na administração, potencializam um único efeito, por mecanismos 
semelhantes ou diferentes. Exemplos em cosmetologia: controladores de oleosidade 
e adstringentes, quando associados, favorecem a eliminação de comedões, no 
tratamento da acne. 
Os fármacos que se ligam a um receptor para bloquear a ação das substâncias 
endógenas são chamados de antagonistas. Exemplo: Existem moléculas 
semelhantes à adrenalina que se ligam aos receptores para adrenalina no coração, 
visando reduzir a frequência cardíaca e a força de contração, no intuito de controlar a 
pressão arterial: sem a ligação de adrenalina, o coração não recebe estímulo para 
fazer mais força /contrações que o necessário, o que colabora para o abaixamento da 
pressão arterial. 
Natureza da atividade farmacológica: são diferenças existentes para receptores de 
ação reguladora sobre funções fisiológicas. São classificadas em: 
» antagonismo competitivo: quando duas substâncias disputam a ligação pelo mesmo 
alvo. Vence a que tiver o melhor perfil químico para se ligar ao alvo; 
» antagonismo químico: ocorre alteração da estrutura química de um fármaco, o que 
causa perda da função original; 
» antagonismo fisiológico: ocorre alteração da função de um fármaco por outro, sem 
alteração da estrutura química; 
13 
 
 
» antagonismo farmacocinético: ocorre alteração dos parâmetros farmacocinéticos 
(absorção, metabolismo, distribuição, excreção) de um fármaco por outro. 
Como prevenir erros de prescrição conhecendo a natureza da atividade 
farmacológica das substâncias? Se duas ou mais substâncias apresentam qualquer 
tipo de antagonismo, não devem, portanto, ser associadas na mesma formulação nem 
administradas simultaneamente. 
Quando um fármaco é administrado de maneira contínua ou repetida (não 
necessariamente por erros de medicação), existe o risco de desenvolvimento de 
taquifilaxia, que é a perda do efeito do fármaco por alterações causadas ou mesmo 
perda dos alvos no organismo. 
Diferentemente desta condição, enquadra-se o conceito de adaptação 
fisiológica, que é a redução do efeito de um fármaco por respostas do organismo que 
tendem à condição de homeostase, o que gera tolerância ao fármaco. 
 
 
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS 
O processo inflamatório é uma resposta do organismo que se inicia nos vasos 
sanguíneos em direção aos tecidos quando há lesão por qualquer agente etiológico. 
A finalidade da inflamação é proteger o organismo através de mecanismos para 
destruição e eliminação do agente etiológico, além de reparar a área afetada. Desta 
forma, pode-se entender que existem diversos tipos e intensidades de inflamação, 
variando o agente e a área afetada. 
Quando são exagerados, os processos inflamatórios causam doenças como 
processos dolorosos, alergias, autoimunidades e destruição tecidual. O controle da 
inflamação,atualmente, é feito principalmente com anti-inflamatórios não esteroidais 
e corticoterapia, a depender do caso. 
Não existe uma sequência exata estrita para os eventos da inflamação, isto é, 
as etapas podem ocorrer simultaneamente, porém, três fases principais podem ser 
identificadas: 
14 
 
 
1. Fase aguda de fenômenos vasculares: ocorre vasodilatação, aumento do fluxo 
sanguíneo e da permeabilidade vascular, com extravasamento de proteínas e outras 
biomoléculas. 
2. Fase tardia: ocorre infiltração de células do sistema imune como neutrófilos e outros 
fagócitos por diapedese e migração dessas células para o local da inflamação, para 
captura e destruição do agente causador da inflamação. 
3. Fase de degeneração tecidual com fibrose. 
O conhecimento das principais substâncias envolvidas na inflamação torna-se 
importante para os estudos de farmacologia e cosmetologia, considerando que, 
conhecendo como mediam os processos inflamatórios, pode-se planejar melhor os 
cuidados cosméticos para diversas condições inestéticas associadas à inflamação, 
como a acne e as cicatrizes. 
Os mediadores da inflamação são os responsáveis pelo caráter considerado 
uniforme dos processos inflamatórios, não importando se o agente etiológico é uma 
bactéria, um corpo estranho, radiação etc. 
A depender da doença (ex.: alergias, neoplasias malignas, psoríase), apesar 
dos mediadores serem quimicamente semelhantes, as associações fisiologicamente 
programadas variam, inclusive em quantidade. 
Principais mediadores dos processos inflamatórios: 
» Histamina: encontrada pré-formada na maioria dos tecidos corporais, tem sua ação 
condicionada aos receptores onde se liga, a saber: 
› Receptores H1 (várias regiões corporais): contração da musculatura lisa, brônquios, 
bronquíolos; edema, eritema, prurido, aumento da secreção de muco e da 
permeabilidade de capilares; indução de vômito. 
› Receptores H2 (estômago): estimula a secreção de suco gástrico. 
» TXA2 (Trombxano A2): faz vasoconstrição e estimula a agregação plaquetária. 
» PAF (Fator de Agregação Plaquetária): estimula a agregação plaquetária, é 
vasodilatador, aumenta a permeabilidade vascular e tem ação quimiotática (atração) 
de células imunológicas para o local da inflamação. 
15 
 
 
» Bradicinina: ação vasodiltadora, aumenta a permeabilidade vascular, estimula a 
contração do intestino. Em casos onde há parasitoses intestinais envolvidas, a 
contração do intestino é importante para a eliminação do parasita nas fezes. 
 
Prostaglandinas 
» PGE2:reduz o limiar da nocicepção, tem ação sinérgica com substâncias que 
causam dor por estimulação das terminações nervosas, causa febre e 
broncoconstrição. 
» PGI2: tem ação vasodilatadora e antiagregação plaquetária. 
 
Leucotrienos 
» LTB4 (Leucotrieno B4): promove adesão, ativação e proliferação de células 
imunológicas. 
» LTC4 (Leucotrieno C4): broncoconstritor. 
» LTD4 (Leucotrieno D4): vasodilatador. 
» LTE4 (Leucotrieno E4): vasoconstritor. 
A organização é regida pela programação do sistema imune; quando há falhas 
no controle da imunidade, podem ocorrer doenças como as autoimunidades. 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM COSMETOLOGIA 
» Cosméticos: formulações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas 
parauso externo (cabelo, pele, unhas, lábios, dentes e mucosa da cavidade oral) com 
finalidade exclusiva de limpar, alterar a aparência, perfumar e/ou corrigir odores 
corporais, para proteger a pele ou mantê-la em bom estado (sadia). 
» Cosmecêuticos: termo não reconhecido pela Anvisa nem pelos órgãos regulatórios 
de produtos cosméticos e farmacêuticos internacionais. Indica cosméticos cujas 
16 
 
 
fórmulas possuem propriedades terapêuticas associadas, sendo usados nos 
“tratamentos cosméticos”. São produtos para acne, caspa, esmalte para micoses etc. 
» Grau de risco I: produtos isentos de registro do Ministério da Saúde, oferecendo 
riscos mínimos ao usuário. Ex: shampoos/condicionadores comuns, hidratantes etc. 
» Grau de risco II: produtos que devem ter segurança e eficácia comprovadas, além 
do registro no Ministério da Saúde. Ex: produtos para acne, despigmentantes, 
anticaspa, para micoses, para área dos olhos, filtros solares, para uso nas mucosas 
(como as soluções para bochechos) e produtos de uso infantil. 
» Cosméticos naturais: estendem seus efeitos para todo o organismo. As fases 
oleosas são feitas com ceras e esqualeno naturais, além da lanolina e ésteres, 
fosfolipídios derivados biológicos. Não são usados produtos sintéticos nem 
conservantes sintéticos. Os ativos são todos naturais. Ex.: blend (mistura) de óleos 
naturais. 
» Produtos orgânicos: produtos com certificação diferencial conferida por órgão 
competente (como o EcoCERT), cuja formulação não leva itens sintéticos como 
silicones, fragrâncias, polietilenoglicol (PEG), corantes, derivados do petróleo nem 
produtos de origem animal. Todos os componentes da fórmula são exclusivamente 
naturais e seguem rígidos padrões de produção (sem agrotóxicos, processamento em 
indústrias de padrão trabalhista ouro etc.) sendo, portanto, certificados. Não são feitos 
testes em animais. No mínimo, 95% dos produtos envolvidos (e a empresa) devem 
ser certificados. Os produtos são livres de metais pesados, toxinas e OGM 
(organismos geneticamente modificados – os transgênicos). 
Atenção: Cosméticos tradicionais podem ter ingredientes naturais. 
 
 
VIAS DE PENETRAÇÃO DA PELE E DE HIDRATAÇÃO 
É fundamental diferenciar: 
Óstio: local de saída da secreção gerada pela glândula sebácea e dos pelos. 
Poro: local de saída de glândula sudorípara. 
17 
 
 
São vias de penetração dos princípios ativos na pele: 
» transdérmica: substâncias de baixo peso molecular, caráter anfótero (isto é, são 
hidrossolúveis e lipossolúveis), passam pela pele e caem na corrente sanguínea. Uso 
exclusivo de medicamentos. 
» transfolicular: passam entre o folículo piloso e a papila dérmica. Área com pouco 
pelo (especialmente idosos), tem hidratação mais difícil, por deficiência neste 
mecanismo, já que o folículo fica obstruído. 
» transcelular: por difusão, os ativos passam de uma célula para a outra. Ocorre 
principalmente com ativos lipofílicos. O pH alcalino aumenta emoliência da pele por 
clivagem da queratina da camada córnea; por isso, o caráter alcalino tem maior 
permeabilidade da pele, um fator de risco para uso do produtos. 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO 
A redução da espessura da pele e do tecido subcutâneo, por ação química e/ou 
ambiental, são os principais mecanismos de desidratação, além da nutrição 
inadequada. A perda de água transepidermal, entendida como a evaporação da água 
dos tecidos mais profundos até a epiderme, ocorre naturalmente na pele, até mesmo 
para regulação de temperatura corporal. É importante que qualquer produto cosmético 
possa proporcionar hidratação, para garantir a integridade do tecido e para que o ativo 
exerça sua função corretamente. 
São vias de restauração da hidratação da pele por cosméticos: 
» oclusão: os poros são obstruídos e a água da pele não evapora. 
» umectação: são usados ativos higroscópicos para reduzir a volatização da água da 
superfície da pele. 
» restauração: feita através de elementos originais da pele como proteínas 
(hidrolizados– para maior absorção), colágeno, carboidratos e lipídeos que são 
inseridos nas fórmulas. Também podem ter filtro solar. 
 
18 
 
 
 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS COSMÉTICOS (VARIAÇÕES DE 
VEÍCULOS) 
» Cremes: são emulsões óleo/água ou água/óleo de boa consistência (maior 
viscosidade). 
» Loções: microemulsões de baixa ou média viscosidade. 
» Géis: redes poliméricas hidratáveis (natrosol, carbopol, aristoflex, pemulen, sepigel, 
etc.) de boa consistência em geral. São os veículos mais escolhidos para peles 
oleosas. 
» Leites: microemulsões de pouca viscosidade, para limpeza de pele. 
» Tônicos: soluções vasodilatadoras, refrescantes,rubefacientes e cicatrizantes. São 
próprias para recuperar a nutrição, ph e tônus da pele (izotonizantes). Finalizam a 
etapa de limpeza. 
» Sticks: preparações sólidas de ácidos graxos e álcool etílico, solidificados por 
estearato de sódio. Podem ser hidratantes, despigmentantes etc. 
» Óleos: preparações de origem vegetal/animal, líquidos à temperatura ambiente. 
» Sabonetes: líquidos, glicerinados, barra (tradicionais), shower gel, esfoliantes, 
antissépticos (íntimos). 
» Shampoos: De pH alcalino, podem ser: hidratantes, anticaspa, antiresíduos, infantis, 
antiqueda etc. 
 
CONCEITOS DE QUÍMICA 
» pH: índice de acidez tolerado por áreas corporais ou substâncias ativas. Varia de 0 
a 14, sendo que até 7 o pH é ácido, em 7 é neutro e de 7 a 14 é alcalino ou básico. O 
Ph das diferentes áreas corporais está no quadro a seguir. 
 
19 
 
 
Quadro 1 – Faixas de pH do corpo 
Axilas 6,3 a 6,5 
Costas 4,5 a 4,8 
Cabelo 4,5 a 4,7 
Coxas 6 a 6,1 
Mãos 4,3 a 4,6 
Nádegas 6,4 a 6,5 
Pés 7 a 7,2 
Face 4 a 4,8 
Seios 6 a 6,2 
Tornozelos 5,9 a 6,1 
Fonte: BATISTUZZO, 2009. 
 
Conhecer o pH das diferentes áreas corporais é fundamental para a escolha do 
cosmético: produtos muito ácidos ou muito alcalinos podem causar danos sérios às 
áreas onde são aplicados, como queimaduras e lesões. Além disso, observar o pH 
das substâncias é fundamental para que possam ser associadas sem que hajam 
incompatibilidades. 
» Solubilidade: capacidade de uma substância se dissolver na presença de outra. 
Podem ser classificadas em: insolúveis (caráter hidrofílico/fábico), pouco 
solúveis, livremente solúvel, solúvel. 
» Fotossensibilidade: característica das substâncias que podem ser alteradas/ 
inativadas pela luz. 
» Higroscopicidade: capacidade de uma substância agregar água para sua estrutura. 
Ex.: as substâncias com sódio (Na+2). 
20 
 
 
Porque certos produtos cosméticos importados mudam de aspecto/odor 
quando chegam ao Brasil? Produtos fabricados na França, por exemplo, são 
planejados para serem estáveis nas condições climáticas locais. Trazer estes 
produtos para zonas climáticas diferentes implica provável perda da estabilidade. 
Atualmente, além da classificação tradicional dos fototipos de pele conforme 
Fitzpatrick, a classificação da pele em 16 tipos, definida em 2006 pela dermatologista 
norte-americana Leslie Baumann, tem sido amplamente divulgada e utilizada, já que 
fornece outros critérios de seleção como tendência a ruborização e descamação. 
1. Pele oleosa, sensível, não pigmentada com tendência a rugas. 
Apresenta poros dilatados e rugas precoces por ter camada fina; não bronzeia, 
mas queima. 
» Fotoproteção constante/creme oil-free ou gel. Usar anti-inflamatórios e calmantes 
suaves (evitar corticoides) em todos os produtos. Ex: extratos glicólicos de camomila, 
calêndula, alfabisabolol. 
» Evitar usar chá verde e zinco (pelo forte sinergismo para ação secativa) e vitamina 
C (pela tendência à rugas). São ativos para absorver a oleosidade excessiva: 
sebonormine, silica shells (anti-oil spheres), matipure. Usar clareadores com pH mais 
próximo de 7. 
2. Pele oleosa, sensível, não pigmentada e firme 
Poros não muito dilatados, vascularização aparente e fácil ruborização, com 
descamações. 
» fotoproteção constante: loção/creme oil-free ou gel. 
» Usar anti-inflamatórios e calmantes suaves (evitar corticoides). 
» Chá verde e zinco: podem ser usados para efeito secativo associado, silicatos em 
caso de extrema oleosidade, nas primeiras semanas de tratamento. Evitar o uso de 
DMAE. 
3. Pele oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas 
Pode apresentar acne e dermatites fortes. Bronzeia fácil, com rugas precoces por ter 
camada fina. Manchas são comuns. 
21 
 
 
» Usar filtro solar físico (óxido de zinco/dióxido de titânio). 
» Tensores: elastinol+R, Lys-lastine. 
» Evitar chá verde/zinco/vitamina C (sensibilidade da pele/propensão às rugas). 
» Clareadores: usar os com pH próximo a 7. 
4. Pele oleosa, sensível, pigmentada e firme 
Pode apresentar acne e processos inflamatórios muito fortes. Muitas reações 
alérgicas, possíveis sardas. Manchas mais resistentes aos tratamentos. 
» Usar: ácido kógico, ácido salicílico, microesponjas de retinol. 
» Chá verde, zinco, vitamina C: podem ser usados junto com glucans. 
» FPS em gel creme/creme oil-free. 
5. Pele oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas 
Aparência lustrosa, poros dilatados, acne rara. 
» FPS em creme oil free. 
» Usar coenzima Q10 e lipossomas hidratantes, DMAE, ácido glicólico, microesponjas 
de retinol. 
» Usar silicatos com zinco para reduzir a oleosidade. 
6. Pele oleosa, resistente, pigmentada e firme 
Poucas rugas e acne, mais comuns em negros. Em peles claras: sardas e manchas. 
» Usar chá verde, zinco, vitamina C e silicatos. FPS em gel. 
Despigmentante: azeloglicina. 
7. Pele oleosa, resistente, não pigmentada e propensa a rugas 
» Brilho moderado, pouca acne, rugas precoces. 
» Tensor: argireline, elastinol + Hidratar mais à noite. 
» Esfoliar pelo menos 2 vezes por semana. 
8. Pele oleosa, resistente, não pigmentada e firme 
22 
 
 
» Dificilmente bronzeia. Manchas, vermelhidão ou resecamento raros. 
» Peeling de ácido salicílico mensal: controle rápido da oleosidade (até 3 vezes ao 
mês). 
» Esfoliação com ácido glicólico ou salicílico. 
9. Pele seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas 
» Fina e seca, descama e tem alta frequência de inflamações. 
» Evitar adstringentes/esfoliantes. 
» Dispigmentantes: usar Ph mais próximo do neutro. Se ácidos, usar o glicólico/lático 
com glicirenídeos em creme e em alternados (camadas finas). 
10. Pele seca, sensível, pigmentada e firme 
» Mãos secas, manchas ásperas e grosseiras no rosto e pescoço. Alergias e 
descamações frequentes. 
» Fotoproteção em creme. Usar anti-inflamatórios e calmantes. 
» Hidratação: óleos de macadâmia, silicones. 
11. Pele seca, sensível, não pigmentada e propensa a rugas 
» Ressecada, áspera, sem brilho, acne moderada, rugas precoces. Eritema fácil 
» Hidratação reforçada à noite em creme. Evitar vitamina C. 
» Lipomoist firming, óleos naturais em baixa concentração, com anti-inflamatórios em 
gel ou creme. 
12. Pele seca, sensível, não pigmentada e firme 
» Descamação, acne ocasional, eritema, prurido. 
» Hidratação: lactato de amônio, peptídeos (structurine). 
13. Pele seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas 
» Bronzeia fácil. Sem alergias, acne ou rugas até mais ou menos 40 anos. 
» Usar clareadores de vitamina C e ácido glicólico. Fotoproteção em creme. 
14. Pele seca, resistente, pigmentada e firme 
23 
 
 
» Descamações no rosto e pescoço. Sardas e manchas são comuns. 
» Clareamento: vitamina C, vitamina K. Hidratar com vitamina A e E. 
» Renovação celular: microesponjas de retinol, alfa-hidroxiácidos (AHA – ex.: ácido 
glicólico, ácido mandélico) em baixa porcentagem. 
» Fotoproteção em creme. 
15. Pele seca, resistente, não pigmentada e propensa a rugas 
» Pele clara, delicada (fina), sem sardas ou manchas. 
» Para as linhas de expressão: lipomoist firming, coenzima Q10 (lipossoma), chá verde. 
16. Pele seca, resistente, não pigmentada e firme 
» Não bronzeia fácil. Hidratar com produtos a base de glicerina e evitar adstringentes. 
› Para todas as formas de pele seca: ácido hialurônico e óleos como o de macadâmia 
e rosa mosqueta (cicatrizante) de 3 a 4%. Aquaporine active e outros peptídeos 
também são boas opções. 
 
 
ALTERAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS DOS COSMÉTICOS 
Os cosméticos podem, quando mal conservados ou se forem mal formulados, 
apresentar alterações físicas e/ou químicas, que impossibilitam o uso do produto pelo 
risco de causar algum efeito colateral no usuário ou mesmo nenhum efeito, pela 
inativação da substância ativa. As principais alterações são: 
» alterações de cor (oxidação) 
» alterações do odor (contaminação) 
» separação de fases (tensoativo inadequado)» formação de precipitado 
» presença de sobre camada com mal cheiro/alteração de odor (contaminação 
bacteriana) 
24 
 
 
A ELABORAÇÃO DO PRONTUÁRIO 
Os registros servem para documentar as ações desenvolvidas e os produtos 
utilizados, fornecer evidências de que as necessidades do tratamento estão sendo 
atendidas e proporcionar melhoria contínua dos protocolos de tratamento. 
O prontuário em si, por se tratar de um documento, destina-se ao dispensador 
dos produtos: o farmacêutico – especialmente se a receita for destinada à 
manipulação. Os produtos indicados são destinados ao paciente. 
 
Erros de prescrição são comuns, contudo, passíveis de prevenção. Para evitar 
transtornos ao paciente e ao dispensador, é fundamental observar os seguintes 
cuidados para a prescrição cosmética: 
» Falta do modo de administração do produto prescrito. Pode ser também enquadrado 
nesta categoria a falha na orientação do paciente em relação aos cuidados propostos, 
buscando compreensão e aderência ao tratamento. Por falta de informação, o 
paciente não utiliza os produtos corretamente. O tempo de administração e a 
frequência devem ser claramente apresentados em cada produto, evitando erros de 
administração. 
» Erros de prescrição – seleção incorreta dos ativos (sem considerar as indicações, 
contraindicações, interações e incompatibilidades básicas, alergias conhecidas, 
produtos já utilizados e outros fatores), dose, forma farmacêutica, quantidade, via de 
administração, concentração ou desconsiderar as instruções de uso de um produto, 
especialmente se for industrializado; prescrições ilegíveis; uso de nomenclaturas não 
oficiais e abreviaturas diversas desconhecidas. 
 
Modelo de ficha de registro e acompanhamento de pacientes 
Nome: Idade: Tel.: Endereço: 
Descrição: Pele oleosa, sensível pigmentada e firme. Acne grau 2, dermatite de 
contato e seborreica visíveis. 
Limpeza em cabine Tonificação (Cabine) Procedimento Pós-procedimento 
25 
 
 
 
Limpeza em casa Tonificação em casa Hidratação Fotoproteção 
 
Pratique a identificação dos tipos de pele com pessoas conhecidas e elabore 
protocolos com as especificações por tipo de pele em quadros como o modelo 
acima. 
Fonte: BATISTUZZO, 2009. 
 
IMUNOLOGIA CUTÂNEA E COSMETOTOXICIDADE: VISÃO GERAL 
Conceitos de citologia e histologia – revisão 
As células são microcompartimentos que concentram substâncias orgânicas, 
inorgânicas e organelas de diferentes funções, circundadas pela membrana 
plasmática, a bicamada lipídica. 
A membrana plasmática é uma película fina composta de fosfolipídios, 
colesterol e outros lipídios e possui proteínas transmembrana, canais de proteína para 
transporte, enzimas, glicoproteínas e outras biomoléculas. As principais funções da 
membrana são: proteção da célula, limitar o citoplasma e controlar a entrada e saída 
de substâncias (permeabilidade seletiva). 
 
Principais organelas e respectivas funções 
 Retículo endoplasmático: é um sistema de canais membranosos e vesículas, 
disponível no citoplasma na forma lisa (neutraliza substâncias tóxicas, sintetiza 
lipídios) e rugosa (sintetiza proteínas e ribossomos). 
 Complexo de Golgi: agrupamento de vesículas e cisternas que atuam no 
transporte de substâncias e formação de lisossomas (vesículas com enzimas 
de digestão celular). 
 Ribossomos: realizam a síntese de proteínas através de informação genética. 
26 
 
 
 Mitocôndria: realiza a respiração celular (processamento de O2) e produção de 
ATP, a principal molécula energética do organismo. 
 Núcleo: armazena as informações genéticas. É separado do citoplasma pelo 
envelope nuclear, uma bicamada lipídica. 
 
Junções celulares 
 Junção compacta ou de oclusão: funciona como um zíper previne o trânsito 
livre por difusão passiva de pequenas moléculas e íons na membrana. 
 Junção aderente: promove a adesão de células vizinhas e atua na formação e 
manutenção da estrutura e da função das outras junções. 
 Junção comunicante: conjunto de canais hidrofílicos que conectam os 
citoplasmas de células vizinhas. Acelera a condução do impulso nervoso. 
 
Tecido epitelial 
É responsável pelo revestimento e formação de alguns órgãos e glândulas. 
Protege os tecidos subjacentes de lesões e choques, atua na absorção de 
biomoléculas, percepção sensorial, transporte transcelular de moléculas e controle do 
fluxo de substancias através das junções aderente e comunicante. 
Especificamente, a pele é um tecido de revestimento pavimentoso estratificado 
queratinizado, isto é, possui células superficiais achatadas anucleadas com 
revestimento de queratina, composta de células velhas, colesterol, proteínas e 
lipídeos (triglicérides, fosfolipídios, ácidos graxos livres, etc.). Dividida em epiderme 
(mais superficial) e derme, possui uma camada mais profunda de tecido adiposo que 
constitui um tecido conjuntivo frouxo que conecta a derme à musculatura e faz 
isolamento térmico, a hipoderme. 
A epiderme, camada mais superficial, é dividida em: 
1. Estrato córneo: apresenta células mortas, sem núcleo ou organelas, onde está 
depositado o manto hidrolipídico. 
27 
 
 
2. Camada granular: camada com queratinócitos achatados. 
3. Camada espinhosa: apresenta células novas altamente compactadas que mantém 
a resistência do tecido. 
4. Lâmina basal: possui elevada quantidade de células-tronco, por isso é chamada de 
camada germinativa. Nesta camada estão os melanócitos e a junção dermo-
epidermica, que faz a nutrição das camadas mais superiores, que não são irrigadadas. 
A derme é rica em colágeno e elastina, de modo que confere resistência à pele. 
É formada de tecido conjuntivo, inervação, irrigação, além de folículos e glândulas, 
como as sudoríparas e sebáceas. 
 
Imunologia 
A imunologia é uma ciência biológica que trata dos mecanismos e respostas 
complexas desenvolvidas pelo organismo para reconhecimento e consequentemente 
eliminar ou conter substâncias ou corpos estranhos que invadem o organismo, como 
vírus, microrganismos, proteínas e outras moléculas que podem alterar o 
funcionamento normal do corpo. 
Existe também o reconhecimento de substâncias próprias do organismo, para 
que não sejam inclusas nestas vias de defesa, o que aponta um alto nível de 
organização e segurança destes mecanismos. A este conjunto dá-se o nome de 
imunidade. 
A resposta imune é, na realidade, uma via integrada, composta por 
mecanismos complexos simultâneos de defesa. Contudo, para facilitar o estudo, 
divide-se a resposta imune em dois ramos: 
1. Resposta Imune Inata: é a imunidade que o indivíduo traz consigo quando nasce. 
Os mecanismos da imunidade inata se instalam de maneira rápida como componente 
de defesa e agem de maneira inespecífica para diferentes agressores, isto é, usam o 
mesmo mecanismo de defesa para qualquer agente reconhecido como estranho ao 
organismo. 
A amamentação é importante para este mecanismo, uma vez que os anticorpos 
da mãe são transmitidos ao feto pelo leite, conferindo certa capacidade de defesa 
28 
 
 
orgânica à criança. As respostas da imunidade inata são feitas por células chamadas 
de fagócitos, (células capazes de capturar o agente agressor e destruí-lo com 
substâncias presentes em grânulos no citoplasma), a saber: 
a) basófilos; 
b) eosinófilos (atuam principalmente em defesa contra parasitas); 
c) macrófagos (localizados nos tecidos internos); 
d) células NK; 
e) sistema de complemento (proteínas que complementam a defesa contra 
microrganismos de maneira geral). 
Alguns agentes agressores podem ser mais fortes que outros, tanto que, 
quando existe necessidade de tratamento por medicação, as dosagens e o tipo de 
medicamento costumam variar significativamente. A esta propriedade dos agentes 
agressores dá-se o nome de virulência. 
O fato de a imunidade inata não agir de maneira diferenciada para diferentes 
agressores, portanto, indica que os mecanismos inatos podemnão ser eficientes em 
determinados casos, já que o nível da defesa deve ser proporcional ao da virulência 
(que podemos entender também como nível de periculosidade), e não existe esta 
variação na imunidade inata. 
Para desenvolver respostas mais eficientes e específicas, existem os 
mecanismos da imunidade adaptativa: A imunidade adaptativa é adquirida ao longo 
da vida do indivíduo através de contato direto com o agressor por exposição, vacinas, 
transfusão etc. Atua através de diversos mecanismos (propriedade de complexidade) 
de forma específica para o combate (propriedade de especificidade), sendo capaz de 
agir rapidamente caso um agente agressor previamente combatido entre no 
organismo novamente (capacidade de memória imunológica), como nas vacinas e 
reinfecções. 
A imunidade adaptativa realiza a vigilância imunológica, que é o monitoramento 
da entrada e presença de agentes agressores e substâncias relacionadas. Falhas 
neste monitoramento podem causar neoplasias malignas. 
29 
 
 
A imunidade adaptativa se desenvolve principalmente a partir de anticorpos e 
antígenos. Os anticorpos (também conhecidos por imunoglobulinas) são 
glicoproteínas que reconhecem os agentes agressores (antígenos) de maneira 
específica e liga-se a estes (para cada antígeno é produzido um tipo de anticorpo). 
Esta ligação funciona como um mecanismo de marcação do antígeno, avisando 
aos demais componentes do sistema imune que há algo de estranho no organismo 
que deve ser eliminado. 
Os antígenos são moléculas que possuem a capacidade de serem 
reconhecidas pelas células e moléculas do sistema imune, ou seja, são capazes de 
se ligarem aos receptores celulares e anticorpos. O antígeno pode ser uma fração da 
estrutura de bactérias, vírus, fungos, protozoários, helmintos ou substâncias solúveis 
produzidas por microrganismos e outras células. A maioria dos antígenos são 
proteínas, porém, alguns são polissacarídeos, lipídeos ou glicolipídeos. 
Os antígenos normalmente possuem vários locais onde o anticorpo pode se 
ligar que são chamados de epítopos. Existem epítopos que podem induzir uma 
resposta imune mais forte, como podem ter resposta mais fraca. Esta resposta 
depende da sua estrutura química, que definirá o nível da força de ligação 
(complexação) ao anticorpo. Os antígenos são chamados de imunogênicos quando 
são capazes de induzir uma resposta imune, são chamados de alergênicos quando 
induzem reações de hipersensibilidade (alergias) e são chamados de tolerogênicos 
quando são capazes de inibir o desenvolvimento de uma resposta imune. 
Na imunidade adaptativa, o antígeno é capturado pelo linfócito B (célula 
imunológica) e processado para geração do epítopo. Este fragmento do antígeno é 
então apresentado ao linfócito T (os linfócitos possuem capacidade de memória e 
especificidade), que libera substâncias (citocinas) que estimulam o linfócito B a 
produzir anticorpos específicos para o antígeno capturado. Estes anticorpos se ligam 
a outras células imunológicas. Quando o antígeno se ligar ao anticorpo, a célula 
imunológica libera substâncias presentes no seu interior para eliminar o antígeno, 
através do rompimento da membrana celular, o que chamamos de desgranulação. 
Desta forma, se estabelecem os mecanismos de defesa. 
30 
 
 
A imunidade inata pode responder através dos fagócitos, de maneia 
inespecífica. A imunidade adaptativa responde através do desenvolvimento de 
anticorpos específicos para determinado antígeno. 
 
Hipersensibilidades 
As hipersensibilidades são transtornos imunológicos caracterizados por erros 
na programação fisiológica do sistema imune, de modo que atuam de maneira 
inadequada, prejudicando a saúde do indivíduo. São tipos: 
1. Hipersensibilidade tipo 1 (alergias): é caracterizada pelo excesso de produção de 
anticorpos IgE para mínimas quantidades de antígenos, geralmente inertes para a 
maioria da população. Os fagócitos liberam o conteúdo dos seus grânulos, causando 
sinais e sintomas diversos, a depender do órgão afetado, como rinite, dermatite, 
conjuntivite e rinossinusite. 
2. Hipersensibilidade tipo 2: também chamada de citotóxica, ocorre quando o 
anticorpo se liga a uma superfície celular e não a reconhece como normal, 
estimulando o sistema imune a destruí-la. O caso mais clássico é a anemia hemolítica 
do recém-nascido, onde os anticorpos da mãe destroem as hemácias do feto em caso 
de variação do fator RH. 
3. Hipersensibilidade tipo 3: ocorre quando há a formação de imunocomplexos 
patogênicos com forte potencial inflamatório, por excesso de anticorpos ou por 
erros na programação da avidez. 
4. Hipersensibilidade tipo 4: chamada de tardia, envolve a participação de células 
imunológicas (linfócitos T, macrófagos etc.) sem anticorpos livres, na geração de 
resposta inflamatória. Os sinais são percebidos no mínimo 48h depois do início, por 
isso recebe o nome de tardia. 
 
 
 
 
31 
 
 
Dermatites 
As dermatites são processos patológicos da pele que podem ser de causa 
alérgica, infecciosa, por agentes físicos ou químicos. Quando a causa é desconhecida, 
diz-se que é idiopática. 
O estudo das dermatites em cosmetologia é importante para a prevenção e 
prestação dos primeiros cuidados ao paciente vítima de efeitos colaterais dos 
produtos de uso tópico. Não necessariamente o paciente com reações adversas 
utilizou o produto incorretamente: cada indivíduo é único, e as defesas da pele podem 
não reconhecer determinadas substâncias como inertes, e iniciar processos que 
tendem a eliminá-las. O caso mais clássico é a vermelhidão por utilização de peróxido 
de benzoíla a 4 ou 5% para o tratamento da acne ou mesmo o uso de ácidos para 
renovação celular. Com isso, percebe-se a importância de registrar todo o histórico de 
utilização de produtos do paciente, a fim de não repetir erros de prescrição. 
São os principais tipos de dermatite: 
» Dermatite Atópica: inflamação da pele que é parte das manifestações da atopia, a 
predisposição genética ao desenvolvimento de alergias. Os pacientes com dermatite 
atópica costumam apresentar outros quadros alérgicos como asma, rinite e problemas 
alérgicos oculares, e costumam ter casos prévios na família. Esta dermatite é uma 
forma de hipersensibilidade tipo 4 e pode ser causada pelos mesmos alérgenos que 
desencadeiam os demais transtornos alérgicos, além de substancias irritantes 
(toxinas, metais, perfumes e desinfetantes) e alimentos, podendo também ter causa 
emocional. Pode durar de horas a dias, a depender do nível de exposição do indivíduo. 
São os principais sinais e sintomas: 
1. Em jovens e adultos, as áreas mais acometidas por eritema e forte prurido são as 
regiões flexoras (joelhos, cotovelos etc.), mas também podem acometer o pescoço e 
a face (o que é mais comum em crianças). 
2. Hipercromia da região orbital. 
3. Tendência a infecções cutâneas. 
O manejo deste paciente é feito com medicamentos, demandando 
encaminhamento para médico alergista ou dermatologista. 
32 
 
 
» Dermatite de Contato: também conhecida como eczema de contato, é uma patologia 
inflamatória causada pelo contato com substância irritante. Não é de origem alérgica, 
e dura de poucos minutos a algumas horas. Os mecanismos são inflamatórios e 
desencadeados por diversos agentes, desde água quente ou fria, sabonetes, ácidos, 
saliva, urina e principalmente cosméticos. A cura total é vista quando a substância 
irritante é afastada totalmente. 
Manejo em cabine: Em primeiro lugar, a substância deve ser totalmente 
removida com gaze seca (caso esteja em veículo semissólido) e a área deve ser 
lavada com sabonete neutro, se possível glicerinado. Para efeito de alívio, a região 
afetada pode ser tratada com soro fisiológico frio, que é inerte e capaz de fazer 
vasoconstrição, o que é importante em caso de vermelhidão. 
Géis em pH 7 com extratos naturais calmantes são úteis nesta etapa. A 
associação de alfabisabololcom extratos glicólicos de camomila e calêndula tem 
efeito sobre a pele do paciente em pouco tempo. Recomenda-se que este produto 
seja aplicado frio também para vasoconstrição. Não há necessidade de remoção logo 
após aplicação. 
» Dermatite Seborreica: processo inflamatório que afeta as áreas mais ricas em 
glândulas sebáceas, principalmente o couro cabeludo e a face. As causas são 
desconhecidas, e a presença do fungo Pityrosporum ovale agrava a doença. Ocorre 
descamação intensa, eritema, prurido forte, manchas, formação de crostas. 
Manejo: As crostas de dermatite podem ser removidas manualmente após 
emoliência feita com óleos vegetais (óleo de oliva, macadâmia, girassol etc.). O uso 
de shampoos anticaspa é importante para o controle da doença. A recomendação é 
que sejam utilizados em dias alternados, e que o shampoo de cetoconazol seja usado 
por apenas 30 dias. 
A associação de ingredientes naturais com atividade antisséptica como o 
extrato de própolis, óleo de melaleuca, dentre ouros, é benéfica, contudo as dosagens 
devem ser observadas com atenção, já que costumam ser produtos de odor forte 
característico, o que pode ser desagradável ao paciente. Além do risco de tonalização 
capilar, um desconforto ainda maior. Proponha cuidados cosméticos para manutenção 
da barreira hidrolipídica cutânea. 
33 
 
 
A hidratação com ingredientes avançados, ou mesmo com óleos, manteigas e 
ceras, é importante para manutenção da barreira cutânea. Orientar o paciente quanto 
a banhos quentes e uso de sabonetes adequados também é fundamental. 
 
Cosmetotoxicidade 
A Toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das 
interações de substâncias químicas com o organismo. A toxicidade é a capacidade 
potencial de geração de danos às estruturas biológicas, o foco de estudo da 
Toxicologia. A Toxicologia de cosméticos trata das reações adversas e os efeitos 
decorrentes do uso inadequado ou da susceptibilidade individual aos produtos. 
Agente tóxico ou toxicante é a substância capaz de causar dano a um sistema 
biológico, em condições específicas de exposição. Os xenobióticos são substâncias 
que o organismo reconhece como estranho, através de mecanismos imunológicos. 
Intoxicação é um processo patológico causado por substâncias endógenas ou 
exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico gerado pelas alterações 
bioquímicas no organismo. 
Na intoxicação aguda, os sintomas surgem geralmente em algumas horas após 
curto período de exposição ao agente tóxico. Poderá se manifestar de forma leve, 
moderada ou grave, dependendo da quantidade de substância absorvida e da 
sensibilidade do organismo. 
A intoxicação subcrônica indica exposição moderada ou pequena a produtos 
alta ou medianamente tóxicos e as conseqüências surgem mais lentamente. A 
intoxicação crônica tem surgimento em meses ou até anos, após exposição a agentes 
tóxicos, podendo causar danos irreversíveis à saúde do indivíduo. 
Principais vias de intoxicação por cosméticos 
» A via dérmica é a mais comum de intoxicações pela maioria dos agentes. A absorção 
depende principalmente da composição da formulação, tempo de exposição, 
solubilidade, grau de ionização, dimensão das moléculas, se ocorre hidrólise no pH 
da epiderme, estado de hidratação da camada córnea, umidade ambiental, 
temperatura do corpo e do ambiente e exposição à luz solar. 
34 
 
 
Além das dermatites, são consequências da intoxicação por via dérmica: 
› Fotolergia: indução de resposta alérgica da pele semelhante à mediada pela 
radiação UV. 
› Fototoxicidade: potencial do material induzir uma resposta irritante da pele 
mediada por irradiação UV. 
› Teratologia: toxicidade potencial para o feto. Mais comum para produtos de uso 
interno. 
São elementos fundamentais na toxicologia cutânea: composição e dosagem 
da formulação, nível de exposição, quantidade da substância permeada, classe do 
cosmético na qual o ativo pode ser utilizado, método, duração e frequência de 
aplicação, quantidade de produto em cada aplicação e possível exposição do produto 
à luz solar. 
» Via respiratória: As vias aéreas são revestidas de mucosas altamente irrigadas, 
portanto o potencial de absorção nesta área é considerado elevado. Produtos que 
geram gases, fumaças, neblinas e poeiras, principalmente em espaços confinados ou 
com pouco arejamento, podem causar intoxicação. 
Embora não seja a unanimidade, pode-se afirmar que os cosméticos são 
produtos seguros quando utilizados de maneira adequada e seguindo as 
recomendações do fabricante. As reações adversas com esses produtos não são 
frequentes, e, quando ocorrem, na maioria dos casos, é devido ao uso de forma 
inadequada ou a acidentes. 
Nas últimas décadas, muitos ingredientes foram banidos da composição de 
cosméticos em todo o mundo, como o hexaclorofeno (conservante), compostos de 
mercúrio e halogenados, propelentes de clorofluorcarbono e ingredientes geradores 
de nitrosaminas. 
Para garantir a segurança de produtos de higiene, cosméticos e perfumes, são 
necessárias comprovações que vão desde o histórico de segurança do produto e de 
suas matérias-primas até a realização de ensaios toxicológicos específicos. Em 
princípio, para todo produto cosmético, seja ele de grau de risco 1 ou 2, o fabricante 
tem por obrigação dispor dos dados de segurança. 
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São considerações a serem feitas por tipo de produto: 
» produtos para uso infantil – irritação cutânea primária; 
» produtos para a área dos olhos – irritação ocular cumulativa; 
» produtos para os cabelos, como tinturas e alisantes de cabelo – irritação dérmica e 
do couro cabeludo; 
» produtos para proteção das radiações solares – testes de fototoxicidade e fotoalergia; 
» produtos para a higiene íntima – testes clínicos de irritação de mucosa genital em 
humanos; 
» produtos destinados à pele sensível – testes de irritabilidade acumulada, 
sensibilização, fototoxicidade e fotoalergia cutânea; 
» produtos que no rótulo contenham as expressões “hipoalergênico”, “não 
comedogênico”, “não acnogênico”, “dermatologicamente oftalmológico 
ginecologicamente testado”, “clinicamente testado”, “produto para gengiva sensível” e 
“produto para pele + couro cabeludo sensível” – testes comprobatórios dessas 
propriedades. Também, sempre que a rotulagem mencionar atributos, tais como “não 
irritante”, “não arde os olhos” etc. 
São questões problemáticas em toxicologia dos cosméticos: 
1. Corantes: As moléculas tintoriais podem causar irritações à pele e ao ouro cabeludo, 
uma vez que são produtos sintéticos e geralmente misturas de variados polímeros. 
Muitos fabricantes têm optado por retirar os produtos coloridos do mercado 
quando há suspeitas de toxicidade, já que os altos custos para provar a sua segurança 
nem sempre justificam economicamente a permanência no mercado. 
2. Fragrâncias: também são produtos sintéticos, e o sintoma inicial mais comum é o 
aparecimento de rinite com a aplicação tópica do produto. 
3. Formaldeído: substância de elevado potencial carcinogênico, com o uso permitido 
pela Anvisa como conservante (até 0,2%) e até 5% para endurecer unhas. O uso 
nasconcentrações permitidas não proporciona alisamento capilar, com risco de forte 
queda após o procedimento. 
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4. Tensoativos: como são moléculas anfifílicas, o manto hidrolipídico pode ser 
removido e a perda de água transepidermal facilitada, especialmente os de cadeia 
pequena, que podem se instalar na pele com mais facilidade. Atualmente existe uma 
tendência para opção por fosfolipídios orgânicos, que são mais semelhantes aos 
lipídios da pele. 
5. Parabenos (sistema conservante): além do risco de dermatite de contato, existe o 
risco de lesão de queratinócitos em caso de exposição solar e potencial cancerígeno 
com uso prolongado. O uso de conservantes naturais tem sido uma opção 
interessante para a indústria cosmética e para a manipulação, especialmenteos 
produtos orgânicos e de apelo green-concept. 
6. Metais: a toxicidade por metais pesados é um problema antigo. Além da indução 
de dermatites, o potencial tóxico se expande para a carcinogênese, por exemplo, no 
caso dos sais de alumínio usados em formulações antiperspirantes. 
Na prática, os produtos cosméticos são raramente associados com sérios 
danos à saúde. Entretanto, isto não significa que produtos cosméticos sejam sempre 
seguros, especialmente considerando os efeitos em longo prazo. Considerando que 
estes produtos podem ser usados extensivamente durante um amplo período de 
tempo, é fundamental garantir sua segurança e eficácia, controlando a toxicidade do 
produto final e dos seus ingredientes. 
São chamados de naturais quando não há uso de produtos sintéticos na sua 
formulação. Entretanto, produtos tradicionais podem ter produtos naturais na fórmula, 
de modo que adquirem características únicas, especialmente se tratando de 
essências e cores. 
Os ingredientes citados abaixo têm algumas características em comum: 
» podem ser usados em ampla faixa de pH; 
» podem ser prescritos pela esteticista quando de uso tópico; 
» a maioria pode ser utilizado em qualquer veículo, de modo que praticamente não 
existem incompatibilidades. 
É importante diferenciar os produtos cosméticos naturais dos orgânicos: 
produtos orgânicos possuem certificação diferencial conferida por órgão competente 
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(como o EcoCERT), e a formulação não leva itens sintéticos como silicones, 
fragrâncias, polietilenoglicol (PEG), corantes, derivados do petróleo nem produtos de 
origem animal. Todos os componentes da fórmula são exclusivamente naturais e 
seguem rígidos padrões de produção (sem agrotóxicos, fabricado em indústrias de 
padrão trabalhista ouro etc.). 
A lista abaixo será de grande valia para a prescrição das fórmulas. A nomenclatura 
INCI NAME (International Nomenclature Cosmetic Ingredient) refere-se ao nome 
químico do produto, que pode ter diversos nomes comerciais conforme escolher o 
fabricante. O que pode diferenciar dois extratos da mesma substância é a via de 
produção. 
 
Extratos 
Produto inci name aplicações 
Aveia Avena sativa (Oat) Meal Extract Hidratante, anti-irritante e emoliente 
Camomila Chamomilla recutita (Matricaria) Flower Extract Anti-irritante, calmante e 
suavizante 
Chá Verde Camelia sinensis Leaf Extract Antirradicais livres, estimulante e refrescante 
Hera Hedera helix (Ivy) Extarct Venotônico, tonificante e lipolítico 
Própolis Propolis Extract Antisséptico, antiacne e cicatrizante 
Uva Vitis Vinifera (Grape) Fruit Extract Anti-aging, protetor e antioxidante 
 
Manteigas 
Produto inci name aplicações 
Cacau Hydrogenated theobroma cacao oil 
Manteiga derivada da semente de cacau caracterizada por propriedades de 
cristalização diferenciada e excelente estabilidade. Possui propriedades umectantes 
e hidratantes. É recomendado para a incorporação em emulsões e sistemas anidros. 
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Karitê Shea butter butyrospermum parkii 
Proporciona emoliência acentuada, auxilia narestauração do manto hidrolipídico, além 
de prevenir o ressecamento da pele e dos cabelos. Incorporação em cremes anti-
aging, loções, hidratantes, pomadas, cremes de massagens, produtos solares e 
produtos capilares (cremes e máscaras). 
 
Óleos e extratos oleosos 
Produto inci name aplicações 
Abacate Óleo Persea Gratissima (Avocado) Fruit Extract Emoliente, lubrificante, 
dermoprotetor, restaurador da camada lipídica 
Abacate EO Persea Gratissima (Avocado) Fruit Extract Emoliente, lubrificante, 
dermoprotetor, restaurador da camada lipídica 
Aloe Vera EO* Aloe Barbadensis Leaf Extract Cicatrizante, emoliente, vasoprotetor 
Algodão Óleo Perea Gratissima Dulcis Emoliente, amaciante, suavizante, 
condicionador, hidratante 
Amêndoas Doce Óleo Prunus Amygdalus Dulcis Emoliente, amaciante, protetor dos 
tecidos 
Andiroba Óleo Carapa Guaianensis Seed Oil Antisséptico, anti-inflamatório, emoliente 
Canola Óleo Canola Oil Emoliente, dermoprotetor, antioxidante 
Castanha da Índia EO* Aesculus Hippocastanum (Horse Chestnut) 
 
Seed Extract 
Emoliente, restaurador da camada lipídica, formador de filme oclusivo, protetor dos 
tecidos cutâneos, amaciante, condicionador 
Castanha do Pará Óleo Bertholletia Excelsa Seed Oil Hidratante, emoliente, 
amaciante 
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Cenoura EO Daucus Carota Sativa (Carrot) Extract Emoliente, lubrificante, 
estimulador bronzeado 
Coco EO Cocos Nucifera (Coconut) Extract Amaciante, emoliente, lubrificante, 
hidratante, formador de filme 
Copaíba Óleo Copaifera Oil Antibiótico, anti-inflamatório natural 
Cupuaçu EO* Theobroma Grandiflorum Fruit Extract Hidratante, emoliente, 
condicionador, remineralizante 
Gengibre EO* Zingiber Officinale (Ginger) Root Extract Estimulante cutâneo, 
antisséptico, descongestionante, refrescante 
Gergelim/Sesamo Óleo Sesamum Indicum (Sesame) Seed Oil Lubrificante, emoliente, 
anti-inflamatório 
Germe de Trigo EO* Triticum Vulgare (Wheat) Germ Extract Suavizante, hidratante, 
condicionador, restaurador, emoliente 
Girassol Óleo Helianthus Annuus (Sunflower) Seed Extract Condicionador, emoliente 
e antirradicais livres 
Jojoba Óleo Simmondsia Chinensis ( Jojoba ) Seed Oil Emoliente, regenerador, 
antioxidante 
Macadâmia Óleo Macadamia Ternifolia Seed Oil Emoliente, lubrificante, amaciante 
Maracujá Óleo Passiflora Incarnata Oil Extraemoliente, nutritivo para a pele e cabelos 
Oliva Óleo Olea Europaea (Olive) Oil Emoliente, dermoprotetor, restaurador e 
suavizante para pele e cabelos 
Pequi Óleo* Caryocar Brasiliense Fruit Oil Emoliente, lubrificante, formador de filme 
oclusivo 
Prímula EO* Primula Officinalis Melhora a função barreira cutânea, 
hidratante, emoliente e cicatrizante 
Rosa Mosqueta Óleo Rosa Canina Fruit Oil Emoliente, hidratante, e cicatrizante. 
Melhora as cicatrizes e queloides 
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Semente de Uva Óleo Vitis Vinifera Oil Hidratante, condicionante, antiradicais livres 
Soja Óleo Soybean (Glycine Soja) Oil Emoliente, nutritivo, antioxidante 
Melaleuca Óleo Melaleuca Alternifolia Leaf Oil Bactericida natural, antiinflamatório, 
cicatrizante 
Urucum EO Bixa Orellana Seed Extract Antioxidante, tonalizante, precursor de 
vitamina A 
 
Extratos glicólicos 
Produto inci name aplicações 
Açaí EG Euterpe oleracea fruit extract Adstringente, tônico, refrescante 
Acerola EG Malpighia punicifolia (acerola) fruit extract Adstringente, purificante, 
refrescante 
Agrião EG Nasturtium officinale extract Remineralizante, calmante 
Alcaçuz EG Glycyrrhiza glabra (licorice) root extract Calmante, anti-inflamatório, 
suavizante. 
Alecrim EG Rosmarinus officinalis (rosemary) leaf extract Estimulante, dermoprotetor, 
antioxidante 
Algas Fucus EG Fucus vesiculosus extract Lipolítico, firmador, hidratante 
Algas Gracilária EG Algae Extract Hidratante, amaciante, umectante 
Amora EG Morus nigra fruit extract Hidratante, dermoprotetor, antioxidante 
Aquilea EG* Achillea millefolium extract Adstringente, anti-inflamatório, purificante 
Arnica EG Arnica montana flower extract Anti-inflamatório, venotônico, cicatrizante 
Aveia EG* Avena sativa (oat) meal extract Hidratante, anti-irritante, amaciante 
Babosa EG Aloe Barbadensis Leaf Extract Hidratante, cicatrizante, calmante 
Calêndula EG Calendula officinalis flower extract Anti-inflamatório, suavizante, 
tonificante 
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Camomila EG Chamomilla recutita (matricaria) flower extract Anti-irritante, calmante, 
suavizante 
Cana de Açúcar EG Saccharum officinarum (sugar cane) extract Emoliente, hidratante, 
umectante, condicionante 
Capsicum EG Capsicum annuum fruit extract Rubefaciante, estimulante da circulação 
Cartilagem EG Fish cartilage extract Hidratante, restaurador, condicionador 
Castanha da Índia EG Aesculus hippocastanum (horse chestnut) seed extract 
Venotônico, estimulante 
Cavalinha EG Equisetum arvense extract Remineralizante, drenante, hidratanteCentella Asiática EG Centella asiatica extract Anti-inflamatório, vasoprotetor, 
tonificante 
Cereja EG Prunus Cereasus (Bitter Cherry) Extract Hidratante, amaciante, 
antioxidante 
Chá Verde EG Camellia sinensis leaf extract Antioxidante, desodorante, estimulante 
Coco EG Cocos nucifera (coconut) extract Emoliente, amaciante, lubrificante 
Cupuaçu EG Theobroma grandiflorum fruit extract Emoliente, nutritivo, dermoprotetor. 
Damasco EG Prunus armeniaca (apricot) fruit extract Adstringente, hidratante, 
purificante 
Erva Doce EG Pimpinella anisum (anise) fruit extract Antisséptico, refrescante, 
calmante, antioleosidade e suavizante 
Flores de Hibiscus EG Hibiscus Sabdariffa Flower Extract Esfoliante suave, 
adstringente, antioxidante 
Guaraná EG Paullinia cupana seed extract Estimulante, energizante, tonificante 
Ginkgo Biloba EG Ginkgo biloba leaf extract Hidratante, antirradicais livres, ativador 
da microcirculação, antiinflamatório e emoliente Hamamelis EG Hamamelis virginiana 
(witch hazel) leaf extract Adstringente, anticaspa, antisseborréico, vaso protetor, vaso 
constritor,descongestionante e antiacneico 
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Hera EG Hedera helix (ivy) extract Antirradicais livres, anticelulítica, cicatrizante, vaso 
dilatadora, antioxidante, regenerador e vasoprotetor 
Hortelã (Menta Piperita) EG Mentha piperita (peppermint) leaf extract Antisséptico, 
estimulante, refrescante Jaborandi Penna Tifolius EG Jaborandi (Pilocarpus Jaborandi) 
Extract Adstringente, antisséptico, antioleosidade e estimulante capilar 
Kiwi EG Actinidia Chinensis (Kiwi) Fruit Extract Hidratante, amaciante, condicionante 
Laranja EG Citrus Aurantium Dulcis (Orange) Fruit 
Extract Seborregulador, adstringente, esfoliante 
Malva EG Malva Sylvestris (Mallow) Extract Adstringente, anti-inflamatório, 
antisséptico, cicatrizante e emoliente 
Maracujá EG Passiflora Incarnata Fruit Extract Calmante, amaciante, hidratante 
Melancia EG Citrullus Vulgaris (Watermellon) Fruit Extract Hidratante, amaciante, 
remineralizante 
Melão EG Cucumis Melo (Melon) Fruit Extract Amaciante, remineralizante, refrescante 
Melissa EG Melissa Officinalis Leaf Extract Adstringente suave, amaciante, 
refrescante 
Morango EG Fragaria Vesca (Strawberry) Fruit Extract Hidratante, condicionante, 
amaciante 
Nogueira EG* Juglans Regia (Walnut) Leaf Extract Cicatrizante, antisséptico, 
antiirritante, colorante, adstringente, anticaspa e antiqueda de cabelos 
Orquídea EG Phalaenopsis Amabilis Extract Antioxidante, hidratante, calmante 
Papaya EG Carica Papaya (Papaya) Fruit Extract Esfoliante, amaciante, 
condicionante 
Própolis EG Propolis Extract Antisséptico, antiacne, cicatrizante 
Romã EG Punica Granatum Extract Cicatrizante, regenerador, antioleosidade, 
mineralizante, refrescante, adstringente 
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Rosa Branca EG Rosa Centifolia Flower Extract Adstringente, cicatrizante, anti-
inflamatório, antisséptico, calmante, refrescante 
Sálvia EG Salvia Officinalis (Sage) Leaf Extract Dermopurificador, 
antiperspirante,adstringente, cicatrizante. 
 
Óleos essenciais 
Alecrim Intense OE Rosmarinus officinalis Ação adstringente, indicado para 
tratamento de acne, caspa, cabelos oleosos; Ativa a circulação 
Laranja Amarga Intense OE Citrus aurantium Antilipêmico, adstringente 
Lavanda Mont Blanc Intense OE Lavandula officinalis Calmante, para peles seníveis, 
irritadas, queimadas 
Lemongrass Intense OE Cymbopogon Citratus Infecções, acne, tônico geral, celulite, 
tratamento da pele, repelente de insetos 
Limão Siciliano Intense OE Citrus limon Lipolítico, produtos para celulite e gordura 
localizada, pele oleosa 
Melaleuca Intense OE Melaleuca alternifolia l Antiacne, tratamento da pele oleosa, 
higiene íntima, fortalecedor unhas, anticaspa 
 
Esfoliantes físicos 
Cristais de Quartzo Silica Renovador celular e esfoliante mecânico orgânico obtido de 
cristais 
Microesferas de Polietileno Polyethylene Esfoliante físico, abrasivo, renovador celular. 
Semente de Apricot Prunus Armeniaca (Apricot) Seed Powder 
 
Possui propriedades regenerativas do tecido cutâneo, além de proporcionar 
hidratação e maciez da pele 
44 
 
 
COSMETOLOGIA APLICADA 
Nesta etapa, vamos iniciar os estudos de princípios ativos propriamente ditos, 
em suas faixas de concentração, pH e incompatibilidades. Desta forma, você terá 
capacidade de planejar formulações magistrais, isto é, elaboradas em Farmácias de 
Manipulação. E neste momento vêm as perguntas: “É seguro manipular?” “Qual a 
diferença do manipulado para o industrializado?” “Porque a diferença de preço é tão 
grande em alguns casos?”. 
Não estamos aqui para criticar os produtos industrializados. Vamos apenas 
apresentar em que realmente consiste a Manipulação Magistral. Em muitos casos, o 
produto industrializado poderá ser a melhor opção, pois além de ter um prazo de 
validade maior já se encontra pronto para compra e consumo. 
A manipulação magistral é um processo seguro e necessário. Do contrário, 
várias pessoas estariam sem opção de tratamento, por questões de dosagens ou 
forma farmacêutica. Por exemplo, crianças que precisam tomar antidepressivos 
podem ter dificuldade em utilizar comprimidos. Você conhece alguma suspensão 
industrializada de algum antidepressivo? 
O que a Farmácia faz é proporcionar conforto ao paciente, que, por 
necessidades individuais, não pode consumir um produto industrializado, com a 
vantagem de se associar em ingredientes de maneira única, personalizando a fórmula. 
O preço dos produtos está ligado à quantidade adquirida: a compra do produto 
industrializado leva em conta toda a produção da fábrica. O manipulado foi feito sob 
medida, isto é, em escala muito reduzida. 
No Brasil, a Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) é 
o órgão competente que regula legalmente o ramo, juntamente com o Conselho 
Federal de Farmácia e Anvisa. A Anfarmag possui um sistema de acreditação das 
Farmácias, o selo SINAMM, que atesta a qualidade do funcionamento e dos produtos. 
Procure este selo ao selecionar uma Farmácia e, principalmente, o farmacêutico. 
 
 
 
45 
 
 
ACNE: CUIDADOS COSMÉTICOS 
A acne é uma patologia crônica de alta prevalência e de etiologia multifatorial: 
causas genéticas, hormonais, alimentares, climáticas, medicamentosas, cosméticas 
e o estresse podem desencadear a doença. É caracterizada pela hiperqueratinização 
e oclusão folicular, com hipersecreção sebácea e proliferação da bactéria 
Propioniumbacterium acnes. 
É mais comum entre adolescentes, mas pode se estender até os 30 anos, 
acometendo os homens com mais severidade. A procura masculina por tratamentos 
estéticos constitui a maior parte dos casos. 
Os locais mais afetados são a face, a região peitoral e o dorso. 
Aproximadamente 80% das pessoas a desenvolvem em algum momento da vida, 
representando mais de 30% das causas de consultas dermatológicas. 
O uso de cosméticos pela população leiga é irracional, com alta incidência de 
reações adversas. O sucesso do tratamento depende da seleção correta dos produtos 
e procedimentos, da disciplina e da adesão do paciente às medidas planejadas. 
Alergias e seleção de cepas resistentes de bactérias, em especial do 
Propionibacterium acnes, após uso prolongado bactericidas tópicos são as principais 
causas de falhas do tratamento de boa adesão. 
Patogenia: ocorre processo inflamatório crônico do folículo pilossebáceo, com 
quatro fatores considerados principais: 
1. obstrução do folículo piloso, secundário à descamação anormal dos queratinócitos 
foliculares; 
2. aumento da oleosidade e produção sebácea; 
3. proliferação da bactéria anaeróbica Propionibacterium acnes (P. acnes) e seu 
metabolismo, gerador de produtos irritantes; 
4. desencadeamento de respostas imunes e inflamatórias induzidas pelo P. acnes ou 
Staphylococcus aureus (bactéria da foliculite). 
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Os queratinócitos se descamam formando um tampão que obstrui o

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